domingo, 28 de outubro de 2018

ESPAÇO, TEMPO, VELOCIDADES...


ESPAÇO, TEMPO, VELOCIDADES...

Como se sabe, no início do Século 20 passado, despontou-se, para o mundo científico, um dos maiores gênios do Mundo terreno: Albert Einstein (1879-1955): autor da ‘Teoria da Relatividade’: dividida em Especial e Geral.

De fato, muitos contribuíram, desde longos tempos, com o culminar da mesma pelo notável físico e matemático alemão; e, ele próprio, reconhecia estar no ombro de gigantes; um de tais, sem dúvida, é o de Henri Poincaré, considerado como o mais importante pesquisador da Relatividade antes de Einstein.

Para nós, entrementes, Einstein se agigantara como sendo o mais imponente teorizador relativístico e autor das idéias mais brilhantes, coisas de sua genialidade, conquanto se discuta sobre a autoria de sua famosa fórmula da conversibilidade da matéria em energia, e vice-versa, da energia em matéria: (E=mc2). Mas, a bem da verdade, diga-se que, no campo do Monismo, Pietro Ubaldi, em louvando a genialidade de Einstein, lhe dedica preciosos escritos em seu famoso tratado de “A Grande Síntese” (PU – 1937 - Fundapu).

Isto pode ser constatado em seus capítulos 34: ‘Quarta Dimensão e Relatividade’, bem como no 35: ‘A Evolução das Dimensões e a Lei dos Limites Dimensionais’ desenvolvendo e ampliando vastamente suas idéias; e, que eu me recorde, Ubaldi volta a tocar no assunto em alguns capítulos de um outro seu destacado livro: “Problemas do Futuro” (PU - Fundapu).
  
Mas, em nosso caso, estaremos priorizando por aqui ideias bastante simples da teoria da relatividade, tal como um ensaio despretensioso, ou, quem sabe, os primeiros passos para se compreender, mais adiante, sua complexa matemática; conquanto, hoje, com a Internet, com o simples clicar de um botão, se pode obter todo um vasto material da famosa teoria e das comprovações científicas da mesma, da matéria, da energia, e etc. e tal.

Assim, pois, e, sem muita complicação, vamos às complexas ideias da relatividade, porém, como dito, com ideias bem mais singelas e bem mais descomplicadas.

Ora, todos já ouviram falar do mais genial e mais popular dos cientistas que a humanidade conhecera: Albert Einstein, autor (e co-autor) da mais avançada concepção científica do Século 20. Mas de onde proviriam as ideias e descobertas, algumas delas tão complicadas, do grande físico alemão? Que ferramentas de trabalho teriam sido utilizadas pelo notável pensador? Seriam apenas as do pensamento lógico, analítico e racional?

E responderia que não!

Pois que Einstein era dotado de uma sabedoria intuitiva muito profunda, uma sensibilidade ou uma espécie de faculdade paranormal bastante desenvolvida, à qual se acoplara sua inteligência de características formais, quiçá, mais além de tais.

Ora, quando nos abeiramos de mais amplas realidades não nos bastam os costumeiros métodos de análise e questionamento. E daí o emprego, de exploração do desconhecido, não só via racional, em que sua mente genial se estruturava, mas também o emprego do método subjetivo: mediúnico-espiritual. Nesse refinado processo, muito novo para a Ciência, mas já conhecido do Espiritismo, dir-se-ia que Einstein era mais que um gênio, pois que se alistava, também, como um médium intuitivo portador de avançados recursos psíquicos.

Portanto, não só com os atributos da inteligência, mas especialmente com os poderes psíquicos de sua mente privilegiada houve o grande gênio de conduzir com sucesso sua espantosa ‘Teoria’, cujos dados e informes, de modo simples e bem compreensível a todos, veremos doravante.

Com efeito, na estrutura colossal da Física Clássica (Issac Newton: 1643-1727)), vamos nos deparar, por exemplo, com o Espaço tridimensional da geometria euclidiana: espaço imóvel e absoluto, palco de todos os fenômenos físicos e naturais. E, em uma dimensão isolada, flui uniformemente a dimensão Tempo, também absoluta, independente, sem qualquer vínculo com o nosso Mundo.

O Espaço e o Tempo, pois, nesse antigo modelo, são independentes, isolados da natureza e não incluem um observador, ou observadores, em que, cada qual, terá uma determinada percepção dos fenômenos ao seu redor; e, cada qual, evidentemente, irá fazer uma específica descrição dos fenômenos observados consoante sua posição no espaço donde se inclui um seu momento especial, ou temporal, na natureza ou lugar em que se insere.

Com a Física Relativística, portanto, Einstein demonstra que o Espaço, como o foi postulado por Newton, não é imóvel, absoluto e tampouco tridimensional; e demonstra, igualmente, que não existe qualquer fluxo universal de Tempo. Contestando princípios científicos elementares, Einstein vai postular que todas as medidas de Espaço e de Tempo são relativas, o que implica no fato de que cada observador, de modo subjetivo descreverá, à sua maneira, coisas e fenômenos do seu meio de ação.

Assim, se a mecânica clássica é ainda utilizada para certa ordem de fenômenos da experiência comum, ela vai ceder espaços, entrementes, à Teoria Quântica bem como à Relatividade que, por um sem número de razões vão fornecer, como já entrevisto, uma descrição mais satisfatória da natureza ampliando as teorizações do antigo modelo e melhorando nossa percepção da realidade.

Antes de Einstein, como já dito, os cientistas conheciam algumas dessas relações, mas, ao que se saiba ninguém fora capaz de investigá-las a fundo, de descobrir como tais relações e tais leis funcionam, e, se acrescente, ninguém fora capaz de descrevê-las por equações matemáticas. Com a teoria einsteiniana vamos descortinar um novo e completo sistema de leis: de como o Tempo e o Espaço se vinculam, como podem ser medidos e corretamente interpretados.

Experiências que revelam a variabilidade do Espaço e a flexibilidade do Tempo aturdem a visão mecanicista das coisas e avançam para concepções de ordem metafísica, transcendental.

E se os conceitos newtonianos ainda são válidos para nossa realidade imediata, eles o deixam de ser para uma multidão de outros fenômenos em que se questionam a validade daqueles conceitos, sejam do nosso cotidiano mesmo ou dos fenômenos quânticos, ou, ainda, da física dos corpos siderais, das estrelas e das galáxias.

Destarte, poder-se-ia dizer que Relatividade é o modo como dois observadores diferentes hão de descrever de forma pessoal, e particular, e, pois, de modo inteiramente diferente um mesmo fenômeno enfocado.

E, isto, genericamente falando, é relatividade.

Atribui-se a Einstein a jocosa sentença:

”Quando você está namorando uma bela garota, uma hora parece um segundo; e quando você se senta numa brasa, um segundo parece uma hora: isto é relatividade”.

Assim, pois, simplificando ao máximo, digamos que um observador ‘x’, imobilizado em um ambiente qualquer, e, de olhos vendados, tenha a uns dez metros de si, fixado à sua frente, um enorme objeto cubiforme. Contudo, o referido objeto apresenta apenas uma de suas faces voltadas diretamente para os olhos do observador.

Retirando-se a venda de seus olhos, e, por desconhecer que o grande objeto diante de si seja um cubo, dito observador, ao examiná-lo como pode, descreverá em questão de segundos que o referido objeto é bidimensional e por ter quatro lados iguais, define com grande precisão: é um objeto de uma só face, ou seja, é um quadro de superfície plana.

Um segundo observador ‘y’, entrementes, situado numa posição privilegiada em relação àquele outro, mas também vendado e imobilizado em seu ambiente, após lhe ser destapado os olhos irá, também, examinar atentamente dito objeto à sua frente e vai descrever que o mesmo possui três faces bem visíveis, é tridimensional e conclui enfaticamente: trata-se de um cubo.

Assim, as especificações espaciais do objeto em questão irão depender da posição do observador, sendo, pois, relativas a ele. Mas também as especificações temporais são relativas e dependem do observador.

Isto nos parece inverossímil quando constatamos que eventos verificáveis ao nosso derredor vão chegar a cada qual, individualmente, em uma mesma seqüência temporal passando-nos a impressão de que observamos tais eventos instantaneamente, isto é, ao mesmo tempo em que estes ocorrem. Ora, a velocidade da luz é de aproximadamente 300.000 km/s. É tão elevada sua propagação pelo meio ambiente que vai proporcionar a idéia de instantaneidade.

Mas a luz demanda algum tempo para deslocar-se do evento ao observador, possibilitando a percepção visual do fenômeno.

Por aí se deduz que observadores diferentes, sejam situados a longas distâncias, sejam deslocando-se a grandes velocidades, ordenarão, cada qual deles, diferentes seqüências temporais de um dado evento, especialmente quando tais velocidades se aproximam da velocidade da luz, originando-se, daí, resultados significativos da relatividade do tempo.

Esclareçamos com novos exemplos!

Como se sabe, a luz do Sol vai demorar oito minutos para se deslocar do seu foco de origem à Terra; assim todas as vezes que olharmos para o Sol, nós o estaremos vendo como ele era há oito minutos atrás. Isto quer dizer que observadores locados em Mundos distantes do nosso Sistema Solar haverão de perceber o nosso Sol, ou, nossa estrela, como ela era há muitos anos atrás.

Da mesma forma que, com poderosos telescópios, podemos hoje observar outras estrelas, porém, como elas eram a milhares ou a milhões de anos passados em função das distâncias astronômicas que nos separam, pois sua luz, viajando a 300.000 km/s pelos espaços cósmicos, só agora vai nos atingir e impressionar nossos sentidos.

Por conta disso, o que ocorre em um dado instante para um observador, poderá ocorrer antes ou depois para outros observadores, eliminando-se a possibilidade de falarmos de um “determinado” fenômeno em um “dado instante”, de forma absoluta, tendo em vista a relatividade das coisas e de tudo o mais.

Ou seja:

Tudo está relacionado a um observador específico, seus modos de ver, sua situação no espaço, a distância que o separa do evento em questão, de tal forma que: diferentes distâncias espaciais haverão de proporcionar diferentes extensões de tempo provando que uma distância espacial, para certo observador, pode transformar-se em intervalo de tempo para outro, possuindo, pois, espaço e tempo, a mesma natureza geométrica.

O que implica dizer que no modelo da Física Relativística, o nosso universo não comporta apenas as três dimensões conhecidas do espaço tridimensional, e sim quatro, pois teremos a coordenada ‘tempo’ integrando um continuum quadridimensional: o espaço-tempo.

Mas vejamos ainda outras conseqüências relativísticas.

A velocidade, por exemplo, provoca alterações nas medidas do espaço e do tempo, como também nas do comprimento e da massa de qualquer objeto.

Ao passo em que se lhe imprime velocidades, sua massa sofre um aumento e o seu comprimento se contrai na direção do seu movimento, tornando-o cada vez menor. Isto é, todas as medidas de espaço, de tempo, e também de comprimento e de massa de qualquer coisa, são afetadas pela velocidade. Tais medidas, pois, se apresentam como grandezas elásticas, flexíveis e não fixas e invariáveis, o que é um desafio tremendo para a lógica habitual do nosso raciocínio por mostrar que o espaço, por exemplo, é variável, e, o tempo, flexível.

Ou seja: o ‘espaço’ poderá ser maior ou menor e o ‘tempo’ poderá sofrer uma distensão ou um encurtamento desde que certas circunstâncias o permitam.

Note a visão de Cosmos radicalmente nova imposta pela Relatividade.

Ela modifica conceitos arraigados de matéria, de espaço, tempo, luz, leis de causa e efeito, e etc., vindo a abalar as mais firmes convicções do nosso cotidiano e “colocando em falso” o imponente modelo da Física Newtoniana. Mais ainda: já vimos que a Relatividade vai acrescentar outra coordenada aos padrões usuais de comprimento, largura e altura compositores que são da nossa realidade comum representada pelas coisas e objetos de natureza tridimensional.

E, assim, substituindo a Teoria da Gravitação de Newton pela Teoria de um Campo Gravitacional no continuum espaço-tempo, Einstein, com sua Física Intuitiva, vem dar nova luz ao complexo problema sideral, demonstrando, até onde fosse possível, uma nova e revolucionária concepção do Universo em que vivemos.

Ao ser questionado sobre como chegara ao ápice da renomada Teoria, cujos dados foram sendo provados, e proclamados, paulatinamente, de tempos em tempos, Einstein contou que a obteve em uma determinada noite através de uma visão quando, perante problemas tão obscuros e tão insondáveis da natureza, desenhou-se, à sua frente, com impressionante precisão, a imagem perfeita do cosmos num plano grandioso, com sua complexa estrutura e os numerosos corpos celestes orbitando pelo espaço sideral.

Contemplando aquela fantástica visão, ele readquiriu a paz, a certeza de que andava no caminho certo de suas teorizações, de estudos e ideias que passaram a ocupar sua mente muito tempo antes e que foram se consolidando com uma série de publicações científicas em 1905, que compuseram a Relatividade Especial; bem como por outras sucessivas e destacadas publicações, para culminar, em 1915, com os estudos da Relatividade Geral.

Mas esta última, por abordar complicados mecanismos da gravidade e do espaço-tempo com curvas, falta ainda maior confirmação. Mas de qualquer forma, os princípios estabelecidos por Einstein permanecem como os novos pilares do conhecimento moderno enfeixando estudos nucleares, astrofísicos e cosmológicos.

Como cientista: Einstein revolucionou os limites da pesquisa científica, extrapolando o império dos cinco sentidos, pois penetrou os domínios do transcendental e ressaltando, quiçá sem o saber, a comunicabilidade mediúnica, coisas de ordem espiritual.

Chegara a afirmar que:

“O único caminho para a descoberta das Leis elementares do Universo é o da intuição”.

E, como homem: Einstein foi um indivíduo inigualável, que jamais deixou de lutar pelas causas humanitárias e pacifistas. Até podia ser um cético no tocante à existência da Alma, de suas transmigrações e de sua precedência ao corpo físico; mas concebia algo do Supremo, pois deixara escrito que:

“Deus é a Lei e o Legislador do Universo”.

Einstein, pois, deixou transparecer inigualável riqueza interior em conúbio mediúnico, como visto, com a transcendente sabedoria, divulgando e desenvolvendo uma das mais elegantes e fantásticas teorias do nosso tempo, ampliando nossas noções físicas e extra-físicas da grande realidade universal.

Logo, a Ciência moderna, com Einstein, e com muitos outros estudiosos, destruíra o materialismo com o conceito de que: matéria é energia condensada, conversíveis entre si: (E=mc2); sendo o Homem, pois, um complexo biológico dirigido por uma forma de energia ainda mais complexa e, pois, desconhecida; ou seja: a Consciência; ALGO, como dito, ainda mais refinado, (pois: ‘pensante’), que a energia de tais conceitos físicos, propriamente falando.

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio.
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