CODIFICAÇÃO ESPÍRITA
E
JEAN-BAPTISTE ROUSTAING
Sabe-se que
o Espiritismo - Doutrina dos Espíritos Superiores - e, tal como a obra de Jean
Baptiste Roustaing (“Os Quatro Evangelhos”-Feb), defende que Jesus, o
Cristo-Salvador, não detinha um veículo carnal como o nosso, e sim, um corpo
fluídico materializado por substâncias diversas, por fluidos vitais e animais de
alguma densidade física, mas não carnal, propriamente falando.
E, por
isto, o Cristo podia: aparecer e desaparecer de súbito, de materializar-se e
desmaterializar-se, aturdindo seus pares humanos de corporeidade densa,
biológica, distinta da corporeidade transfísica do Cristo:
“Em
Jerusalém, no templo, (Jesus), desaparece de chofre, desmaterializando-se ante
a expectação geral, e...”,... “Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a
matéria, dissociando-lhes os agentes e reintegrando-os à vontade...”. (Vide:
“Mecanismos da Mediunidade” – Chico Xavier – Espíritos: André Luiz prefaciado
por Emmanuel - Feb).
E o
próprio: “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec), em seu tópico 113 – em se
referindo aos Espíritos Puros - tal como Jesus mesmo, temos a instrução de que
tais Seres: “... Não tem mais que
suportar provas ou expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em
corpos perecíveis”, como é o nosso caso,
dos corpos de matéria biológica.
Mas
adiantemos, ainda, com outro livro também codificado por Allan Kardec: “O Evangelho
Segundo o Espiritismo”, Capítulo 3, Item 9, que é parte do ‘Resumo do
Ensinamento de todos os Espíritos Superiores’. Nele temos que:
“Nos Mundos
que atingiram um grau superior, as condições da vida moral e material são bem
outras que as de sobre a Terra. A forma do corpo é sempre, como por toda parte,
a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O corpo
nada tem da materialidade terrestre, e não está, por conseguinte, sujeito nem
às necessidades, nem às doenças, nem às deteriorações que engendram a
predominância da matéria; os sentidos, mais delicados, têm percepções que a
grosseria dos órgãos sufoca neste Mundo”;
E notemos o
trecho que se segue:
“A leveza
específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se arrastar
penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na superfície,
ou, (o Ser, simplesmente:) plana na atmosfera sem outro esforço senão o da
vontade, à maneira pela qual se representam os Anjos”. (Opus Citado).
Ora, tal
corpo, dos Espíritos purificados - podendo esvoaçar, planar, flutuar, volitar - não poderia assemelhar-se, de alguma forma,
ao corpo fluídico e materializado do Cristo, de quando esteve entre nós? Alguns
afirmam que, pelo fato do Cristo não ter tido um corpo carnal como o nosso: Ele
não sofrera.
O que não
passa de um sofisma!
Pois o
corpo carnal não sofre em nossos acidentes, nossas doenças várias, bem como, em
nossas mutilações:
“QUEM
SOFRE É O ESPÍRITO DELE PORTADOR”!
Por outro
lado, ainda, não temos visto, em nossos trabalhos mediúnicos, que os Espíritos
desencarnados, de situações diversas, trazem superativada sua sensibilidade
moral, e, pois, sua felicidade, ou, seu sofrimento, que se intensificam nesses
estados ausentes da matéria carnal? E, pois, quanto mais não sofrera o Cristo
por não ter tido um corpo carnal como o nosso, que atua como um abafadouro e
dissimulador das coisas tenebrosas do Mundo terreno?
Logo, o
Cristo, como Espírito Puro, sofrera martírios muito maiores que qualquer um de
nós; e digo mais: desde que por aqui aportara se materializando dentre os
terrícolas, quando, então, se defrontara com a densa atmosfera psíquica do
Mundo, com seus fluidos tenebrosos, pegajosos, irritantes, constituído por
formas mentais inferiorizadas, e, portanto: obscuras de seus primitivos e tão
diversos habitantes, encarnados e desencarnados, do início da Era Cristã.
Assim,
pois, Jesus é um Espírito-Deus, que, desde 4,5 bilhões de anos, ou seja, desde
a gênese planetária, tem trabalhado, incansavelmente, por tudo e por todos,
desde que recebera do próprio Pai, que é Pai de todos nós, a incumbência
suprema de nos guiar e nos conduzir pelos caminhos evolutivos terrenos, em face
de nossa rebeldia e transgressão espiritual.
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