F) Alguns espíritas abominam a Queda Espiritual...
E Kardec também não lhe compreendia! O que não
significa que a Queda não tenha se dado e que ela não se dá nas mais diversas
situações criminosas do Espírito transgressor.
O Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos
Superiores, como já vimos, e, como estamos a rever, não lhe recusava. E o
Velho, tal como o Novo Testamento, também lhe abordava em muitas páginas dos Profetas,
de Jesus, dos Apóstolos; e, mais ainda, no Século 20, com Ubaldi e Xavier, ou
melhor, com Sua-Voz, Emmanuel, André Luiz, e com muitos outros Espíritos de
escol que também a preconiza abertamente, o que constitui: ‘Consenso
Universal’.
Logo, a ‘Trilogia Codificada’, bem como o
‘Rustenismo’ em sua abrangência doutrinária, estão amparados pela sábia mentalidade
de todos os tempos da humanidade e, pois, os espíritas menos sábios, que lhe
recusam, e inclusive Kardec, (em pessoa humana), estão muito equivocados em
suas instruções filosóficas, e, pois, ministram um Espiritismo de modo bem
diverso e bem distante de sua realidade. Eles querem um Espiritismo ao seu
gosto e modo; mas haverão de ser destituídos de sua pretensão pelos progressos
conducentes à mais exata concepção doutrinária.
Graças a Deus, já estão reencarnados no Mundo
terreno aqueles Espíritos mais elevados que, por sua vez, hão de ministrar o
verdadeiro Espiritismo, que, aliás, trata-se deste que propagamos em nossas
páginas que se somam, nos mais diversos órgãos de divulgação doutrinária: algo
em torno de 800 textos, ou mais, e que, com o presente livro digital, temos a
soma de 50 e.Books.
Páginas e e.Books, pois, fundamentados nos Profetas
bíblicos, em Jesus, nos seus Apóstolos, no Espiritismo dos Espíritos
Superiores, no ‘Rustenismo’, e, no Século 20, com Pietro Ubaldi e Francisco
Cândido Xavier, por suas imbatíveis e portentosas obras mediúnicas,
espirituais.
G) Então, não há unificação?
Uma das principais funções do que se preceitua
como ‘Unificação Espírita’ é a de: promover o estudo, a difusão e a prática da
Doutrina Espírita, ou, do Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores.
Mas neste tópico, sobretudo, nós, os seguidores
do Espiritismo, estamos longe disso e por diversas razões:
1) Falta de estudos que, por sua vez, tem levado
a entendimentos diversos do mesmo;
2) Ausência de Amor nos corações, quando a
Doutrina, por tratar-se do Cristianismo Redivivo, nos pede comportamentos
alusivos a tal prática;
3) Carência de Humildade, sobretudo, nos auto
proclamados “intelectuais”, (colocado entre aspas), e que, por isto mesmo,
pensam saber tudo, quando, em verdade, muito pouco sabem; e, como tal, deveriam
refletir um tanto mais sobre o magistral pensamento socrático:
‘prudente serás não imaginando saber o que não sabes’;
4) E, inclusive os que, em sua arrogância,
parecem ignorar o princípio doutrinário de que se está lidando com a ‘Ciência
do Infindável’, e que, por tal mesmo, temos um infinito de coisas por aprender,
assimilar e, por fim, levar à prática de nossas vidas imorredouras, e de
retorno ao Misericordioso-Pai: nosso Criador.
Além disto:
5) Alguns espiritistas, por não estudar, e não
compreender, (por falta de inteligência e percepção mais alta das coisas
espirituais), a genuína obra de Roustaing, tais pretendem queimá-la na fogueira
levando junto a diretoria da Feb, bem como os grandes intelectuais rustenistas:
notáveis defensores e divulgadores da lídima obra.
E o fato resultante é que: sinceramente, ainda
estamos longe de uma unificação sincera de parte a parte, somando-se, ainda, as
complexidades óbvias do Espiritismo mesmo: inalcançável por grande parte de
seus adeptos.
Como afirmava um dos maiores Espíritos do Século
20, por meio do queridíssimo Francisco Cândido Xavier:
“Tolerância é o cimento da
união ideal”.
(Emmanuel).
E questiono aos mais distintos espiritistas do
nosso movimento, sobretudo aos “intelectuais”:
“Onde está a Tolerância em
nosso movimento?”
Logo,
muitos não toleram, não compreendem, ou, não querem compreender que somos
livres pensadores, cumprindo-nos trabalhar, o Evangelho de Jesus, sobretudo, na
nossa ‘Inteligência-emocional’, ou seja, no Cérebro em concordância com o
Coração; e vice-versa, em equilíbrio intelecto-moral.
E, digo
mais: que o nosso problema é muito mais de sentimento, de coração! O que,
aliás, já alertava o Mestre Nazareno:
“é do
coração que partem os maus pensamentos, ..., os falsos testemunhos, as blasfêmias
e maledicências”.
(Vide:
Mateus, cap. 15).
H) Algo ainda da ‘Trilogia Codificada’?
Dos títulos de Allan Kardec, do ponto de vista
filosófico, consideramos, muitíssimo, o Tratado de: “O Livro dos Espíritos” (AK
- 1857); porém, não se trata de uma obra, especificamente, de Allan Kardec,
pois que este lhe fora, apenas, o seu organizador.
E, como está em seu título mesmo, trata-se de
obra dos Espíritos, porém, não de quaisquer Espíritos, e sim: Superiores: Enviados
do Altíssimo, e, pois, para o cumprimento do Consolador das promessas milenares
do Senhor Jesus.
Diferentemente, e, em seu antípoda mesmo, temos a
obra: “A Gênese, os Milagres e as Predições” (AK – 1869); obra, quase que toda
ela, do pensador humano e espiritista Allan Kardec, que, como todos nós, é
passível de equívocos, de limitações, e claro, de imperícias no campo
científico, filosófico e moral.
Aliás, “O Livro dos Espíritos” (AK), apesar de
sua edição definitiva ter sido implantada em 1860, ele, ainda, não fora
devidamente compreendido nem pelos próprios “intelectuais espiritistas” e,
muito menos, ainda, pelos praticantes comuns do meb (movimento espírita
brasileiro), e, por isto mesmo, pudemos, com o auxílio de Amigos da
Espiritualidade, elaborar três e.Books de títulos:
-“O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual”;
-“O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo”; e:
-“O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos”.
Logo, referido “O Livro dos Espíritos” (AK -
1857) é, de fato, um Tratado Superior da Espiritualidade enviado à Humanidade
terrena, cujos desenvolvimentos se dão em “O Livro dos Médiuns” (AK - 1861) e
em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK - 1864), no que entendemos, e
frisamos, como ‘Trilogia Codificada’.
Constituindo de menor importância os demais
volumes assinados pelo Codificador: “O Céu e o Inferno” (AK - 1865) e “A
Gênese, os Milagres e as Predições” (AK - 1869), se mostrando este último,
sobretudo, como um trabalho claramente mundano, de conceitos científicos que
hoje estão um tanto ultrapassados, constituindo obra, pois, suscetível dos
equívocos comuns, como, aliás, acontece com tudo quanto seja da condição e da
ótica humanas.
I) Logo, as duas últimas obras da Codificação...
Ora, tudo vai se superando e se modificando pelo
avanço do tempo evolutivo; exceto o que for de caráter eterno, como, por
exemplo: o ‘Evangelho’ e sua constelação de virtudes que se unificam no Amor,
na Caridade e na Humildade. Tudo o mais está tendente a ser revisto
paulatinamente.
Assim, pois, a obra “O Céu e o Inferno” (AK –
1865) está algo superada, e, sobretudo, no tocante às realidades da Vida
Espiritual, e, até mesmo por obra de pastor protestante: “A Vida Além do Véu”,
de George Dale Owen; e, em nosso meio, pela elegante e estupenda coleção de
André Luiz (Chico Xavier), a famosíssima: “Série Nosso Lar” (Feb) composta por
16 volumes.
Além do mais, na referida obra, Kardec se
empenhara em fazer críticas severas à Igreja e suas crenças, quando, por toda
parte, e, inclusive em dogmas imperfeitos, temos algo da verdade de todos os
tempos, de Deus, do Espírito, da Queda Espiritual, da Palingenesia e, pois, da
Imortalidade.
Por outro lado, ainda, há expressões, em dita
obra de Kardec, que desautorizam o Cristianismo e o Espiritismo, como, por
exemplo, na Segunda Parte, Capítulo 4, ‘O Castigo’, página assinada pelo
Espírito que se autodenomina Georges. No final de sua mensagem temos algo no
mínimo desconcertante ao falar do:
“Deus Vingador, (???), o Deus triunfante de
todo o mal, que não poderá apaziguar senão a força de gemidos e expiações”.
(Opus Cit.).
E, mais ainda: com a concordância de Kardec que
aplaude tal assertiva com as palavras de que: “Jamais foi traçado quadro mais
eloqüente, mais terrível e mais verdadeiro, (isto é verdadeiro???,
questiono), da sorte do mau”. (Opus Citado).
Ora, tais colocações são afrontas ao Cristianismo
e ao Espiritismo. E isto pelo fato de que: 'Deus É Amor', como fora ministrado
por Jesus e pelos Espíritos Superiores, e não vingador; e, mais ainda: dito
quadro não é verdadeiro como o pretendia Kardec, e sim: claramente inverídico e
deturpado.
Mais ainda, dir-se-ia que a referida “Série Nosso
Lar” (Feb), de modo igual, muito ofusca daquela outra obra de Kardec, ou seja,
de: “A Gênese, os Milagres e as Predições” (1869).
J) Algo ainda de “O Céu e o Inferno”, de Kardec?
Como sabemos: o Espiritismo é Doutrina
progressiva, que não se paralisa no tempo. E o próprio Kardec divulgava tal
propriedade doutrinária. Logo, não é anti-doutrinário criticarmos e, pois,
falarmos de algumas superações da obra de Kardec, exceto pelos puristas mais
engessados, ou, paralisados no Século 19.
Na Primeira Parte, Capítulo 8, ‘Os Anjos Segundo
o Espiritismo’, temos uma dissertação de Kardec em que o mesmo, mais uma vez,
acreditava na possibilidade de que os Espíritos são criados Simples e
Ignorantes, para, enfim, passar pelas provas dos Mundos Materiais e chegar à
condição de Anjos, Espíritos Puros e coisas de igual jaez.
Ora, já se sabe, no curso destes 160 anos do
Espiritismo no Mundo, que o Espírito é criado no Mundo Espiritual e prossegue
sua Evolução em Linha Reta,
ou seja, em tal Mundo
mesmo; exceto os que sucumbem e se quedam por rebeldia, orgulho, egoísmo, e
etc., nos referidos Mundos materiais, como já vimos acima em nosso ‘Resumo do
Espiritismo’.
Logo, os que não se quedaram e, os que se
quedaram, todos, sem exceção, chegam à condição de Anjos ou de Espíritos Puros,
e não tão-só os da condição de Seres humanos. Mas, Kardec, não atinava pela
Queda espiritual do Ser e pensava que todos os Espíritos nascentes teriam de
passar pelas provas dos Mundos materiais; o que é mais um lapso filosófico do
Sr.Kardec e dos que lhe seguem fielmente a cartilha.
Assim, pois, a pessoa de Kardec, de suas ideias e
de suas crenças pessoais, é algo superado, incompleto, pois os Espíritos
Superiores revelaram muito mais.
K) E a outra obra: “A Gênese”?
Como se sabe, Kardec, em tal obra, datada de 1869,
se empenhara em mostrar os possíveis equívocos da “Bíblia Sagrada”, de suas
interpretações; bem como gostaria de acoplá-la à Ciência, e, ao mesmo tempo,
corrigir o que fosse suscetível de corrigir-se nela mesma, ou seja, na Ciência;
e, mais ainda, tentara, inutilmente, desacreditar trabalhos adjacentes ao
Espiritismo, mais exatamente, o primoroso empenho dos Espíritos Elevados na
obra de Roustaing, de seus “Os Quatro Evangelhos” (Feb), e etc., etc.
O que significa expressar que o presente e.Book,
em seu sincero, e educado labor, de examinar e comentar dita obra, “A Gênese”
(AK), é, pois, desculpável, pois se Kardec estivera a detectar possíveis erros
alheios, (da Bíblia, das Religiões, da Ciência e tudo o mais), nós mesmos, pois,
estamos desde já absolvidos pelos nossos labores, comentários e críticas de sua
obra.
Mais ainda, somos todos nós, deste Mundo terreno,
Seres humanos imperfeitos, limitados, e, pois, com suas idiossincrasias,
características peculiares de cada qual, e, por tal mesmo, nós nos completamos
uns aos outros, reciprocamente.
Ora, tudo avança, tudo se melhora, e, eu, ou,
nós, com toda certeza, haveremos de ser corrigidos amanhã, pois tudo se dirige
à Perfeição, e, em tempo algum, dissemos nesta, ou, noutra parte de nossos
escritos, que somos impolutos; muito pelo contrário: temos a ‘Ciência do
Infindável’ por estudar, aprender, assimilar, quando, em nós mesmos, vamos nos aperfeiçoando
de modo lento, mas contínuo e ininterrupto, se não nos paralisarmos, ou, nos
quedarmos novamente.
L) O que comentaria de “A Gênese”?
Devo dizer, mais uma vez, que não estamos fazendo
uma desconstrução de tais obras: “O Céu e o Inferno” e “A Gênese, os Milagres e
as Predições”, de Allan Kardec.
Creio, até mesmo, estar prestando um serviço ao
Espiritismo, pois realçamos sua superioridade doutrinária, quando, na
contrapartida, não encobrimos seus defeitos, sobretudo humanos, o que, para
nós, reflete nossa sensatez, nossa coragem de enfrentar os fatos, pois, pelas palavras
do Mestre, ao exortar: “sede perfeitos”, Ele sabia de nossas imperfeições; mas
nos exortava, o Mestre, esforços para nos retificarmos pela Ética de seus
ensinos magistrais.
Ora, até Kardec, em Espírito, já reconhecera seus
desacertos científicos e, pois, filosóficos; em página mediúnica chegara a
declarar que:
No campo experimental,
ilustres e prestantíssimos sábios se lhe tem avantajado em muito. A parte
experimental é, porem, efêmera. Boa para a conquista, não tem, todavia,
qualidades de estabilidade e de conservação. Como fenômeno experimentado, entra
na ordem das coisas concretas, e para estas coisas, o aperfeiçoamento é mais
sensível, porque a natureza delas e mais precária.
Uma obra experimental de
grande atualidade e verdade hoje, daqui a dez anos será velha, se a não
acompanhar, como parte integrante e auxiliar, a feição abstrata e ideal.
Os meus livros, no que tem de
prático, sob o ponto de vista experimental, estão antiquados e suplantados, de
há muito, por dezenas de outras obras de mais incontestado e incontestável
valor, daquela ordem de estudos. O que, porém neles existe da parte moral e de
ensinamento, ainda não foi nem será facilmente sobrepujado. E' que, neste
campo, eles estão com a verdade, e a verdade, apresentada sob que aspecto for, é
sempre a verdade. E' tão nova hoje, como no tempo do Cristo, como no tempo dos
profetas, como em qualquer tempo.
Lisboa, 6 de Maio de 1907.
Médium: Fernando de Lacerda
Fonte: “Do País da Luz”
Logo, Kardec, em ato de humildade espiritual,
exalta o trabalho dos demais sábios do Espiritismo e confessa algo do seu
trabalho mesmo, de sua superação científica e, consequentemente, filosófica;
mas não no aspecto moral, evidentemente.
M) O que comentar de “A Gênese”, então?
Para iniciar, informo que apreciamos muitíssimo a
didática de Kardec; que louvamos o seu modo de expor, de ensinar, coisa de um
catedrático escolhido a dedo para ministrar fatos da mais excelente e mais
grandiosa Doutrina da face terrena, a dos Espíritos Superiores: ao comando de
Jesus.
Logo, nem tudo da obra, ou, das obras de Kardec,
é condenável, o que seria absurdamente ilógico e injusto de nossa parte. Ora,
apreciamos muitíssimo o seu primeiro Capítulo: ‘Caracteres da Revelação
Espírita’. Mas antes disto, e, antes da ‘Introdução’, em página inicial de tal
obra (frontispício), insere-se uma frase que, sinceramente, reconhecemos sua
síntese formidável e, pois, suscetível de ser desenvolvida e incrementada:
“Para Deus, o passado e o
futuro são o presente”!
Neste tocante, confesso que demoramos algum tempo
para entendê-la; e mais, sem que esperássemos, tivemos a grata surpresa de
receber, vias intuição, uma séria de páginas que a explicavam em pelo menos 10
Capítulos das 45 Laudas do nosso quarto e.Book de título: “Mecanismo Ontogenético”.
Logo, nem tudo é crítica, há também sábias e formidáveis sínteses contidas em
tal obra de Kardec, que, por sua vez, hão de ser incrementadas no
tempo-evolutivo, desde que nos achemos receptivos a tais.
N) Logo, dir-se-ia que...
É preciso estar dotado de alguma sensatez para se
valorizar o que é bom, genuinamente correto e verdadeiro; mas, tudo quanto for
objeto de crítica sincera tem de ser revisto e remodelado se não quisermos
virar chacota de outrem; e, sobretudo, dos que detestam o Espiritismo e só lhe
vê os erros que, como dito, são mais humanos que dos Espíritos mesmos, estes
que, constituindo uma imensa população errática, são dos mais diversos níveis
de saber, conscienciais e morais; exceto pelos Superiores, que, por assim
dizer, se uniformizam na identidade de seus princípios, na unidade da
perfeição.
O) Logo, a crítica, de sua parte, é?...
Feita com Amor e Honestidade! Temos de ser honestos
sempre, temos de ser firmes e, ao mesmo tempo, gentis; não devemos tapar o Sol
com a peneira, como, aliás, se vê com certos “intelectuais”, espíritas que, em
se super valorizando, vê defeitos em tudo, menos em si mesmos, em erros
científicos e filosóficos clamorosos e tão fáceis de se ver e de se constatar,
como no caso em questão, da obra aqui, ou, das obras aqui comentadas.
Creio que Kardec, onde quer que esteja, estará
nos aplaudindo pela honesta intenção de mostrarmos a realidade dos fatos, e não
a mentira esfarrapada dos que se super valorizam, mesmo assente em equívocos
tão chocantes e tão lamentáveis.
P) Quais seriam os desdouros de “A Gênese”?
Podemos enumerá-los e comenta-los, sendo alguns,
de ordem pessoal, (no caso: de nossa opinião), mas que, ainda assim, tem sua
validade filosófica por suas lógicas argumentações, exceto pelos que idolatram
Kardec, mesmo com equívocos evidentes.
Q) Então, vamos enumerá-los e comentá-los?
Sim, podemos fazer do modo sistematizado, ou
seja, pelos Itens R, S, T, U, V, W, X, Y e Z.
R) Para este Item teríamos...
Podemos iniciar tal estudo de “A Gênese” (AK) pelas elogiáveis
páginas da ‘Introdução’ e do Capítulo 1: ‘Caracteres da Revelação Espírita’.
Elogiáveis, porém, fundamentadas no que Kardec estabelecera por: ‘Consenso
Universal no Ensino dos Espíritos’ (CUEE).
Dito ‘Consenso’, fundamenta-se, para Kardec: na Razão, na mais
rigorosa Lógica, aplicada a tudo quanto venha dos Espíritos, confrontando-se, ainda, com o bom
senso e com os dados positivos de até então. (Vide: “O Evangelho Segundo o
Espiritismo” – AK).
S) Mas e
daí? Razão e Lógica não são ideais?
Ora, em
nosso tempo, dir-se-ia que Inteligência se define como a capacidade de
raciocinar, de aprender, de resolver problemas, em suma, de compreender, se
confundindo e se entrosando, pois, com a Razão, que, para muitos, é sinônimo de
Inteligência.
Iniciando-se
como função Pré-Lógica, o fato é que nossa Inteligência se vai desenvolvendo
para a chamada Racional Concreta que, por sua vez, vai ascensionar-se ainda, e,
nalguns, já pudera culminar na mais alta delas, na que se conhece como
Inteligência das Operações Intelectuais Formais.
E o fato é
que: só por aí, nos deparamos com uma real e imediata dificuldade:
-A qual
Razão se referira Kardec quando de sua construção do referido conceito da CUEE?
Ora, em
seus antípodas temos a Razão do bárbaro numa ponta, ou seja, de indivíduos
notadamente cruéis, estando tais elementos presente em todas as classes sociais
terrenas. E, na outra ponta, a Razão de um Kardec mesmo, que é a Razão dos mais
reluzentes espiritualistas, filósofos e cientistas que, nos últimos tempos vem
revolucionando o saber em todas as áreas culturais terrenas.
O que
significa dizer que nossa Humanidade constitui-se de um psiquismo variadíssimo,
onde um plano de inteligência entrosa-se com outros de menor ou maior alcance
conceitual, caracterizando uma miscelânea de psiquismo muito interessante. O
que torna, já por aí, um tanto difícil conceituarmos a Razão Ideal, aquela a
que se referira Kardec, pois que se verifica, além das retro citadas, a
constatação de outras ainda, quais sejam:
A Razão
cega dos fideístas, e, nos seus antípodas, a Razão cética dos desiludidos de
tudo, situando-se, de permeio, ainda, A Razão espírita, equilibrada com a Fé,
das pretensões de Kardec. Já por aí, pois, verifica-se uma quantidade algo
inumerável de Razões, de Inteligências com distintas Mentalidades, dificultando-se,
logicamente, encontrar-se a Razão Ideal, aquela mesma da proposição de Kardec,
vulnerabilizando um tanto sua construção avaliativa da CUEE.
Assim, pois, pelo visto, Razão, bem como Inteligência, ao que tudo
indica: sinônimos, são faculdades essencialmente evolutivas, percebendo-se que
minhas potências intelecto-morais, por exemplo, diferem das suas, das de
outrem, na infinita distinção de tudo, expressando, pois, que somos um tanto
diferentes, conquanto iguais perante Deus.
E, por tais variações, como encontrar-se a Razão
Ideal?
Ou seja, aquela mesma recomendada por Kardec,
quando sua Razão pessoal, distinta da minha e da sua, como de todos nós, fora
constituída por um tipo específico e próprio do seu psiquismo que, imagino,
tenha sido das Estruturas Formais, mesclada por suas idiossincrasias, virtudes
e defeitos de todo homem: Espírito reencarnado à matéria biológica do Mundo
terrenal.
E torno à referida questão:
Como pretender-se a Razão Ideal, aquela da
recomendação de Kardec, se mesmo no meio espiritista temos as mais diversas
tendências, as mais diversas mentalidades: kardequianas, rustenistas,
clássicas, xavierianas, monistas, universalistas e outras tantas mais?
E, então, repito: Como pretender-se a Razão Ideal
para a nossa pesquisa, ou mesmo, para a condução e entendimento claro do
Espiritismo, quando ele, por si mesmo, é de natureza tão vasta, tão ampla e tão
complexa?
Ora, a natureza não dá saltos, e o psiquismo de cada um é detentor
de um entendimento próprio, de uma Razão própria, e, portanto, não existe uma
Razão Ideal Espírita, tal como pretendia Kardec. Logo, a Razão, das
perspectivas do Codificador, simplesmente não existe em face de Razões tão
distintas do nosso meio, e, mais ainda, do meio terreno com sua diversa perspectiva
racional, intelectual e moral.
Sendo, pois, a Razão, bem como a Lógica, uma faculdade notoriamente
evolutiva, parecendo-nos, pois, que a pretensão do Codificador, em tais termos,
revela-se como sendo bastante frágil, para não dizer ingênua, sem querer
ofendê-lo, é claro.
E, no tocante ao restante de sua lavra, em
‘Introdução’ e ‘Caracteres’, nada mais temos a comentar, pois está excelente e
até mesmo: muito atual. Sendo que, para finalizar este tópico, nosso 46º.
e.Book: “Consenso Universal: Tríplice Aspecto”, trata de desenvolver ao máximo
o referido tema, conquanto a teimosia dos paralisados tão-só em Kardec, e nada
mais.
Mas, para finalizar este tema, há que se notar
que o Codificador, na primeira obra de sua organização: “O Livro dos Espíritos”
(AK – 1857), não considerava a Razão do modo como o faz nesta sua última: “A
Gênese” (AK – 1869). Na Introdução de “OLE”, Kardec alega que:
“O homem que considera a sua Razão infalível está
bem perto do erro”. (Opus Cit.).
E, mais adiante, comenta:
“Ao que se chama Razão, frequentemente, não é
senão orgulho disfarçado, e quem quer se creia infalível se coloca como igual a
Deus”. (Opus Cit.).
Noutros termos, nesta sua primeira obra (“OLE”),
vemos que Kardec é bem mais coerente e bem mais lúcido no tocante aos seus
ensinos acerca da Razão; o que não se dera em seus textos da terceira
(“OESE”-Introdução) e da quinta obra de sua publicação (“AG”) que estamos por
ora comentando.
Logo: a Razão
é Falível: conforme o próprio Kardec!
T) E, neste Item, o que destacaria?
Saltemos agora para o Capítulo 6 de “A Gênese”
(AK): ‘Uranografia Geral’ que, ao pé de página informa:
“Este capítulo foi extraído, textualmente, de uma
série de comunicações ditadas à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863,
sob o título de Estudos Uranográficos, e assinados por Galileu, médium Sr. C.
F...”.
Tais iniciais do médium: C.F., em nosso meio,
define-se como sendo do sábio espiritista, escritor e astrônomo Camille
Flammarion; mas não sabemos se Kardec lhe alterara (?), lhe acrescentara algo
(?), mas, sem dúvida, que deve ter-lhe corrigido como era comum do seu caráter,
para posterior publicação doutrinária; mas se o corrigira, em que termos se
deram tal correção?: para melhor ou para pior?
É o que veremos!
Para o
desapontamento de todos nós: o fato é que em tal Capítulo 6 temos
a informação de que ‘o planeta Marte não abriga Lua’; mas hoje se sabe, pela
Ciência, que Marte tem Luas em duplicidade: Fobos e Deimos; mais ainda, alega
que a Lua terrena se comporta como um ‘João Teimoso’, cujas partes mais densas
se concentraram em sua parte inferior, e, as menos pesadas, e mais fluídicas,
em sua parte superior. Todavia, a Ciência, por meio da Nasa, provara que isto
não é verdade.
U) E, agora, vamos para que ponto?
Para o Capítulo 8: ‘Teoria Sobre a Terra’. Nele
vemos que Kardec
discorda da teoria proposta pelo renomado cientista Buffon (Georges Louis
Leclerc), que, em sua genial intuição, ‘supôs que um cometa, tendo se chocado
com o nosso Sol, dele teria feito destacar uma porção de grandes fragmentos
que, a partir daí, vieram a formar os seus diversos planetas’.
Entretanto,
no Século 20, a
obra de Xavier, pela confiável equipe de Emmanuel (“A Caminho da Luz” – 1938 -
Feb), não concorda com Kardec, e, de certa forma, autoriza Buffon.
Logo,
Kardec está em equívoco pela sua opinião disposta em tal obra: “A Gênese”
(1868).
V) E, então, sigamos avante?
Sim, e recordemos, ainda, quatro temas do
Capitulo 11 da referida obra de Kardec: ‘Gênese Espiritual’. Tais se enumeram
como Itens 12, 23, 26 e 32:
No Item 12 temos: ‘todos os Espíritos nascentes
se revestem de um envoltório carnal para desenvolver suas faculdades’.
Errado!
Ora, já vimos que só os Espíritos em expiação, e
que sucumbiram pela Queda, encarnam e reencarnam nos Mundos materiais para sua
evolução salvífica e retorno ao plano espiritual de origem.
Já, no Item 23, apesar de Kardec ver a justiça e
a bondade do Criador na evolução de todas as coisas, dos animais e do Homem,
ele, ainda assim, e, mesmo com tantas instruções da Grande Lei da Unidade
ditada pelos Espíritos Superiores, (do átomo ao arcanjo), Kardec, ainda assim,
em sua teimosia, e contrariamente ao que é óbvio, prefere ficar com suas ideias
de não procurar as origens da Alma e proclama alto e bom som o seu medíocre sistema
de que:
“Nós a tomamos (a Alma) em sua entrada na
humanidade, no ponto em que, dotada do senso moral e do livre arbítrio, ela
começa a incorrer na responsabilidade de seus atos”. (“AG” – 1868).
Ou seja: mesmo que o sábio e superior: “O Livro
dos Espíritos”, ao Comando de Jesus, informe a evolução de todos nós: “do átomo
ao arcanjo”, o Sr. Kardec prefere considerar a Alma apenas ao plano das
humanidades!
Quanta “sabedoria” há nesta proposta do
codificador!
E mais: Notemos que o título de tal obra é: “A
Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo”; mas Kardec,
ao ministrar dito Capítulo 11, ele não o faz ‘Segundo o Espiritismo’, e sim:
‘Segundo sua opinião equivocada’. Mais ainda, na Introdução de tal obra,
notemos que Kardec comenta sobre a verdade do pensamento coletivo de “O Livro
dos Espíritos”, que não fora desmentido em tempo algum.
Ora, isso não seria
suficiente para que Kardec, no citado Item 23 de “A Gênese”, considerasse dita
proposta da evolução do Espírito: do “átomo ao arcanjo, passando pelo homem”,
ao invés da sua muito equivocada ideia de tomar a o Espírito apenas ao plano
das humanidades?
E, no Item 26, Kardec ministra que ‘a encarnação não
é, pois, normalmente, uma punição para o Espírito, como alguns o
pensam, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de
progredir’.
Errado!!!
Já vimos isto em ‘Resumo do Espiritismo’ supra
mencionado; mas vejamos mais! O Espírito de Bernardin,
em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK–1864), assim se expressa:
“Resumamos
assim: estais todos na Terra para expiar; mas todos, sem exceção, deveis
empregar todos os vossos esforços para abrandar a expiação de vossos irmãos
segundo a Lei de Amor e de Caridade”. (Opus Cit.).
E, “O Livro
dos Espíritos” (AK - 1857), diz o mesmo por toda parte, mas o Sr. Kardec prefere
suas ideias equivocadas às ideias superiores dos Espíritos que lhe transcendem.
Paciência, pois, então!
Já, no Item
32, temos a opinião de Kardec de que: ‘os Espíritos mais evolvidos não
reencarnam, no que ele considera: raças físicas menos evolvidas’. Ora, não
temos visto negros cultos e inteligentes chegarem a chefe de estado, e, na
contrapartida, brancos belicosos capazes de provocar verdadeiros genocídios?
Mais uma vez discordamos de Kardec; aliás, a Ciência contemporânea discorda de
Kardec.
W) Mais algum tópico, ainda?
Óbvio que há muito mais; todavia, para finalizar,
estaremos a destacar algo do Capítulo 15: ‘Os Milagres do Evangelho’, tópico onde,
e quando, Kardec, de modo pessoal, crê na possibilidade de ‘um corpo de carne e
osso para o nosso Mestre e Senhor Jesus quando Ele estivera por aqui, na romagem
terrena’.
Ou seja, Kardec, ele mesmo, institui o ‘Consenso
Universal’ para apuração das verdades espíritas, e, neste tópico, pessoalmente,
e, como é do seu direito, não aplica o tal do ‘Consenso’ e opta por sua crença
egoística e particular. Estranha decisão de Kardec que implanta o ‘Consenso’,
e, em tal tópico, como em muitos outros, faz valer mais sua opinião e não do
que se puder apurar dos seus Superiores: os Espíritos.
Ora, um tema tão relevante do Espiritismo não
mereceria que Kardec consultasse os seus Superiores hierárquicos (os Espíritos)
para que se resolvesse todas as dúvidas? Creio que sim; mas, no entanto, ele
preferira, de modo egoístico, e, prosaico, expressar-se pela matéria e não pelo
Espírito, quando, a obra de Roustaing, em sua alta concepção, coloca as coisas
no seu justo lugar, pois que o Espírito transcende a matéria.
Logo:
Jesus, como Ele próprio informara, e, como a obra de Roustaing também informa:
Jesus, o mais elevado Ser que por aqui aportara: Espírito Puro: não encarnara
ou reencarnara no Orbe terreno durante sua missão salvífica de todos nós, pois
que o Mestre detivera um corpo de “carne relativa”, ou seja, detivera um corpo
diferente dos humanos, um corpo fluídico materializado por substâncias diversas
do nosso plano, e que podia, portanto, materializar-se e desmaterializar-se
quando assim o quisesse sua Consciência Divina, Espírito Ligado a Deus: Nosso
Pai.
O que está
confirmado, no Século 20, pelas obras superiores e pelas digníssimas pessoas de
Divaldo P. Franco e Francisco Cândido Xavier, dentre muitos outros sábios do
passado e do presente. Já vimos isto, e muito mais, em pelo menos seis (6)
e.Books de nossa autoria, os quais registro em sua ordem de publicação:
-40º. =
Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
-41º. =
Espiritismo e Livre Pensamento;
-42º. =
Síntese Embriológica do Homem;
-43º. =
Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
-44º. =
Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda; e:
-45º. =
Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira.
E, pois,
Kardec quisera com escassas linhas, e, pois, de modo pessoal e inexato,
contrariar uma das mais robustas obras do seu tempo, aliás, quatro das mais
robustas e especialíssimas obras do seu tempo: “Os Quatro Evangelhos” (Feb), organizados por Jean Baptiste Roustaing;
recebidos, psicograficamente, por uma das mais importantes médiuns daquele
período repleto de grandes novidades: Mme. Émilie Collignon.
Sendo os Espíritos que a ditaram, nada mais que: os Evangelistas, os demais Apóstolos e Moisés, constituindo
cerca de 2100 páginas para respaldar, inequivocamente, sua verdade.
E mais:
trata-se de uma obra, ou seja, de quatro obras que, em tempo algum, estivera
sendo desmentida pelos Espíritos e pelas nobilíssimas instruções da ‘Trilogia
Codificada’:
-“O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec – 1857);
-“O Livro dos Médiuns” (AK – 1861); e:
-“O Evangelho Segundo Espiritismo” (AK – 1864).
E, mais
ainda:
Se a Razão pessoal,
de Allan Kardec, fora falível e inexata em tantos tópicos de sua obra, porque,
pois, ela não poderia falhar quando do seu julgamento da obra de Roustaing e do
corpo fluídico materializado do Cristo? É o que proponho como reflexão ao final
deste nosso modesto e qüinquagésimo e.Book.
X) E,
Kardec, em Espírito, se retratara?
Penso que
sim. Em mensagem atribuída a ele, datada de agosto de 1913, pela médium Zilda
Gama, e, constante do
livro “Diário dos Invisíveis” (Ed. Pensamento), o Espírito de Allan Kardec,
mais instruído e purificado comunica-nos:
"Afirmo, agora, baseado nas verdades
transcendentes, que Jesus, o Emissário divino, foi o Ente mais evoluído, da
mais alta estirpe sideral que já baixou à Terra, em cumprimento de uma
incumbência direta do Pai Celestial, e, portanto, o que houve de anormalidade
em sua existência não foi uma seleção parcial feita por Deus, mas uma justa
homenagem que lhe era devida ao próprio mérito”.
“Nós, distanciados como estamos de sua perfeição (ele usa o termo:
perfectibilidade = impecabilidade), não gozamos das mesmas regalias ou
prerrogativas que lhe foram outorgadas, mas podemos adquiri-las, em séculos e
milênios de dedicação, labor, esforço próprio, prática de todas as virtudes”.
“Era, pois, Jesus, já naquela época - a do início do Cristianismo - uma
Personalidade Superior, que, para bem desempenhar sua missão planetária, teve
de tecer suas vestes tangíveis, com as quais ofuscou o brilho de sua Alma
radiosa, constituída de eflúvios cósmicos que se solidificaram, ou, que se
aderiram ao mediador plástico, dando-lhe a aparência de materialidade,
mas que podiam ser dissolvidos ao influxo de sua vontade." (Opus Citado).
Logo,
Jesus não encarnara ao modo dos Espíritos terrenos, e muitos alegam, por isso,
que Jesus não sofrera, pois não era feito de carne e osso; o que é um absurdo,
eu diria: um sofisma, pois o corpo
carnal não sofre em nossos acidentes, nossas doenças ou mutilações, e sim: o
Espírito dele portador!
Y) Mas como?
Pode explicar melhor?
Ora, não
temos visto, em nossos trabalhos mediúnicos, que os Espíritos desencarnados, de
situações diversas, trazem superativada sua sensibilidade moral, e, pois, sua
felicidade, ou, seu sofrimento, que se intensificam nesses estados fora da
matéria carnal? E, pois, quanto mais não sofrera o Cristo por não ter tido um
corpo carnal como o nosso, que atua como um abafadouro e dissimulador das coisas
tenebrosas do Mundo terreno.
Logo, o
Cristo, como Espírito Puro, sofrera martírios muito maiores que qualquer um de
nós, e digo mais: desde que aportara por aqui se materializando dentre os
humanos, quando, então, se defrontara com a densa atmosfera psíquica do Mundo,
com seus fluidos irritantes, pegajosos, constituído por formas mentais tenebrosas,
inferiores, emanadas de Seres obscuros, cruéis, dos mais diversos habitantes
terrenos: encarnados e desencarnados no plano umbralino.
Assim,
pois, Jesus é um Espírito-Deus, que, desde 4,5 bilhões de anos, ou seja, desde
a gênese planetária, tem trabalhado, incansavelmente, por tudo e por todos,
desde que recebera do próprio Pai, que é Pai de todos nós, a incumbência
suprema de nos guiar e nos conduzir pelos caminhos evolutivos terrenos, em face
de nossa rebeldia e queda espiritual.
Z) E, para finalizar o que diria?
Que o Espiritismo - obra dos Espíritos Superiores
- está consolidado no Mundo terreno por aquela ‘Trilogia Codificada’ e pelo ‘Rustenismo’;
bem como, no Século 20, pelo ‘Ubaldismo’, e, mais ainda, pela exemplar e mais
excelente obra mediúnica de todos os tempos da humanidade: a de Francisco
Cândido Xavier, tendo, como coadjuvante, ainda, a de Divaldo P. Franco,
representando uma ‘Plêiade de Instrutores da Mais Elevada Hierarquia
Espiritual’.
Sem falar, evidentemente, dos precursores, dos
clássicos, dos cientistas metapsíquicos, e, como é óbvio, de tantos outros
trabalhadores do bem nas figuras de praticantes, de divulgadores, escritores,
de médiuns falantes, psicógrafos, e etc., etc.
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Trilogia
e Rustenismo
Assim, pois, a ‘Trilogia Codificada’ - para o despeito dos que perseguem
Roustaing e sua importante obra: “Os Quatro Evangelhos” (Feb) -, nunca, em
momento algum, desmente, ou, desmentira, as verdades propagadas pelo ‘Rustenismo’.
Senão vejamos:
-“O Livro dos Espíritos” (AK - 1857):
No Item 113 de tal “Livro”, vemos que os Seres da primeira ordem,
como classe única, e, pois, sendo Espíritos Puros – como, por exemplo: Jesus –
tais não mais se encontram “sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis”, o
que ratifica a obra de Roustaing que preconiza para Jesus, quando esteve entre
nós, como um Ser dotado de um corpo fluídico materializado e cujo sofrimento: “na
essência espiritual, é mais forte e mais vivo que o possam ser, para os vossos
corpos”... “Jesus sofreu, oh! Sim, sofreu cruelmente, não na sua carne, mas em seu Espírito”. (Roustaing – Tomo 2 –
Feb).
O que se confirma, indubitavelmente, pelas obras mais importantes
do Século 20, as de Francisco Cândido Xavier e de Divaldo Pereira Franco.
Com a equipe superior de Emmanuel, um Espírito que, no Século 19,
colaborara com a Codificação kardequiana, ministra o Espírito André Luiz, corroborando
Roustaing, que Jesus:
“Em Jerusalém, no tempo, desaparece de chofre, desmaterializando-se
ante a expectação geral, e...”, “Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a
matéria, dissociando-lhes os agentes e reintegrando-os à vontade...”. (Vide:
“Mecanismos da Mediunidade” - Feb).
O mesmo diz o Espírito Vianna de Carvalho em livro prefaciado pelo
Espírito de Joanna de Ângelis e psicografado pelo médium Divaldo Pereira Franco:
“Em
Nazaré, ante a turba enfurecida, (Jesus) utilizou a faculdade da
desmaterialização”. (Vide: “À Luz do Espiritismo” - Editora Leal):
-“O Livro dos Médiuns” (AK - 1861):
Em sua ‘Segunda Parte’, Capítulo 6: ‘Manifestações Visuais’, se
pode ver por longos ditados e ensinos dos Espíritos Superiores, tudo quanto se
refere às possibilidades do perispírito - tal como no caso de Jesus – tomar a
forma de um corpo tangível e dotado, pois, de uma “carne relativa” (Roustaing)
em que se pode tocá-la, apalpa-la e constatar sua resistência e até mesmo o
calor de um corpo vivo, um corpo biológico e material tal como os nossos de
Espíritos reencarnados.
-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864):
Em tal
obra, Capítulo 3, Item 9, que é parte, vejam bem, de um extrato, ou, como
queiram, de um : ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’, temos de tais ensinos que:
“Nos Mundos
que atingiram um grau superior, as condições da vida moral e material são bem
outras que as de sobre a Terra. A forma do corpo é sempre, como por toda parte,
a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O
corpo nada tem da materialidade terrestre, e não está, por conseguinte,
sujeito nem às necessidades, nem às doenças, nem às deteriorações que engendram
a predominância da matéria; os sentidos, mais delicados, têm percepções que a
grosseria dos órgãos sufoca neste Mundo”. (Opus Cit.);
E notemos o
trecho que se segue:
“A leveza
específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se
arrastar penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na
superfície, ou, (o Ser, simplesmente:) plana na atmosfera sem outro esforço
senão o da vontade, à maneira pela qual se representam os Anjos”. (Opus Cit.).
Aqui, pois,
temos comparações que vão do referido ‘Criptógamo Carnudo’ ao ‘Anjo’ da
magnânima obra de Roustaing: “Os Quatro Evangelhos” (Feb).
Em seu Tomo 1, Roustaing, fornecendo-nos “ideia da criação humana”,
refere que tal indivíduo, o ‘Criptógamo’, dos Mundos Primitivos: “rasteja, ou
antes desliza, tendo os membros, por assim dizer, em estado latente”. (Opus
Citado).
E mesmo num
Mundo acima do Primitivo, um Mundo Provacional como o nosso, temos exemplos de
Espíritos que renascem, por expiação, em corpos humanos desprovidos de membros,
ou seja, sem braços e pernas, não sendo, pois, dita situação, uma
característica específica dos Mundos Primitivos.
E, o
referido ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’, de “O Evangelho
Segundo o Espiritismo” (AK), diz o mesmo que Roustaing, informando que, nos
Mundos atrasados, o Ser está a “se arrastar penosamente sobre o solo”; mas que,
nos Mundos Superiores, de Espíritos purificados, eles podem esvoaçar, planar,
flutuar, volitar com seus corpos sutis, e similares, o que, de certa forma,
comparar-se-ia ao corpo fluídico e materializado do Cristo, de quando esteve
entre nós!
Logo, a ‘Trilogia Codificada’ não refuta a obra de Roustaing, mas
lhe autoriza em todos os seus aspectos.
Assim, pois, ao se pretender que a obra de Roustaing seja banida do
nosso meio não passa de ilusões insanas da obscuridade humana, um retrocesso
intelectual não mais condizente com o Homem moderno que, no Século 21, pensa na
Relatividade de Tudo, e, inclusive, do Ser humano, cujo Cognitivo não se
paralisa, conquanto a vontade estagnada de elementos espiritistas (e
retrógrados) que serão forçados a mudar, a subir e enxergar mais, e melhor.
Lembremos ainda que o Grande Líder: Francisco Cândido Xavier, o
mais importante nome do Espiritismo no Século 20, em carta dirigida à diretoria
da Feb, dissera que:
“Aguardo com muito interesse a nova edição de Roustaing (‘Os Quatro
Evangelhos’)”.
E frisava o sábio Chico:
“Constituirá um grande serviço à Causa da Verdade e do Bem”. (Vide
“Testemunhos de Chico Xavier” – Suely C. Schubert – Feb).
Assim, o preconceituoso, o que pretende que a Feb não publique ou
divulgue a obra de Roustaing, é, por sua natureza discriminatória, um
desiludido por excelência, um elemento que pretende o retorno do ‘Index
Librorum Prohibitorum’, ou seja, aquela famosa lista de publicações proibidas
de se obter e de se ler. Mas, pela não realização de seus desejos mais
ardentes, eles se aborrecem e se frustram na impotência de si mesmos, de suas
irrealizações.
Quiçá, um psicólogo, ou, um psiquiatra consiga solucionar tais
problemas de elementos afoitos, sobretudo, os que se auto-proclamam:
intelectuais, que, em verdade, não parecem ser o que querem ser, pois muito
pouco sabe de sua Doutrina que, aliás, se fundamenta no mais importante
psicólogo e psiquiatra de todos os tempos da humanidade com sua metodologia de
ordem universal, constituindo Máxima do seu Evangelho:
“Amai-vos uns aos outros”!
(Jesus).
Assim, pois, o resultado daquelas frustrações - quando não sanadas
pelo Evangelho - nalguns, e, não poucos, se transformam em hostilidade, em
ódio, perseguição, frutos da rebeldia, da intemperança, do desamor.
Tais elementos, preconceituosos, via de regra, são indivíduos
autoritários, muita das vezes intolerantes, que propagam, mas não crêem, no
livre pensamento, potência facultada a todos, conquanto quereriam implantar seu
próprio e exclusivo regime, por sinal: insano, regido por seu sistema
exclusivista e ditatorial.
Logo, o preconceito, em sua obscuridade mesma, é pouco lógico e
pouco racional, pois desconsidera o livre pensamento que cabe a cada um e a
cada qual; livre pensamento fundamentado, pois, na característica mais
importante do Espírito humano: sua liberdade de expressão! Prenda-se o homem,
mas não se prenderá seu livre pensamento, seu expressar mais íntimo,
intelectual e moral, pois que tais vigem no seu Ser como dádiva soberana,
conquanto sua prisão física no cárcere sujo dos déspotas e dos poderosos.
Finalizando:
Vemos que a
‘Trilogia Codificada’ é consonante ao ‘Rustenismo’, pois que se completam
divinamente em suas informações superiores, que, aliás, deveriam ser do conhecimento
de espiritistas que condenam sem saber o que se está condenando, ou seja: por
pura displicência, preconceito e ignorância.
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UM GRANDE ABRAÇO A
TODOS
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Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Bibliografia
-“Obra Completa de Allan
Kardec” – Diversas editoras;
-“Os Quatro Evangelhos” –
J-B Roustaing – Feb;
-“Obra Completa de Pietro
Ubaldi” – Fundapu;
-“Obra Completa de Chico
Xavier” – Diversas editoras; Diversos Sites da Internet;
-“Diário dos Invisíveis”
– Zilda Gama – Internet;
-“Do País da Luz” –
Fernando de Lacerda – Internet; e:
-“Bíblia Sagrada” –
Versões Católica e Pentecostal.
Relação
dos e.Books de:
Fernando
Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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