quarta-feira, 6 de junho de 2018

COMENTÁRIO 05 DE 'A GRANDE SÍNTESE'


COMENTÁRIO 05 DE ’A GRANDE SINTESE’
(item 81)

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No mundo humano, a Consciência desperta, pesa e reflete; o Espírito tem o pressentimento de uma justiça, de uma compensação e de uma libertação, e espera. É a dor tranqüila de quem sabe e resgata; é o purgatório confortado por uma fé; o castigo pára nas portas da Alma, que tem seu refúgio na paz.

A mente analisa a dor, descobre-lhe as causas e a Lei, aceita-a livremente como ato de justiça que trará alegria; de um tormento faz um trabalho fecundo, um instrumento de redenção. Quanto já perdeu a dor de sua virulência! Muito diferente é o sofrer esperando e bendizendo, pois, o golpe contra a Alma assim encouraçada é menos amargo e, no espírito defendido por essa profunda Consciência, tem menor força de penetração.

A visão substancial das coisas dá, a cada caso, a sensação da justiça, uma grande fé e um absoluto otimismo; entre as dissonâncias do ambiente, forma-se na alma um oásis de harmonia. Chega-se, assim, por graus, ao mundo super-humano, em que a dor perde seu caráter negativo e maléfico e transforma-se numa afirmação criadora, em poder de regeneração, numa corrida à vida. Ergue-se, então, o hino da redenção: felizes os que choram.

A dor, obrigando o Espírito a dobrar-se sobre si mesmo, prepara o caminho para as profundas introspecções e penetrações, desperta e desenvolve suas qualidades de outro modo latentes, multiplica-lhe todas as potencialidades. Sobretudo para as grandes almas, a dor é uma força de valorização e criação.

A expansão da vida, constrangida para dentro, atinge realidades mais profundas e o choque da dor obriga a seguir os caminhos da libertação. Novo mundo se revela a cada golpe que parece trazer ruína, algo referve e nasce do âmago do Eu; a cada golpe da dor que parece mutilar a vida, algo se reconquista, que a faz crescer e a eleva.

A dor desapega e liberta de um invólucro denso de desejos e de sensações; a Alma, a cada pedaço de animalidade arrancado, dilata-se em mais amplo poder de percepção, em forma mais intensa de vida, em realidade mais profunda. Imaginai a mais titânica das lutas, o mais tremendo dos esforços, a mais impetuosa tempestade. Há um dilaceramento silencioso no âmago das leis biológicas; uma disputa palmo a palmo no campo da vida; um encarniçamento de retornos atávicos para baixo, uma atração irresistível para o alto.

Espírito e animalidade lutam, vinculados e inimigos, como na hora da alvorada lutam a luz e as trevas, para que surja o dia. Na fase super-humana a dor não é mais apenas expiação, que se conforta com a esperança: é o ímpeto frenético das grandes criações espirituais. No meio da luta pela libertação, a sensação dominante é juventude, na expansão das energias é ressurreição; enfraquecidas as paixões e dominadas as prepotências da natureza inferior, a sensação do espírito vitorioso é o doce repouso de quem aporta num oásis de paz.

O Espírito olha então com mais calma dentro de si. A dor e a luta sutilizaram seu ouvido e ele pode ouvir. Então se evoca o canto do infinito. Então, lentamente, do âmago da Alma, entoa-se a grande sinfonia do universo. As notas que aí cantam são as estrelas e os mundos, as flores e as almas, as harmonias da lei e o pensamento de Deus.

Levanta-te ó Alma, tua dor está vencida! Morta, entre as coisas mortas, está tua dor, lá em baixo, inútil instrumento jogado fora, lá embaixo, na margem deserta de um caminho triste. No infinito, o universo canta: levanta-te, tua dor está vencida.

Todas as coisas transformaram-se diante do olhar de Deus; o canto tem tal profundidade de doçura, que a Alma se desorienta. Pela alegria da mente, caem os véus do mistério; pela alegria do coração caem as barreiras do amor. Abre-se o universo. Uma vibração onipresente de amor transporta o espírito fora de si, de visão em visão, de felicidade em felicidade. Ele não luta mais: abandonasse, esquece-se em Deus.

As forças da vida o sustentam e o arrastam, lançam-no para o alto onde está o novo equilíbrio. Decepadas as cadeias, ele está verdadeiramente livre e pode subir; o passado persegue e é necessário percorrer até o fundo os caminhos do bem, tanto quanto para os maus é preciso que se afoguem até o fundo, nos caminhos do mal. Então o ser não pertence mais à Terra de dor: imerge cada vez mais na luz do Cristo e aí se aniquila num incêndio de amor.

Estas não são rarefações utopísticas da respiração da vida, senão enquanto não for deslocado o centro da personalidade para o mundo super-humano. O conceito de dor-prejuízo e de dor-mal evolui, desse modo, por gradações, para o de dor-redenção, dor-trabalho, dor-utilidade, dor-alegria, dor-bem, dor-paixão, dor-amor. Há como que uma transhumanização da dor na lei santa do sacrifício. Nesse paraíso, o milagre da superação da dor através dela própria está realizado. O mal transitório, o estridor das violações, o choque violento entre a livre ação e a lei esgotam-se em suas funções; a dor existe para engolir-se a si mesma; cai o desacordo à proporção que atinge a harmonia.

Por meio desse sábio mecanismo, pelo qual a liberdade é obrigada a canalizar-se para o progresso, chega-se à unificação do Eu com a Lei. Então desaparece qualquer possibilidade de violação e de reação e a dor se anula em sua causa. Então a alma brada: “Senhor, agradeço-Te por esta, que é a maior maravilha da vida: que minha dor seja Tua bênção”!

Mesmo por outros caminhos inferiores e coletivos, a dor tende a anular-se. Este é o último anel da cadeia: involução, ignorância, egoísmo, força, luta, seleção. Mas o ímpeto evolutivo transforma a fase da força em justiça, o mal em bem. Demolindo as mais baixas condições de vida, opera a transformação da dor.

Coletivamente, a força — por um jogo de reações coletivas, por progressiva aproximação e pela lei do mínimo esforço — tende, com o uso, à auto-eliminação, quase reabsorvida em si mesma e ressurgindo em forma de justiça; assim coletivamente a dor tende a anular-se como fator transitório inerente às mais baixas fases de evolução. Absurdos seriam um mal e uma dor incondicionais e definitivos. O maior ímpeto da vida, a evolução, leva, necessariamente, o mal ao bem, a dor à felicidade.

Mostro-vos todas as gradações da verdade, para que cada um escolha a mais elevada em seu concebível. Dizei-me como sabeis sofrer e vos direi quem sois. Cada um sofre diferentemente, de acordo com seu nível: uns amaldiçoando, outros resgatando, outros abençoando e criando! Das três cruzes iguais sobre o Gólgota, partiram três gritos diferentes. Só justiça e amor é a reação dos Grandes. Cabe a vós saberdes extrair do esforço da vida a maior ascensão do espírito, utilizando a dor, ao invés de combatê-la, transportando cada vez mais para o alto o centro de vossa vida.

Certamente que nestes níveis não estamos na ordem comum das coisas humanas atuais, e tudo isso pode parecer fuga e demolição de virtudes positivas; mas eu vos disse que é fuga, para uma afirmação mais elevada. Isso pode parecer mutilação de aspirações e de vontades, supressão de energias sadias, produtivas, mas aquelas aspirações jamais vos farão sair do ciclo da vida nos níveis inferiores, nos quais cada vitória tem que contrabalançar-se com uma derrota, cada juventude com uma velhice.

Aí, cada grandeza precipita-se sempre em sua destruição. O que vos indico, porém, é sublimação da vida, numa forma de ação mais alta, dirigida a conquistas que são as únicas eternas; ação mais enérgica e civilizada que o desperdício inútil da agressão comum, que desorganiza; ação mais produtiva, porque consciente das forças naturais, entre as quais ocorre.

Não vos indico como ideal supremo humano a figura primitiva do herói da força que violenta e vence, mas — ainda que as massas não nos entendam — mostro-vos o super-homem, em que a vontade do dominador, a inteligência do gênio, a hipersensibilidade do artista e a bondade do santo fundem-se; o lutador sobre-humano que perdoa e ajuda a seu semelhante, só ataca as forças biológicas e as submete, ser de nova raça, lutador da justiça, senhor de si mesmo, para o bem coletivo.

A santidade não morreu nem foi superada, apenas começou e tem que subsistir no mundo moderno uma santidade nova, culta, consciente, científica, que ressurja das velhas formas no coração de vossa vida turbilhonante; é mister que volte a lutar pelo bem e, com vossa psicologia objetiva, enfrente heroicamente o choque de vossa rebelde alma nova. Se hoje o lema é força, que seja a força superior do espírito; seja uma beleza espiritual que ouse mostrar-se viva no mundo como um desafio, para que este, se não compreender, dilacere-a e dilacerando-a, aprenda.

O santo, nesse sentido amplíssimo, passa em missão, só é grande por inclinar-se a educar e erguer para essas superações da dor.

Muito lento é o caminho das massas inconscientes, embaixo. Esperam elas a fecundação da parte desse ser, ponto culminante, para o qual converge todo o transformismo fenomênico, sustentado e querido por todas as forças da evolução, fenômeno realizado da transformação biológica. No último produto do grande esforço da vida, a criação dobra-se sobre si mesma para retomar, no movimento evolutivo, as camadas mais baixas.

O impulso torna a descer para elevar e para aliviar a dor; estende a mão ao homem que caminha sob o peso de sua ascensão, e carrega sobre si a dor do mundo. Esta retomada ascensional, que já estudamos como característica fundamental no desenvolvimento da trajetória típica dos movimentos fenomênicos, aqui se torna inerente ao impulso da evolução e nela representa ainda uma tendência à eliminação da dor.

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NOSSO QUINTO COMENTÁRIO

Certamente que o modelo do ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’, alcançando níveis mais altos e mais amplos da concepção universal, vem dar provas definitivas de que o ‘Sistema em Deus’ é tão Perfeito que vem consentir, pelo livre arbítrio dos Espíritos criados, negligenciar suas vidas pela indisciplina e pelo erro como assim o pretender-se, por sua livre e espontânea vontade.

Mas, por constituir um ‘Sistema Perfeito’, ele também se permite, como escola instrutiva, e, certamente que educacional, aplicar o seu ‘Método de Correção’ e o faz deterministicamente, permanecendo, sempre, o mesmo ‘Estado de Perfeição em Deus’ que, sendo Perfeito, não admitiria a desordem do filho em Si, pois mesmo sendo Amoroso Pai, não chegaria ao ponto de permitir a desordem e a anarquia onde impera a Ordem e a Harmonia de um ‘Sistema Perfeito’ que alberga felicidades e harmonias extensivas aos infinitos filhos.

Assim, a ‘Perfeição do Sistema’, do Universo Espiritual em Deus, aparece claramente nesta mesma permissão do erro que, com a Dor, fulcro das Adversidades, transforma um mal em bem conduzindo-nos a todos que nos rebelamos à anterior perfeição que, com a experiência adquirida e, fortalecidos no bem, não infringiremos e não recairemos mais.

Por lógica intuitiva e matemática, pois, cogito que a Involução fora realmente o primeiro grande fenômeno universal pós-Criação Espiritual que, aos seus extremos descensionais, como energia e, posteriormente, como matéria universal, executará um movimento de retorno sobre o seu próprio caminho possibilitando, por Evolução, o refazer-se da estrutura consciencial.

Nossa visão de Universo, pois, compreende a ideia fundamental de que a Evolução tem suas origens na Involução, mostrando-nos quais são suas razões tanto do ponto de vista matemático, como do ponto filosófico e moral, tal como ‘Conexão Conversiva Fenomênica’ que assim se descreveria:

[(Involução) (=cc=) (Evolução)]
(frp).

Neste mais amplo ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, pois, a componente que aparece no decurso da Evolução, a Dor, manifesta-se de forma justa, harmônica e perfeita, pois que ela surge em nosso instante evolutivo por razões que a justificam plenamente. O indivíduo da Criação Original transgrediu, mas a Lei não quer a morte do ímpio, quer endireitá-lo por um “remédio” que fora escolha sua e não de Deus que lhe propusera o pacto da Obediência e do Amor.

Assim, tudo no Universo Físico e astronômico explica-se pelos ditames da ‘Lei de Causalidade Ampla’ que, afinal, sentencia:

“Não há efeito sem causa: a Involução como Função Contrativa da Consciência (FCc) se dera pela rebeldia da criatura; e a Evolução como Função Distensiva da Consciência (FDc) se dá por sua cura na adversidade”. (frp).

Mas atentemos para outros detalhes ainda. Neste ‘Modelo’, (Involutivo-Evolutivo), percebe-se que o Amor de Deus por suas criaturas revela-se indubitável e não contraditório e de parecença injusta, desarmônica e imperfeita como no ‘Modelo’ apenas e tão-só: evolutivo. Naquele ‘Modelo’, pois, ‘Involutivo-Evolutivo’, compreende-se que Deus realmente nos ama e, por Amor, nos corrige de nossos erros prometendo-nos a calmaria após a tempestade por nós mesmos provocada.

Penso, pois, que a lógica mais perfeita, mais de acordo com a Misericórdia e Justiça Suprema do Criador, seja a de tal ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, que, pela já referida ‘Lei de Causalidade Ampla’, apresenta um perfeito equacionamento das coisas divinas havendo de enquadrar-se com a Equivalência Conclusiva de que:

[(Modelo Involutivo-Evolutivo) (=) (Paradigma Perfeito do Universo)]
(frp).

Mas da Visão Perfectível do Universo, dada pelo ‘Modelo Evolutivo’, à sua mais Perfeita Compreensão, concebida pelo ‘Involutivo-Evolutivo’, se passa pelo evolver cognitivo, espiritual e moral: despertamento da Consciência que se deve à consagrada Lei.

E, portanto, penso que a mais exata compreensão da Pessoa de Deus no Universo, é também progressiva, mas vem, sobretudo, por questões de inteligência, de pesquisa e método científico-matemático provando que Suas Leis são plenamente Justas, Harmônicas e Perfeitas.

Assim, da totalidade de princípios compreendidos na ideia geral do que agora se propõe, sinto-me à vontade para propalar o Princípio de Excelência Cósmica contido no axioma de que:

“Deus É Um Estado de Perfeição”. (frp).

Estado este, pois, não suscetível, ainda, de uma maior compreensão de nossa parte, filhos decaídos experienciando duros resgates num Mundo provacional; mas o que temos, quero crer, já é o suficiente no tocante à ‘Perfeição do Supremo’.

Resumindo e, finalizando, pois, vimos em “Razões e Funções da Dor”, que:

-Suas Razões: são de ordem pretérita, e, não só de nossa distante gênese espiritual, mas, também, de nossa trajetória salvífica, ou, evolutiva, pelos mais diversos corpos da natureza universal;

E:

-Suas Funções: são de ordem divina, saneando-nos os desvios do pretérito, e, cuja ‘pisada de bola’ é algo suscetível de se dar num complexo espiritual e, pois, universal que é infinito, e que, por tal mesmo, não se isentaria de uma doença passageira que, afinal, se encontra em nosso íntimo mesmo, Seres decaídos nas coisas materiais, mas sujeitos de salvar-se pela inevitável cura de medidas evolucionais.

GRANDE ABRAÇO A TODOS
Fernando Rosemberg Patrocínio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Articulista, Coordenador de Estudos Doutrinários, Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;

65-A Revolução Ética.
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Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br

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