sexta-feira, 29 de junho de 2018

SIMBIOSE: KARDEC / HERCULANO PIRES


SIMBIOSE: KARDEC / HERCULANO PIRES

Sabemos que os Espíritos Superiores, na obra codificada no Século 19, fizeram inúmeras menções da Queda Espiritual, que, aliás, o Sr. Kardec não estivera por compreendê-la mais exatamente. E, pois, para Kardec, a fenomenologia evolutiva universal até poderia se dar, sequencialmente, do “átomo ao arcanjo”, mas, ainda assim, estivera cogitando, ao final de seus escritos, (“AG” – AK), algo mais restrito ainda, ou seja, a possibilidade do Espírito imortal, e palingenésico, apenas ao âmbito das humanidades.

E não é que algo parecido se repetira no Século 20 com o famoso “intelectual” J. Herculano Pires, que considerava dita Queda do Espírito não mais que “mito bíblico”; o que firmara sua condição de fidelidade a Kardec, aliás, e, da mesma forma, um tanto restrita, pois desconsidera que o Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos Superiores, repito, informara muito, mas muito mais.

Logo, Emmanuel estivera corretíssimo ao afirmar que Herculano fora o metro que melhor medira Kardec, ao que, noutras palavras, diga-se: Herculano não fora o metro que melhor medira o Espiritismo – Doutrina dos Espíritos Superiores - que, tanto no Século 19, como no Século 20, revelara, pelas Vozes Superiores, que a gênese do Espírito se dá nos Planos Metafísicos mesmo, onde, e quando, o Ser desenvolve sua Consciência, e, pois, ratifica sua escolha dentre o bem e o mal; sendo que, os primeiros, prosseguiram sua evolução no que se denomina Linha Reta da Espiritualidade, e, os segundos, decaíram na matéria para dar seguimento de sua evolução na Linha Cíclica da Materialidade, e, pois, palingenésica, nas dores e tribulações dos Mundos tangíveis, físicos e materiais.

E notemos que Herculano convivera com o Chico, com os Espíritos de Emmanuel e André Luiz, em que, todos eles, em suas obras, confirmaram a verdade da Queda Espiritual; e, mais ainda, Herculano Pires fora contemporâneo de Pietro Ubaldi que, modo igual, com o Espírito Sublime de ‘Sua-Voz’, também provara, modo científico e matemático, filosófico e moral, a fenomenologia cíclica da Queda e da Evolução dos Espíritos.

Assim, pois, se o nosso respeitadíssimo Herculano Pires fora o metro que melhor medira Kardec, não fora, em tempo algum: o metro que melhor medira o Espiritismo. E, pois, estava corretíssimo o Espírito de Emmanuel que, obviamente, notava a restrição psíquica e filosófica do Herculano, tão centrado na pessoa de Kardec e, pois, tão distante da obra profundíssima dos Espíritos Superiores, ou seja, do Espiritismo. É pena que dois dos “maiores” intelectuais dos Séculos 19 e 20, Kardec e Herculano, em simbiose mental, não pôde, ou, não puderam enxergar o óbvio; que:


“O Espiritismo é Doutrina dos Espíritos Superiores; logo, muito acima do terra a terra dos homens, de suas mazelas e contradições. O Espiritismo é Revelação Divina para os próximos milênios, e, mais ainda, para toda a nossa imortalidade. (Vide nosso 16º. e.Book: “Kardecismo e Espiritismo”).

Talvez tenha faltado a Kardec, e, ao Herculano, um tanto mais de humildade, o que é muitíssimo comum nos Seres decaídos, pois que são insolentes, rebeldes e transgressores da Lei: que É Deus. Características, aliás, de todos nós: os Espíritos terrenos das mais diversas faixas evolutivas e mentais.

Vejamos, e reflitamos, pois, agora, o Capítulo 4 da obra de Pietro Ubaldi, (“Deus e Universo” - PU - Fundapu), da qual extraímos inteiramente o seu Capítulo 4: ‘A Queda dos Anjos’, que transcrevemos em vermelho itálico:

=========================

“A QUEDA DOS ANJOS”

Concluída a precedente ordem de conceitos, abre-se diante de nós uma outra visão, numa ordem de conceitos afins e conseqüentes que o leitor encontrará em germe, primeiramente em: “A Nova Civilização do Terceiro Milênio”, cap. X: ‘O Problema do Mal’, e cap. XIII: 'Problemas Últimos"; e depois no volume “Problemas do Futuro”, caps. XV e XVI: ‘Deus e Universo’. No capítulo anterior havíamos explorado, sem desenvolvê-lo, este tema:

A Criatura é livre, podendo, pois, agir contra o Sistema.

Aprofundemos aqui, como antes não pudemos fazê-lo, essa tese, desenvolvendo-a e analisando-lhe todas as conseqüências. Como ocorreu essa monstruosa revolta de algumas células do grande organismo-universo, que, ao invés de funcionar harmoniosamente nele, contra ele se puseram, rebelando-se? Onde se encontra a primeira raiz dessa anarquia na ordem? Importante questão que se vincula ao problema da gênese do mal, da sua presença no Mundo e da sua solução final.

Para compreender, observemos a Estrutura do Sistema.

Ela se baseia em alguns princípios fundamentais como o egocentrismo e a liberdade. A criatura, parte integrante do Sistema, fora constituída como um esquema menor do esquema maior, cujo centro é Deus, de acordo com o princípio já mencionado dos esquemas de tipo único.

Essa dádiva, porém, de Deus, pelo qual a Criatura fora feita à Sua imagem e semelhança, constituía um poder muito perigoso se não fosse bem usado, pois continha em germe a possibilidade de um transviamento, possibilidade que o Ser, exatamente pelos princípios do Sistema, deveria enfrentar com as suas forcas.

E as conseqüências, quaisquer que fossem, deviam ser suas, pois significa responsabilidade, em um sistema de ordem e justiça, a conseqüência do princípio de liberdade.

A quem objetar que um sistema perfeito não deve conter a possibilidade de erro, deve-se contestar que essa possibilidade que não é absolutamente necessidade, está implícita nos princípios supracitados, como sua conseqüência necessária, de modo que, para suprimi-la, seria imperioso suprimir os princípios que dão causa, cujo valor não se discute.

É natural que, onde exista um "eu" livre, seja também possível o mau uso da liberdade.

E nem por isso o valor desta decresce. De outra forma não nos encontraríamos em um sistema de liberdade, mas de determinismo, no qual as criaturas não passariam de autômatos. Ora, Deus não criou Seres dessa espécie, mas sim Criaturas partícipes das suas próprias qualidades. Dada a estrutura do Sistema, gera-se uma cadeia de férrea lógica, que conduz dos princípios a essas conseqüências.

A Criatura deveria, pois, necessariamente encontrar-se ante a encruzilhada da escolha.

O Ser, portanto, dada a sua estrutura e a do sistema em que existia, deveria achar-se diante da possibilidade do erro. Em outros termos, o Ser passava por uma prova, por um exame, de cujo resultado dependeria a sua futura posição, por ele livremente escolhida. Ora, que o Sistema contivesse a possibilidade de um erro, não significa absolutamente fosse ele construído errado ou defeituoso. Tanto é verdade que ele, como veremos, de fato não se arruinou pelo erro cometido; pelo contrário, por ser perfeito, tinha capacidade de auto-regeneração.

O Sistema estava acima do erro nele possível, e fora constituído para permanecer íntegro, inabalável, para qualquer acontecimento.

Por isso podia permitir em seu seio uma possível violação e desordem, tanto mais quanto essa possibilidade tinha uma função, a de aprovar o Ser dando-lhe, segundo o princípio de justiça, se superasse a prova, o pleno direito de aquisição da sua posição de filho de Deus, somente depois de havê-lo merecido.

O Criador exigia da Criatura uma livre aceitação do Sistema, um espontâneo reconhecimento das recíprocas posições nele, para então poder conceder ao Ser uma livre co-participação em Sua obra, como o Sistema requer, o que seria impossível com uma criatura escrava ou um autômato.

A prova da livre escolha não foi, pois, um capricho, um acaso ou um erro do Construtor, mas fez parte integrante da lógica do Sistema, como necessária conseqüência dos princípios que o constituem.

A estrutura do edifício de conceitos e forças do Sistema, a natureza do Criador e a da Criatura, os fins a atingir além da prova, tudo isto conduzia à necessidade de que a Criatura devesse encontrar-se só e livre na encruzilhada da escolha.

A possibilidade de erro estava implícita no Sistema, não como uma imperfeição, prelúdio de fracasso, mas como um elemento definido e desejado para determinados fins, como sua força e não como sua fraqueza.

Veremos, efetivamente, que esses fins são igualmente atingidos também por outra via e que a obra da Criação permanece igualmente, como um triunfo do plano de Deus. Os dois princípios acima aludidos, egocentrismo e liberdade comuns também às Criaturas, faziam delas tantos menores eu “sou”, semelhantes a Deus, como tantos Deuses menores em função de Deus.

Deus quis a Criatura assim feita, à Sua imagem e semelhança.

Nem o ser Dele saído poderia ser de natureza diversa da Sua. Em um sistema de esquema de tipo único, a Criatura não podia deixar de ser um "eu sou", centro autônomo e livre, como é o Criador. E, então, a estrutura do Sistema, como a natureza da Criatura, estando baseadas no princípio da liberdade, tudo quanto dissesse respeito à criatura não podia ter curso sem o seu consenso.

Ademais, existia um terceiro princípio, fundamento do universo espiritual - o do Amor - mercê do qual Deus não é egocêntrico senão para irradiar em Amor. Assim sendo, o Sistema de Deus não pode basear-se na coação, assim como, em virtude do princípio de liberdade, não pode basear-se no determinismo, mas apenas na adesão espontânea.

Deus, por ser Amor, não pode querer a Criatura forçadamente prisioneira do Seu Amor. Ele limita-se a atrai-la. Eis uma nova característica do Sistema, que não pode admitir da parte da Criatura, senão uma correspondência de caráter espontâneo, sem a qual não há amor.

Não é possível, forçadamente gravitar-se em direção a Deus, por amor. Assim, pois, todo o Sistema, ainda por esse princípio, impunha a livre escolha, qual passagem obrigatória para valorização do Ser, que devia, antes de aceito, conquistar plenamente esse direito, demonstrando livremente haver compreendido, aceito e querido corresponder ao Amor de Deus.

Mesmo sob esse aspecto, a prova corresponde à perfeita lógica, pois que o Amor, para ser tal, não pode deixar de ser espontâneo e recíproco. Estar o Sistema fundamentado no Amor é outro fato a implicar que ele deve basear-se, também, na liberdade. Liberdade e Amor são conexos. Este pressupõe aquela. Um sistema que não se fundamentasse na liberdade não o seria no Amor. Os princípios que regem o universo são estreitamente correlatos. Todos eles se podem reduzir a um só, do qual todos estes derivam - o Amor.

Foi por amor que Deus quis a Criatura egocêntrica, feita à Sua imagem e semelhança, participe das Suas próprias qualidades. Foi por amor que Deus quis a criatura livre, a fim de que ela livremente compreendesse e retribuísse esse amor. Entendidas a necessidade, a lógica e a utilidade da prova observemos como se comporta o Ser neste momento supremo.

Eis a Criatura, substancialmente Espírito, Centelha de Deus, apenas destacada do seio do Pai que a gerou. Ela fita o Centro, do qual derivou por ato de Amor, a que deve a sua existência. A estrutura do sistema impõe uma resposta sua a esse ato, a correspondência de um recíproco ato com que essa criatura, por sua livre aceitação, confirme ou renegue, como queira, permaneça no Sistema ou dele se desligue, ponha-se dentro ou fora dele, agindo livremente e definindo, assim, a sua posição.

O Criador respeita tanto a liberdade que Ele deu à Criatura, fazendo-a à Sua imagem e semelhança, que submete a Sua obra de Criador a essa criatura, como ocorre no consentimento necessário de duas partes num contrato bilateral.

Somente quando a livre Criatura tiver dito: "Sim", a criação estará completa, aperfeiçoada até a esse momento, em que a Criatura é quase chamada, com seu consentimento, a colaborar. Parece enorme, absurda, tanta bondade. Mas essa é a estrutura do Sistema, assim quer o Amor de Deus.

Eis o Ser diante de Deus. Apenas criado, ele ainda não falou. Deve dizer agora a sua primeira palavra, que Deus lhe pede em resposta ao Seu ato criador: a palavra decisiva. Deus lhe fala primeiramente:

"Olha, ó Criatura, o que há diante de ti. Eu sou o Pai que te criou. Quis fazer-te da Minha própria substância, um “eu sou”, centro, livre como "Eu Sou". Fiz-te grande com a minha grandeza, poderoso com o meu poder, sábio com a minha sabedoria. Fiz assim espontaneamente, por um ato de Amor para contigo, minha criatura. A este Meu ato falta somente um último retoque para ser perfeito e ele deve partir de ti. Espero-o de ti, que o farás com plena liberdade. Ofereço-te a existência como um grande pacto de amizade. Ele é baseado no Amor com que te criei e a que deves o teu Ser. Podes aceitar ou não este Meu Amor. Todo pacto é bilateral, toda aceitação de amor deve ser espontânea. E absurda uma imposta correspondência de amor. Escolhe Vê o que Eu já fiz por ti. Eu ti precedi com o exemplo. Tu me vês. Olha e decide”.

“Qualquer pressão Minha fará de ti uma Criatura escrava e Eu te quis livre, porque deves assemelhar-te a Mim. Para que Eu pudesse amar-te como quero, devias ser semelhante a Mim. Não se pode pedir Amor a um escravo, mas somente obediência imposta, o que está fora do Meu sistema e seria a sua inversão. Vem, pois, a Mim, corresponde ao Meu Amor que te chama e te atrai. Confirma a Minha obra com a tua aceitação. Por tua livre escolha consente, entra e coordena-te no Meu Sistema, do qual Eu sou centro. Subordina o teu "eu sou" menor ao "Eu Sou", o Uno-Deus, Supremo vértice que rege o Todo. Reconhece a ordem da qual Eu sou o chefe. Promete obediência à Lei que exprime o Meu pensamento e vontade. Por Amor te peço, pois que és meu filho, que me retribuas o Amor com que te gerei".

Após essas palavras, por um instante ficou suspensa a respiração do universo, enquanto as falanges dos Espíritos criados oscilavam em cósmicas ondulações. O Ser olha e pensa. Ele sente o poder que lhe vem do Pai, uma imensidade que o torna semelhante a Deus. É livre, como um “eu sou” autônomo, Senhor do seu Sistema, das suas forças e equilíbrios interiores. A sua própria estrutura, permeada de divina grandeza, impele-o a repetir em sentido autônomo, separatista, o egocentrismo que ele continha do "Eu Sou" máximo: Deus.

Mas, do outro lado há uma força oposta, anti-egocêntrica, tendente a neutralizar a primeira: o Amor. Ele se manifesta como silenciosa atração, que se impõe por bondade. Quem compreendeu esse apelo, verdadeiramente compreendeu Deus.

As duas forças, assim diversas, movem as falanges dos espíritos, que as examinam e pesam. Belo é o Amor, mas acarreta uma renúncia cheia de deveres, uma renúncia à plenitude total do "eu sou", implica obediência, o reconhecimento de uma posição subordinada.

Eis o perigo tentador: exagerar, em seu juízo, a própria semelhança com Deus e admitir uma pretensão de identidade. Ao invés de seguir o caminho do Amor, coordenando-se com obediência na ordem, tomar a via oposta. Devendo coordenar o próprio "eu sou", reforçar sua autonomia, fazendo-se isoladamente centro do sistema com sua própria lei. Imitar Deus somente para superá-Lo. Responder ao doce apelo de Amor com um desafio: "Não! Deus, eu, criatura, sou maior do que Tu. Eu sou Deus, não Tu"!

Então, muitos "Deuses" menores, feitos de substância divina, livremente decidiram tornar-se "Deuses" maiores, iguais a Deus. A escolha foi por eles feita, e o universo, abalado até aos fundamentos que estão no espírito, estremeceu e parte dele desmoronou, involvendo na matéria.

Mas não foi assim para todos os Seres.

A balança em que foram colocados os dois impulsos, para uma outra multidão de Espíritos se inclinou, ao invés, para o lado Amor, oposto ao da rebelião por orgulho. Eles reconheceram a superioridade de Deus e se fundiram na Sua Ordem, tornando-se-Lhe colaboradores, livremente aceitando-a e compreendendo.

Os primeiros não quiseram reconhecer a Sua supremacia; destacaram-se da Sua Ordem e se transformaram em demolidores. Não quiseram aceitá-la e corresponder. Seu chefe foi Lúcifer. Precipitaram-se, assim, para fora do Sistema, em posição invertida que lhes será a característica de toda a existência.

É certo que a queda foi devida à falta de conhecimento das conseqüências da revolta, mas é também certo que a Criatura não poderia ser onisciente, igual a Deus. Pode-se objetar, então, que, se ela ignorava, como lhe pode ser imputada a culpa de haver caído? Deus deveria tê-la dotado do conhecimento suficiente para compreender antecipadamente as conseqüências da desobediência, de modo a não incidir nela.

A tal objeção pode-se contrapor que a Criatura assim teria seguido Deus unicamente no seu egoístico interesse, a fim de furtar-se a um dano e não por amor. Ora, um ato de aceitação tão fundamental no Sistema, não poderia basear-se num interesse nascido do egoísmo, isto é, em um princípio antípoda àquele que rege todo o Sistema, como é o Amor. Ele deveria resultar de uma espontânea adesão por Amor, ao compreender a bondade do Criador.

Como é fundamental no Sistema o princípio do Amor, prova-o o fato de o próprio Deus, no seu aspecto imanente, ter seguido o Sistema desmoronado para reconstruí-lo, jamais abandonando a criatura por mais injusta e rebelde que fosse.

E Deus não lhe pedia senão uma prova de amor!

Os Espíritos obedientes a deram, ainda que em conhecimento fossem iguais aos Espíritos caídos. Tiveram, então, início no Ser, duas vias opostas, que o distinguem.

De um lado, o orgulho, o mal, a dor, as trevas, o caos e, consequentemente a criação e vida na matéria.

Do outro a obediência, o bem, a luz, a ordem e a vida perfeita do puro Espírito.

A queda é a involução, da qual se sobe redimido pelo esforço da evolução, absorvendo o mal em dor, edificando-se pelo sofrimento com a experiência da vida, assim se desmaterializando e espiritualizando na ascensão ao encontro de Deus, que não abandonou o Ser que caiu, mas apenas lhe disse:

"Destruíste o esplêndido edifício. Contudo, continuas a ser meu filho. Reconstruirás, porém, tudo com o teu esforço”.

====================

Usamos neste Capítulo a expressão "Queda dos Anjos", porque tradicional e de mais fácil compreensão. Todavia, é bom esclarecer ser ele uma expressão antropomórfica, que reduz o fenômeno às dimensões inferiores da matéria. Ainda que acanhado, o antropomorfismo constitui uma necessidade, porque, embora contenha o defeito de desfigurar o real aspecto do fenômeno, tem o valor de aproximá-lo de nosso mundo tão diferente.

Cumpre-nos, pois, aqui realçar que a expressão "queda dos anjos" representa uma redução da realidade, na medida limitada da psicologia humana.

De fato, o fenômeno ocorreu em planos de existência tão elevados, que para nós se situam no superconcebível; ocorrera em dimensões em que as nossas representações de espaço e de tempo não têm mais sentido.

A imagem, pois, que tivemos de escolher representa u'a mutilação e não uma expressão da realidade. Se devêssemos explicar a um homem inculto um conceito abstrato, um processo matemático, um desenvolvimento filosófico ou coisas semelhantes, seríamos constrangidos, se quiséssemos fazer-nos entender, a apresentar tudo revestido de formas materiais, a usar expressões bem concretas, para adequar-nos à psicologia desse homem, a ponto de os conceitos originais ficarem deformados, tornando-se quase irreconhecíveis.

Mais verdadeiro é esse fato relativamente à “queda dos anjos”, em face da grande altura em que se deu o fenômeno e sua distância de nós. Era, porém, necessário adaptar-se à mente humana, se se quisesse dar uma expressão ao fenômeno, denominando-o “queda”. Mais adiante será explicado o seu significado de desmoronamento de dimensões, a partir de um ponto que, estando situado em planos altíssimos, na sua substância foge completamente à nossa compreensão. (Vide: “Deus e Universo” – Capítulo 4 - Pietro Ubaldi – Fundapu). 
=============================================
UM GRANDE ABRAÇO A TODOS:
Fernando Rosemberg Patrocínio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Articulista, Coordenador de Estudos Doutrinários, Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;

65-A Revolução Ética.
-----------------------------------
Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br

.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

CUEE E CUES (ALGUMAS VERDADES)


CUEE e CUES
(algumas verdades)

Ora, todos nós, os espiritistas, sabemos bem que CUEE, de Allan Kardec, expressa: Consenso Universal no Ensino dos Espíritos; sobre o tal do ‘CUES’, de um modo mais simples, e, pois, menos abrangente, repassemos algo de sua concepção e do seu significado, qual seja, de um Consenso Maior e Superior ao CUEE, e, cuja sigla se nos mostra como:

“CUES: Consenso Universal dos Espíritos Superiores”.

Ora, se exceto por Kardec, a metodologia do CUEE nunca, e jamais, fora colocada em prática nestes um Século e meio (160 anos) de sua elaboração, depreende-se que ela fracassara, não funcionara em tempo algum! E, se tal metodologia de Kardec fora, de certa forma, de alguma utilidade para ele, ela, pelo visto, se mostrara inútil, pois já nascera para ser substituída por novas metodologias, ou, por novos Consensos, donde, por agora, ressaltamos o que se pode compreender como ‘CUES’, que, afinal, trata-se de um paradigma ditado pelo:

“Consenso Universal dos Espíritos Superiores, Proprietários Legais de Sua Doutrina ao Comando Magnânimo de Jesus”!

Ora, o fato é que os Espíritos da Nova Revelação, já ao tempo de Kardec mesmo, no Século 19, ou seja, ao seu paralelismo mesmo, já tratavam de instituir uma nova metodologia, à qual, e, em sendo Obra deles: dos Espíritos Altíssimos, eles, em Sua Autonomia, Seu Controle e Gerência de Tudo, e, mais ainda, como Mandatários Divinos ao Comando de Jesus, estiveram a instituir sua Metodologia própria, (CUES), ou seja, de que um só, e, bom médium, poderia, por um Novo Consenso – o Consenso Deles: dos Espíritos Superiores repito – trabalhar sua obra com Verdade e Amor, Presteza e Lógica, Ordem e Sabedoria, e, mais ainda: Confiabilidade Irrestrita, pois se trata de Obra Deles, e, não nossa: de Espíritos falidos, rebeldes e orgulhosos, em vias de redenção, de melhoramento espiritual pelas normas evolucionais.

Este Consenso (CUES), como dito, fora implantado no Século 19, e, na paralela mesma do consenso kardequiano (CUEE), tendo como exemplo, de forma mais específica, a mediunidade excepcional de Mme. Collignon; e, em seguida, se mostrara de modo mais consistente, e mais evidente ainda, no Século 20, como verificado com as altas mediunidades, moralizadas e moralizadoras de Yvonne Pereira, de Divaldo Franco, Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier, dentre outros excelentes médiuns.

E, quanto aos detratores, e, que, pois, não acatam a obra de Mme. Collignon: “Os Quatro Evangelhos” (Feb), organizada pelo sábio missionário: Jean-Baptiste Roustaing, devemos, a bem da verdade, informar aos leigos que dita obra fora aprovada, ao demais, pela magnânima obra de Divaldo Pereira Franco bem como pela de Francisco Cândido Xavier em muitos de seus trabalhos; e, inclusive, pelo Espírito de Humberto de Campos, prefaciado pelo Espírito de Emmanuel: “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” (Francisco C. Xavier). Nesta última, temos que a obra de Roustaing: “organizaria o trabalho da fé” junto a outros sábios missionários coadjuvantes da obra de Kardec no referido Século 19 de nossos presentes estudos.

Óbvio que não discutimos - a não ser se formos convencidos a tal - o que os detratores de tal obra, ou seja, de H. de Campos, Emmanuel e Xavier, espalham aos quatro ventos.

Ora, tais elementos, os detratores, nada de bom sabem fazer ou construir, mas tão-só, desconstruir. E, neste caso, questiono: não seria frustração, inveja e rancor de ver os best-sellers de Xavier galopando aos quatro ventos, e com tão altas vendas, quando os seus livretos – dos detratores – de duvidosa categoria, não saem do lugar, quando não ficam, se publicados em livro físico, encalhados nas prateleiras?

Por outro lado, como já visto noutros escritos, a obra de Roustaing baseia-se na obra de Kardec, em seus tópicos fundamentais, sobretudo em “O Livro dos Espíritos” (AK), “O Livro dos Médiuns” (AK) e “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK); o que se pode ver e constatar, ainda, em nossos e.Books de títulos:

-“Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi”;
-“Espiritismo e Livre Pensamento”;
-“Síntese Embriológica do Homem”;
-“Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira”;
-“Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda”; e:
-“Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira”;
-dentre outros de nossa singela autoria.

Mas, de retorno ao referido Consenso Universal, vimos que os Espíritos Superiores, antevendo que o Consenso instituído por Kardec: não decolaria, eles, em sua sabedoria e previdência, trataram, logo, de instituir o seu próprio e confiabilíssimo Consenso, este sim: um Reluzente Consenso Universal: o CUES.

Mas é óbvio que estivera valendo aí a boa intenção de Kardec na tentativa de estribar a Ciência Espírita nascente nos moldes por ele apresentados; intenção, e intuição, creio eu, deste Consenso Maior, repito:

“CUES: Consenso Universal dos Espíritos Superiores, Proprietários Legais de Sua Doutrina ao Comando Magnânimo de Jesus”!

Assim, pois, demos uma pincelada no que se pode compreender como ‘CUES’. E, se a ‘Concordância’, ou ‘CUEE’, de Allan Kardec, fora suspensa, temos de contar com este Consenso Maior: o Consenso Magnânimo dos Espíritos Superiores que nos dirigem a rota evolutiva até Deus: Nosso Pai.

UM GRANDE ABRAÇO A TODOS:
Fernando Rosemberg Patrocínio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Articulista, Coordenador de Estudos Doutrinários, Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;

65-A Revolução Ética.
-----------------------------------------------
Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br

.