quinta-feira, 25 de maio de 2017

RECAPITULAÇÃO DO CRIPTÓGAMO?


RECAPITULAÇÃO DO CRIPTÓGAMO?

De modo simples, e bem compreensível a todos, vamos abordar aspectos ‘científicos’ da Ontogênese, ou da Gênese do Ser, que, no caso em questão, se limitará, à Gênese Biológica dos Humanos, que implica, ou implicara, ‘filosoficamente’, numa das mais famosas sentenças do Século 19 - e, para todo o sempre - atribuída à genialidade do estudioso evolucionista: Ernst Haeckel (1834 - 1919), de que:

“A Ontogênese Recapitula a Filogênese”!

Ora, recapitular é sinônimo de fazer de novo, de repetir, porém, de modo sumário, resumido e sintético, e, no caso em questão, de nós mesmos ao ventre de nossas mães, quando de nossa gestação. Síntese que, aliás, poderia, ou pode conter, em seus registros, este elemento primordial de nós mesmos – o ‘Criptógamo Carnudo’ – que é objeto de críticas bisonhas de elementos pouco cultuados em Espiritismo, máxime, em seus aprofundamentos, e que, por isto mesmo, expressam suas tolices aos quatro ventos, como se eles soubessem Tudo e conhecessem Tudo do Espiritismo, que, em verdade: tão-só principiam saber.

Mas retornemos à sábia sentença de Haeckel.

Por ela, o seu autor estivera a expressar que: as fases do crescimento embrionário (ontogênese) de nós mesmos: Seres humanos - enquanto no ventre de nossas genitoras - parece consolidar uma síntese (ou recapitulação) genética das demais espécies da fauna terrena (filogênese), tal como se o Homem, em sua essência, tivesse empreendido fases animais anteriores, repito: no percurso da filogênese.

Conquanto Haeckel - cético de tal essência, que implicaria no Espírito palingenésico - o fato é que sua sentença, se desprovida do referido Espírito, perde o seu sentido e o seu real valor, ficando trôpega e manca em suas expressões, suas mais reais fundamentações. Logo, para se admiti-la como fato que é - em suas estruturas biológicas e materiais - isto implica, de modo indubitável, no extrafísico, no espiritual, ou, noutros termos: no Espírito que percorre, reencarnando, as mais diversas espécies em sentido evolutivo e, pois, ascensional. 

Quer creiamos, quer não, os fatos falam por si:

“O Homem é um descendente, um originário, um oriundo de espécies inferiores e não se tem como mudar isto, exceto pelo seu orgulho em não se admitir o que não é puramente físico, pois que é: Espiritual”!

Assim, nos tempos atuais - como se sabe - patenteia-se o neodarwinismo com suas evidentes provas fósseis, moleculares, adaptativas, das estruturas de analogia e de homologias, vestigiais e etc., fazendo-nos entrever uma concepção bem mais ampla do que o fixismo das espécies e mostrando-nos, assim, a progressividade de tudo, de todos os Seres e de todas as coisas.

Tais estudos científicos, indubitavelmente, encerram implicações filosóficas e éticas, pois induzem apreciar-se o fio condutor, o elo que harmoniza Seres e coisas por perspectivas outras que não só de ordem biológica e material.

Parece verificar-se, pois, que tudo se ordena e se coordena de modo contínuo e sábio, exigindo-se, assim, maior reverência do Homem para com a Natureza e para com tudo aquilo que lhe representa biologicamente, e também, psiquicamente, pois, para o Espiritismo, como visto, sua progressividade não se verifica, apenas e tão só, ao âmbito material, mas, principalmente, ao âmbito espiritual, mostrando a espécie, o indivíduo, o Ser, em constante dinamismo e expansão de suas potências, enquanto vai estruturando e reestruturando mais perfeitos órgãos, mais sábios instrumentos de sua longa trajetória progressiva e ascensional.

Para Haeckel, como já visto supra, e, como é do conhecimento de todos nós: cultos que o somos:

“A Ontogênese Recapitula a Filogênese”

Ou seja: a gênese do Ser repete a gênese das espécies. Noutros termos, e, explicando melhor, sabe-se que o Embrião humano, tal como os demais de outras espécies, exibe, em seus primeiros dias, pronunciada semelhança com um:

-Peixe: tem um coração com duas cavidades, vesícula vitelina, reentrâncias branquiais e cauda recurvada como a do cavalo marinho.

Após certo tempo, porém, ele vai recordar classes superiores a tais elementos, ou seja, do que se conhece por:

-Anfíbio: indivíduos que circulam pela água e pela terra, pois tais elementos, mais ainda, desenvolvem uma terceira cavidade cardíaca, as brânquias se atrofiam, os pulmões aparecem e a cauda regride.

Mais adiante, ainda, o Embrião humano parece recordar um:

-Réptil: pois seu coração evolve outro passo adquirindo alguma parecença com indivíduos de tais envergaduras estruturais.

E diferenciando-se um tanto mais, temos o surgimento do que se entende como:

-Mamífero: porquanto surgem as quatro cavidades do coração, a homotermia, a presença de pêlos no corpo indicando que o Concepto humano alcançou tal classe de manifestação biológica e estrutural.

Numa visão tão só biológica, nota-se que o referido Concepto humano vai crescendo e contrariando os mais vulgares princípios de causa e efeito, haja vista que mais órgãos vão surgindo de menos órgãos que, por sua vez, crescem, se aperfeiçoam, e, ao vencer-se o prazo de nove meses vem à luz, finalmente, um novo representante da espécie que, em nosso caso, trata-se de um Ser humano ainda bebê, pequenino e frágil que, pelo menos, aos mais exigentes, dará o que pensar, recusando-se, por isto, a concepção puramente mecânica da vida, que culmina, ou vai culminando, na Consciência, ou, noutros termos: na Inteligência e Concepção Ética das coisas e de tudo o mais.

Ou será que a Consciência já estava lá?... no início do Ser, nas células gametas, nas proteínas, na água e em tudo o mais, ou melhor: em tudo o menos de sua gênese espetacular?

E o fato é que a célebre frase de Haeckel sugere não só evidências a favor do evolucionismo darwiniano, como também sugere haver um fator extra-físico no bojo do Ser, encerrando, em sua estrutura mesma (perispirítica) um repositório de informações ancestrais de sua lenta progressividade nas diversas espécies do Orbe que, no fundo, e, primordialmente, conterá registros de suas andanças, sua lenta caminhada ascensional.

Logo, nós não somos, absolutamente, apenas e tão-só Matéria, ou melhor: apenas e tão-só Matéria Biológica, ou melhor, ainda: apenas e tão-só Matéria Biológica Pensante, pois que tudo nos leva a crer que somos Consciências imortais, Espíritos palingenésicos de longa trajetória evolucional.

Assim, pois: quer creiam, quer não creiam, Tudo nos leva a crer que: Assim é... E que nada podemos fazer para mudar tal Ordem de Coisas Divinas e Espirituais. Mas note o Amigo Leitor destas linhas, que estamos abordando e, por sinal, endossando a ‘Tese’ do saudoso amigo Luciano dos Anjos: de que há indícios do conhecido ‘Criptógamo Carnudo’ em nossa síntese embriológica, ou seja, em nossa recapitulação filogenética ao longo da Ontogênese, nossa construção biológica e material.

Para tanto, solicito ao Culto e Prezado Leitor de tais páginas que consulte, em quaisquer sites da Internet, as descrições do Embrião humano, com os referidos desenhos, gráficos ou fotografias mesmas, sobretudo dos três, quatro e cinco semanas de gestação. Nas quatro primeiras semanas - mais exatamente - veremos já o esboço de nós mesmos: a formação ou representação de uma cabeça bem grande ligada à coluna espinal, a formação primária do sistema digestório e de pequenos brotos que darão origem aos braços e pernas, estando, pois, seus membros, em estado latente, ocultos, mas em estado subentendido, acaçapado, dissimulado.

Nesta fase, de quatro semanas, estaria o Concepto humano recordando o que a obra de Roustaing identifica como ‘Criptógamo Carnudo’? Pois que tais indivíduos, dos Mundos Primitivos, são humanos em seu estágio menor, mais baixo e mais primitivo; são Espíritos que, por sua queda involutiva, habitam corpos rudimentares, tendo os membros, “por assim dizer, em estado latente” (Tomo 1: “Os Quatro Evangelhos” – Roustaing – Feb), mas que se vão desenvolvendo modo paulatino, nas muitas vidas, encarnações e reencarnações, “por maneira que o Espírito os possa usar e aperfeiçoar” (Opus Citado) no curso dos milênios, de sua expiação evolutiva nos Mundos siderais.

Provoco e deixo o leitor amigo, pois, com tais dúvidas, conquanto, para mim, é já ponto pacífico, pois estou, obviamente, com a ‘Tese’ de um dos mais sábios e mais importantes espiritistas do nosso tempo, cuja exposição doutrinária está já instalada, neste blog, com o título de “Criptógamo Carnudo: Luciano dos Anjos”.

FORTE ABRAÇO:
Fernando Rosemberg Patrocínio


Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

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