O CÉU E O
INFERNO
“Já vos falaram desses
Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando,ignorante ainda do
bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu
livre arbítrio; já vos foi dito de que imensas faculdades a Alma está dotada
para fazer o bem. Mas, ah! Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu
aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de
encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas
da glória que lhes estava reservada”. (“O Evangelho Segundo o Espiritismo” –
Allan Kardec – 1864).
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Para o Espiritismo: Céu e Inferno são estados da
Alma, da Consciência, ou, do Espírito mesmo, estando ele encarnado ou livre
pelos espaços umbralinos, espaços adjacentes aos espaços humanos das diversas
sociedades terrenais. Logo, nossos pensamentos e nossas ações, resultados de
nós mesmos, traduzem nosso estado feliz ou infeliz consoante nosso estado de
Espírito: bom ou mau, cristão ou criminoso, ético ou transgressor.
E o fato que todos nós, estudiosos espiritistas,
sabemos que a quarta obra codificada por Allan Kardec encerra o sugestivo título
de “O Céu o Inferno” (1865). Mais ainda, como é sabido de todos nós,
espiritistas ou não, tudo vai mudando, se superando e se modificando pelo
avanço do tempo que não cessa jamais; exceto o que for de caráter eterno, como,
por exemplo: o Evangelho e sua constelação de virtudes que se unificam no campo
do Amor, do Supremo Bem, da Caridade e da Humildade.
Tudo o mais, pois, está tendente a ser revisto,
pois como dissera Jesus: “Sede Perfeitos”, o que implica no fato de que tudo
por aqui, do Mundo terreno, é imperfeito, e, pois, sujeito a modificar-se e a
melhorar-se, paulatinamente, pelas regras evolutivas que fazem a mudança de
Tudo: de mim, de você, de todos nós.
Assim, pois, vejo que a obra “O Céu e o Inferno”
(AK – 1865), publicada no Século 19, está, hoje, no Século 21, um tanto obsoleta,
e, sobretudo, no tocante às realidades da Vida Espiritual, que se nos dera a
conhecer, mais exatamente, e, mais profundamente, no Século 20 passado; e, obsoleta,
pensamos nós, até mesmo por obra de um pastor protestante: “A Vida Além do
Véu”, de George Dale Owen; e, em nosso meio doutrinário, pela elegante e
estupenda coleção de André Luiz (Chico Xavier), a famosíssima: “Série Nosso
Lar” (Feb) composta por 16 volumes.
Além do mais, na referida obra, Kardec se
empenhara em fazer críticas severas à Igreja e suas crenças, quando sabemos que,
por toda parte - e, inclusive em dogmas imperfeitos - existe algo da Verdade de
todos os tempos, Verdades, pois: de Deus, do Espírito, da Queda Espiritual, da
Palingenesia e, por conseqüência, da Imortalidade de tudo e de todos nós.
Por outro lado, ainda, há expressões, em dita
obra do Sr. Kardec, que desautorizam o Cristianismo e o Espiritismo, como, por
exemplo, na Segunda Parte, Capítulo 4, ‘O Castigo’, página assinada pelo
Espírito que se autodenomina Georges. No final de sua mensagem temos algo no
mínimo desconcertante ao falar do “Deus Vingador, o Deus triunfante de todo o
mal, que não poderá apaziguar senão a força de gemidos e expiações”. E, mais
ainda: com a concordância de Kardec que aplaude tal assertiva com as palavras
de que: “Jamais foi traçado quadro mais eloquente, mais terrível e mais
verdadeiro, da sorte do mau”. (Opus Citado).
Ora, tais colocações são afrontas ao Cristianismo
e ao Espiritismo. E isto pelo fato de que:
“Deus É Amor”,...
E não vingador; e, mais ainda: dito quadro não é
verdadeiro como o pretendia Kardec, e sim: claramente inverídico e deturpado.
E, como se sabe: o Espiritismo é Doutrina
progressiva, que não se paralisa no tempo. E o próprio Kardec divulgava tal
propriedade doutrinária. Logo, não é pouco doutrinário criticarmos, sobretudo
quando em alto nível, e, pois, falarmos de algumas superações da obra de
Kardec, exceto pelos puristas mais engessados, ou, paralisados no Século 19.
Mais ainda, na Primeira Parte, Capítulo 8, ‘Os
Anjos Segundo o Espiritismo’, temos uma dissertação de Kardec em que o mesmo,
mais uma vez, acreditava na possibilidade de que os Espíritos são criados
Simples e Ignorantes, para, enfim, passar pelas provas dos Mundos Materiais e
chegar à condição de Anjos, Espíritos Puros e coisas de igual jaez.
Ora, já se sabe, no curso destes 160 do
Espiritismo no Mundo terreno, que o Espírito é criado no Mundo Espiritual e
prossegue sua Evolução em
Linha Reta , ou seja, em tal Mundo mesmo; exceto os que sucumbem e se
quedam por rebeldia, orgulho, egoísmo, e etc., nos referidos Mundos materiais,
como já vimos em tantos textos e e.Books de nossa modesta autoria; e, inclusive
no início deste texto, e citado supra e, portanto, não muito bem compreendido
por Kardec, pois ele mesmo codificara tal mensagem constante de “O Evangelho
Segundo o Espiritismo” (AK – 1864).
Logo, os que não se quedaram, e, os que se
quedaram, todos, sem exceção, chegam à condição de Anjos ou de Espíritos Puros,
e não tão-só os da condição de Seres humanos; o que, aliás, é mais uma falha
filosófica de tal obra de Kardec (“O Céu e o Inferno”).
Por fim,
não estamos depreciando a referida obra de Kardec, e sim, incrementando-a,
sobretudo, pela citada coleção "Nosso Lar" de André Luiz que deverá ser, hoje e para sempre,
de nossos estudos, nossas mais sérias reflexões, pois, muito, de tal obra,
ainda demandará algum tempo, quem sabe, alguns Séculos, para que lhe possamos
assimilar, em todos os pormenores: espirituais, éticos e comportamentais de sua
mensagem realmente elevada, reveladora e consoladora.
Um GRANDE
abraço a todos:
Fernando
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Pietro Ubaldi;
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Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
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51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
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58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
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62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
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