domingo, 10 de junho de 2018

DEUS, ESPÍRITO E MATÉRIA (55o. e.Book)


Fernando Rosemberg Patrocinio

(55º. e.Book)

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DEUS,
 ESPÍRITO e MATÉRIA

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-Introdução: Paradoxos Divinais

-Tema 1: Ser Supremo e Eternidade

-Tema 2: Deus Criador e Imanência

-Tema 3: Gênese dos Espíritos Puros

-Tema 4: Conseqüência Cosmológica

-Tema 5: Rebeldia e Queda Espiritual

-Tema 6: Homem: Imagem do Criador

-Tema 7: Sua Fórmula Palingenésica

-Tema 8: Breve Mapa Reencarnatório

-Tema 9: Presença Divina no Homem

-Bibliografia

-Relação Nossos e.Books

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INTRODUÇÃO: PARADOXOS DIVINAIS

Para o cético, o materialista, o pensador orgulhoso de Si e detrator da ideia de Deus, Tudo é Matéria no Universo, sendo este, pois, um Universo sem Deus, sem o seu Criador. Logo, o referido descrente de um Ser Supremo, requer, matematicamente, que a Matéria espalhada pelo Universo está ausente de Deus:

[( Matéria ) = ( Universo – Deus )]

Dita fórmula, entretanto, e sem que se esperasse, está a provar, pelo contrário, a existência do Supremo, a existência de Deus, pois que, fazendo-se, por ela, a transposição matemática de seus termos, obter-se-á:

[( Matéria + Deus ) = ( Universo )]

E, calculando novamente, obtemos:

[( Deus ) = ( Universo – Matéria )]

Ou seja, se retirarmos toda a Matéria do Universo, teremos, obviamente, do lado direito da equação, o termo que se lhe iguala ao que se encontra do lado esquerdo, ou seja: pura e simplesmente Deus:

[( Deus ) = ( Deus )]

Ou, tal como se encontra no Item primeiro de “O Livro dos Espíritos” (1857 – AK), que assim se nos revela:

P) - O que é Deus?

R) - Deus é a Inteligência Suprema, Causa Primeira de Todas as Coisas.

Logo, dita questão da Inteligência Suprema, poderia, do ponto de vista filosófico, e matemático, enquadrar-se na seguinte proposição, porquanto Deus entrosa-se, por seu aspecto Imanente, à Sua Imensurável Criação, levando-nos a exeqüível:

Fórmula Suprema do Universo

[( Universo ) = ( Deus + Matéria )]

Que trata-se, pois, da mesma fórmula do cético, do descrente de tudo, já citada supra, que, por sua vez, está a provar a existência do Criador, a existência de Deus.

Ora, o Homem, assombrado com tudo o que o cerca, e, perquirindo sobre o imensurável Universo, percebe, intuitivamente, a Presença de Deus mesmo nos domínios da Matéria, (Imanência), e, a considerar-se dita Fórmula Suprema do Universo, e, fazendo-lhe transposições validadas pela própria Matemática, temos:

[( Universo – Matéria ) = ( Deus )]

Noutros termos: Se retirarmos a Matéria do Universo físico de nossas percepções cognitivas, teremos, pelo menos, quatro sínteses filosóficas, e, matematicamente exatas, assim distinguíveis e idênticas por si sós:

1) [( Deus ) = ( Deus )]

2) [( Deus ) = ( Espírito )]

3) [( Deus ) = ( Inteligência Suprema )]

4) [( Deus ) = ( Causa Primeira de Todas as Coisas )]

Ou seja, em face de uma melhor concepção filosófica e matemática do Criador, dir-se-ia, simplesmente, que:

-1: Deus é Deus; ou, que:

-2: Deus é Espírito; ou, ainda:

-3: Deus é a Inteligência Suprema:

-4: Causa Primeira de Todas as Coisas.

Todavia, na concepção espírita, não se pode sondar a natureza íntima de Deus, faltando-nos, pois, sentidos outros: espirituais e morais, como potências a serem conquistadas pelo Espírito humano ao longo de sua evolução. Mas já temos, conquanto seus paradoxos, ideias bastante razoáveis de Sua Natureza, Seus Atributos, todos Eles, pois, de Ordem Metafísica, ou seja: Espiritual, que, por Sua Magnitude, detém as rédeas e o governo das coisas do Mundo, de todo o Universo físico, extrafísico, ou, espiritual.

Para o Espiritismo:

“Deus é a Suprema e Soberana Inteligência.
A inteligência do homem é limitada, uma vez que não se pode nem fazer e nem compreender tudo o que existe; a de Deus, abarcando o infinito, deve ser Infinita”. (Vide: “A Gênese” – 1868 - AK).

E conclui Kardec afirmando logo adiante que Deus:

-É Único,
-Eterno,
-Imutável,
-Imaterial,
-Todo Poderoso,
-Soberanamente Justo e Bom, e,
-Infinitamente Perfeito.

O que nos leva, sem dúvida alguma, a vermos, em nossa relatividade evolutiva, paradoxos mais ou menos expressivos de tais Atributos divinos. Ora, Deus, sendo Um, É também Infinito como se pode constatar, mais uma vez, nesta outra passagem do Codificador que, para tal, resgatara, igualmente, palavras do Nazareno:

“Achamo-nos, então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contacto ininterrupto com o Seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos n’Ele, como Ele está em nós, segundo a palavra do Cristo”. (Opus Cit.).

E aí está, pois, um de tais paradoxos, pois que Deus, mesmo sendo Um (1), Ele aparenta-nos Infinito (oo), pois que estamos n’Ele, que, por Sua vez, está em cada uma de suas criaturas: ‘Deus está em nós’.

Assim, mesmo sendo Um (1), Deus é de Grandeza Infinita (ooG), o que constitui uma espécie de Monismo, de um só organismo estelar, aliás, feito não só de Matéria, mas também de Inteligência, de Lógica, de Matematicidade, e, portanto, repleto de Lei, de Espiritualidade sem dúvida qualquer.

O Universo, pois, constitui Tudo: Espírito e Matéria, Ser e não-Ser, pois que a Matéria é uma ilusão, algo que não é, pois que se transmuda incessante noutras formas de sua manifestação.

Apesar de tais ilações, dir-se-ia que: Tudo tem relação com Tudo neste paradoxo da Unidade de Grandeza Infinita, ou do: Um-Infinito que, sendo Um (1), todavia, é Infinito na Sua Grandeza (ooG), sendo detentor de Imanência e Presencialidade em Tudo: em mim, em você, em Toda a Criação. O que implicaria numa espécie de:

Equação da Infinita Grandeza:

[( Deus ) = ( ooG )]

Onde Deus é Infinito em Sua Grandeza; e que, sendo Um, se equacionaria tal como:

Paradoxo Um-Infinito de Deus:

[( Um ) = ( oo )]

Que, mesmo sendo Um (1), É Infinito (oo), o que implica, necessariamente, no desenvolvimento de novas e mais expressivas potencialidades do nosso Espírito, que, de futuro, haverá de melhor compreender o Um-Infinito de Deus, nosso Pai, nosso Criador.

Ora, se Jesus afirmava ser Uno com o Pai, também nós, Espíritos finitos, haveremos de Ser Uno com Deus, ou seja, Infinito com o Pai, por mais incrível, e mais paradoxal, que tal ideia possa conter de nossa perspectiva futura junto a Deus: Infinito em Sua Grandeza, Sua Presencialidade Universal.

“Assim, de modo um tanto paradoxal, o fato é que, em nosso futuro cósmico, e apesar de Espíritos finitos, haveremos de Ser Uno com Deus, ou seja, Infinito com o Pai que, mesmo sendo Um, É Infinito em Sua Grandeza, Sua Realidade Universal.”
(frp).

Finalizando dita Introdução, gostaria de lembrar o fato probante de que nossos escritos diversos pecam por alguma repetição de temas já consolidados, tornando-nos um tanto antipáticos ao leitor que nos busca pela sede de saber mais; porém, sempre trazemos alguma coisa nova, algum fato inédito, o que nos predispõe ao estudo e ao prosseguimento de nossa modesta tarefa.

Desculpando-me, pois:
O modesto autor:
Rosemberg

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-1: SER SUPREMO E ETERNIDADE

Só Deus É Eterno!

Sua criação, entretanto, é imorredoura, é imortal!

Logo, dita criação surgira para imortalizar-se por Sua Soberana Vontade. E, se assim é, pode-se, e deve-se, portanto, consolidar uma sua retrospectiva, uma espécie de volta ao princípio, ou seja, ao início de Tudo, ao Deus de caráter Transcendente (DT), ou seja, anterior à Sua criação.

Ora, há que se refletir, que se pensar: sobre o período anterior à criação, a qualquer criação divina!

Um período, pois, de Absoluta Transcendência (TD) no Infinito (oo), ou, do Puro Pensamento de Deus exercido sobre Si mesmo, levando-nos à compreensão equacional, filosófica e matemática, deste Seu Primeiro Momento, de Algo que É idêntico a Si próprio, como forma abstrata de:

Equação Transcendental Divina

oo[( Deus Transcendente ) = (DT)]oo

(Primeiro Momento)

E isto, por se ter compreendido que Só Deus É Eterno, e que, em havendo uma Criação, esta surgira por Sua Ação, em que, rompendo o silêncio dos Próprios pensamentos, Deus Se autoriza acionar o Mecanismo que coloca em ação os planos concebidos.

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-2: DEUS CRIADOR E IMANÊNCIA

E, nesse instante do Faça-se, do Fiat Divinal, surgem concomitantemente:

-Os tipos individualizados da energia divina, ou seja, os Tipos Imortais, os Espíritos Puros e Conscientes (EPC): Indivíduos Espirituais: livres, leves, soltos, e, pois, ágeis em seus movimentos vários pela esfera divina, porém, submetidos à Lei, que É Deus.

E, verifica-se, pois:

-A segmentação daquele período de Transcendência Divina (da Equação Transcendental Divina) em duas partes diferenciadas: Transcendência e Imanência à Sua criação, tal qual primeiro e segundo momentos Seus, configurando o que se pode entender como uma espécie de:

Conexão Transcendente/Imanente (=c=)

oo[(Deus Transcendente) =c= (Deus Imanente)]oo

(Segundo Momento)

Onde, e, Quando, Deus, em Pessoa, e, pois, mesmo na condição de Transcendente, Ele permanece Imanente, ou seja, Deus permanece Presente na Criação: dos Espíritos Puros e Conscientes (EPC).

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-3: GÊNESE DOS ESPÍRITOS PUROS

E o Item VI da ‘Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita’ de: “O Livro dos Espíritos” (1857-AK) confirma tudo quanto dito anteriormente. Logo após afirmar que Deus é eterno, imutável, imaterial, e etc., informa que Deus criou o Universo que compreende todos os Seres animados e inanimados, materiais e imateriais, mas não deixando de observar que:

“O Mundo Espírita é o Mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo”.

Ora, não existe Mundo Espírita, ou, Mundo Espiritual, sem Espírito, do que se presume que tais sejam Espíritos Puros e Conscientes (EPC) o que nos leva a uma espécie de Concepção Geométrica das Coisas que, por aí mesmo, já se pode concebê-la em seus aspectos primeiros, tal como:

Fórmula Geométrica do Espiritismo

                Deus              
             /        
    Espírito

Que, por tratar-se de seus aspectos primeiros, há de se completar, paulatinamente, como veremos passo a passo logo mais adiante.

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-4: CONSEQUÊNCIA COSMOLÓGICA

Assim, pois, o mesmo Item VI da ‘Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita’ de: “O Livro dos Espíritos” (1857-AK-1857), preconiza:

“O Mundo Corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do Mundo Espírita.” (Opus Cit.).

Mas se o Mundo Corporal, ou Universo físico dos mundos, dos astros e estrelas, poderia “não ter jamais existido”, o que se dera para o seu surgimento e materialização ao âmbito mesmo do Mundo Espiritual? O que, nos forçaria a desmembrar, modo filosófico e matemático, nossa preceituação da:

Fórmula Geométrica do Espiritismo

                Deus             
             /   
    Espírito
             \     
              Matéria

E será, indubitavelmente, o que veremos no tópico a seguir com a gênese dos Espíritos faltosos à Lei por sua rebeldia e insatisfação para com os Planos do Pai, do Soberano Criador.

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-5: REBELDIA E QUEDA ESPIRITUAL

“O Livro dos Espíritos”, em sua pergunta e resposta contidas no Item 122, são, de fato, mais uma evidente prova, dentre tantas outras, da gênese dos Espíritos Impuros, ou, gênese dos Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) por sua derrocada mesma, ou seja, cognitiva, espiritual e moral, no que se concebe, mais vulgarmente, como uma espécie de Queda Espiritual dos Espíritos Puros e Conscientes (EPC), que, por rebeldia e insurreição, se puseram contrários à Lei, que é Deus-Pai-Criador.

Vejamos, pois, que a questão e resposta a seguir, do citado Item 122, estão tratando dos Espíritos em sua origem, e, pois, em seu estado nascente e, pois, Consciente, no Mundo Espiritual; e o que lhes ocorrera pelos seus bons ou maus atos em tal espiritualidade de antanho:

-Pergunta 122: “Como podem os Espíritos, em sua origem, quando não tem Consciência de Si mesmos, desfrutar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Existe neles um princípio, uma tendência qualquer que os incline mais para um caminho que para outro?”.

-Resposta 122: “O livre arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a Consciência de Si mesmo. Ele não teria mais liberdade se a escolha fosse determinada por uma causa independente de sua vontade. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude de sua vontade livre”. 

É a grande figura da queda do homem e do pecado original; alguns cederam a tentação, outros resistiram.”. (Opus Cit.).

Noutros termos, o Espírito nascente desenvolve sua Consciência no Mundo originário mesmo, ou seja, no Mundo Espiritual.

E assim, como Espírito já Consciente de Si, e, por vontade livre, poderá, pelos seus atos: ceder à tentação, caindo, ou resistir à mesma, prosseguindo sua evolução numa Linha Reta no Mundo Espiritual de sua origem.

E notem, que dita situação é comparada com “a grande figura da queda do homem e do pecado original”.

Noutros termos, para um bom entendedor, inclusive de gramática, o texto compara tal ‘figura’ (representação alegórica, não real da queda do homem e do pecado original, no caso bíblico de Adão e Eva), com o que realmente ocorrera com o Ser, ou, com o Espírito no Mundo originário; e atesta com todas as letras:

alguns cederam à tentação, outros resistiram”.

O que significa, noutros termos, que, de fato, os Espíritos livres e Conscientes que cederam à tentação: se quedaram para a vivência expiatória nos Mundos materiais; e, os que lhe resistiram: permaneceram incólumes à mesma e referida queda.

Assim, pois, a representação alegórica (figura) da queda do homem e do pecado original de Adão e Eva, não são mais que reminiscências ou lembranças dos autores, mediúnicos, das páginas bíblicas, e, pois, do que de fato ocorrera nos primórdios da ontogênese, ou seja, de nossa criação espiritual e de nossa decadência nos alvos da matéria universal.

Entretanto, não nos parecem justas, e tampouco corretas, as perguntas e respostas dos Itens 132 e 133 do referido “Livro” ao passar a impressão de que todos os Espíritos, bons e maus, mansos e rebeldes, se obrigam a passar pelas provas dos Mundos materiais.

Ora, tais itens, em sua essência, estão imprecisos, (e, óbvio, penso que Kardec, os modificara pelo seu entendimento), e que, em nossa opinião, foram desenvolvidos por “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864-AK) que viera depois para suplementar os referidos Itens e colocar as coisas no seu justo lugar, pois, a encarnação e reencarnação dos Espíritos na matéria dos Mundos, não se aplicam aos mansos e obedientes à Lei, mas sim, e, tão-só, aos rebeldes e insurgentes da mesma.

Assim, se “O Livro dos Espíritos” (1857-AK) parecer algo lacônico no tocante à Queda Espiritual, bem como algo equivocado nas questões de Itens 132 e 133 supra citadas, deve-se compreender que se tratava do início do Espiritismo na face terrena, ou seja: da Doutrina dos Espíritos Superiores que, então, se implantava.

Todavia, dita concisão e curteza de seus discursos vários nesta primeira obra, viera a ser compensada pela terceira: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864-AK), que, com todas as letras definira a real posição do Espírito humano no contexto universal: somos Seres decaídos como este terceiro livro francamente nos revela:

“Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio; já foi dito de que imensas faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas, ah! Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”.

(Opus Citado – Capítulo 3: ‘Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai’ – Instruções dos Espíritos: Item 16).

E, comentando dita Instrução dos Espíritos, note-se que a mesma fala que nós, Espíritos humanos, estávamos lá: no Mundo Espiritual, pois preconiza claramente e com todas as letras:

 “Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal,”. (Opus Citado).

Ou seja: os Espíritos, ainda Simples e Ignorantes, em estado nascente, ou, noutros termos, quando nascem das mãos de Deus, tais Espíritos, ou Alma nascente:

“... pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio”. (Opus Citado).

Mas dentre tais Espíritos livres (e Conscientes, pois, são senhores de Si mesmos), dentre tais Espíritos, ou, Almas:

Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Citado).

Ou seja, aos Espíritos ou Almas que sucumbem, ou, que se quedam ou fraquejam na luta, tais são, a partir daí, exiladas nos Mundos materiais para mais pronta depuração, se regenerando para o retorno ao Mundo Espiritual de origem, pelo que denominamos Evolução Cíclica, de altos e baixos, idas e vindas do Espírito imortal, para a sua depuração.

Já os Espíritos ou Almas que não sucumbiram, tais permanecem no Mundo Espiritual mesmo e seguem sua Evolução em Linha Reta, sem necessidade de passar pelas dores e tribulações encontradiças nos Mundos materiais.

E, temos, por aí, a completação da:

Formula Geométrica do Espiritismo:

                Deus             
             /            \
    Espírito      Espírito
             \            / 
              Matéria

Que, do seu lado esquerdo nos mostra a Involução, e, do seu lado direito, a Evolução; e que, por sua vez, nada mais é que ‘A Grande Equação da Substância’ de uma das mais importantes obras do Século 20: “A Grande Síntese” (1937-Fundapu), de Pietro Ubaldi, que não só lhe renova como também lhe acrescenta mais pelos novos saberes científicos de então.

Logo, por tal mesmo, ou, por tal informe de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864-AK), temos:

1) Gênese do Espírito Puro (EPC); e:

2) Gênese do Espírito Simples e Ignorante (ESI) que, evidentemente, trata-se daquele mesmo Espírito Puro (EPC), porém, dos que faliram e, pois, se quedaram na matéria do Universo físico e astronômico; tratando-se, logicamente, de um recomeço dos Espíritos faltosos, que, por tal Medida Corretiva da Lei, trata do seu retorno às origens espirituais de sua morada definitiva tal como ministra o Espírito de Lammenais:

“Pobres ovelhas desgarradas, sabei pressentir, junto a vós, o Bom Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de Sua Presença, vem Ele mesmo ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco. Filhos pródigos, abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna: o Pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno à família”.
(Vide: “O Livro dos Espíritos” – 1857 - AK).

Logo, somos, todos nós, os Espíritos encarnados e reencarnados nos Mundos materiais, nada mais, nada menos, do que Espíritos faltosos, em expiação, que, por evolução cognitiva, axiológica, ética e comportamental, consolida o seu retorno à família após a doença contraída nos planos nascentes de sua vida espiritual.

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-6: HOMEM: IMAGEM DO CRIADOR

Dita característica do Homem, tal como Imagem do Supremo Criador, surge da ‘Fórmula Suprema do Universo’, consoante nossa Breve Introdução acima citada e que se pode defini-la como:

Fórmula Transcendental Humana

[ (Homem) = (Espírito + Bio:Matéria) ]

Em que, retirando-se a Bio:Matéria do Homem, temos o Espírito palingenésico que, assim, pois, se descreveria:

[ (Homem – Bio:Matéria) = (Espírito) ]

Ou seja: com o desaparecimento do que nos serve fisicamente, de Matéria:Biológica, temos, pois:

[ (Espírito) = (Espírito) ]

Ou, noutros termos, o que nos compõe, fundamentalmente, não é a Matéria:Biológica, e sim, o Ser espiritual, o Ser consciencial, em suma, o Espírito palingenésico, e, pois, de característica imortal, perfazendo o seu retorno evolutivo à família espiritual.

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-7: SUA FÓRMULA PALINGENÉSICA

Óbvio que tal Formulação citada supra, se nos mostrará um tanto mais extensa, tanto do lado esquerdo, com as múltiplas existências já transpostas, como do lado direito, com as múltiplas existências do nosso futuro, e teríamos o que se pode denominar:

Fórmula Palingenésica Universal

[g...(IE)...(H=E+Bm) (d) (E=E) (r) (H=E+Bm)...(EP=EP)]

Que, como já descrito n’outro e.Book:

-Referida letra (g) no início da formulação indica a Ontogênese, ou seja, a Gênese do Ser espiritual no infinito dos espaços transcendentais;

-E, os três pontinhos a seguir, expressam nosso estágio educativo nos referidos espaços de nossa espiritualidade;

-A sigla (IE), de logo após, indica dados do ‘Mecanismo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’, que já é do nosso conhecimento;

-E, os três pontinhos a seguir indicam que nós, os Homens, ou, Espíritos reencarnados, procedemos de múltiplas existências corporais pretéritas; como se diz: do átomo ao Homem;

-E, logo a seguir temos: (H=E+Bm), ou seja, a Fórmula do Espírito na Matéria indicando, em seu resumo: nós mesmos, das atuais condições humanas;

-Logo após temos a explicitação (d) ratificando nossa condição de desencarnados, ou seja, o que logo a seguir indica: (E=E): como Espírito livre nos espaços umbralinos ou espirituais da nossa imensa romagem cósmica;

-E, no próximo passo temos a sigla (r), ou seja, de nossa volta à matéria pela reencarnação, que, a seguir, indica justamente tal condição palingenésica de sua nova experiência biológica e material: (H=E+Bm);

-E, tais pontinhos a seguir indicam as muitas vidas seguintes no futuro até nossa condição última, ou seja, de (EP), que explicita um Espírito Puro, isto é: livre das paixões humanas, de suas mazelas, suas gangas materiais.

Assim, pois, para nós, contemplados pela Terceira Revelação da Lei de Deus, Tudo é bem lógico e razoável num paradoxo que envolve: simplicidade e complexidade, sentenciando que: Somos Espíritos imortais nos libertando, vias palingenésicas, de nossas impurezas e imperfeições; e a matéria biológica nada mais é que um meio para chegar-se a um fim, quando nos tornaremos: Espíritos Puros e Conscientes (EPC).

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-8: BREVE MAPA REENCARNATÓRIO

Constituindo não mais que o diagrama da ‘Fórmula Palingenésica’ de nossa descrição anterior:

Gráfico da Fórmula Palingenésica Universal:

                       Evolução              
                             ^
                              |                       (E=E)      /
                              |                      11 /\        /
                              |         (E=E)        /  \      /
                              |           6/\      10/    \    /
                              |            /  \        /      \  /
      (origens)        /|\1      5/    \7    /9      \/                   
                            / | \        /      \    /    (H=E+Bm)
                      \    /  |  \2    /4      \8/
                       \  /   |   \    /    (H=E+Bm)
                        \/    |    \3
|----------------------------------------- >(tempo)
                              | 
                             \/
                       Involução

Em que a Linha Vertical indica, em sentido ascendente: a Evolução, seja ela física, biológica ou espiritual; e, em sentido descendente: a Involução, ou, uma forma de ocultação psíquica, mas não a sua perda.

Assim, tal Linha Vertical vem representar contrações (involução) e expansões (evolução) psíquicas do Espírito, ou seja, de nós mesmos, pois que todos, sem exceção, somos Seres subordinados a uma longa e lenta escalada evolutiva pós Queda Involutiva de nossas origens espirituais.

Mas não escalada de forma retilínea, e sim, de modo cíclico, num constante descer e subir para ascender ainda mais, como se constata nos pontos seis (6) e onze (11) da linha quebrada (piramidal) situada à direita da Linha Vertical, onde o Espírito retorna dois passos para subir três, e assim sucessivamente, consolidando suas muitas experiências no determinismo firmado pelo tempo-evolução.

De tal forma que os pontos: três (3) e oito (8), e todos os demais que se lhe possam aparecer no decurso palingenésico, representam o retro-psiquismo de um mesmo Ser espiritual, onde suas potências se concentram num germe, para então expandir-se novamente e explicar que o mais não provém do menos, mas apenas restitui o que está nele incluso por Involução.

Mais ainda, nos intervalos dos pontos: de 3 a 6 e de 8 a 11, e subseqüentes da imensa jornada, óbvio que em tais mesmos se verificam nossa: reencarnação, vida na matéria biológica e respectiva desencarnação, ou seja: nossa condição de Espírito livre (E=E) nos espaços errantes de nossa imortalidade.

Todavia, referido Gráfico é deveras simplista por não considerar as mortes prematuras, os estacionamentos do Espírito que insiste em permanecer em determinados estágios - e mesmo de suas possíveis e novas quedas - considerando, apenas, suas expansões evolutivas; sendo desnecessário retornar-se ao tema porquanto já o fizemos noutra parte, noutro lugar.
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-9: PRESENÇA DIVINA NO HOMEM

Um dos fatos mais vivos, e mais constatáveis de nossa passageira existência pelo Mundo terreno, trata-se, indubitavelmente, da presença de Deus na Consciência de Sua criatura: estando, pois, em mim, em você, em todos nós.

Nega apenas quem deseja negar: por orgulho, egoísmo, rebeldia, ignorância, e outras coisas mais do penitente Espírito humano!

Pois então: questionemos:

Você, em seu cognitivo mesmo, já parou, em algum momento, do ato de pensar, de cogitar, de sentir e de se emocionar?

Sua resposta, evidentemente, será: Não!

Pois que você, tanto quanto, eu: nunca parei de pensar, de cogitar, de viver intelectualmente, e claro, como dito, associado ao sentir, ao mais puro emocional, tanto quanto ao alegramos, nos entristecemos, o que indica nossa qualidade de Ser, de Viver no Espiritual e Moral de nós mesmos, ou, como queiram: no mais Puro Consciencial humano que, pois, repito, indica nossa essencialidade nítida e clara: Espiritual.

Logo, somos dotados, inegavelmente, de Consciência, e, se não damos existência consciencial a nós mesmos, algo, ou alguém, ou alguma coisa, nos dera tal, o que implica algo além de nós, de nossa vivência intelectual e moral, que nunca, em tempo algum, deixamos de Lhe sentir, de Lhe perceber, ao nosso íntimo e pessoal.

Negar, da boca pra fora, é fácil...

Difícil é negar a nós mesmos: na essencialidade íntima e pessoal da Consciência que sabe, pois é imortal.

Ora, sabemos que somos provenientes, basicamente, de proteínas, porções biológicas de matéria, de gametas do papai e da mamãe, e, no entanto, o milagre estaria em não conceber algo de divino em nós, que, de porções tão ínfimas dos pais, algo se fizera em tais porções de sorte a nos possibilitar, mais adiante, e, durante o nosso crescimento fetal, nosso nascer, nosso crescer, e, como adultos responsáveis - o surgir, ou ressurgir - em nós mesmos, de uma Consciência, algo que, de tão complexo em nós mesmos, não poderia aparecer, magicamente, em cada um dos Seres humanos, o que indica, com evidência notória, e, comprobatória, que dita Consciência, conquanto insensível e dormente no início de nós mesmos, Ela já estava lá, no início de tudo, de nossa concepção.

Consciência que, como já visto, é detentora dos aspectos intelectuais e morais de nós mesmos, este Ser racional de pensamento dinâmico, não paralisante, parecendo irradiar-se incessantemente do seu foco psíquico, o que nós dá, nitidamente, a percepção de uma fonte para tal irradiação, como se nós mesmos fôssemos uma usina que capta e jorra tal irradiação, o que supõe a presença de uma energia, de algo em torno de nós para que pudéssemos buscar, transportar e irradiar, pela própria Consciência, algo da presença divina no universo, algo de Sua Imanência, tal como “hálito” divino universal.

Logo, não estamos sós no universo que nos cerca!

Além da presença de outros Seres, espirituais e morais que nos cerca a todos, estaríamos, ou, estamos, todos nós, embebidos dessa energia vitalizante, e, Imanente, uma espécie de plasma divino, hálito que promanaria do próprio e Supremo Criador.

Logo, nossos atos são observados por “nuvens” de testemunhas, inclusive, por Deus: Nosso Pai.

Neste caso, pois, o cérebro humano seria não mais que instrumental fisiológico do homem espiritual, ou seja, do Espírito reencarnado à matéria. Logo, o cérebro humano nada mais é que, em representação, algo parecidíssimo com um mais ou menos afinado violino, cujas notas são tocadas pela dinâmica espiritual do Ser, do Espírito jungido temporariamente à matéria biológica dos Seres humanos, ou, estendendo, mais ainda, dos diversos reinos da natureza universal.

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Finalizando com um Grande e Forte Abraço:

Fernando Rosemberg Patrocínio:
Fundador de Núcleo Espírita Cristão, Coordenador de Estudos Doutrinários, Articulista, Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books instalados na Web-Artigos e no blog abaixo descrito.

Bibliografia:

-“Obra Completa de Allan Kardec”: Divs. Editoras;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi”: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Diversas Editoras; Diversos Sites da Internet;
-“Obra Completa de FRP”: Blog abaixo descrito e Web Artigos; e:
-“Bíblia Sagrada”: Edições Católica e Pentecostal.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito

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