segunda-feira, 18 de junho de 2018

RAZÕES E FUNÇÕES DA DOR (56o. e.Book)


Fernando Rosemberg Patrocinio

(56º. e.Book)

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RAZÕES
e
FUNÇÕES DA DOR

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-INTRODUÇÃO

-Item 81 d”A GRANDE SÍNTESE”

-PRIMEIRO COMENTÁRIO

-SEGUNDO COMENTÁRIO

-TERCEIRO COMENTÁRIO

-QUARTO COMENTÁRIO

-QUINTO COMENTÁRIO

-Bibliografia

-Relação Nossos e.Books

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Introdução

O título do presente e.Book tem por fundamento o Item, ou Capítulo 81: ‘A Função da Dor’, do livro que, ao nosso ver, reúne o mais importante ‘Tratado de Filosofia Científica’ de todos os tempos:

“A Grande Síntese” (PU – Fundapu)

Concebida, via intuição, pelo poliglota, professor, doutor e escritor Pietro Ubaldi (1886 – 1972); seu autor espiritual, não menos que: ‘Sua Voz’, ou seja, a voz firme e poderosa, mas também mansa e sublime do Nazareno, Nosso Mestre, Nosso Senhor.

Mas, se o preferirmos, trata-se da ‘Voz’ de um Espírito elevadíssimo, e, pois, muito próximo do Nosso Senhor, não importando, pois, o nome, ou a identificação precisa do mesmo, mas sim o teor, o conteúdo lógico, mui profundo e mui sábio da mensagem sublimada, edificante e altaneira, por tudo: Divina e Celestial.

Hoje, se nos permitido for, tecerei algumas pálidas ideias acerca do contido no referido Item, ou Capítulo 81, que, para ser bem compreendido, urge que o analisemos não tão só ao âmbito do ‘Fenômeno Evolutivo’ que, de momento, estamos, a duras penas, experienciando; e sim, a um âmbito maior, do ‘Fenômeno Involutivo/Evolutivo’, tal como descrito, de modo mais claro, e mais abrangente, em outras obras de sua autoria/intuição de títulos:

-“Deus e Universo”: Pietro Ubaldi: Fundapu;
-“O Sistema”: PU: Fundapu; e:
-“Queda e Salvação”: PU: Fundapu.

Obras publicadas pela ‘Fundação Pietro Ubaldi’ – Fundapu -, que, aliás, tais obras estão consonantes ao Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores que, sem dúvida, também acatam, em muitas de suas laudas, a mesmíssima instrução da Verdade Una, da Verdade Universal; apesar de certos espiritistas, mais obscuros, e, pois, mais acanhados, (tal como Kardec mesmo), remarem contrários aos fatos da nossa derrocada psíquica, espiritual, quando, eles próprios, e tal como nós outros, estamos nos recuperando de nossa falência primordial, pois houvemos de sucumbir dos Excelsos Planos de Deus, Nosso Criador.

Mas é assim mesmo; são muitos, senão: infinitos, os degraus do nosso progresso, nosso esclarecimento, ou, nosso retorno à casa paterna por evolução salvífica, que tão só a ‘Fenomenologia Cíclica’ das coisas pode, mais logicamente, e, mais justamente, explicar.

Assim, pois, do referido Item, ou Capítulo de “A Grande Síntese”, que aqui se encontra por completo, trataremos de pinçar alguns pontos sublinhados em vermelho, sendo que nossas modestas explicações de tais pontos, se encontram, mais adiante, na cor azul.

Peço, ainda, desculpas ao leitor por minha impotência intelecto-moral ante a poderosa ‘Voz’ do mais importante intuitivo do Mundo terreno: Pietro Ubaldi, e de sua imponente obra.

O modestíssimo autor:
Rosemberg

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“Item 81 – A Função da Dor”
(“A Grande Síntese” – PU – Fundapu)

Outra força que o homem moderno teria de compreender é a dor. A atitude de vossa mentalidade diante do fenômeno da dor é a de defesa e de rebelião.

A Ciência fez faiscar em vossas mentes a ilusão de uma possibilidade de paraíso imediato na Terra e desencadeou uma guerra contra a dor, mesmo à custa de qualquer prostituição moral, num paroxismo de terror que revela como, mesmo nas dobras de sua audácia, esconde-se numa zona cinzenta de fraqueza, uma Alma cega diante dos objetivos supremos.

Mas essa atitude de espírito não alcançou sua meta e jamais, mesmo no estrondo de tão grande progresso, a dor assanhou-se tanto mais aguda e profunda; nunca se viu maior vazio no Espírito, faltando a coragem de lutar e saber sofrer.

A Ciência não compreendeu que a dor tem uma função fundamental de equilíbrio na economia da vida e como tal, não pode ser eliminada; ela é íntima função de ordem, função biológica construtiva, como excitante de atividades conscientes. O tão criticado estado de alma, de resignação paciente, é uma virtude de adaptação, de resistência e de defesa, que os povos modernos estão perdendo. A Ciência movimentou-se para eliminar as causas próximas da dor; ela, porém, corresponde a uma lei de ampla causalidade, cujos primeiros e distantes impulsos é mister pesquisar.

Essas causas estão na substância dos atos humanos, na natureza individual. Enquanto o homem for o que é e não souber consolidar o esforço de realizar-se a Si mesmo, a dor será parte integrante de sua vida, com funções evolutivas fundamentais.

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PRIMEIRO COMENTÁRIO

Grifamos, no texto de Ubaldi, alguns termos e frases para estudá-los e, mais devidamente, comenta-los, porém, de modo mais simples e mais compreensível a todos, ou seja, nós mesmos: de inteligência mediana se a compararmos à magna Inteligência e Sabedoria de ‘Sua Voz’.

-O Homem não compreende a dor:

De fato, nem mesmo Kardec pudera compreendê-la melhor. No tocante aos tantos sofrimentos dos animais, por exemplo, já vimos que o codificador, como defensor do tão-só e exclusivo ‘Modelo Evolutivo’, adotava a Criação dos Espíritos na condição de Indivíduos Simples e Ignorantes (ESI), para, a partir daí, vivenciar a grande problemática dos reinos inferiores da criação; e reconhecia Kardec que o “sofrimento” deles, na condição animal, “é constante”; mas não tinha como explicar tal fato diante de um Deus-Pai que é Justo e Bom; explanava o Sr. Allan Kardec que:

“O sofrimento dos animais é constante. Mas é racional imputar esses sofrimentos à imprevidência de Deus ou a uma falta de bondade de sua parte pelo fato de a causa escapar à nossa inteligência...?”. (Vide: “Revista Espírita” – Allan Kardec - Março de 1864 – Edicel).

No que o Espírito Erasto, como já visto e já citado noutros textos e e.Books de nossa modesta autoria, lhe advertira resumindo:

“Compreendei, se o puderdes, ou esperai a hora de uma explicação mais inteligível, isto é, mais ao alcance do vosso entendimento”. (Opus Cit.)

O que significa expressar, segundo Erasto mesmo, a condição humana de Kardec: do seu ‘entendimento’ limitado, (e, pois, não aprofundado), que, por sua vez, entra em contradição consigo mesmo, pois admite a Criação dos Espíritos Simples e Ignorantes (ESI), mas não compreende tanto sofrimento semeado em seus passos, o que só o ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, de sua Queda e sua Redenção, pode conceber e de forma racionalmente lógica explicar.

Mas este problema não é só de Kardec no Século 19; pois o é, ainda, de muitos espiritistas do Séculos 20 e 21, que adotam esse modelo injusto e tão-só evolutivo das coisas, desconsiderando, e desconhecendo, pois, o ‘Modelo’ mais completo: ‘Involutivo-Evolutivo’.

E, então, o que pensar, pois, dos muitos crentes que não vêem nem mesmo a palingenesia; dos céticos que “desacreditam” de tudo e que só crêem na deusa matéria; em suma, desta grande massa de Espíritos humanos ainda tão infantes em seu cognitivo que, apesar de tudo, já pressentem algo maior, mais justo, mais coerente e mais solidário.

-Paraíso imediato na Terra:

Dito paraíso até poderá consolidar-se no Mundo terreno quando os homens se amarem consoante prédicas do Evangelho; mas o paraíso mesmo, só se obterá, a uma fase psíquica mais distante, ou seja: no Mundo Espiritual de nossas origens: muito além do nosso tempo, do nosso espaço físico e tridimensional.

-Alma cega:

De fato, Alma humana ainda algo enceguecida, e que, portanto, só enxergará melhor com os progressos sucessivos do seu Intimo, do seu Interior, por meio da palingenesia, ou, reencarnação, seja no Mundo terreno ou noutros Orbes da grande fenomenologia universal.

-Lei de Ampla Causalidade:

Ou seja: do ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’ ministrando que a dor é resultado da rebeldia do Ser que, Consciente de tudo quanto laborava, estivera por errar em sua gênese espiritual, e que, por ora, se recupera pelos ditames evolutivos da matéria, da problemática dos Mundos, cuja essência reside na dor, na adversidade, impulsionadoras que são: da subida, da nossa gradativa evolução: salvífica e redentora.

-Substância dos atos humanos e esforço de realizar-se a Si mesmo:

Ou seja, as causas da dor registram-se em nosso Íntimo, nossa essência rebelde e falida, que só o esforço de sublimação, de realização íntima e pessoal, e, portanto, espiritual, nos liberta do inferno edificado em nossos corações, exigindo-nos luta constante e persistente contra este Eu-rebelde, permutando-o, lentamente, pelo Eu-pacificado em Cristo-Jesus.

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“Continuação do Item 81 – A Função da Dor”
(“A Grande Síntese” – PU – Fundapu)

Portanto, (a dor), é irredutível fator substancial que impõe a evolução. Sei muito bem como é o homem moderno e não lhe peço a perfeição imediata. Digo-lhe, entretanto, que, se não for capaz de melhorar-se e enquanto não modificar-se, todas as dores que lhe sobrevierem serão justas e bem merecidas.

Pobre Ciência: muda diante dos problemas substanciais! Pobres crianças que odiais a dor que vós mesmos quisesteis e que semeasteis; que tendes a ilusão de vencê-la, calando-a e escondendo-a ao invés de compreendê-la. Os problemas só se resolvem quando são enfrentados com lealdade e coragem. No meio de tanto progresso, cada um caminha mudo dentro de si mesmo, a sorrir numa máscara de cortesia, que esconde seu fardo de males secretos.

A cada dia, novos excessos em todos os setores, excitando novas reações de sofrimentos futuros. Se o homem tem de ser livre e, no entanto, ignora as consequências de suas ações, uma dor atroz que o flagele é, para seu bem, a reação necessária e proporcional à sua sensibilidade. Isto é inevitável, quando a orientação da vida for toda errada. A lei das coisas nem por isso se modifica, mas reage a cada momento para fazer-se compreender.

Em sua ingenuidade, o homem pretenderia violar e modificar a Lei, torcendo-a a seu favor; está iludido de que pode e sabe tudo, fraudando a todos; ri-se das reações e considera o irmão caído como um falido, ao invés de estender-lhe a mão, para que a encontre estendida para si quando for sua vez de cair. Deveria, ao contrário, compreender que, num Mundo em que nada se cria e nada se destrói, também no campo das qualidades morais sutis, só se neutraliza um efeito ao reconduzi-lo invertido para a sua causa, a fim de aí encontrar sua compensação.

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SEGUNDO COMENTÁRIO

-Ciência muda, inapta ou incapaz ante os problemas substanciais do Ser humano:

Ser humano este, como sabemos: Espírito reencarnado à matéria dos Mundos universais. Óbvio que a Ciência, em seus tantos campos de pesquisa tem avançado, conquanto, lentamente, em direção à Consciência, ao substancial da personalidade humana: o Espírito.

Mas, ainda, dita ciência, ou melhor, os homens, seus criadores, são ainda um tanto céticos, trôpegos e falhos na condução de suas pesquisas, pois que pensam pelo Espírito e o negam, vêem pelo Espírito e não o vêem, operam pelo Espírito e não o elegem como Ser principal, a causa de sua inteligência, sua ética ainda capenga, que, no entanto, evolverá.

Logo, tudo avança, e, os cientistas também avançam e serão forçados a redirecionar seus passos rumo à sábia e milenar sentença do:

“Homem: conheça-te a Ti mesmo”.

Neste campo, pois, da ciência, e da filosofia, nada supera o Espiritismo, que, desde meados do Século 19 já ministrava o que hoje estamos a denominar:

‘Fórmula Geométrica do Espiritismo’ (frp):

                Deus          
             /            \
    Espírito      Espírito
             \            / 
              Matéria

Mostrando que o Homem, mais que máquina tão-somente, trata-se de um Espírito imortal, de caráter e de ordem palingenésica, e, mais ainda, que o ‘fenômeno evolutivo’ por nós todos vivenciados, decorre de um fenômeno anterior: ‘o involutivo’, que, por sua vez, esta mesma “A Grande Síntese” (PU – 1937 – Fundapu), no Século 20, denominara “A Grande Equação da Substância”, tratando-se, pois da mesma ‘fórmula geométrica’, citada, porém, modernizada pelo descobrimento de outra força da natureza: a energia; e tivemos, com isso, o que tal obra mesma, no seu Item 09, denomina:

‘A Grande Equação da Substância’ 

             Espírito             
             /            \
    Energia      Energia
             \            / 
             Matéria

Estando retratando, numa e noutra, do seu lado esquerdo: a Involução (“descida”); e, do seu lado direito: a Evolução (“subida”); sendo, tanto uma, como outra, fórmulas ainda desconhecidas da Ciência que tateia em tal aspecto da natureza universal, e, pois, da natureza mais íntima da espécie humana, e, aliás, de todos os Seres, de todas as coisas animadas e inanimadas, conquanto sua dinamicidade intrínseca e extrínseca.

Logo, a Ciência, ainda está algo enceguecida, vaidosa e arrogante pelos seus promotores mesmo, por não compreender, e não acatar, as tantas revelações humanas e sobre-humanas, associadas, ao demais, às revelações e complementações da magnânima obra de Francisco Cândido Xavier.

O que, aliás, a ‘Bíblia Sagrada’, um dos mais antigos, e pois, direi, dos mais importantes opúsculos da humanidade, também já se referia, com os profetas, e com Jesus, a tal problemática do Ser, de sua gênese e de sua queda, que, mais modernamente, se tem confirmado por novas e mais modernas páginas da ‘Terceira Revelação da Lei de Deus’.

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“Continuação do Item 81 – A Função da Dor”
(“A Grande Síntese” – PU – Fundapu)

Não se anula uma quantidade de caráter consciente e moral, se não for absorvida pela vida. A mentalidade moderna míope limita-se ao jogo da defesa imediata, contra uma força que volta sempre. Com constante esforço expulsa-a, ao invés de absorver-lhe o alívio que a esgota; para não ver e para atordoar-se nos prazeres, aumenta-a com novos erros, que voltam sempre em forma de novas dores.

Assim, homens, classes sociais e nações transferem-se uns aos outros essa massa saturada de débitos, que circula por todos, passa de geração em geração e fica sempre a mesma, porque ninguém a absorve. Cristo, que morreu na cruz, redimindo a humanidade com sua paixão, é o grandioso símbolo que resume e convalida esses conceitos. Que diremos ao homem comum que sofre, mesmo ignorando?

É bem triste, por vezes, o quadro das reações naturais, que denominais castigo divino. Inútil negá-lo: todos sofrem mais, ou menos; todos se debatem entre os braços do monstro. Pobre ser, o homem! Não só permaneceu pagão, mas bestial na substância, abaixa tudo a seu nível: religião, estado, sociedade, ética. Para adaptá-los a sua condição, realiza uma contínua redução de todos os valores morais; permanecendo nos instintos primordiais do furto e da guerra, precisa atravessar dores ingentes, porque só elas poderão fazer-se entendidas, abalando sua inconsciência.

A Alma humana, que hoje amontoou sobre si um fardo tão embaraçoso de inútil cerebralismo, não vê esses equilíbrios espontâneos e simples. No paroxismo de um dinamismo frenético, sua Alma é fraca e primitiva. Que poderia fazê-lo recobrar a razão, mesmo deixando-o livre, se não a imensurável massa de dores?

Está equilibrado em seu nível, oprimido por áspera luta e por uma realidade de dores. Iludido, insensível, inconsciente, o homem resiste a qualquer melhoria substancial; corre atrás dos sentidos, ambiciona a ascensão exterior, econômica, ávido para abusar de tudo, imerso no egoísmo do momento, ignorante do amanhã, fechado em seu horizonte.

Se o gênio não se abaixar até ele, certamente que nada saberá fazer para alçar-se até o gênio. As verdades são julgadas, mas o desfrutamento dos ideais é tão velho quanto os homens, e, a sociedade habituou-se a considerá-los mentira. Cada um sabe, por instinto, filho de experiências seculares, que por trás de tantas ostentações de coisas grandes, existe a própria miséria moral e material; que aquelas são retórica e esta a realidade; acredita nas verdades em que todos crêem, a festa do próprio ventre é a vitória por qualquer meio.

A palavra é dada à dor, única marteladora eterna de destinos e forjadora de Almas. Ela ficará enxertada no esforço da vida, gotejando cada dia, e com grandes lufadas periódicas coletivas, para atingir as Almas e deixar nelas suas marcas.

Para chegar à solução do problema é indispensável o aperfeiçoamento moral, o remate do amadurecimento biológico do super-homem; é preciso subir com Cristo à cruz e refazer a vida individual e coletiva nas bases do amor; é necessário saber reencontrar na dor uma força amiga, da qual se compreendem as causas, a função, e delas se utiliza para a própria ascensão.

A dor é o esforço necessário da evolução, é a essência e a razão da existência; contém o germe de uma felicidade cada vez mais alta que o homem “deve” conquistar. Esses equilíbrios são insuprimíveis e indispensáveis à respiração do universo.

Se a dor faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor. Esta, reabsorvendo a reação e eliminando o débito, operando a gradativa harmonização e atuação da Lei no Eu, elimina-se a si mesma, enquanto faz progredir o Ser. Isso demonstra a justiça e a bondade da Lei, que não é lei de mal, nem de dor, mas lei de bem e de felicidade.

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TERCEIRO COMENTÁRIO

E, por aí mesmo, mais uma vez, reafirmo nossa formulação de que: Rebeldia expressa Involução:

[( Rebeldia = Involução )]
(frp).

E, Dor, por sua vez, expressa Evolução:

[( Dor = Evolução )]
(frp).

Que, conectando tais, temos a formulação de ordem conectiva (=c=), em que uma coisa se conecta à outra indubitavelmente, tal como:

-Ato e Conseqüência,

-Ação e Reação,

-Lei de Causalidade Ampla:

Da qual não se pode fugir ou se ausentar:

[( Rebeldia = Involução )] (=c=) [( Dor = Evolução )]
(frp).

Que, avançando mais, diríamos que sua ordem não é tão só de conexão, mas sim de conversão, ou seja: conexão conversiva, (=cc=), onde uma coisa não só se conecta à outra, como também lhe converte substancialmente, e temos que a Rebeldia, por lógica conseqüência, se transforma em Dor; e a Involução se transforma em Evolução no complexo fenomênico universal:

[( Rebeldia = Involução )] (=cc=) [( Dor = Evolução )]
(frp).

Em que, copiando algumas palavras de ‘Sua-Voz’, vemos a ‘Bondade e a Justiça da Primorosa Lei’:

“Se a dor faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor. Esta, reabsorvendo a reação e eliminando o débito, operando a gradativa harmonização e atuação da Lei no Eu, elimina-se a si mesma, enquanto faz progredir o Ser. Isso demonstra a justiça e a bondade da Lei, que não é lei de mal, nem de dor, mas lei de bem e de felicidade”. (Opus Cit.).

Logo, a dor é fator substancial de progresso, de evolução, e, pois, de anulação de fatos pretéritos danosos ao Espírito imortal; e que, só a dor, como ‘Medida Educativa da Lei’, pode cancelar, e, por evolução, quitar nossos débitos, nos melhorar. E aquela formulação anterior:

[( Rebeldia = Involução )] (=cc=) [( Dor = Evolução )]
(frp).

Se transmuda, em termos numéricos, para a seguinte proposição, pois que, de futuro, não há mais rebeldia, nem involução, nem dor, nem evolução, pois o Espírito rebelde se curara, se transmudara, se explicitando, a referida formulação, para:

[( 0 = 0 )] (=cc=) [( 0 = 0 )]
(frp).

Pois que o Ser pagara sua dívida para com a Lei, ao mesmo tempo em que se melhorara, estando de retorno, agora, aos mais altos planos de sua origem, valendo a expressão de Lammenais:

“Pobres ovelhas desgarradas, sabei pressentir, junto a vós, o Bom Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de Sua Presença, vem Ele mesmo ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco. Filhos pródigos, abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna: o Pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno à família”. 
(Vide: “O Livro dos Espíritos” - 1857 - AK).

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“Continuação do Item 81 – A Função da Dor”
(“A Grande Síntese” – PU – Fundapu)

Por isso é necessário seguir um caminho de gradual redenção em várias etapas: primeiro, reabsorver as reações livremente excitadas no passado, sofrer pacientemente as conseqüências das próprias culpas; depois, reconstituído o equilíbrio, manter-se em estado de harmonia com a Lei, evitando qualquer nova violação e reação.

É indispensável conceber o universo não como um meio para a realização do próprio Eu, seu centro, mas como um universo regulado por uma Lei Suprema, dentro da qual só é possível realizar o próprio Eu, quando em harmonia com tudo o que existe.

É necessário conceber a dor não como um mal devido ao acaso, mas como uma forma de justiça, como uma função de equilíbrio que ensina ao homem, mesmo respeitando-lhe a liberdade, os verdadeiros caminhos da vida, e o “constrange”, após tentativas e erros, pelo único caminho possível, o do próprio progresso. A dor não pode desaparecer, se não for pago o débito à Lei de justiça, que, no campo moral, social, histórico, econômico, físico e químico, é sempre a mesma Lei, a mesma vontade, o mesmo Deus.

Não se rouba, não se escapa, no tempo, à sua ação; rebelar-se é excitar maior choque de reações; sua elasticidade (divina misericórdia) é tão grande que pode conter todo o livre-arbítrio humano, terminando sempre por devolver-vos como fato inexorável.

A anulação da dor é feita corajosamente através da dor. Por isso, ela pode ser colocada no caminho das ascensões humanas. Recusai a utopia que o materialismo vos pôs na mente e percebei esta solene verdade da vida. Entre o impulso frenético de vossos tempos para todas as felicidades, entre a série lastimável de todas as experiências humanas, diante da desilusão, com um sonho vão nas pupilas da felicidade não atingida, tenha o homem a coragem de olhar esta realidade mais profunda, abrace fraternalmente sua dor.

Que ele aprenda e progrida na arte de saber sofrer. Talvez julgueis este tom prevalentemente negativo, mas ele é apenas sob vosso ponto de vista humano, não das reconstruções super-humanas, onde jaz minha maior afirmação. Na tábua relativa de vossos valores éticos, estais sempre embaixo e vossas virtudes violentas e guerreiras, necessárias ao vosso estado atual, não serão mais virtudes e serão superadas amanhã.

Tudo é proporcional ao próprio nível e o exprime. Há muitas formas de dor, esta é tanto mais grave, quanto mais baixo estiver o ser. A medida do contragolpe doloroso, que recai sobre quem movimentou a causa, é obtida pelo cálculo de responsabilidade e vimos, modifica-se com o grau de evolução, a qual sutiliza a cadeia férrea das reações. Observai como o castigo quase se volatiliza, no processo da espiritualização progressiva.

No mundo subumano, (animal), a dor é derrota sem compaixão; o Ser sofre nas trevas, cheio apenas de ira, num estado de miséria absoluta, sem luzes espirituais compensadoras. É a dor do condenado, cego, sem esperança. E o homem tem liberdade de retroceder para esse inferno, se não quiser aceitar o esforço de sua libertação.

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QUARTO COMENTÁRIO

O Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos Superiores, ministra o mesmo ensino, independente das posturas acanhadas do Senhor Allan Kardec que, muitas das vezes, não compreendia dita situação de Queda do Espírito, bem como de outras possíveis de se dar ao campo mesmo de sua rebelde atuação, durante o fenômeno evolutivo.

Criado à imagem e semelhança de Deus, como Espírito Puro, Manifesto e Consciente (EPC), estamos vendo o que se passara com o Criado Espiritual, para hoje, reencarnado no Mundo terreno (ESI), se defrontar com tantos problemas e dificuldades da vida biológica e material.

Afiançam: o Velho, o Novo Testamento, o Espiritismo codificado no Século 19, e confirmado no Século 20, que algo se dera com o Ser Espiritual, criado Puro e Consciente, para uma tão triste reprimenda dos Mundos materiais. Este algo fora o fato de que o Ser perdera os bens divinos implantados na sua Alma aos tempos espirituais de sua criação.

E preconiza o Espiritismo de Allan Kardec:

“Sua punição é justamente retrogradar; é o próprio inferno. Eis a punição de Lúcifer, do homem espiritual descido à matéria, isto é, o véu que daí por diante lhe oculta os dons de Deus e sua divina proteção”.

E, aconselha:

“Esforçai-vos, pois, na reconquista desses bens perdidos: tereis reconquistado o paraíso que o Cristo veio abrir para vós. É a presunção, é o orgulho do homem (referindo ao Espírito faltoso), que queria conquistar aquilo que só Deus podia ter”. (Vide: “Revista Espírita” – Allan Kardec – Outubro de 1858 – Edicel).

Ou seja: se decaímos - de Altos Planos da Consciência - na condição de Espíritos Simples e Ignorantes (ESI), fora por nossa própria incúria e falta de cuidados para com as coisas divinas, as coisas de Deus; fora, pois, pela doença de que nos fala, também, o “Evangelho” dos Espíritos Superiores, codificado por Allan Kardec; ou, mais ainda, pela presunção, pelo orgulho de que nos recorda a “Revista Espírita” (AK) em destaque, lembrando que os problemas humanos não foram criados por Deus, e sim, por nós mesmos que falhamos para com Sua Justa e Primorosa Lei.

Mas, cuidado, podemos cair novamente, podemos, por nossa própria irrisão, e cegueira, ser conduzidos a planos da animalidade mais grosseira, mais bestial. Aquela mesma “Revista Espírita”, de Allan Kardec, alude no tocante a tal, e, se referindo a um crime horrendo que se verificara naqueles tempos:

“Se o arrependimento vier apagar, não totalmente, mas ao menos em parte, a enormidade de suas faltas, então (tal Espírito criminoso) ficará na Terra; se, ao contrário, persistir no que chamais de impenitência final, irá para um lugar onde se encontra no nível dos animais”. (Opus Cit.).

O que confirma, sobejamente, a obra de Ubaldi, de sua menção registrada em “A Grande Síntese”: o mais formidável resumo das Leis universais.

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“Continuação do Item 81 – A Função da Dor”
(“A Grande Síntese” – PU – Fundapu)

No mundo humano, a Consciência desperta, pesa e reflete; o Espírito tem o pressentimento de uma justiça, de uma compensação e de uma libertação, e espera. É a dor tranqüila de quem sabe e resgata; é o purgatório confortado por uma fé; o castigo pára nas portas da Alma, que tem seu refúgio na paz.

A mente analisa a dor, descobre-lhe as causas e a Lei, aceita-a livremente como ato de justiça que trará alegria; de um tormento faz um trabalho fecundo, um instrumento de redenção. Quanto já perdeu a dor de sua virulência! Muito diferente é o sofrer esperando e bendizendo, pois, o golpe contra a Alma assim encouraçada é menos amargo e, no espírito defendido por essa profunda Consciência, tem menor força de penetração.

A visão substancial das coisas dá, a cada caso, a sensação da justiça, uma grande fé e um absoluto otimismo; entre as dissonâncias do ambiente, forma-se na alma um oásis de harmonia. Chega-se, assim, por graus, ao mundo super-humano, em que a dor perde seu caráter negativo e maléfico e transforma-se numa afirmação criadora, em poder de regeneração, numa corrida à vida. Ergue-se, então, o hino da redenção: felizes os que choram.

A dor, obrigando o Espírito a dobrar-se sobre si mesmo, prepara o caminho para as profundas introspecções e penetrações, desperta e desenvolve suas qualidades de outro modo latentes, multiplica-lhe todas as potencialidades. Sobretudo para as grandes almas, a dor é uma força de valorização e criação.

A expansão da vida, constrangida para dentro, atinge realidades mais profundas e o choque da dor obriga a seguir os caminhos da libertação. Novo mundo se revela a cada golpe que parece trazer ruína, algo referve e nasce do âmago do Eu; a cada golpe da dor que parece mutilar a vida, algo se reconquista, que a faz crescer e a eleva.

A dor desapega e liberta de um invólucro denso de desejos e de sensações; a Alma, a cada pedaço de animalidade arrancado, dilata-se em mais amplo poder de percepção, em forma mais intensa de vida, em realidade mais profunda. Imaginai a mais titânica das lutas, o mais tremendo dos esforços, a mais impetuosa tempestade. Há um dilaceramento silencioso no âmago das leis biológicas; uma disputa palmo a palmo no campo da vida; um encarniçamento de retornos atávicos para baixo, uma atração irresistível para o alto.

Espírito e animalidade lutam, vinculados e inimigos, como na hora da alvorada lutam a luz e as trevas, para que surja o dia. Na fase super-humana a dor não é mais apenas expiação, que se conforta com a esperança: é o ímpeto frenético das grandes criações espirituais. No meio da luta pela libertação, a sensação dominante é juventude, na expansão das energias é ressurreição; enfraquecidas as paixões e dominadas as prepotências da natureza inferior, a sensação do espírito vitorioso é o doce repouso de quem aporta num oásis de paz.

O Espírito olha então com mais calma dentro de si. A dor e a luta sutilizaram seu ouvido e ele pode ouvir. Então se evoca o canto do infinito. Então, lentamente, do âmago da Alma, entoa-se a grande sinfonia do universo. As notas que aí cantam são as estrelas e os mundos, as flores e as almas, as harmonias da lei e o pensamento de Deus.

Levanta-te ó Alma, tua dor está vencida! Morta, entre as coisas mortas, está tua dor, lá em baixo, inútil instrumento jogado fora, lá embaixo, na margem deserta de um caminho triste. No infinito, o universo canta: levanta-te, tua dor está vencida.

Todas as coisas transformaram-se diante do olhar de Deus; o canto tem tal profundidade de doçura, que a Alma se desorienta. Pela alegria da mente, caem os véus do mistério; pela alegria do coração caem as barreiras do amor. Abre-se o universo. Uma vibração onipresente de amor transporta o espírito fora de si, de visão em visão, de felicidade em felicidade. Ele não luta mais: abandonasse, esquece-se em Deus.

As forças da vida o sustentam e o arrastam, lançam-no para o alto onde está o novo equilíbrio. Decepadas as cadeias, ele está verdadeiramente livre e pode subir; o passado persegue e é necessário percorrer até o fundo os caminhos do bem, tanto quanto para os maus é preciso que se afoguem até o fundo, nos caminhos do mal. Então o ser não pertence mais à Terra de dor: imerge cada vez mais na luz do Cristo e aí se aniquila num incêndio de amor.

Estas não são rarefações utopísticas da respiração da vida, senão enquanto não for deslocado o centro da personalidade para o mundo super-humano. O conceito de dor-prejuízo e de dor-mal evolui, desse modo, por gradações, para o de dor-redenção, dor-trabalho, dor-utilidade, dor-alegria, dor-bem, dor-paixão, dor-amor. Há como que uma transhumanização da dor na lei santa do sacrifício. Nesse paraíso, o milagre da superação da dor através dela própria está realizado. O mal transitório, o estridor das violações, o choque violento entre a livre ação e a lei esgotam-se em suas funções; a dor existe para engolir-se a si mesma; cai o desacordo à proporção que atinge a harmonia.

Por meio desse sábio mecanismo, pelo qual a liberdade é obrigada a canalizar-se para o progresso, chega-se à unificação do Eu com a Lei. Então desaparece qualquer possibilidade de violação e de reação e a dor se anula em sua causa. Então a alma brada: “Senhor, agradeço-Te por esta, que é a maior maravilha da vida: que minha dor seja Tua bênção”!

Mesmo por outros caminhos inferiores e coletivos, a dor tende a anular-se. Este é o último anel da cadeia: involução, ignorância, egoísmo, força, luta, seleção. Mas o ímpeto evolutivo transforma a fase da força em justiça, o mal em bem. Demolindo as mais baixas condições de vida, opera a transformação da dor.

Coletivamente, a força — por um jogo de reações coletivas, por progressiva aproximação e pela lei do mínimo esforço — tende, com o uso, à auto-eliminação, quase reabsorvida em si mesma e ressurgindo em forma de justiça; assim coletivamente a dor tende a anular-se como fator transitório inerente às mais baixas fases de evolução. Absurdos seriam um mal e uma dor incondicionais e definitivos. O maior ímpeto da vida, a evolução, leva, necessariamente, o mal ao bem, a dor à felicidade.

Mostro-vos todas as gradações da verdade, para que cada um escolha a mais elevada em seu concebível. Dizei-me como sabeis sofrer e vos direi quem sois. Cada um sofre diferentemente, de acordo com seu nível: uns amaldiçoando, outros resgatando, outros abençoando e criando! Das três cruzes iguais sobre o Gólgota, partiram três gritos diferentes. Só justiça e amor é a reação dos Grandes. Cabe a vós saberdes extrair do esforço da vida a maior ascensão do espírito, utilizando a dor, ao invés de combatê-la, transportando cada vez mais para o alto o centro de vossa vida.

Certamente que nestes níveis não estamos na ordem comum das coisas humanas atuais, e tudo isso pode parecer fuga e demolição de virtudes positivas; mas eu vos disse que é fuga, para uma afirmação mais elevada. Isso pode parecer mutilação de aspirações e de vontades, supressão de energias sadias, produtivas, mas aquelas aspirações jamais vos farão sair do ciclo da vida nos níveis inferiores, nos quais cada vitória tem que contrabalançar-se com uma derrota, cada juventude com uma velhice.

Aí, cada grandeza precipita-se sempre em sua destruição. O que vos indico, porém, é sublimação da vida, numa forma de ação mais alta, dirigida a conquistas que são as únicas eternas; ação mais enérgica e civilizada que o desperdício inútil da agressão comum, que desorganiza; ação mais produtiva, porque consciente das forças naturais, entre as quais ocorre.

Não vos indico como ideal supremo humano a figura primitiva do herói da força que violenta e vence, mas — ainda que as massas não nos entendam — mostro-vos o super-homem, em que a vontade do dominador, a inteligência do gênio, a hipersensibilidade do artista e a bondade do santo fundem-se; o lutador sobre-humano que perdoa e ajuda a seu semelhante, só ataca as forças biológicas e as submete, ser de nova raça, lutador da justiça, senhor de si mesmo, para o bem coletivo.

A santidade não morreu nem foi superada, apenas começou e tem que subsistir no mundo moderno uma santidade nova, culta, consciente, científica, que ressurja das velhas formas no coração de vossa vida turbilhonante; é mister que volte a lutar pelo bem e, com vossa psicologia objetiva, enfrente heroicamente o choque de vossa rebelde alma nova. Se hoje o lema é força, que seja a força superior do espírito; seja uma beleza espiritual que ouse mostrar-se viva no mundo como um desafio, para que este, se não compreender, dilacere-a e dilacerando-a, aprenda.

O santo, nesse sentido amplíssimo, passa em missão, só é grande por inclinar-se a educar e erguer para essas superações da dor.

Muito lento é o caminho das massas inconscientes, embaixo. Esperam elas a fecundação da parte desse ser, ponto culminante, para o qual converge todo o transformismo fenomênico, sustentado e querido por todas as forças da evolução, fenômeno realizado da transformação biológica. No último produto do grande esforço da vida, a criação dobra-se sobre si mesma para retomar, no movimento evolutivo, as camadas mais baixas.

O impulso torna a descer para elevar e para aliviar a dor; estende a mão ao homem que caminha sob o peso de sua ascensão, e carrega sobre si a dor do mundo. Esta retomada ascensional, que já estudamos como característica fundamental no desenvolvimento da trajetória típica dos movimentos fenomênicos, aqui se torna inerente ao impulso da evolução e nela representa ainda uma tendência à eliminação da dor.

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QUINTO COMENTÁRIO

Certamente que o modelo do ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’, alcançando níveis mais altos e mais amplos da concepção universal, vem dar provas definitivas de que o ‘Sistema em Deus’ é tão Perfeito que consente, pelo livre arbítrio dos Espíritos criados, negligenciar suas vidas pela indisciplina e pelo erro como assim o querer, por sua livre e espontânea vontade.

Mas, por constituir: ‘Sistema Perfeito’, ele também se permite, como escola instrutiva, e, certamente que educacional, aplicar o seu ‘Método de Correção’ e o faz deterministicamente, permanecendo, sempre, o mesmo ‘Estado de Perfeição em Deus’ que, sendo Perfeito, não admitiria a desordem do filho em Si, pois mesmo sendo Amoroso Pai, não chegaria ao ponto de permitir a desordem e a anarquia onde impera a Ordem e a Harmonia de um ‘Sistema Perfeito’ que alberga felicidade e harmonia extensivas aos filhos queridos, tão amados pela Sublimidade paterna.

Assim, a ‘Perfeição do Sistema’, do Universo Espiritual em Deus, aparece claramente nesta mesma permissão do erro que, com a Dor, fulcro das Adversidades, transforma um mal em bem conduzindo-nos, a todos que nos rebelamos, à anterior perfeição que, com a experiência adquirida e, fortalecidos no bem, não infringiremos e não recairemos mais.

Por lógica intuitiva e matemática, pois, cogito que a Involução fora realmente o primeiro grande fenômeno universal pós-Criação Espiritual que, aos seus extremos descensionais, como energia e, posteriormente, como matéria universal, executará um movimento inverso, de retorno sobre o seu próprio caminho. possibilitando, por Evolução, o refazer-se da estrutura Consciencial do filho perdido, porém, tão querido e tão amado que será buscado e levantado pelo Grande e Amoroso Pai.

Nossa visão de Universo, pois, compreende a ideia fundamental de que a Evolução tem suas origens na Involução, mostrando-nos quais são suas razões tanto do ponto de vista filosófico como moral, como também matemático, espécie de ‘Conexão Conversiva do Ser’ (=cc=) que assim se descreveria:

[(Involução) (=cc=) (Evolução)]
(frp).

Fenômeno que, aliás, se repete durante todo o processo evolutivo do Ser rebelde, que, via palingenésica, nos obriga, constantemente, a descer e a subir, a contrair e a distender sua Consciência, como dito, pela reencarnação; fenômeno onde o Espírito regride e se perde no nada da vida biológica, embrionária e fetal, e, logo após, como uma criança que nasce, para então crescer, expandir-se como adolescente, como homem maduro, como velho que se cansa, e que, por fim, via desencarnação, se prepara ele, então, para novos mergulhos a matéria dos Mundos, para, de novo, subir, num fenômeno que explicita sua queda de antanho, e, por sua vez, sua subida de agora pela fenomenologia amplamente explicitada.

Neste mais amplo ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, pois, a componente que aparece no decurso da Evolução, a Dor, manifesta-se de forma justa, harmônica e perfeita, pois que ela surge em nosso instante evolutivo por razões que a justificam plenamente. O indivíduo da Criação Original transgrediu, mas a Lei não quer a morte do ímpio, quer endireitá-lo por um “remédio” que fora escolha sua e não de Deus que lhe propusera o pacto da Obediência e do Amor.

Assim, tudo no Universo Físico e astronômico explica-se pelos ditames da ‘Lei de Causalidade Ampla’ que, afinal, sentencia:

“Não há efeito sem causa: a Involução como Função Contrativa da Consciência (FCc) se dera pela rebeldia da criatura; e a Evolução como Função Distensiva da Consciência (FDc) se dá por sua cura na adversidade”. 
(frp).

Mas atentemos para outros detalhes ainda. Neste ‘Modelo’, (Involutivo-Evolutivo), percebe-se que o Amor de Deus por suas criaturas revela-se indubitável e não contraditório e de parecença injusta, desarmônica e imperfeita como no ‘Modelo’ apenas e tão-só: evolutivo. Naquele ‘Modelo’, pois, ‘Involutivo-Evolutivo’, compreende-se que Deus realmente nos ama e, por Amor, nos corrige de nossos erros prometendo-nos a calmaria após a tempestade por nós mesmos provocada.

Penso, pois, que a lógica mais perfeita, mais de acordo com a Misericórdia e Justiça Suprema do Criador, seja a de tal ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, que, pela já referida ‘Lei de Causalidade Ampla’, apresenta um perfeito equacionamento das coisas divinas, havendo de enquadrar-se, pois, com a Equivalência Conclusiva de que:

[(Modelo Involutivo-Evolutivo) (=) (Paradigma Perfeito do Universo)]
(frp).

Mas da Visão Perfectível do Universo, dada pelo ‘Modelo Evolutivo’, à sua mais Perfeita Compreensão, concebida pelo ‘Involutivo-Evolutivo’, se passa pelo evolver cognitivo, espiritual e moral: despertamento da Consciência que se deve à consagrada Lei.

E, portanto, penso que a mais exata compreensão da Pessoa de Deus no Universo, é também progressiva, mas vem, sobretudo, por questões de inteligência, de pesquisa e método científico-matemático provando que Suas Leis são plenamente Justas, Harmônicas e Perfeitas.

Assim, da totalidade de princípios compreendidos na ideia geral do que agora se propõe, sinto-me à vontade para propalar o Princípio de Excelência Cósmica contido no axioma de que:

“Deus É Um Estado de Perfeição”.
(frp).

Estado este, pois, não suscetível, ainda, de uma maior compreensão de nossa parte, filhos decaídos, experienciando duros resgates num Mundo provacional!

Mas o que temos, presentemente, quero crer, já é o suficiente no tocante à ‘Perfeição do Supremo Pai’.

Resumindo e, finalizando, pois, vimos em “Razões e Funções da Dor”, pelo presente e.Book, que:

-Suas Razões: são de ordem pretérita, e, não só de nossa distante gênese espiritual, mas, também, de nossa trajetória salvífica, ou, evolutiva, pelos mais diversos corpos da natureza terrena e universal;

E, pois:

-Suas Funções: são de ordem divina, saneando-nos os desvios do pretérito, e, cuja ‘pisada de bola’ é algo suscetível de se dar num complexo espiritual e, pois, universal, que é infinito, e que, por tal mesmo, não se isentaria de uma doença passageira que, afinal, se encontra em nosso íntimo mesmo:

Seres decaídos nas coisas materiais, mas suscetíveis de salvar-se pela inevitável cura de medidas educativas, redentoras, evolucionais e espirituais.

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GRANDE E FORTE ABRAÇO DE:
Fernando Rosemberg Patrocínio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Coordenador de Estudos Doutrinários; Articulista; Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books na Web-Artigos e em nosso blog abaixo citado.

Bibliografia

-“Obra Completa de Allan Kardec” – Divs. Editoras;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi” – PU – Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier” – Divs. Editoras; Diversos Sites da Internet;
-“Diversos e.Books de Nossa Autoria” – F.R.P.;
-“Diversas Obras Científicas” – Diversos autores;
-“Bíblia Sagrada” – Versões Católica e Pentecostal;

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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