RECAPITULAÇÃO
DO CRIPTÓGAMO?
De modo simples,
e bem compreensível a todos, vamos abordar aspectos ‘científicos’ da
Ontogênese, ou da Gênese do Ser, que, no caso em questão, se limitará, à Gênese
Biológica dos Humanos, que implica, ou implicara, ‘filosoficamente’, numa das
mais famosas sentenças do Século 19 - e, para todo o sempre - atribuída à
genialidade do estudioso evolucionista: Ernst Haeckel (1834 - 1919), de que:
“A
Ontogênese Recapitula a Filogênese”!
Ora,
recapitular é sinônimo de fazer de novo, de repetir, porém, de modo sumário,
resumido e sintético, e, no caso em questão, de nós mesmos ao ventre de nossas
mães, quando de nossa gestação. Síntese que, aliás, poderia, ou pode conter, em
seus registros, este elemento primordial de nós mesmos – o ‘Criptógamo Carnudo’
– que é objeto de críticas bisonhas de elementos pouco cultuados em
Espiritismo, máxime, em seus aprofundamentos, e que, por isto mesmo, expressam
suas tolices aos quatro ventos, como se eles soubessem Tudo e conhecessem Tudo
do Espiritismo, que, em verdade: tão-só principiam saber.
Mas
retornemos à sábia sentença de Haeckel.
Por ela, o
seu autor estivera a expressar que: as fases do crescimento embrionário
(ontogênese) de nós mesmos: Seres humanos - enquanto no ventre de nossas
genitoras - parece consolidar uma síntese (ou recapitulação) genética das
demais espécies da fauna terrena (filogênese), tal como se o Homem, em sua
essência, tivesse empreendido fases animais anteriores, repito: no percurso
da filogênese.
Conquanto
Haeckel - cético de tal essência, que implicaria no Espírito palingenésico - o
fato é que sua sentença, se desprovida do referido Espírito, perde o seu
sentido e o seu real valor, ficando trôpega e manca em suas expressões, suas
mais reais fundamentações. Logo, para se admiti-la como fato que é - em suas
estruturas biológicas e materiais - isto implica, de modo indubitável, no
extrafísico, no espiritual, ou, noutros termos: no Espírito que percorre,
reencarnando, as mais diversas espécies em sentido evolutivo e, pois,
ascensional.
Quer
creiamos, quer não, os fatos falam por si:
“O Homem é
um descendente, um originário, um oriundo de espécies inferiores e não se tem
como mudar isto, exceto pelo seu orgulho em não se admitir o que não é puramente
físico, pois que é: Espiritual”!
Assim, nos tempos
atuais - como se sabe - patenteia-se o neodarwinismo com suas evidentes provas
fósseis, moleculares, adaptativas, das estruturas de analogia e de homologias,
vestigiais e etc., fazendo-nos entrever uma concepção bem mais ampla do que o
fixismo das espécies e mostrando-nos, assim, a progressividade de tudo, de
todos os Seres e de todas as coisas.
Tais estudos
científicos, indubitavelmente, encerram implicações filosóficas e éticas, pois
induzem apreciar-se o fio condutor, o elo que harmoniza Seres e coisas por
perspectivas outras que não só de ordem biológica e material.
Parece
verificar-se, pois, que tudo se ordena e se coordena de modo contínuo e sábio,
exigindo-se, assim, maior reverência do Homem para com a Natureza e para com
tudo aquilo que lhe representa biologicamente, e também, psiquicamente, pois,
para o Espiritismo, como visto, sua progressividade não se verifica, apenas e
tão só, ao âmbito material, mas, principalmente, ao âmbito espiritual,
mostrando a espécie, o indivíduo, o Ser, em constante dinamismo e expansão de
suas potências, enquanto vai estruturando e reestruturando mais perfeitos
órgãos, mais sábios instrumentos de sua longa trajetória progressiva e
ascensional.
Para Haeckel, como
já visto supra, e, como é do conhecimento de todos nós: cultos que o somos:
“A Ontogênese Recapitula a Filogênese”
Ou seja: a gênese
do Ser repete a gênese das espécies. Noutros termos, e, explicando melhor,
sabe-se que o Embrião humano, tal como os demais de outras espécies, exibe, em
seus primeiros dias, pronunciada semelhança com um:
-Peixe: tem um coração com duas cavidades,
vesícula vitelina, reentrâncias branquiais e cauda recurvada como a do cavalo
marinho.
Após certo tempo,
porém, ele vai recordar classes superiores a tais elementos, ou seja, do que se
conhece por:
-Anfíbio: indivíduos que circulam pela água
e pela terra, pois tais elementos, mais ainda, desenvolvem uma terceira
cavidade cardíaca, as brânquias se atrofiam, os pulmões aparecem e a cauda
regride.
Mais adiante,
ainda, o Embrião humano parece recordar um:
-Réptil: pois seu coração evolve outro
passo adquirindo alguma parecença com indivíduos de tais envergaduras
estruturais.
E diferenciando-se
um tanto mais, temos o surgimento do que se entende como:
-Mamífero: porquanto surgem as quatro
cavidades do coração, a homotermia, a presença de pêlos no corpo indicando que
o Concepto humano alcançou tal classe de manifestação biológica e estrutural.
Numa visão tão só
biológica, nota-se que o referido Concepto humano vai crescendo e contrariando
os mais vulgares princípios de causa e efeito, haja vista que mais órgãos vão
surgindo de menos órgãos que, por sua vez, crescem, se aperfeiçoam, e, ao
vencer-se o prazo de nove meses vem à luz, finalmente, um novo representante da
espécie que, em nosso caso, trata-se de um Ser humano ainda bebê, pequenino e
frágil que, pelo menos, aos mais exigentes, dará o que pensar, recusando-se,
por isto, a concepção puramente mecânica da vida, que culmina, ou vai
culminando, na Consciência, ou, noutros termos: na Inteligência e Concepção
Ética das coisas e de tudo o mais.
Ou será que a Consciência
já estava lá?... no início do Ser, nas células gametas, nas proteínas, na água
e em tudo o mais, ou melhor: em tudo o menos de sua gênese espetacular?
E o fato é que a
célebre frase de Haeckel sugere não só evidências a favor do evolucionismo
darwiniano, como também sugere haver um fator extra-físico no bojo do
Ser, encerrando, em sua estrutura mesma (perispirítica) um repositório de informações
ancestrais de sua lenta progressividade nas diversas espécies do Orbe que, no
fundo, e, primordialmente, conterá registros de suas andanças, sua lenta caminhada
ascensional.
Logo, nós
não somos, absolutamente, apenas e tão-só Matéria, ou melhor: apenas e tão-só
Matéria Biológica, ou melhor, ainda: apenas e tão-só Matéria Biológica
Pensante, pois que tudo nos leva a crer que somos Consciências imortais,
Espíritos palingenésicos de longa trajetória evolucional.
Assim,
pois: quer creiam, quer não creiam, Tudo nos leva a crer que: Assim é... E que
nada podemos fazer para mudar tal Ordem de Coisas Divinas e Espirituais. Mas
note o Amigo Leitor destas linhas, que estamos abordando e, por sinal,
endossando a ‘Tese’ do saudoso amigo Luciano dos Anjos: de que há indícios do conhecido
‘Criptógamo Carnudo’ em nossa síntese embriológica, ou seja, em nossa
recapitulação filogenética ao longo da Ontogênese, nossa construção biológica e
material.
Para tanto,
solicito ao Culto e Prezado Leitor de tais páginas que consulte, em quaisquer
sites da Internet, as descrições do Embrião humano, com os referidos desenhos,
gráficos ou fotografias mesmas, sobretudo dos três, quatro e cinco semanas de
gestação. Nas quatro primeiras semanas - mais exatamente - veremos já o esboço
de nós mesmos: a formação ou representação de uma cabeça bem grande ligada à
coluna espinal, a formação primária do sistema digestório e de pequenos brotos
que darão origem aos braços e pernas, estando, pois, seus membros, em estado
latente, ocultos, mas em estado subentendido, acaçapado, dissimulado.
Nesta fase,
de quatro semanas, estaria o Concepto humano recordando o que a obra de
Roustaing identifica como ‘Criptógamo Carnudo’? Pois que tais indivíduos, dos
Mundos Primitivos, são humanos em seu estágio menor, mais baixo e mais
primitivo; são Espíritos que, por sua queda involutiva, habitam corpos
rudimentares, tendo os membros, “por assim dizer, em estado latente”
(Tomo 1: “Os Quatro Evangelhos” – Roustaing – Feb), mas que se vão
desenvolvendo modo paulatino, nas muitas vidas, encarnações e reencarnações,
“por maneira que o Espírito os possa usar e aperfeiçoar” (Opus Citado) no curso
dos milênios, de sua expiação evolutiva nos Mundos siderais.
Provoco e
deixo o leitor amigo, pois, com tais dúvidas, conquanto, para mim, é já ponto
pacífico, pois estou, obviamente, com a ‘Tese’ de um dos mais sábios e mais
importantes espiritistas do nosso tempo, cuja exposição doutrinária está já
instalada, neste blog, com o título de “Criptógamo Carnudo: Luciano dos Anjos”.
FORTE
ABRAÇO:
Fernando
Rosemberg Patrocínio
Relação
dos e.Books de:
Fernando
Rosemberg Patrocínio
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