terça-feira, 30 de maio de 2017

JEAN-BAPTISTE ROUSTAING: RÉPLICA PRIMEIRA (43o. e.Book)



Fernando Rosemberg Patrocinio

(43o. e.Book)

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JEAN-BAPTISTE ROUSTAING:
RÉPLICA PRIMEIRA

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INTRODUÇÃO SIMILAR

CRÍTICA E RÉPLICA PRIMEIRA

DESPEDIDA FRATERNAL

A QUESTÃO ROUSTAING (Refutação)

RELAÇÃO NOSSOS E.BOOKS

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Introdução Similar Para
As Três Réplicas:

Não é novidade para nós, operosos espiritistas, que estamos lidando, estudando e trabalhando com um dos mais importantes aglomerados doutrinais da face terrena: o Espiritismo, ou, como queiram: Doutrina dos Espíritos Superiores ao comando de um Indiscutível Mestre Universal: o Cristo-Espírito-Puro: Uno com o Pai - o Supremo Criador.

De saberes profundos, de conhecimentos obtidos via mediunidade, o referido: Espiritismo é, pois, conjunto de ensinos dos Espíritos sobreviventes, e que surge no Mundo terreno como promessa daquele mesmo Jesus de nos enviar ‘O Consolador’: Terceira Revelação da Lei de Deus. Caracterizando-se como Ciência, Filosofia e Religiosidade-Moral, óbvio ficar evidente, que, por tal complexidade mesma, um dos equívocos espiritistas (máxime dos ortodoxos) mais recorrentes, rotineiros e usuais, diz respeito ao problema de se discernir, por exemplo, o que é apenas e tão-só a opinião de Allan Kardec, e o que é, do conjunto harmonioso, de ensinos vários, dos referidos Espíritos Reveladores.

O que é compreensível, pois que, afinal, o Espiritismo conta com tão-só 150 anos desde sua elaboração primeira, que se dera, como se sabe, em meados do Século 19, mais exatamente, a partir de 1857 com a publicação de sua obra principal: “O Livro dos Espíritos” (AK). Sendo que, a partir de então, até hoje, neste ano de 2017, conta-se, no movimento espírita, com cerca de duas mil obras verossímeis, (alguns falam em 5.000 obras mais ou menos confiáveis), prontas para serem digeridas e estudadas, mas digo, seriamente estudadas, refletidas e praticadas pelos seus mais distintos seguidores.

Pois, do contrário, continuaremos a fazer críticas de textos críticos, como, por exemplo, com o que faremos a partir deste, que implica em três partes distribuídas por três e.Books. Este, e, mais dois.

Assim, pois, das críticas levantadas pelo texto:

“Roustaing Sob a Ótica de Jose Passini, Astolfo Olegário e Leonardo Marmo”, do ‘Jornal O Rebate’, postado em 20.04.2015, em que tais espiritistas refutam a obra “Os Quatro Evangelhos”(1866 - João Batista Roustaing - Feb) ...

E, como é do nosso direito:

Estaremos a retrucá-lo com os referidos e.Books já citados, mas o faremos em perspectiva de alto nível, de modo simples, mas com a luz da verdade, pois, dos Amigos da Espiritualidade, que nos inspiram, nada vem de rasteiro, ou de inútil, mas tão só de algum proveito para os que hoje se debatem dissonantes, mas com esperança de nos tornarmos mais acordes no futuro, no amanhã espiritual de todos nós.

De tal modo que: não vai aqui nenhuma intenção de ultrajar tais pessoas, mas sim, e, tão-só, de esclarecer, de se estudar melhor referida questão que, como se nota, não partira de nós, mas dos críticos de Roustaing e de sua primorosa obra: ministrada pelos Espíritos dos próprios Evangelistas, dos demais Apóstolos, e, por Moisés. O que fazemos, pois, nada mais é que o nosso direito de resposta aos que se julgam bons catedráticos em Espiritismo, quando somos, todos nós, não mais que aprendizes de tão complexa, tão augusta e tão nobre Doutrina, sendo esta, não nossa, mas, repito, dos Espíritos Superiores.

Sendo que, em tal direito - de resposta – notar-se-á que a obra de Roustaing parte das obras básicas codificadas para informar mais, detalhando e acertando o que não pudera ser feito por Kardec, em face de tantos campos a serem pesquisados e desvendados pelos estudiosos da grande fenomenologia espirítica.

Logo, para os que desconhecem, informamos que Kardec e Roustaing foram contemporâneos, amigos espiritistas, tendo o primeiro organizado “O Livro dos Espíritos” e o publicado em 1857; e o segundo, organizado “Os Quatro Evangelhos” até 1866 quando o publicara; sendo ambos, pois, na França.


Sendo o que tínhamos a dizer nesta breve introdução, vamos ao que mais interessa de nossos estudos críticos e defensores da Verdade e do Bem.

CRÍTICA E RÉPLICA PRIMEIRA

Assim, vamos ao que mais nos interessa: à nossa réplica, lembrando que: a Crítica de Astolfo Olegário, dirigida à obra Roustaing – “Os Quatro Evangelhos” (Feb), estará registrada na cor vermelha; e, nossa Refutação, na tonalidade azul.

Crítica:

Sempre entendi que a discussão em torno da obra “Os Quatro Evangelhos”, dada a lume pelo advogado J.-B. Roustaing, devia – e ainda deve – cingir-se exclusivamente aos seus aspectos doutrinários, ou seja, primeiro é preciso conhecer a obra para depois criticar ou defendê-la. Eis o motivo pelo qual, até este momento, jamais tratei do assunto, seja aqui, seja na tribuna. 

Refutação:

Para tal Item não se trata, propriamente de uma refutação, mas sim, de uma plena concordância, pois nunca fomos adeptos do “não li e não gostei”, mas sim do estudo sério e meditativo do que se lê, do que se estuda, e, pois, reflete consigo mesmo ou com seus superiores hierárquicos incumbidos de nossa proteção, ou, nossa transformação para melhor: cognitiva, axiológica, espiritual e moral.

Crítica:

Alguém, porém, me pergunta que problemas há na referida obra e – caso existam – por que a editora da Federação Espírita Brasileira (FEB) a divulga e tantos nomes ilustres em nosso meio a defendem.

Os adeptos do chamado roustainguismo formam, de fato, um contingente numeroso. Pelo menos é o que informa Luciano dos Anjos em seu livro “Os Adeptos de Roustaing”, publicado em agosto de 1993 pela Associação Espírita Estudantes da Verdade, de Volta Redonda (RJ).

Respondendo à indagação inicial, digo que é fácil perceber na obra de Roustaing a existência de quatro pontos que a tornam incompatível com a Doutrina Espírita exposta nas obras de Kardec, Delanne, André Luiz e Emmanuel. (sublinhado do refutador). Claro que, excetuados esses problemas, ela apresenta coisas atraentes, especialmente no que se refere à apresentação primorosa que a FEB lhe deu, um cuidado que jamais a editora teve com quaisquer outras obras. 

Refutação:

Primeiro:
Devo esclarecer que a obra de Roustaing encerra, como fulcro central, a revelação de que Jesus não detivera, como os demais Espíritos humanos, um veículo de manifestação corporal como o nosso: de carne e osso. Mas isto não é incompatível com a Doutrina Espírita, ou seja, com o Espiritismo, que, por ser Doutrina dos Espíritos Superiores, eles nunca, em tempo algum, se mostraram desfavoráveis ao conteúdo da obra de Roustaing.

Se buscarmos, por exemplo, “O Livro dos Espíritos” (AK), que se trata, por sinal, do nosso Livro-Mor do Espiritismo, veremos que o mesmo, na questão 113, ministra de modo claro que os Espíritos Puros – e Jesus é um Espírito Puro – não mais se encontram: “sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis”, (sublinhado nosso), corpos, pois, torno a repetir, de carne e osso como os nossos presentes corpos biológicos e materiais.

E destacam que: tais Espíritos: “Não sofrem influência da matéria”. (sublinhado nosso). E, mais ainda, eles detêm: “Superioridade Absoluta em relação aos Espíritos de outras ordens”. (sublinhado nosso).

Logo, desmentindo o texto em refutação, a obra de Roustaing não é incompatível com a obra organizada por Kardec, e, inclusive, com o seu importante “O Livro dos Espíritos” (AK), que lhe endossa o conteúdo doutrinário fundamental do referido Corpo Fluídico Materializado do Cristo, de quando esteve dentre nós.

E segundo:
Que a obra de André Luiz, de modo igual, não rejeita a magnânima obra de Roustaing – como quer o texto de Astolfo Olegário - pois admite, com prefácio de Emmanuel, que Jesus É um Homem-Deus que: Tudo pode e Tudo pôde quando estivera dentre nós, os humanos, sendo possível, pois, de aparecer e desaparecer, de materializar e desmaterializar-se, de súbito, seu veículo divino de manifestação, aturdindo seus pares humanos de corporeidade material, densa e biológica, distinta da corporeidade transfísica do Cristo:

“Em Jerusalém, no templo, (Jesus), desaparece de chofre, desmaterializando-se ante a expectação geral”... ,
e...
“Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhes os agentes e reintegrando-os à vontade...”.

(Vide: “Mecanismos da Mediunidade” – Chico Xavier – Espíritos: André Luiz, prefácio de Emmanuel - Feb).


Ressaltando-se, mais ainda, que não só os sábios Espíritos de André Luiz e Emmanuel confirmam a verdade da obra de Roustaing, como também, os iluminados Espíritos de Vianna de Carvalho, Joanna de Ângelis, Áureo, nas obras dos médiuns Divaldo P. Franco e Hernani T. Sant’Anna, sendo tais, respectivamente, “À Luz do Espiritismo” (Alvorada Editora) e “Universo e Vida” (Feb). 

Mas retornemos ao texto do crítico e a novas réplicas ao mesmo; alega o respeitoso Sr. Astolfo em sua:

Crítica:

Os quatro pontos a que me refiro são estes:

I. A tese de que a encarnação não é obrigatória, nem mesmo necessária, e só se dá em caso de queda do Espírito. A evolução da criatura humana, após a passagem do princípio inteligente pelos reinos inferiores da criação, ocorreria, segundo Roustaing, em cidades espirituais nas quais o Espírito reveste tão-somente um corpo fluídico – o perispírito. Se o indivíduo apresentar nessa condição algum defeito a ser corrigido (vaidade, inveja etc.), aí sim, por castigo, terá de encarnar. A reencarnação seria uma conseqüência dessa primeira encarnação. O assunto é tratado no volume 1, pp. 317 e 321, no volume 3, p. 91, e no volume 4, p. 292, da 8a edição, de agosto de 1994, publicada pela FEB.

Nossa Refutação:

Para este tópico da crítica a Roustaing, em que o texto alega que: ‘A tese de que a encarnação não é obrigatória, nem mesmo necessária, e só se dá em caso de queda do Espírito’, devemos observar que aquele mesmo “O Livro dos Espíritos” (AK), ministra na Introdução de sua obra que:

“O Mundo Espírita é o Mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. O Mundo Corporal (de matéria) não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do Mundo Espírita”. (Opus Citado – Ide).

Ora, é bem sugestivo que o Mundo Corporal poderia não ter jamais existido, e daí, questiona-se: o que ocorrera no Mundo Espiritual para que o Mundo Corporal passasse a existir? Não poderia ter sido uma possível queda do Espírito rebelde do seu Mundo espiritual de origem?

Cremos que sim, pois o mesmo e referido “O Livro dos Espíritos” (AK), encerra diversas outras questões neste mesmo sentido, e, inclusive, o sábio Espírito Lammenais que, ao Item 1008, exorta com veemência:

“Pobres ovelhas desgarradas, sabei pressentir, junto a vós, o Bom Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de Sua Presença, vem Ele mesmo ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco. Filhos pródigos, abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna: o Pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno à família”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – AK – 1857 – Ide)

Ora, Lammenais é claro e inteligível a todos: ele usa os vocábulos, ou, termos, ou, ainda, se o quisermos: os verbos: Reconduzir e Retornar. O que expressa de forma clara e objetiva que estamos de RETORNO; o que expressa, evidentemente, que lá mesmo, na pátria espiritual, estivéramos outrora, e que, agora, pós Queda espiritual, para lá retornamos por regras e leis impostas para a nossa regeneração.

O que nos faz recordar, ainda, o nobre Espírito André Luiz, prefaciado por Emmanuel, na obra “E a Vida Continua” (Feb – Chico Xavier) aludindo que:

“A evolução é a nossa lenta caminhada de retorno para Deus”. (Opus Citado).

Mas “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é mais explícito ainda, pois que, no Capítulo 3, ‘Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai’, Item 16, Mundos Regeneradores, da Feb editora e de outras mais, diz:

“Já se vos há falado de Mundos (espirituais) onde a Alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a Alma para praticar o bem. Mas, ah! Há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam a ser dignas da glória que lhes fora destinada”. (Opus Cit.).


Noutros termos, somos Espíritos que, de início, estávamos plenamente Conscientes nas estadias do Mundo Espiritual, e que sucumbimos ou decaímos por motivos patológicos vários, e, por tais mesmos, viemos para os Mundos (materiais), em que, vias palingenésicas, estamos nos depurando, nos regenerando pela busca da glória que, desde aqueles tempos, nos aguarda por nossa vitória nos trâmites evolutivos do Cosmos universal.

Logo, a obra codificada pelos Espíritos Superiores em Kardec, e, a obra mediúnica dos mesmos Espíritos Altaneiros, com Francisco Cândido Xavier, não rejeita, ou, não rejeitaram a obra de Roustaing, mas a confirmaram sobejamente. Logo, a encarnação, e a sua derivante evolutiva na forma de reencarnação, se dão, especificamente: por queda do Espírito falido, rebelde e transgressor. Já, os Espíritos observantes da Lei, estes cumprem seus progressos no Mundo Espiritual mesmo sem precisar passar pelas muitas tribulações, dores e adversidades da reencarnação.

Reencarnação que, aliás, o Item 167 de “O Livro dos Espíritos” (1857 – AK) esclarece em sua resposta sobre a mesma, alegando que trata-se de: “Expiação”!

Logo, estamos aqui, na Terra, como Espíritos falidos; e, pois, estamos aqui para expiar e, ao mesmo tempo, para progredir. E, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK - Ide), Cap. 5, Item 27, confirma ao expressar:

“Resumamos assim: estais todos na Terra para expiar; mas todos, sem exceção, deveis empregar todos os vossos esforços para abrandar a expiação de vossos irmãos segundo a Lei de Amor e de Caridade”. (Opus Cit.).

E, de modo igual, informa a resposta 676 de “O Livro dos Espíritos” (AK - Ide), de que o Trabalho, seja ele qual for, como atividade de todos nós: os Espíritos reencarnados, vem a tratar-se de:

Uma expiação, e, ao mesmo tempo, um meio de aperfeiçoar sua inteligência”. (Opus Cit.).

Logo, o trabalho, nossa operosidade espiritual, ou material, e, portanto, seja ela qual for, em sendo impostos a todos, trata-se, segundo “OLE” (AK), de uma “expiação”, e, portanto, expiação de todos os Espíritos humanos reencarnados e, conforme, ainda, ao nosso “OESE”, ambos codificados por Kardec; o que confirma nossa Queda espiritual.

Crítica:

II. Ao ter de encarnar, o Espírito fá-lo-á em um Mundo Primitivo, encarnando-se aí num corpo rudimentar que viverá, como os animais, do que encontrar no solo. “Não poderíamos compará-los melhor do que a Criptógamos Carnudos”, diz o livro em seu volume 1, p. 313. Um exemplo conhecido de ‘Criptógamo Carnudo’ são as nossas lesmas. O livro de Roustaing está dizendo, portanto, que uma Alma humana, depois de viver numa cidade espiritual, encarnará numa forma animal que nem mesmo chegou ao nível dos vertebrados, um ensinamento que reedita a doutrina da metempsicose, rejeitada formalmente pela Doutrina Espírita. O assunto é tratado ainda nas pp. 299 e 312 do volume citado.

Nossa Refutação:

Que fique claro: não se trata de metempsicose, e sim: de Queda do Espírito que, sabendo da Lei, a ignorara por rebeldia e transgressão. Ora, isto, de Queda espiritual, se verifica o tempo todo, ao nosso derredor mesmo, quando, por rebeldia e transgressão, os Seres humanos, Espíritos aqui aportados, cometem os mais bárbaros crimes: roubam, torturam, matam, exploram, saqueiam, num regime de insanidade mental, que nos faz entrever, o quanto não o fariam num Mundo Primitivo se não estivessem mais desprovidos, ainda, de sua liberdade, e, pois, num corpo bem mais primitivo, restrito e incompleto em suas funções; mas que evolverá.

E, quanto à citação do ‘Criptógamo Carnudo’, tratou-se, apenas, de uma comparação dos nossos corpos humanos - de um Mundo Provacional como a Terra - com os corpos humanos de um Mundo Primitivo que, em seu desprimor, e inferioridade, muito se distingue do que conhecemos do nosso atual estágio de corpo humano. Sobre este tema já tratamos, longamente, com Luciano dos Anjos, em nosso 42º. e.Book de título: “Síntese Embriológica do Homem”.

Logo: o texto em questão ao proferir que:

“Um exemplo conhecido de ‘Criptógamo Carnudo’ são as nossas lesmas. O livro de Roustaing está dizendo, portanto, que uma Alma humana, depois de viver numa cidade espiritual, encarnará numa forma animal que nem mesmo chegou ao nível dos vertebrados”, ...

Óbvio que o texto do Sr. Astolfo Olegário está cometendo um desacerto apreciável com tais escritos, pois a obra de Roustaing, em sendo uma Revelação de Espíritos Superiores, ela se acopla, com sabedoria e justeza, à Revelação codificada pelo Espiritismo kardequiano, tratando-se, uma e outra, de revelações em que tais Espíritos não burlariam e tampouco diriam coisas infames, mentirosas e detestáveis.

Ora, tais indivíduos: os ‘Criptógamos Carnudos’, tratou-se, e trata-se, na verdade, de um ser híbrido não existente, e, portanto, tratou-se, e trata-se, de uma comparação do que somos hoje com o que fôramos ontem. E, pois, o referido ‘Criptógamo’, refere-se, emblematicamente, aos corpos primeiros dos Espíritos humanos encarnados, e reencarnados, em seu estágio mais rudimentar, e, portanto, de um Mundo Primitivo, que se distingue, e muito, de um Mundo mais evolvido, como o Provacional, por exemplo, do nosso presente estágio de progresso intelecto-moral.

Logo, ao utilizar-se do termo ‘Criptógamo’, que, como se sabe, trata-se de vegetais com órgãos reprodutores pouco aparentes, os Espíritos Instrutores da obra de Roustaing, pretendiam ministrar que os corpos de nossos ancestrais de Mundos Inferiores, conquanto sejam: machos e fêmeas, são muito diferentes do que conhecemos de um Mundo Provacional, que é superior ao primitivo, em que seus habitantes, Espíritos também humanos, detinham, ou detém, órgãos sexuais pouco aparentes relativamente ao que se sabe, ou que sabemos, do nosso Mundo mesmo.

Logo, tais elementos, são Espíritos que, por sua Queda involutiva, estiveram a habitar corpos humanos rudimentares, tendo os membros: “por assim dizer, em estado latente” (Tomo 1: “Os Quatro Evangelhos” – Roustaing – Feb), mas que se vão desenvolvendo modo paulatino, nas muitas vidas, encarnações e reencarnações, “por maneira que o Espírito os possa usar e aperfeiçoar” (Opus Citado) no curso dos milênios, de sua expiação salvífica nos Mundos Primitivos, Mundos também de Deus, mas na ordem primeira das inumeráveis esferas universais.

Modo comparativo, ainda, solicito ao Culto e Prezado Leitor de tais páginas que consulte, em quaisquer sites da Internet, as descrições do Embrião humano, com os referidos desenhos, gráficos ou fotografias mesmas, sobretudo dos três, quatro e cinco semanas de gestação. Nas quatro primeiras semanas - mais exatamente - veremos já o esboço de nós mesmos: a formação ou representação de uma cabeça bem grande ligada à coluna espinal; a formação primária do sistema digestório; uma completa indefinição sexual e de pequenos brotos que darão origem aos braços e pernas, estando, pois, seus membros, em estado latente, ocultos, mas em estado subentendido, acaçapado, dissimulado.

Nesta fase, de quatro semanas, estaria o Concepto humano (embrião) recapitulando, ou seja: recordando o que a obra de Roustaing identifica como ‘Criptógamo Carnudo’?

E, isto, torno a dizer:

Pelo fato de que tais indivíduos – os ‘Criptógamos’ - são Espíritos humanos em seu estágio mais decadente, mais primitivo; são Espíritos que, por sua Queda involutiva, habitam, ou habitaram, corpos rudimentares, tendo os membros, “por assim dizer, em estado latente” (Tomo 1: “Os Quatro Evangelhos” – Roustaing – Feb), mas que se vão desenvolvendo de modo mui lento, nas muitas vidas, encarnações e reencarnações, “por maneira que o Espírito os possa usar e aperfeiçoar” (Opus Citado) no curso dos milênios, de sua longa expiação educativa nos Mundos primitivos da universalidade astronômica.

E, o texto do Sr. Astolfo, ao proferir que:

“O livro de Roustaing está dizendo, portanto, que uma Alma humana, depois de viver numa cidade espiritual, encarnará numa forma animal que nem mesmo chegou ao nível dos vertebrados”, ...

Refutamos com veemência tais dizeres, pois, em nosso estudo sério e, não depreciativo, da formidável obra de Roustaing, não temos tal informação, de uma ‘forma animal que nem mesmo chegou ao nível dos vertebrados’. E, pois, se não há instrução formal de tal coisa, trata-se, a referida informação prestada pelo Sr. Astolfo, de uma dedução de sua responsabilidade, e, por sinal, equivocada, pois não prestada pela obra de Roustaing.

Para consolidar e exemplificar mais, sabe-se que: “a ontogênese recapitula a filogênese”, (Ernst Haeckel), e, pois, temos que o Embrião humano, deste nosso Mundo Provacional, e, tal como os demais de outras espécies, estará a exibir, em seus primeiros dias, pronunciada semelhança com um:

-Peixe: tem um coração com duas cavidades, vesícula vitelina, reentrâncias branquiais e cauda recurvada como a do cavalo marinho.

Após certo tempo, porém, ele vai recordar classes superiores a tais elementos, ou seja, do que se conhece por:

-Anfíbio: indivíduos que circulam pela água e pela terra, pois tais elementos, mais ainda, desenvolvem uma terceira cavidade cardíaca, as brânquias se atrofiam, os pulmões aparecem e a cauda regride.

Mais adiante, ainda, o Embrião humano parece recordar um:

-Réptil: pois seu coração evolve outro passo adquirindo alguma parecença com indivíduos de tais envergaduras estruturais.

E diferenciando-se um tanto mais, temos o surgimento do que se entende como:

-Mamífero: porquanto surgem as quatro cavidades do coração, a homotermia, a presença de pêlos no corpo indicando que o Concepto humano alcançou tal classe de manifestação biológica e vivencial. Sendo que, destes dois últimos períodos, do réptil ao mamífero, o Concepto, ou Embrião humano, encontra-se em períodos da quarta e da quinta semana de gestação.

E, nesta mesma, na quarta semana, é que temos, pelo menos em tese, mas de modo bem visível, o que a obra de Roustaing define como ‘Criptógamo Carnudo’, pois o Embrião humano estará dotado de uma cabeça bem grande ligada à coluna espinal; a formação primária do sistema digestório; uma completa indefinição sexual, e, pasmem vocês, de pequenos brotos que darão origem aos braços e pernas, estando, pois, seus membros, em estado latente, ocultos, mas torno a repetir como já dito supra: em estado subentendido, acaçapado, dissimulado.

Nesta fase de quatro semanas, pois, repito e questiono:

Estaria o Concepto humano (embrião) recapitulando, ou seja: recordando o que a obra de Roustaing identifica, figuradamente, como ‘Criptógamo Carnudo’?

Sendo que, para tal, ainda, devemos acrescentar que a obra de Roustaing, admite, tal como o Espiritismo de Kardec, que o princípio inteligente inicia sua trajetória evolutiva a partir do reino mineral, trafegando, evolutivamente, ainda, pelos reinos vegetais e animais, (exceto hominais, ainda), quando, então, pela obra de Roustaing, referido princípio inteligente, em se tornando Espírito, e, dantes de seguir para o plano hominal, é recolhido por seus superiores hierárquicos, para, então, como Espírito Consciente, receber instruções atinentes à sua nova e superior condição: espiritual e moral.

É quando, então, por sua livre escolha, pode o Espírito alçar-se ou quedar-se, pondo-se acorde ou discorde da Lei, prosseguindo sua evolução consciente pela escolha primeira (subida espiritual) ou sua involução (queda espiritual) pela escolha segunda, decaindo nos Mundos Primitivos para novos cursos de aprendizado expiatório, mas também evolucional.

Devendo esclarecer, mais ainda, que a primorosa obra de Roustaing, fala que, pela referida queda:

“O homem aporta a essas terras no estado de esboço, como tudo que se forma nas terras primitivas” (Tomo 1: “Os Quatro Evangelhos” – Roustaing – Feb); mas vejam bem, (e, como sublinhado), o homem: é o que diz o texto de Roustaing. Ora, que homem é invertebrado como o quer o texto do Sr. Astolfo Olegário?

Por outro lado, ainda, dita queda do Espírito estará: “conforme ao grau de culpabilidade e nas condições apropriadas às exigências da expiação e do progresso, ou em Terras primitivas, ou em Mundos já habitados por Espíritos que faliram anteriormente”. (Tomo 1: “Os Quatro Evangelhos” – Roustaing – Feb).

Crítica:

III. A encarnação, que normalmente não é necessária, só se dá em caso de Queda do Espírito, uma alusão à retrogradação da Alma, que o Espiritismo não admite. Os motivos, diz a obra, são diversos e seus resultados, terríveis. “Qualquer que seja a causa da queda, orgulho, inveja ou ateísmo, os que caem, tornando-se por isso Espíritos de trevas, são precipitados nos tenebrosos lugares da encarnação humana, conforme ao grau de culpabilidade, nas condições impostas pela necessidade de expiar e progredir”, eis a lição transmitida na obra em seu volume 1, p. 311. 

Nossa Refutação:

Já vimos que, de fato, a encarnação e respectiva reencarnação não são necessárias. Ora, Deus-Pai é Espírito e nos criara como Espíritos-filhos para a Vida Plena de Espiritualidade; e, pois, o fenômeno palingenésico dos Mundos materiais resulta, ou resultara da Queda espiritual daquela mesma criatura: Espírito-filho, que, destoando da Lei, se desequilibrara por rebeldia e insurreição. Para maiores informes da questão, que se consulte a obra de Roustaing bem como a de Pietro Ubaldi, e, mais ainda, a de Francisco Cândido Xavier; bem como nossa ‘Trilogia’ de e.Books:

-“O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual”;
-“O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo”; e:
-“O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos”.

Bem como, se o quiserem, que se consulte também nosso 38º. e.Book: “Geometria Cósmica do Espiritismo”; ou, ainda: nosso 61º.: “Espírito da Verdade” (Queda e Salvação).

Crítica:

IV. Afirma Roustaing que Jesus não encarnou para vir à Terra trazer-nos a Boa Nova. Seu corpo teria sido fluídico. Ele fora, assim, um agênere, um Espírito materializado e desse modo se explicariam seu desaparecimento dos 12 aos 30 anos, período do qual ninguém fala, e o sumiço do corpo material nos dias seguintes à crucificação. O assunto é tratado nos quatro volumes da obra, constituindo um dos aspectos mais conhecidos da doutrina roustainguista e, por isso mesmo, o mais criticado.

Allan Kardec examinou em suas obras os quatro assuntos acima focalizados: a encarnação do Espírito como requisito indispensável à evolução espiritual e ao progresso dos planetas; a metempsicose, que rejeitou expressamente; o princípio da não-retrogradação da Alma e a natureza corpórea do corpo de Jesus, ao qual dedicou os itens 64 a 67 do cap. XV de seu livro “A Gênese”. 

Nossa Refutação:

Nossos e.Books citados acima, pertinentes ao “O Livro dos Espíritos” (AK) e à Queda dos insurgentes, resolvem, amplamente, ditas questões. E, com relação à: ‘natureza corpórea do corpo de Jesus’, de fato, o Sr. Kardec, em sua opinião, ou seja, estritamente de ordem pessoal, lhe admitia como sendo de natureza material, ou, noutros termos: carnal.

O que expressa o equívoco de Kardec, pois, como já vimos, “O Livro dos Espíritos” (AK), por ele mesmo organizado, no Item 113, prescreve que Espíritos Puros, como o do Cristo, obviamente, não encarna e tampouco reencarna em corpos perecíveis, de matéria, de carne e osso, pois tais Seres, em sendo Puros, transcendem a Tudo quanto se refere à grosseria e materialidade dos Mundos universais.

Devo trazer, ainda, como ilustração, o que se encontra em outro livro também codificado por Kardec: o terceiro deles: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), Capítulo 3, Item 9, (Ide), que é parte, vejam bem, de um extrato, ou, como queiram:

Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores”. (Opus Citado).

Nele temos que:

“Nos Mundos que atingiram um grau superior, as condições da vida moral e material são bem outras que as de sobre a Terra. A forma do corpo é sempre, como por toda parte, a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O corpo nada tem da materialidade terrestre, e não está, por conseguinte, sujeito nem às necessidades, nem às doenças, nem às deteriorações que engendram a predominância da matéria; os sentidos, mais delicados, têm percepções que a grosseria dos órgãos sufoca neste Mundo”. (Opus Cit.);

E notemos o trecho que se segue:

“A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se arrastar penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na superfície, ou, (o Ser, simplesmente:) plana na atmosfera sem outro esforço senão o da vontade, à maneira pela qual se representam os Anjos”. (Opus Cit.).

Aqui, pois, temos comparações que vão do referido ‘Criptógamo’ ao ‘Anjo’.

Roustaing, em seu Tomo 1, fornecendo-nos “ideia da criação humana”, refere que tal indivíduo, o ‘Criptógamo’, dos Mundos Primitivos: “rasteja, ou antes desliza, tendo os membros, por assim dizer, em estado latente”. (Opus Citado).

E mesmo num Mundo acima do Primitivo, um Mundo Provacional como o nosso, temos exemplos de Espíritos que renascem, por expiação, em corpos humanos desprovidos de braços e pernas, não sendo, pois, dita situação, uma característica específica de Mundos Primitivos.

E, o referido “Resumo dos Espíritos Superiores”, de “OESE” (AK), diz o mesmo que Roustaing, informando que, nos Mundos Atrasados, o Ser está a “se arrastar penosamente sobre o solo”; mas que, nos Mundos Superiores, de Espíritos purificados, eles podem esvoaçar, planar, flutuar, volitar com seus corpos sutis, e similares, o que remonta, de certa forma, ao corpo fluídico e materializado do Cristo, de quando esteve entre nós!

Logo, as obras principais do Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores, codificadas por Allan Kardec, confirmam, sobejamente, as obras de “Os Quatro Evangelhos”, codificadas por Jean-Baptiste Roustaing.

E, quanto às opiniões do Sr. Kardec, quanto a isto, e, quanto àquilo, são só opiniões que os seus idólatras insistem em divulgar como verdades inabaláveis, quando não passam de cogitações, muitas delas, claudicantes e já sanadas pelos Espíritos Superiores.

Crítica:

A conclusão que podemos tirar, à vista do exposto, é uma só: os espíritas que apoiam a obra de Roustaing certamente não a leram; pelo menos é o que deve ter ocorrido com escritores importantes que a elogiaram em certa época e depois mudaram de ideia, como os saudosos confrades Carlos Imbassahy e Henrique Rodrigues.

Nossa Refutação:

Ora, Sr. Astolfo, devo dizer, e, nossos escritos assim o corroboram - pois que somos autores de cerca de quinhentos textos e de meia centena de e.Books - e, portanto, nós não só lemos, como também estudamos, e refletimos, não só a obra de Jean-Baptiste Roustaing, como também, a obra de Kardec, de suas opiniões, acertadas umas e equivocadas outras, donde o Espiritismo: como Doutrina dos Espíritos Superiores, estes, por sua vez, não excluem a obra do primeiro – de Roustaing – mas a confirma em seus diversos pontos, o que fora, ainda, ratificada, no Século 20, sobretudo pela magnânima obra de Francisco Cândido Xavier.

E quanto aos que ‘elogiaram em certa época e depois mudaram de ideia, como os saudosos confrades Carlos Imbassahy e Henrique Rodrigues’, temos a dizer que tais elementos não só não estudaram como, de modo igual, não entenderam Roustaing, como é o caso de muitos espiritistas apressados que, com seus pobres textos, suas obrinhas de escassas linhas e páginas, encerram claras intenções de destruir e menoscabar uma obra que, em quatro volumes magistrais, como a de Roustaing, ultrapassa de muito, em número de páginas, os cinco volumes da obra codificada por Allan Kardec. 

E dizer que, por isto mesmo, a obra de Roustaing é maçuda, pesada e repetitiva, digo que tal conduta reprovativa, é própria dos indolentes que querem tudo pronto e acabado, como se a cultura, a sabedoria, não nos reclamasse sacrifícios, pelejas, dores para se adquiri-las e, enfim, domá-las.

E pensam, tais detratores, seja do passado, seja do presente, que basta suas poucas, apressadas e ingênuas linhas para destruir Roustaing: obra superior, um complemento fundamental do Espiritismo, como fora muito bem lembrado pelo best-seller de Francisco Cândido Xavier que, novamente, anoto:

“Foi assim que Allan Kardec, a 3 de Outubro de 1804, via a luz da atmosfera terrestre, na cidade de Lião. Segundo os planos de trabalho do Mundo Invisível, o grande missionário, no seu maravilhoso esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares da sua obra, designados particularmente para coadjuva-lo, nas individualidades de”:

-“Jean-Baptiste Roustaing, que organizaria o trabalho da fé; de”:

-“Leon Denis, que efetuaria o desdobramento filosófico; de”:

-“Gabriel Delanne, que apresentaria a estrada científica e de”:

-“Camille Flammarion, que abriria a cortina dos mundos, desenhando as maravilhas das paisagens celestes, cooperando assim na Codificação Kardeciana no Velho Mundo e dilatando-a com os necessários complementos”. (Vide: “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” – Prefaciada pelo Espírito de Emmanuel e escrita pelo Espírito de Humberto de Campos - Feb).

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NOTA COMPLEMENTAR:

Sabe-se, além do mais, que o próprio Cristo, de viva-voz, dissera que não fora nascido de mulher, e o declara em Mateus, Capítulo 11, v.11:

“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher tem nascido não apareceu alguém maior que João o Batista”,... (Gideões Internacionais).

Ou, ainda:

“Entre os nascidos de mulher não se levantou ninguém maior do que João Batista”;... (Torre de Vigia).

Ou, se quiserem, ainda:

“De todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista”. (Bíblia Católica).


Ora, todos sabem que Jesus, desde tempos imemoriais é Espírito Puro, o mais elevado Ser que já aportara por aqui, no Mundo terreno. E, pois, Ele mesmo informa que não fora nascido de mulher, e que, dentre os nascidos de tal forma e modo, João fora o Espírito mais elevado dentre tais.

DESPEDIDA FRATERNAL

Assim, pois, finalizo com um grande e fraterno abraço a todos, rogando ao Sr. Astolfo Olegário, nosso pedido de desculpas, se, na presente ocasião, se ressentira conosco, ou seja: com nossa devida, mas necessária refutação ao vosso texto, que só o fizemos em defesa da verdade e do bem.

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A QUESTÃO ROUSTAING (REFUTAÇÃO)

Na verdade, a Obra “Os Quatro Evangelhos” (Feb) de Jean Baptiste Roustaing conquistara mais amigos e simpatizantes do que opositores da magnânima obra, sendo os primeiros, obviamente, espiritistas esclarecidos, estudiosos, e, eu diria, até mesmo, elementos mais evolvidos que aqueles outros, que, pelo visto, não estudam, não refletem, mas tão só repetem a costumeira ladainha dos inimigos, dos rivais e perseguidores de plantão.

O maior exemplo de espiritistas sábios, dotados de uma cultura universal, e, por isto mesmo, defensores da importante obra tratou-se, a nosso ver, do saudoso amigo: Luciano dos Anjos (14.02.1933 – 03.05.2014).

Mas analisemos parte de um texto encontradiço em página espírita da internet, texto que, de cabo a rabo, nos faz apiedar do elemento perseguidor da grandiosa obra de Roustaing, como se tal texto, em sua estupidez, pudesse algo destronar das 2100 páginas de “Os Quatro Evangelhos” (Feb), quando, pelo contrário, qualquer um, desde que, um tanto mais esclarecido, pode constatar que o tiro saíra pela culatra, revelando a sabedoria da obra rustenista e a insolência vergonhosa do texto contrário que, nada construindo, pretende tão-só desacreditar e destruir.

Diz o petulante escrito que:

Aliás, os “evangelistas”, que ditaram “A Revelação da Revelação”, desconhecem mesmo a fisiologia humana, desde que igualmente afirmaram: “O que entra no homem vai aos intestinos e daí para o lugar secreto” (pág. 557, vol. 4). E é essa mística grassa que infelizmente ainda é divulgada em nossa doutrina, lastimavelmente, pois as incongruências filosóficas e cientificas são absurdas. (Vide texto: ‘A Questão Roustaing’ – Abril de 2017 - Luz Espírita – Espiritismo em Movimento).

Só neste trechinho, do perseguidor que se diz espírita, podemos encontrar, pelo menos, três equívocos lamentáveis, em que, intencionando destruir, apenas faz transparecer sua ignorância, sua frágil e tacanha argumentação.

Senão vejamos:

1) Notem que o sombrio texto fala dos “evangelistas”, sendo que, pelo “Livro” (“Os Quatro Evangelhos” - Feb), vemos tratar-se não dos apóstolos evangelistas, e sim, do Espírito Superior de Moisés, esclarecendo fatos dos Dez Mandamentos. (Mentira -1- do grosseiro articulista e perseguidor da renomada obra).

2) O articulista alega que tais “evangelistas” não conhecem a fisiologia humana, pois eles afirmaram que “o que entra no homem vai aos intestinos e daí para o lugar secreto”; notemos que, em tal caso, ocorrera, sim, um pequeno erro tipográfico da editora, pois que, na verdade, faltara a letra “r = erre” no “lugar secreto”, que, pois, trata-se: do “lugar secretor”. Logo, o pobre crítico faz severas advertências aos autores da importante obra de Roustaing, alegando que tais desconhecem a fisiologia humana, numa acusação descabida, falsa, e ainda mais, pouco fraterna, pois parte de um elemento que parece desconhecer um princípio básico de nossa doutrina que ministra: “fora da caridade não há salvação”; ou mesmo, o princípio socrático de que: “prudente serás não admitindo saber o que não sabes”. (Mentira -2- do articulista amador intentando destruir a renomada obra de Roustaing).

3) E conclui o “sapiente” articulista: “E é essa mística grassa que infelizmente ainda é divulgada em nossa doutrina, lastimavelmente, pois as incongruências filosóficas e científicas são absurdas”. Ora, como haver incongruência filosófica, ou científica, se o precipitado articulista nem sabe o que está lendo, nem percebe que houvera um equívoco notadamente tipográfico da editora? (Mentira -3- do principiante a articulista que não lera, não estudara, e, ainda assim, se declara um juiz implacável, quando, em verdade, se rebaixa por sua arrogância e insensatez).

E, pois, cá comigo, estou a questionar:

Como se pode dar crédito a um texto mesquinho deste, repleto de equívocos facilmente detectáveis, e equívocos, pois, não de Roustaing e tampouco dos sábios Espíritos dos Apóstolos, dos Evangelistas e de Moisés?

Mas, para encerrar nossa pequena refutação, vejamos, na íntegra, a sabedoria daquela página de Roustaing, atribuída ao Espírito Superior de Moisés:

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NONO MANDAMENTO

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Não é o que entra no homem o que o macula, disse Jesus, porque o que entra no homem vai aos intestinos e daí para o lugar secretor. O que macula o homem são as palavras que lhe sobem do coração aos lábios. A verdade, em toda a sua simplicidade, deve inspirar as palavras daquele que teme a Deus e procura caminhar nas sendas por ele traçadas. Este Mandamento, apropriado a uma época em que, pelo testemunho de um só homem, um outro homem podia, em certos casos, ser condenado à morte, se estende, avolumando-se de princípios, a todos os séculos e clareia os que se aproximam. Vimos de dizer que ele era apropriado a uma época em que, pelo testemunho de um só homem, podia outro ser condenado à morte. Ainda nos dias de hoje as causas subsistem, porém, porque a justiça dos homens progrediu, como todas as coisas, mais raros são os fatos dessa natureza.

Na época de que falamos, quando este Mandamento apareceu, no período da era hebraica, bastava que um homem acusasse a outro de blasfemo, ou de um pecado, para que esse outro fosse lapidado. E esses costumes, essas tradições hebraicas, por longos séculos e sob diversos aspectos e de pontos de vista diferentes, com relação à era cristã, deixaram traços que ainda se notam nas vossas legislações humanas: civis, políticas e religiosas. Não dar falso testemunho é, em toda ocasião, em todo lugar e em todos os casos, render homenagem à verdade; é desfraldar sem vexame, nem vacilações, o estandarte da verdade; é não temer altear o facho de luz que aclara; é destruir o alqueire que a cobre, para fazê-la brilhar aos olhos de todos.

Não pronunciar falso testemunho é marchar sempre de acordo com a Consciência. (Vide: “Os Quatro Evangelhos” – Jean Baptiste Roustaing – Tomo 4 – Feb).


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E, pois, que nos desculpem por nossa rejeição inteira do defectivo texto de nossos comentários que, pelo visto, não estivera marchando de acordo com a Consciência, pois prestara: Falso Testemunho.

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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