quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

J. HERCULANO PIRES E PIETRO UBALDI


J. Herculano Pires e Pietro Ubaldi (*)

Há no movimento espírita, como se sabe, aqueles que se prendem demasiado à obra de Kardec, do Século 19, rebelando-se contra importante pormenor codificado, quando, e onde, tal obra se declara ser: essencialmente progressiva.

Com base em tal mecanismo, gostaria de tecer no presente arrazoado alguns comentários sobre o artigo que carrega o título de: Caso Pietro Ubaldi, assinado por Jorge Rizzini, em que o mesmo evoca a pessoa do escritor espiritista J. Herculano Pires para comentar e recusar a proposta de Pietro Ubaldi, quando do oferecimento de sua obra ao Espiritismo, expondo o professor Ubaldi suas coerentes e tão abrilhantadas razões.

Segundo Rizzini, o escritor Herculano Pires fora o primeiro a apontar ‘desajustamentos’ na obra de Pietro Ubaldi, o que, de início, e, para tal opróbrio, gostaria de refutar, (com aspas), e, nos precisos termos, que:

“Desajustamentos, os trabalhos do Espiritismo de Allan Kardec também os apresentam, e referida situação venho destacando aqui e ali, (conquanto minha insatisfação em fazê-lo), mas sempre no objetivo de mostrar aos estudiosos imparciais da questão, que os problemas da ordem do Espírito, e, sobretudo Medianímicos, são bem mais complexos que o possamos imaginar a uma primeira e apressada análise dos mesmos”.

Ora, já tratei de alguns de tais ‘desajustes’ da obra de Kardec em diversos textos e e.Books, em resposta àqueles que citam os da obra de Pietro Ubaldi excluindo os seus mesmos, ou seja: os ‘desajustes’ espiritistas e kardecistas. Mas busquemos outros mais como, por exemplo:

“A mensagem constante de ‘O Livro dos Médiuns’ (AK – 1861), assinada por Jesus de Nazaré e que fora transplantada por Kardec - que a corrigira e a deixara, confesso, mais concisa - para ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’ (AK – 1864), porém, com a assinatura (vejam o ‘desajuste’) do Espírito de Verdade, quando se sabe que um não poderia e não pode ser o outro, pois que: Jesus nos prometera enviar o Consolador, o Espírito de Verdade para nos fazer lembrar tudo o que Ele mesmo havia dito e feito e que ficaria eternamente conosco; e por que Kardec, em ocorrência não explicada a quem quer seja, modificara o teor da mesma, e, mais ainda, adulterara a sua autoria trocando seus mensageiros espirituais?”.
                                                            
Questionamos: Adulteração não é crime?

Mas prossigamos!

Segundo o referido artigo do confrade Jorge Rizzini, o notável intuitivo Pietro Ubaldi teria enviado ao VI Congresso Espírita Pan-americano realizado em Outubro de 1963, (Buenos Aires), uma tese que gerara alguma celeuma à época onde, segundo o tal artigo, Ubaldi preconizava que o Espiritismo:

1 - Teria estacionado na teoria da reencarnação e na prática mediúnica;

2 – Ele não possui um sistema conceptual completo;

3 – Sua filosofia é limitada não oferecendo, pois, uma visão completa do Todo e não abrange todos os momentos da Lei;

4 – Não elaborou uma teologia espírito-científica; e que o mesmo:

5 – Corre o risco de ficar parado ao nível de Allan Kardec.

E, por tais razões, Ubaldi teria oferecido sua Doutrina, hoje enfeixada em vinte e quatro excelentes tratados, ao Espiritismo.

Para o que - segundo o referido artigo de Rizzini - o escritor J. Herculano Pires teria feito as seguintes considerações, item por item, refutando Pietro Ubaldi:

1 – O Espiritismo é uma doutrina evolucionista, como provam suas obras fundamentais e o seu imenso desenvolvimento em apenas cem (100) anos de existência.

Sim, de fato, (e expondo seguidamente com aspas), eu, Fernando Rosemberg Patrocínio, reflito sobre tal Item 1 encimado, frisando que:

“O Espiritismo é uma doutrina evolucionista sim, conquanto a paralisação de expressiva gama de seus profitentes; mas o que Ubaldi quisera expressar meus senhores, é que o Espiritismo de Kardec, por acatar em seus princípios apenas o Fenômeno Evolutivo - onde se insere a reencarnação - ele se estaciona no referido sem atentar para as suas causas, ou seja, conferidas ao sistema mais amplo, e completo, que compreende suas origens, no que se convencionara chamar de ‘Fenômeno Involutivo-Evolutivo’, ou, ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’, o que, aliás, tal fenômeno fora confirmado por algo similar a um ‘Consenso Universal’, onde os Espíritos, por diversos médiuns estranhos uns aos outros, e inclusive no Brasil, com ‘Emmanuel’ e ‘André Luiz’, ratificaram a verdade das luzes que conduziram o trabalho de ‘Sua Voz’ pela intuitividade de Pietro Ubaldi”.

Passando ao próximo item, vejamos como Herculano Pires retruca ao sábio intuitivo Pietro Ubaldi:

2 – O sistema conceptual espírita é completo, e sua síntese está em ‘O Livro dos Espíritos’.

No que respondo em defesa a Pietro Ubaldi que:

“A retórica de Herculano Pires, mais uma vez, está equivocada, pois Kardec mesmo infere que: ’O Livro dos Espíritos’ não é um tratado completo do Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação. (Vide: Revista Espírita – AK - Julho de 1866 – Edicel)”.

“Tendo dito o mesmo noutras partes de sua obra, como por exemplo, em ‘Obras Póstumas’, onde Kardec dizia aguardar o que ele mesmo chamou de ‘Espiritismo Completo’ que lhe daria todos os desenvolvimentos que as circunstâncias ulteriores comportassem”.

“O que, aliás, defendo em minhas teses e em dezenas de livros (e.Books): que o ‘Espiritismo Completo’ já se patenteara no Século 20 com a conexão doutrinária Kardec-Ubaldi, frisando que suas obras se entrosam e se unificam compondo uma sinfonia única, acrescentada, ao demais, pelas contribuições doutrinárias do notável medianeiro Francisco Cândido Xavier”.

Mas prossigamos com Herculano Pires:

3 – A Filosofia Espírita não pode abranger o Todo e muito menos todos os momentos da Lei de Deus, porque isso não está ao alcance de nenhuma elaboração mental, no plano relativo da vida terrena.

E questiono ao mesmo:

“Óbvio que a filosofia contida no Espiritismo de Kardec, em seus poucos anos de elaboração (quinze anos) no Século 19, não poderia - como doutrina incompleta - abranger o Todo e tampouco os mais diversos momentos da Lei, o que não significa, em tempo algum, que, em seus desenvolvimentos pelos mais importantes missionários do Cristo, ela não o poderia fazê-lo, pois Kardec é o ‘abc’, é o início de tudo em matéria de Espiritismo organizado, e Pietro Ubaldi, em associação com o renomado Xavier, são os seus mais reluzentes completadores do Século 20 que, se não resolvem tudo do Todo, nem por isto se pode menoscabar suas obras, as quais, poderiam, de certo ponto de vista – na elaboração e no conúbio mental com ‘Sua Voz’, ‘Emmanuel’ e ‘André Luiz’ - representar-se, sim, o sonho de Kardec quando o mesmo se referira ao ‘Espiritismo Completo’, que ansiosamente aguardava”.

“Isto nada mais é que pura questão de bom senso, exceto pelos mais ortodoxos do Espiritismo que preferem vê-lo engessado e paralisado no passado Século 19, como eles próprios que, por sua livre e espontânea vontade, os são”.

Mas prossigamos com a divulgada página de Rizzini onde ele, mais uma vez, cita a resposta argumentativa de J. Herculano Pires.

4 - A Teologia espírita é limitada às possibilidades atuais do conhecimento de Deus, segundo ensina Allan Kardec, e essas possibilidades não admitem ainda a criação na Terra de uma Teologia Científica, nem dentro e nem fora do Espiritismo.

Como se vê, mais uma vez:

“Trata-se do velho argumento dos que se situam no Século 19, nos tão-só quinze anos de elaboração doutrinária de Allan Kardec. Ora, meus queridos, a humanidade já adentrou o Século 21; já se passaram cento e cinqüenta anos desde Kardec, (aliás, mais de 150 anos), e no Século 20, Pietro Ubaldi nos fizera o legado de vinte e quatro volumosos Tratados do Monismo cuja Teologia Científica, e, Cristocêntrica, desenvolvera quatro importantes volumes editados pela Fundapu: ‘A Grande Síntese’, ‘Deus e Universo’, ‘O Sistema’ e ‘Queda e Salvação’, todos eles abarcando avançadas teses filosóficas, matemáticas e científicas de sua Teologia, que o Herculano, pelo visto, desconhecia em sua vasta amplitude, ou, por despeito, não reconhecia por sua visão tão-só concentrada na defesa do ‘infalível’ Espiritismo de Allan Kardec”.

“E mais, o Sr. Herculano Pires, conquanto o respeito que lhe devemos se dispunha, muitas das vezes, a discriminar tudo o mais, bem como todas as novas revelações que contribuíram e contribuem com os progressos reais do Espiritismo kardequiano; e, mais ainda, se mostrando como um juiz implacável de certas expressões, sobretudo de Ubaldi, quando se sabe de sua problemática mediúnica, de suas filtragens pelo cérebro do médium onde tais são suscetíveis de se dar, pois se deram, inclusive, com os médiuns dos tempos de Kardec que, por sua vez, não se abstinha de corrigi-las quando houvesse necessidade, e, inclusive, quando não houvesse, cometendo equívocos como o retratado logo acima na mensagem de Jesus de Nazaré, confundido e trocado pelo Espírito de Verdade”.

“O fato é que o Sr. Herculano também desempenhara sua respeitosa missão junto ao Espiritismo, mas não lhe competia, como escritor e como filósofo, ir além de suas atribuições e possibilidades do terra-a-terra, o que, aliás, fora reservado ao intuitivo da úmbria por sua notável e mais abrangente evolução que, segundo o confiabilíssimo Emmanuel: ‘Pietro Ubaldi interpreta o pensamento de altas esferas espirituais de onde ele provém’”.

“E que não se pense que Pietro Ubaldi se achava um médium não suscetível de falhas e de possíveis equívocos; isto não, pois que, na obra ‘Comentários’ (PU - Fundapu), por exemplo, e, se referindo à ‘Grande Síntese’ (PU – Fundapu), alegava humildemente”:

“Poder-se-á, (da obra), discutir algum termo, algum pormenor, poder-se-á levantar a acusação de alguma inexatidão, mas já não se pode duvidar do conjunto, da profundidade da visão universal, de sua organicidade que corresponde à realidade do fenômeno...”. (Opus Cit.).

E, por fim, temos o item último, onde Ubaldi se referira ao risco do Espiritismo ficar paralisado ao nível de Allan Kardec, quando Herculano Pires retruca que:

5 - O nível de Allan Kardec não é o do Espiritismo, mas sim o nível do Espírito de Verdade, de quem Kardec, segundo dizia, foi um simples secretário.

No que respondemos:

“Um simples secretário..., mas de quem mesmo? Daquele mesmo Espírito de Verdade que Kardec substituíra (ou confundira, não sei ao certo) da comunicação atribuída a Jesus de Nazaré?!”

“Mas então Jesus, para Kardec, não poderia, mediunicamente, comunicar-se com os homens? E por que não se Jesus é um Espírito como todos nós o somos; mas, com a diferença, óbvia, de sua mais alta evolução?”.

“De qualquer maneira, e sem mais discussões, eu tenho convicções de que o senhor Herculano entendera bem o recado de Ubaldi que, nesta questão última, sobretudo, estava se referindo, claramente, a figuras ortodoxas, como ele mesmo - defensor encabestrado de Allan Kardec - que, por sinal, eu também defendo o codificador em minhas lidas doutrinárias, mas, de minha parte, reconheço, não só seus indiscutíveis acertos como também suas limitações aos níveis filosóficos e doutrinários, bem como seus erros científicos e outros mais, não o endeusando em tempo algum, ressaltando, portanto, suas qualidades de ter sido um grande missionário do Cristo, assim como Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier igualmente os foram, condignamente”.

Finalizo, assim, dando minha resposta ao autor do texto e do respeitoso espiritista J. Herculano Pires que fora evocado para suas críticas que contam, agora, igualmente, com uma explicação mais razoável da pessoa e da importante obra de Pietro Ubaldi e de Francisco Cândido Xavier onde se ressaltam as exponenciais figuras de ‘Sua Voz’, de ‘Emmanuel’ e de ‘André Luiz’.

E não se preocupem – meus queridos - em recusar a obra que Pietro Ubaldi legara ao Espiritismo, pois que, na verdade, vossas senhorias podem até se rebelar, espernear e choramingar o quanto quiserem, haja vista que, no campo espiritista, que, afinal, é um campo universalista, vale a Vontade do Supremo, de Jesus e dos Espíritos Superiores e não suas equivocadas e relativas interpretações pessoais.

O Espiritismo é complexo demais, e, portanto, não abarcável pelas mentes concretas e reacionárias de alguns pares!

Mas é assim mesmo: formamos uma corrente que vai dos abismos aos céus, estando alguns dos humanos mais próximos da Pré-lógica, e outros, se avizinhando da Superconsciência dos Justos e dos Sábios.

(*) Referido texto, de nossa modesta autoria, encontra-se postado, originalmente, no site: ubaldibh.org
Centro de Estudos Ubaldianos de Belo Horizonte

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UM GRANDE E FORTE ABRAÇO A TODOS

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocinio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
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Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O ESPÍRITO NÃO RETROCEDE, PORÉM...


O ESPÍRITO NÃO RETROCEDE, PORÉM...

Já vimos que a obra dos Espíritos Superiores, codificada por Allan Kardec, ministra a possibilidade de Queda do Espírito durante sua evolução e progresso, quando, paradoxalmente, fala da Não-Retrogradação do Ser.

E por que tal se dera, ou, se dá, na obra codificada?

Responderemos por etapas, de sorte a obter-se uma razoável explicação de tal paradoxo, ou, de tão complexa e tão discutível temática.

Primeiramente, sabemos que, modo evolutivo, e, sinteticamente, os Mundos se classificam em:

-Primitivos;
-Expiações e de Provas (Planeta Terra, por exemplo);
-Regeneradores;
-Mundos Felizes; e, por fim:
-Mundos Excelsos.

E, sabemos que o nosso Planeta, como Mundo de Expiações e de Provas, já fora um Mundo Primitivo, e, por agora, nosso Mundo aspira uma sua nova condição evolutiva, de um Mundo Melhor: que se denomina Regenerador.

Vamos, agora, então, à obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864), Capítulo 3, Instruções dos Espíritos, Item 18, em que um Espírito Superior, discorrendo sobre os Mundos Regeneradores, (próxima etapa evolutiva do Orbe terreno, que, por enquanto, como já vimos, é um Mundo de Expiações e de Provas), ministra-nos o seguinte:

“Mas, ah! Nesses Mundos, (Regeneradores), o homem é ainda falível, e o Espírito do mal não perdeu, ali, completamente seu império. Não avançar é recuar, e se não se está firme no caminho do bem, PODE VOLTAR A CAIR nos Mundos de Expiação, onde o esperam novas e mais terríveis provas”. (Opus Cit.).

Óbvio que a evolução, ou, o progresso do homem-Espírito vai se dando de modo lento e inevitável, mas a possibilidade de novas quedas depende, sempre, da boa vontade do Ser espiritual em se melhorar.

Noutros termos, em nossa subida evolutiva, através dos mais diversos Mundos, vemos que o Espírito, ainda não desprovido de suas paixões, pode voltar a cair, de um Mundo Regenerador, em um Mundo mais atrasado, ou seja, de Expiação, o que implica, conclusivamente, que, em se habitando um Mundo Expiatório como o nosso, se pode quedar num Mundo Primitivo, e, pois, não é o que está se verificando com aqueles Espíritos empedernidos do Planeta Terra - que, ao subir a escala dos Mundos - separará as ovelhas dos bodes, indo os bons para o Regenerador e os maus para um Mundo Primitivo, onde o Ser se encontra ao nível dos animais?

E o fato é que o tema da ‘Queda’, da possível ou não-possível ‘Involução Espiritual’, consta de muitas obras codificadas e a “Revista Espírita” (AK - 1858), por exemplo, registra algo a respeito da retrogradação do Ser, no caso, do Espírito de um criminoso que, em face de seus horrendos delitos aqui na Terra, poderia, de fato, ser destinado a:

“um lugar onde o homem se encontra no nível dos animais”. (Opus Cit.).

Mas pergunta-se com razão:

-O que ocorreria com tal Espírito?
-Ele perderia o que conquistara no Plano Hominal?
-É isto o que se dá com a Queda Espiritual?

Primeiramente questionemos:

O que é o Espírito?

Sabe-se que o mesmo, dos mais diversos planos da vida: mineral, vegetal, animal e hominal, e, dos planos da erraticidade que nos envolve a todos, que o Espírito é o Existir dinâmico de Si mesmo, de sua centelha anímica, tal como luz que, de menos intensa: no plano atômico e mineral, dita luz, por gradações psíquicas mais altas, e, alcançadas por evolução, vai se tornando mais intensa e vibrátil noutros planos existenciais, atingindo, no plano antropológico, ou seja, das humanidades, o “cume” de seus progressos, que, sabemos, não se encerra por aí, mas se distende, ainda, aos mais diversos planos da humanidade e da espiritualidade sideral.

E, pois, se o Espírito é vibração de suas potências, tal vibração, entretanto, e, sobretudo nos planos físicos da natureza universal, se sujeita, como tal, a reduzir-se e a distender-se vibratoriamente, ou seja: dinamicamente, e, sobretudo, nos fenômenos palingenésicos em que o Eu reduz suas potências para reencarnar, e, pós-parto, trata de ampliá-las, modo vagaroso, durante o crescimento biológico e psíquico de tais potencialidades que, frisamos, foram reduzidas muitíssimo pela reencarnação.

E isto se dá, pois, com todas as forças psíquicas do Mundo, do mineral ao homem, pois que o mineral nada mais é que uma concentração de energias que, destruída a forma, retorna à sua condição anterior (radioatividade); o mesmo se dando, pois, com todas as espécies do Orbe, e, pois, com o Espírito humano que restringe e reduz suas potências para reencarnar, e se distende à posteriori para crescer, evoluir e, ao fim de tudo, de tão longa jornada, transcender-se a Si mesmo como Espírito imortal se tornando Uno com Deus, Uno com o Pai-Nosso Criador.

Logo, somos potências palingenésicas que vem e vão, que se reduzem e se distendem, que ‘encolhem’ e se ‘esticam’ o tempo todo, e, sobretudo, nos períodos de sono em que o Espírito humano, todas as noites, ‘decola’ do corpo para ‘voar’ na erraticidade, e, por isto, não podemos ter uma recordação plena do que se passa na vida espiritual, pois o nosso cérebro não suportaria tamanha carga de trabalho, de operosidade espiritual. E, pois, nosso cérebro precisa descansar das rotinas do dia recuperando as forças para os novos dias que, certamente, virão.

Por outro lado, ainda, as vibrações do Espírito, livre na erraticidade, são bem mais intensas e, pois, não suportaríamos como homem, e, como cérebro biológico, tamanha intensidade vibracional de nossa Consciência livre nos espaços espirituais.

Mais ainda, devemos recordar que nosso Eu, ou, nosso Espírito, como Personalidade Integral que nos caracteriza a súmula palingenésica, tal, ainda assim, não se acomoda, e, em renascendo, dita Personalidade também se refaz pela nova base genética cedida pelos pais, bem como pela nova educação recebida, pela nova estruturação social a que fora novamente chamada a viver, em suma, por um ambiente que, se velho, também é novo, pois a mudança evolutiva não para e, pois, o Espírito igualmente não para, mas prossegue lutando para renovar-se, crescer e distender-se, sempre, tanto ao plano cognitivo como também ético e comportamental.

Ou, noutros termos, somos ainda o que fizemos por nós mesmos no passado, ou, nas mais diversas vidas do pretérito palingenésico, porém, estamos um tanto mudados, pois o Ser não para, e, consonante instrução 118 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), ele:

“Pode permanecer estacionário, mas não retrograda”. (Opus Citado).

E, pois, se o Espírito não retrograda como explicar a ‘Queda Espiritual’, ou, a ‘Involução’ e outras sinonímias de tais fenômenos, onde, e quando, tais termos se inserem no ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’?

É o que veremos!

Em verdade, o fenômeno do que se conhece como ‘Queda Espiritual’ está a explicitar não uma retrogradação do Ser, mas sim, uma sua restrição psíquica em corpos condizentes com a centelha anímica para a sua corrigenda, sua educação. Aquele caso da “RE” (AK – 1858) que citamos nos fornece o exemplo de tal condição espiritual. Ou seja, o Espírito pode até sujeitar-se à condição de um corpo animal distinto do corpo humano, mas Ele, como Espírito, não perdeu tais conquistas do plano das humanidades, pois que tais se registram n’Ele mesmo, conquanto estejam restringidas e limitadas por expiação.

Noutros termos, o Espírito não retrocede e não perde o que conquistara, mas pode, e deve, por Medida Corretiva da Lei, sujeitar-se a ela pelo bem de Si próprio, e, pois, de sua felicidade presente e futura.

Logo, tudo quanto conquistamos não se perde jamais!

E, pois, tudo o que conquistamos dantes de nossa derrocada (Queda Espiritual) nos primórdios da criação não se perdeu, mas registra-se em nosso cérebro espiritual; conquanto nem sempre seja positivamente salutar a lembrança de tais fatos, pois, se temos ali algo de positivo, revela-se, igualmente, de negativo, de nossa revolta, nosso orgulho, nosso egoísmo primordial.

O Espírito de Emmanuel, um dos mais confiáveis e mais lúcidos discípulos do Cristo, em seu excelente tratado “Há Dois Mil Anos” (Feb), fala algo a respeito de tais registros espirituais em nós mesmos grafados.

Na página 349, em se referindo aos Espíritos humanos ainda há pouco desencarnados de modo sanguinário e violento, e que, naquele instante ouviam às “harmoniosas vibrações das Melodias do Invisível”, ele alude que “aquele cântico de glória, ao menos palidamente, deve ser lembrado por nós outros como Suave Reminiscência do Paraíso”. (Opus Citado); ou seja: do paraíso de outrora, dos tempos primordiais dos nossos Espíritos falidos, hoje se recuperando nas lutas travadas com a matéria, com a dor redentora e salvífica.

Logo, o Espírito não perde o que adquirira no passado e tampouco em suas mais distantes origens espirituais.

O que significa dizer que temos grafado na tessitura indelével do nosso cérebro transfísico (perispiritual) tudo o que nos caracteriza como Ser Divino, filho de um Deus que É Espírito, e, como tal, nos criara como Espírito, porém, dotado de liberdade, mas que, por ela mesma se deixara trair caindo, como filho pródigo, nas expiações dolorosas da matéria.

Finalmente, numa frase incompleta:

“O Espírito não retrocede...”!

Porém, sempre existe um ‘mas’; sempre existe algo de ‘excepcional’, em suma: de uma espécie de ‘desvio’ das coisas que não mais é que o ‘desvio’ do Ser que errara, se confundira, e cuja ‘pisada-de-bola’ é algo suscetível de se dar num complexo universal que é infinito, e, pois, não se isentaria de uma ‘doença’ passageira que, afinal, se representa por nós mesmos, Seres decaídos nas coisas materiais, mas sujeitos a salvar-se pela inevitável cura de medidas evolucionais.

Logo, a obra de Pietro Ubaldi, no Século posterior ao de Allan Kardec, ao tratar do ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’, nada mais faz que comprovar e incrementar o que se encontra codificado pelos Espíritos Superiores na Codificação Espírita; sendo incrementado, ao demais, pela obra magnífica de Francisco Cândido Xavier, sobretudo com os Espíritos de Emmanuel e de André Luiz; o que, aliás, já pudemos defender em nosso 24º. e.Book intitulado: “André Luiz e Sua-Voz”.

Para finalizar tal estudo, que já vai longe, citemos, de relance, das muitas exemplificações do Espírito André Luiz, (prefaciado por Emmanuel), um caso de queda espiritual constante no excelente “Ação e Reação” (1957 - Feb), capítulo 13, ‘Débito Estacionário’, em que um nosso irmão, de débitos enormes para com a Lei, se restringira, no fenômeno de sua reencarnação, a um corpo disforme, de aparência macacóide, tal como se o seu perispírito, durante a recapitulação embrionária e fetal, não lograsse atingir as nuanças da forma humana e paralisasse na forma antropóide: primata de transição entre o animal irracional e o homem.

Miserável anão paralítico, de uma idiotia completa:

“Era ele – dito Espírito devedor - dolorosa máscara de anormalidade e aberração. Mirrado, nada medindo além de noventa centímetros e apresentando grande cabeça, aquele corpo disforme, tresandando odores fétidos, inspirava compaixão e repugnância. A fisionomia denotava configuração macacóide, exibindo, porém, no sorriso inconsciente e nos olhos semi-lúcidos, a expressão de um palhaço triste”. (Opus Citado).

Assim, tal paralisação do Espírito na forma macacóide, não impede, ou, no caso em questão, não impedira que tal Ser devedor, em nítida queda involutiva, pudesse, de alguma forma, ser investigado pela equipe espiritual de André Luiz, que, de qualquer modo, lhe visualizaram os delitos gravíssimos do campo íntimo: “de crimes ocultos, a culminarem sempre na flagelação do povo”. (Opus Cit.).

O que, por sinal, e, como dito supra: o Espírito não retrocede, mas pode, e deve, por Medida Corretiva da Lei: restringir-se, estreitar-se e limitar-se a corpos inferiores do Mundo, ou, dos Mundos materiais, Mundos também de Deus, porém, confinados num ‘Anti-Sistema’, ou seja, de “expiação”, tal como fora muito bem definido pela síntese filosófica dos Itens 167 e 676 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), como já citados aqui, no presente estudo.

Aos que discordarem de tais ideias – da queda primordial e de outras quedas do Espírito - diremos, inspirados pela confiável enciclopédia cultural e espiritual de Francisco Cândido Xavier que:


“Para muitos de todos nós, inclusive espiritistas: a verdade tem de ser adiada para depois!” (frp).

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O AMIGO DE SEMPRE, e, PARA SEMPRE:

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Fernando Rosemberg Patrocinio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Coordenador de Estudos Doutrinários, Articulista, Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
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Blog: Filosofia do Infinito
https://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br

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sábado, 19 de janeiro de 2019

O PARADOXO SOCRÁTICO


O PARADOXO SOCRÁTICO

Muito já se falou, ainda se fala, e, se falará, de um dos mais importantes filósofos da antiguidade: Sócrates, que, no dizer do mais famoso médium psicógrafo do Século 20: Francisco C. Xavier:

“Sócrates encarnara um dos mais importantes discípulos do Cristo”. (fcx).

Para o ateu, e mesmo para alguns crentes de saberes limitadíssimos das coisas espirituais, isto seria uma heresia, pois que, afinal, Sócrates vivera antes do Cristo, e como, portanto, ele fora discípulo do Cristo?

Ora, o Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos Superiores, nos dá uma nova e mais ampla visão das coisas do Mundo e, portanto, das coisas Metafísicas, ou seja: Espirituais. Para tal Doutrina, todos os homens são Espíritos palingenésicos, viajores do tempo e do espaço, e, portanto, antes de estarmos aqui, no Mundo terreno, nós estávamos lá: no Mundo Espiritual, e, assim, sucessivamente, o que implica dizer que nós, os Espíritos humanos, mudamos de roupagem o tempo todo, e, pois, hoje eu sou o Fernando, e Você Leitor, É quem você É, e, amanhã, desenfaixados das vestes físicas e biológicas, Eu não serei mais o Fernando, e Você Leitor, não será mais Você, pois que, afinal, o Espírito que há em mim, e, em Você, vai progredindo, evoluindo, e vai mudando, via palingenésica, seus Nomes, seus corpos espirituais e seus corpos materiais, numa mudança para melhor, mais alta, e, mais nobre, espiritualmente falando, até alcançarmos os cumes da Vida Maior na condição de Espírito Puro, livre das gangas materiais.

E, pois, retornando a Sócrates, e, ao dizer que Ele fora um dos maiores discípulos do Cristo, isto é a mais pura realidade, pois que, antes de estar por aqui, no Mundo terreno, o Espírito de Sócrates estava lá: no Mundo Espiritual, e, pois, desde priscas eras, Jesus é o Diretor Espiritual do Mundo terreno, e, pois, nossos conhecimentos de tal Mundo derivam do Mundo Espiritual que nos cerca, e, tudo, continuamente, vai mudando e incorporando saberes de tais Mundos: do físico e do Espiritual que, por sua vez, dirige o Mundo Material.

Ora, se consultarmos, por exemplo, a questão 459 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), ver-se-á que a influência do Mundo Espiritual sobre o Mundo Material é tão grande que, mui frequentemente, são eles, os Espíritos, que nos dirigem.

Logo: o Espiritismo promove toda uma revolução em nosso saber, mudando a concepção humana para melhor, dilatando-se-lhe as perspectivas, pois que o Mundo Espiritual dirige o Mundo Material conforme os fins daquele, conduzindo-o para melhor, por que a Terra já fora um Mundo Primitivo que se alçara ao de Expiações e de Provas e que, presentemente, se alça para um Mundo Melhor: o de Regeneração.

E, pois, de retorno a Sócrates, e, segundo “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK - 1864), dito pensador, (Sócrates), é tido como um precursor tanto do Cristianismo como do Espiritismo, que, afinal, este último nada mais que a sua mais legítima expansão, constituindo, presentemente, o Cristianismo Redivivo.

Logo, as ideias de Sócrates, descritas pelo discípulo Platão, tem tudo a ver com as ideias do Cristo, e, pois, com as ideias do Espiritismo.

Porém, o tema é vastíssimo, conquanto, o básico e o fundamental da temática, ou seja, de suas ideias, sejam as mesmas indubitavelmente, o que, por sinal, demonstra sua Realidade Una, ou seja: somos Espíritos palingenésicos, que, queiramos ou não, somos dirigidos pelo Mundo Espiritual que detêm as rédeas de Tudo: de Mim, de Você, e, de todos nós.

O que, noutros termos, significa expressar que o Mundo Material é, de fato, uma passagem para o Mundo Espiritual, um Mundo Melhor, sendo aquele, pois, algo um tanto irreal, mas condutor de algo Real: o Mundo Verdadeiro, de nossas Almas, nossos Espíritos imortais que, afinal, se redenciona e se prepara para uma outra vida: a Vida Verdadeira, a Vida Espiritual.

Logo, o Espírito humano, por evolução, se dirige para um outro Mundo: o Mundo Verdadeiro, o Mundo Espiritual.

E tudo quanto se nos pede é que sejamos Espíritos melhores, mais caritativos e benevolentes para com o próximo, consoante Normas do Mais Importante Livro Terreno: o Evangelho de Jesus, que proclama:

“Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei”.

E, como nossos saberes são algo profanos, conquanto se distendam para os saberes ou para a sabedoria dos Espíritos Excelsos, o sábio Espírito de Sócrates, aqui no Mundo terreno, propagava:

“Quanto mais Sei, mais Sei que nada Sei”.

Que, de fato, trata-se da mais pura realidade, por que, afinal, nossos saberes mundanos se alteram e se modificam o tempo todo, mas o saber evangélico permanece, sendo o “Evangelho”, pois, uma Norma de Conduta Superior, que, ao ser praticada pelo Espírito humano, ele vislumbrará que, de fato, nada sabe, sendo, pois, o Saber Divino, o Saber d’Aquele que Tudo Sabe: do ontem, do hoje e do amanhã, pois que:

“Deus há criado sempre, cria incessantemente e jamais deixará de criar”. (”AG” – ak – 1869).

O que implica em algo passado, presente e futuro, pois que Deus há criado sempre, (passado), cria incessantemente, (no presente), e jamais deixará de criar, (no futuro), cumprindo-nos, pois, como Espíritos rebelados que somos, compreender e praticar as normas evangélicas de nossa redenção espiritual, que implica em humildade para com Deus e para com o próximo, amando-o como nosso semelhante, nosso irmão.

Assim, para encerrar, diríamos que as palavras atribuídas a Sócrates envolvem, indubitavelmente, algum paradoxo, pois, parece-nos que ele não está a dizer que nada sabe, mais sim, que não tem certeza absoluta de tudo, mas se sente confiante de certas coisas, sobretudo das coisas espirituais.

Ora, Sócrates fora forçado a tomar veneno pelos seus inimigos, e se dispunha com absoluta calma dizendo:

“Não tem problema, eles também estão condenados”.

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O AMIGO DE SEMPRE, e, PARA SEMPRE:

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Fernando Rosemberg Patrocinio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Coordenador de Estudos Doutrinários, Articulista, Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
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