Fernando Rosemberg Patrocínio
(48º. e.Book)
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CRISTO:
de Roustaing a Pietro Ubaldi
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Introdução
Parte 1: ALGO SOBRE FILTRAGEM MEDIÚNICA
Parte 2: CONSIDERÁVEIS: EMMANUEL E XAVIER
Parte 3: PLANO DA MISSÃO DE PIETRO UBALDI
Parte 4: EXPLICAÇÕES NAS OBRAS DE KARDEC
Parte 5: EVOLUÇÃO NA LINHA RETA DE JESUS
Parte 6: O CORPO FLUÍDICO MATERIALIZADO
Parte 7: PIETRO UBALDI, EM CRISTO, DIVERGE?
Parte 8: EMMANUEL E SUAS CONSIDERAÇÕES
Parte 9: A NOVA FÍSICA: UM CORPO QUÂNTICO
Parte 10: NOSSAS DESPEDIDAS FRATERNAIS
Bibliografia
Relação Nossos e.Books
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Introdução
Neste modesto e.Book, estaremos a embrenhar pelo pensamento de
duas grandes obras do Século 20: “O Consolador” (Espírito de Emmanuel –
Psicografia de Chico Xavier – 1940 – Feb) e “Cristo” (Pietro Ubaldi – 1971 -
Fundapu), sendo esta última por longo tempo esperada, pois prometida pelo seu
autor como um desfecho para os seus empenhos literários de lógica intuitiva ao
campo da mais alta e mais avançada filosofia, hoje consolidada por 24 volumes
magistrais.
Ora, todos sabem da gratidão, do respeito e da grande admiração
que nutrimos pelo mais importante autor intuitivo do nosso tempo: Pietro Ubaldi,
que viera completar sua missão em terras brasileiras. Nascido em 1886, em
Foligno, Itália, desencarnara em 29 de fevereiro de 1972 na cidade de São
Vicente, Estado de São Paulo, Brasil.
Ubaldi produzira, via intuitiva, ou, mediúnica mesmo, o que,
para mim, constitui a mais importante obra de filosofia científica de todos os
tempos da humanidade: seu título: “A Grande Síntese”; que, por sinal, constitui
parte de três outras grandes obras do referido e que surgiram algum tempo
depois: “Deus e Universo”, “O Sistema” e “Queda e Salvação” (Fundapu) que
desenvolvem as proposições filosóficas e éticas, científicas e matemáticas da
primeira delas.
Todavia, se algo há de perfeito neste Mundo, diríamos que tal
perfeição encontra-se nele mesmo, no Mundo terreno em si, como obra divina, de dinâmica
astral complexa e matematicamente exata, elegante e magnífica, sendo, pois, de natureza
perfeita e exuberante nos mínimos e nos maiores detalhes, do átomo ao mineral, e
deste ao vegetal, e, seguindo-se-lhes, ao animal, que atinge no Homem sua
máxima complexidade organizacional, anatômica e biológica, estando tudo regido pela
Consciência palingenésica, desnecessário dizer que, portanto, é imortal.
“A Obra Divina É, pois, Perfeita!”
O homem é que deturpa tudo com o seu egoísmo, seu orgulho
que, apesar de tais, e, de tudo quanto há de perverso no mesmo, e, querendo, ou
não, ele se submete à Perfeição da Divina Obra: que lhe corrige, lhe direciona,
e, no curso das muitas vidas, das correrias, trabalhos, mudanças e transformações,
o tornam melhor no fenomênico cíclico da palingenesia que é Lei Sábia e
Educadora dos nossos Espíritos empedernidos, mas corrigíveis pelo Soberano Pai.
Logo, eu
não sou, em minha dinâmica cognitiva e nos atos comportamentais daí derivantes:
perfeito, como perfeito não és tu, ele, nós, vós, eles. Bem como perfeito não
é, por conseqüência, nossas obras, seja ela: minha, sua, de Kardec, de
Roustaing, de Pietro Ubaldi, pois que Tudo está sujeito ao progresso e à
evolução transformadora de tudo: para melhor! Até que alcancemos, em nosso
progresso quase infinito, o máximo de perfeição possível a nós propiciado como filhos
de Deus, Inteligência Suprema do Universo.
Isto, pois,
não mais é que um pouco do que veremos em mais um modesto e.Book de nossa autoria
em que procuramos estudar um pouquinho de tudo, mas, especialmente, de alguns
tópicos das notáveis obras retrocitadas.
O humílimo
autor:
Rosemberg.
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PARTE 1:
ALGO SOBRE
FILTRAGEM MEDIÚNICA
Assim, pois,
temos em “Cristo” (PU - Fundapu) o fecho da magistral obra de Pietro Ubaldi. Porém,
para os apreciadores da obra ubaldiana, como nós mesmos, temos, nesta última,
os temas filosóficos que, de fato, encerram algo um tanto mais discutível, que,
nem por isto, se condena, mas, pelo contrário: se tem a compreensão em face da
liberdade de pensamento concedida a todos pelo Pai, nosso Criador.
O que
expressa, pois, nosso dever não só de estudá-los mais (tais temas), como também
refleti-los com nossos superiores antes de se condená-los, ou, rechaça-los; e
quem somos nós para tanto?
Neste
sentido, pois, tratemos de vê-los e revê-los, e, até mesmo aprofundá-los para
quem sabe, hoje mesmo, e, não amanhã, se compreendê-los melhor em face da
complexidade do fenômeno cognitivo humano - ou seja, nosso mesmo - acoplado ao
intuitivo, ou, inspirativo, ou, ainda, como queiram: mediúnico-espiritual.
Ora, todos
nós somos de alguma forma: médiuns!
E, desde
Kardec, sabemos de tal problemática em que se ajustam, como também se desajustam,
uma Mente encarcerada em um cérebro animal e outra em cérebro perispiritual, desencarnada,
ou, desenfaixada da veste física, biológica, material. E vimos o Sr. Kardec a
corrigir as tantas e tantas instruções mediúnicas, a juntá-las, e mesmo a cometer,
o que: dir-se-ia, algum descuido doutrinário, algum desajuste, o que, aliás, é próprio
do falível Ser humano. E óbvio que Kardec não escaparia de tal, pois que não
somos perfeitos, e sim perfectíveis, estando, pois, nós todos, em vias de
aperfeiçoamento, máxime no campo axiológico, ético e comportamental.
E, pois,
como todo Ser humano, Ubaldi, de modo igual, não escaparia do defectível, ou,
do possivelmente defectível em sua obra, conquanto, em minhas reflexões, digo
que a obra do culto poliglota, escritor e mestre Pietro Ubaldi: trata-se da melhor
e da mais importante coleção intuitiva do Século 20, juntamente com a de
Xavier, a maior antena mediúnica de todos os tempos da humanidade. Ora, vejamos
o que se publicara em páginas últimas de “O Consolador” (FCX – Emmanuel – 1940
- Feb), em que seu autor espiritual alega com todas as letras:
“Devo o
pequeno equívoco observado, concedendo à matéria certos ascendentes que
só pertencem ao Espírito, a perturbações do método de ‘filtragem mediúnica’,
onde o nosso pensamento foi prejudicado”. (Opus Cit.).
E o
referido autor, Emmanuel, pede à editora a modificação do que fora prejudicado na
passagem de sua instrução pelo cérebro do médium, no caso, do renomado
instrumental mediúnico Francisco Cândido Xavier, um Espírito reencarnado, que,
para nós, trata-se, ou, tratou-se de um verdadeiro cristão, um Ser de ordem
superior.
Mas também
Ubaldi reconhecia tais problemas em sua obra. Ora, quem lhe conhece um
pouquinho mais sabe disso; vejamos o constante de “Comentários” (PU – Fundapu),
em que, se referindo à “A Grande Síntese” (PU – Fundapu), o sábio
autor-intuitivo confessava com humildade:
“Poder-se-á
discutir algum termo, algum pormenor, poder-se-á levantar a acusação de alguma inexatidão,
mas já não se pode mais duvidar do conjunto, da profundidade da visão
universal, da sua organicidade que corresponde à realidade do fenômeno, da
sinceridade das intuições, da força da paixão, da bondade dos fins”. (Opus
Cit.).
Logo, e,
sobretudo em termos de fenomenologia mediúnica, seja de quem for, e, pois,
mesmo dos melhores instrumentais, há de verificar-se, salvo raras exceções, um
ou outro problema de comunicação, anomalias da filtragem mediúnica; e, por
sinal, se diga e se alerte: como se vem publicando, nestes últimos tempos,
obras as mais estranhas, as mais enganosas, não nos devendo citar por aqui seus
títulos, mas sim advertir aos mais incautos que, em sua imprudência, estão
trocando o certo pelo claramente duvidoso.
Ressaltando-se
daí, pois, nossos cuidados com obras nefastas, pois, para nós, não há, no
Século 20 que se findara, obras melhores e mais confiáveis que as de Yvonne
Pereira, Pietro Ubaldi, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, dentre outros
muitíssimos respeitáveis.
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PARTE 2:
CONSIDERÁVEIS:
EMMANUEL E XAVIER
Visto o
plano ético, de racionalidade e de lógica a que nos assentamos para o trabalho
a que estaremos por embrenhar, e por desenvolver, retornemos a Emmanuel, o mais
relevante Espírito dos últimos tempos, e que, deste a obra da Codificação, de
meados do Século 19, encontra-se liberto da matéria, ou seja, desencarnado no
Mundo Espiritual, e, sabe-se lá, desde quando está livre por tais espaços metafísicos,
(?), ou seja, mesmo dantes da referida Codificação que se iniciara em 1857.
Atribui-se
a ele – Emmanuel – a mensagem ‘O Egoísmo’, de “O Evangelho Segundo o
Espiritismo” (1864 - AK) no Século 19.
E, se
Emmanuel, conforme Xavier, retornara ao Mundo terreno reencarnando-se por volta
do ano de 2000, por aí se conta, pelo menos, desde a Codificação, 138 anos de
libertação, (ou mais), de estudo, de preparos diversos, e, os mais complexos,
neste período em foco: para a vinda do missionário Xavier que reencarnara em
1910 na cidade de Pedro Leopoldo-MG, para receber dele, de Emmanuel (no caso:
Espírito desencarnado), e vasta equipe da Espiritualidade, a complexa e vasta
missão de se atualizar, de se desenvolver e de se completar, até onde fosse
possível, e, permitido, a obra codificada no Século 19, de Allan Kardec.
Logo,
Emmanuel, desenfaixado da matéria, e, pois, desencarnado, nestes 138 anos, ou
mais ainda, de trabalhos com a Codificação no Século 19, e, de trabalhos no
Século 20 com Francisco Cândido Xavier, é ele – Emmanuel – pelo menos para nós,
um dos Espíritos mais confiáveis e mais próximos do Cristo por sua mais elevada
condição espiritual, e que, estando desprovido da matéria por tanto tempo, sua
obra constitui, juntamente com a de André Luiz, e demais Espíritos da grandiosa
tarefa, uma obra a ser estudada, internalizada, refletida e colocada em prática
por sua condicionalidade e submissão ao Cristo que, em Espírito e Verdade, é o
Sublime e Verdadeiro Autor da Obra Magnânima de Francisco C. Xavier.
Logo, se
não darmos os devidos créditos a Emmanuel, (e André Luiz, dentre outros) bem
como a Francisco Cândido Xavier, vamos dar a quem?
Assim, pois, tratemos de
estudar e de colocar em prática viva do nosso cotidiano, os ensinos magistrais
de tal obra que, do ponto de vista humano, contara com um missionário não só
receptor de tão imponente façanha intelectual, mas também com um elemento da maior envergadura moral, um
Líder nato, humilde, cristão na verdadeira acepção da palavra, e, diga-se, de notável
criatividade em seu repertório multidisciplinar, concluindo-se que, este
elemento – Chico Xavier - é muito mais que apenas e tão-só mero instrumento
receptor, mas também um SÁBIO com letras maiúsculas, pois encerra em Si, no seu
Espírito imortal, uma memória perispirítica avantajada, repleta de saberes que
transcendem nossas pálidas conjecturas respeitantes a tal.
Logo, o Maior,
o Mais Confiável e Mais Verdadeiro SABER ESPIRITUAL, para transmitir-se ao apequenado
saber humano, impõe a necessidade de um receptor mediúnico à altura de tal, e,
pois, Francisco Cândido Xavier, é muito mais que tão somente ‘o Chico’, não se
encontrando, em nosso vocabulário, um termo, ou, os termos que melhor, e que,
de forma mais justa o poderíamos enquadrar, sendo ele muito mais que o nosso
querido e amável Médium Chico Xavier, pois, para mim, trata-se, ou, tratou-se de:
“O Maior Missionário do Cristo no Século 20” que se findara.
Sendo
merecedor, pois, dos títulos que o consagrara como: “O Mineiro do Século”, “O
Maior Brasileiro de Todos os Tempos” e, óbvio, “A Maior Antena Psíquica de
Todos os Tempos da Humanidade”; dentre outros.
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PARTE 3:
PLANO DA
MISSÃO DE PIETRO UBALDI
Ora, quem
somos nós, embotados por densos cérebros animais, e, pois, fragilizados por
nossa pequenez: intelectual, moral, espiritual, para querer embrenhar-se pelo vasto
e complexo plano estrutural e missionário das obras de Pietro Ubaldi?
E, quanto
não seria, mais difícil ainda, pelo plano das obras de Francisco Cândido Xavier?
Mas
poderíamos, ou, podemos traçar alguns rabiscos relativos ao primeiro, sem,
contudo, pretender algo de infalível, pois que, do mesmo, ou seja, de Ubaldi,
de sua obra constituída por 24 volumes magistrais, claro está que a mesma, em
sua concepção científica, filosófica, e, pois, espiritualista escapa à nossa
frágil compreensão, que, entretanto, cresce e se dilata de modo ininterrupto
por força da evolução.
Tendo sido
assistido por Espíritos sublimados, sendo o maior deles: o próprio Cristo -
segundo alguns - a que Ubaldi denominava “Sua-Voz”, a Voz do Sublime Redentor,
referido Ente, pois, presume-se, transmitia Suas Altas Volições a Ubaldi, mas
diga-se, não sem antes baixar, e passar, tais vibrações Suas, a Entes menores,
até chegar à mente intuitiva do referido instrumental mediúnico: Pietro Ubaldi.
Logo, Tudo parte de Deus, do Cristo, dos seus prepostos; mas queremos crer que “Sua
Voz” - mais sublime e mais poderosa - registra-se, cogitamos, sobretudo, em “A
Grande Síntese”. Mas tal “Voz”, cremos, já havia se revelado na ‘Mensagem de
Natal’, em 1931, argüindo com Amor e Sabedoria:
“No
silêncio da noite santa, escuta-me. Põe de lado todo o saber e tuas
recordações; põe-te de parte e esquece tudo. Abandona-te à minha Voz, inerte,
vazio, no nada, no mais completo silêncio do espaço e do tempo. Neste vazio,
ouve minha Voz que te diz – ergue-te e fala: Sou Eu”.
“Exulta
pela Minha presença: grande bem ela é para ti, grande prêmio que duramente
mereceste; é aquele sinal que tanto invocaste deste Mundo Maior em que Eu vivo e em que tu
creste. Não perguntes meu nome, não procures individuar-Me. Não poderias,
ninguém o poderia; não tentes uma inútil hipótese. Sabes que Sou sempre o mesmo”.
(Vide: “Pietro Ubaldi e o Terceiro Milênio” – “Grandes Mensagens” – Pietro
Ubaldi e Jose Amaral - Fundapu).
Seria, pois,
a “Voz” do próprio Mestre Jesus em tal mensagem inicial dos trabalhos de Ubaldi,
e, logo após, em sua “A Grande Síntese”?
Como dito,
pode ser que sim, pois que, afinal, o que impediria o Cristo de tal comunicabilidade
com os homens, seus irmãos em dores e lutas apreciáveis? Por outro lado, não
seria, em mais justa apreciação fenomênica, a “Voz” de um Ser muito próximo do
Cristo, mas também, muito próximo de nós mesmos, de nossa humanidade em
redenção salvífica pelo Evangelho daquele mesmo Senhor?
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PARTE 4:
EXPLICAÇÕES
NAS OBRAS DE KARDEC
E o fato é
que tal ‘Palavra Sublime das Grandes Mensagens’, e, consolidada em “A Grande
Síntese”, de Pietro Ubaldi, nos lembra um tanto os indicadores magistrais de “O
Livro dos Médiuns” (1861 – AK), Capítulo 24, ‘Identidade dos Espíritos’, de
cujo estudo, adverte-nos que um Espírito Superior pode tomar a identidade de outro, a aparência de
outro, pois que tais se confundem na harmonia de seus trabalhos reluzentes,
superiores, e que, portanto, escapam à nossa compreensão pelo quotidiano
rasteiro de nossas vidas, das coisas falíveis de um Mundo provacional.
E, Allan
Kardec, no Item 255, ministra que:
“A questão da identidade
dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do
Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de
notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles toma nomes que
nunca lhes pertenceram”. (Opus Cit.).
E, mais
adiante, o codificador alega:
“Objetar-se-á, sem
dúvida, que o Espírito que tome um nome suposto, ainda que só para o bem, não
deixa de cometer uma fraude: não pode, portanto, ser um Espírito bom. Aqui, há
delicadezas de matizes muito difíceis de apanhar e que vamos tentar
desenvolver”. (Opus Cit.).
Ou seja, a
coisa em si é um pouco mais complicada, mas o codificador vai tentar
solucionar. E ministra no Item 256 que:
“À medida que os
Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de
suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem
por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá
com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que
tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que
passaram, é coisa absolutamente insignificante”. (Opus Cit.).
E, logo
mais abaixo, temos que:
“Porém, como de nomes
precisamos para fixarmos as nossas ideias, podem eles tomar o de uma personagem
conhecida, cuja natureza seja mais identificada com a deles. É assim que os
nossos anjos guardiães se fazem as mais das vezes conhecer pelo nome de um dos
santos que veneramos e, geralmente, pelo daquele que nos inspira mais simpatia.
Segue-se daí que, se o anjo guardião de uma pessoa se dá como sendo S. Pedro,
por exemplo, ela nenhuma prova material pode ter de que seja exatamente o
apóstolo desse nome. Tanto pode ser ele, como um Espírito desconhecido
inteiramente, mas pertencente à família de Espíritos de que faz parte São
Pedro”.
“Segue-se ainda que, seja
qual for o nome sob que alguém invoque o seu anjo guardião, este acudirá ao
apelo que lhe é dirigido, porque o que o atrai é o pensamento, sendo-lhe
indiferente o nome. O mesmo ocorre todas as vezes que um Espírito superior se
comunica espontaneamente, sob o nome de uma personagem conhecida. Nada prova
que seja exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que
desminta o caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os
casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de
elevação, ou talvez até um enviado seu”.
“Em resumo, a questão
de nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da
categoria que ocupa o Espírito na escala espírita”. (Opus Cit.)
E, mais
adiante, ministra Kardec que:
“A questão da identidade
é, pois, como dissemos, quase indiferente, quando se trata de instruções
gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente,
sem maiores conseqüências”. (Opus Cit.).
Assim,
pois, estamos a ver que os “melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente”,
nos levando a crer que o Ente superior que dirigia a obra de Ubaldi na face
terrena, poderia, ou não, ser o próprio Cristo, mesmo por que: no ápice de tudo
das coisas terrenas: está Ele mesmo: o Cristo Redentor, e, acima d’Ele: Deus: a
Inteligência Suprema do Universo.
Assim,
sendo, ou não, o próprio Cristo naquela mensagem de Ubaldi, o fato é que se
trata, indubitavelmente, de um Ser muito elevado, das hostes, pois, de Jesus,
bastando-nos, pois, ler, reler, estudar, refletir o conteúdo sublime, diverso,
sábio, científico e filosófico dos 100 capítulos da “Síntese”, para
constatar-se da superioridade cognitiva e ética do seu Autor Espiritual, e que,
até hoje, nos assombra por sua mais alta, mais ampla e mais vasta sabedoria.
Porém, ao
âmbito geral, sabemos que Pietro Ubaldi era protegido, assistido, intuído por
Entes sublimes de caracteres os mais diversos como já o confirmara o nosso Cândido
Xavier em carta endereçada a Clovis Tavares:
“Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a
tradução do pensamento do nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso Século.
Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes, entre as
quais se destaca ‘Sua Voz’, a voz de nosso Amigo Celestial”. (Vide: ”Sal da
Terra” - Clóvis Tavares - Internet).
Para nós, estudiosos que somos, e, intuitivos por natureza,
consideramos que “Sua-Voz” estivera presente, sobretudo, em “A Grande Síntese”,
sendo Ubaldi, pois, assistido e inspirado por outras ‘venerandas vozes’,
maiores ou menores nas demais obras, sendo de destaques muito especiais, as
vozes registradas nos volumes “Deus e Universo” e em “Queda e Salvação”, esta
última de proposições filosóficas e matemáticas que muito surpreendera até o
próprio intuitivo Pietro Ubaldi, como ele mesmo estivera a confessar.
Já em - “O Sistema” - Ubaldi alega que dito trabalho resultara não
só dos lampejos da intuição, mas também de um estado normal de sua pessoa, ou
seja, de um investigador comum, que observa, estuda e experimenta. Diz ele que,
em tal situação, o seu “pensamento põe-se a funcionar com engrenagens
diferentes, pondo-se em relação diversa com o que existe, não mais de espírito,
interior, por visão, mas de sentidos, exterior, por contato material”. (Vide:
“O Sistema” – PU – 1956 - Fundapu).
Num complemento de tal ideia:
É possível que a última obra de Ubaldi: “Cristo” (1971 - Fundapu),
a mais polêmica de todas, também surgira de tais perspectivas últimas, tendo
sofrido influência do meio cultural terreno (de pensadores católicos, de kardecistas
ortodoxos, e etc.), ou seja, de estudos tais que, para Ubaldi, lhe parecera os
mais condizentes com a nova revelação que trouxera, conquanto, tais estudos – culturais
terrenos - estivessem, ou, estão, muito distantes das realidades que nos
transcendem a todos, a exemplos:
-o ‘Corpo Carnal de Jesus’, que, afinal, Ubaldi estivera a defender
e divulgar em tal obra; e:
-de ‘Outras Vidas na Matéria Experienciadas pelo Espírito de
Jesus’, e que, portanto, o Cristo fizera sua evolução no ‘Anti-Sistema’
(Universo físico e astronômico), quando, pela magistral obra de Xavier, com o
nosso confiabilíssimo Espírito de Emmanuel, sabemos de tais inverdades para o
Espírito Puro, de Evolução concebida como de: Linha Reta, que são as ‘Características
Fundamentais de Jesus’, que, por sua vez, trata-se de um Espírito não decaído,
e, que, portanto, não estivera sujeito à encarnação e reencarnação nos Mundos
materiais.
O que confirma a magnânima obra de “Os Quatro Evangelhos” de
Jean-Baptiste Roustaing que, em suma, estão a revelar que os Espíritos Puros,
como o Cristo, não encarnam e tampouco reencarnam em corpos carnais perecíveis.
Para tanto, recordemos o nobilíssimo Emmanuel:
“Todas as entidades espirituais encarnadas no Orbe terrestre são
Espíritos que se resgatam ou aprendem nas experiências humanas, após as quedas
do passado, com exceção de Jesus Cristo, fundamento de toda a verdade neste
Mundo, cuja evolução se verificou em Linha Reta para Deus, e em cujas mãos angélicas
repousa o governo espiritual do planeta, desde os seus primórdios”. (Vide: “O
Consolador” – Emmanuel – médium Chico Xavier - 1940 – Feb).
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PARTE 5:
EVOLUÇÃO NA
LINHA RETA DE JESUS
Mas recordemos, ainda, o que se entende por Evolução de Linha Reta
ao campo do Espiritismo e que fora, como já visto, confirmado por Emmanuel em
sua obra: “O Consolador” (Feb). Para tal, precisamos entender, primeiramente,
que somos Seres decaídos como muito bem exemplifica “O Livro dos Espíritos” (AK
– 1857) e “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864).
Alega este último, no tocante às nossas origens e à nossa queda
espiritual no seu Capítulo 3, Item 16:
“Já vos falaram desses Mundos
(espirituais) onde a Alma nascente é
colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse
do seu livre arbítrio; já
foi dito de que imensas faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas,
ah! Existem as que sucumbem,
e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de
encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão
dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Citado).
E, comentando dita Instrução dos Espíritos, note-se que a mesma
esclarece que nós, os Espíritos humanos, estávamos lá: no Mundo Espiritual
originário:
“Já vos falaram desses Mundos
(espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do
bem e do mal,”. (Opus Citado).
Ou seja: os Espíritos, ainda Simples e Ignorantes, em estado
nascente, ou, noutros termos ainda, quando eles nascem das mãos de Deus, notemos que tais
Espíritos, ou Alma nascente:
“... pode caminhar para Deus, senhora
de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio”. (Opus Citado).
Mas dentre tais Espíritos livres, e Conscientes, pois, são senhores
de Si mesmos, dentre tais Espíritos, ou, Almas:
”Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu
aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos
onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se
tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Citado).
Ou seja, aos Espíritos ou Almas que sucumbem, ou, que se quedam ou fraquejam na luta,
tais são, a partir daí, exiladas nos Mundos materiais para mais pronta
depuração, se regenerando para o retorno ao Mundo Espiritual de origem, nossa
Pátria Espiritual.
Logo, os Espíritos não decadentes são os que, na sua Pátria
Espiritual, ou, no Mundo Espiritual de suas origens, dão curso natural à sua progressão
no que se pode chamar: Evolução Em Linha Reta , sendo o Cristo um de tais
Espíritos que, no infinito dos planos celestiais não falira e estivera sempre
obediente ao Pai, o divino Criador.
O que fora,
repiso, assinado pelo confiabilíssimo Espírito de Emmanuel em sua obra supra
citada de “O Consolador” (Feb); e, já vimos que seu prestigioso autor –
Emmanuel - colaborara com a Codificação Espírita no Século 19 e, durante todo o
Século 20, dirigira o trabalho missionário de Francisco Cândido Xavier, estando,
ambos, pois – Emmanuel e Chico - sujeitos às injunções divinas d’Aquele mesmo
Cristo, fazendo-nos crer, pois, que eles não inventariam coisas não aprováveis
pelo Senhor, estando ambos, pois, com a Verdade Pura e Cristalina de tudo
quanto temos visto em suas importantes obras, suas magnânimas lições.
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PARTE 6:
O CORPO
FLUÍDICO MATERIALIZADO
Tão
importante como a de Kardec, ressaltara-se no Século 19, a magnânima obra de “Os
Quatro Evangelhos” (Feb), organizada por Jean-Baptiste Roustaing, ou João
Batista Roustaing, que, na paralela daquele outro, se fazia mostrar aos olhos
espirituais do homem moderno.
E, falamos
em olhos espirituais, pois que a obra de Roustaing exige do homem moderno mais
que tão só a letra que mata, ou mesmo, tão somente a matéria, mas, sobretudo: o
Espírito que lhe organiza e vivifica. E, por tal mesmo, pela matéria, é que os
homens, e, sobretudo espiritistas menos evolvidos, não podem se alçar à
plenitude das informações de Roustaing.
Ora, nem
mesmo Kardec pudera ver, em toda a sua reluzente e vasta concepção, os
transcendentes parâmetros da obra de Roustaing. Logo, para entender “Os Quatro
Evangelhos” (Feb), é preciso a obra do tempo, pois que os níveis dos homens, máxime
de espiritistas menos evolvidos, são os níveis de compreensão a que já nos
reportamos em nossa ‘Trilogia’ de e.Books:
-O Livro dos
Espíritos: Queda Espiritual;
-O Livro dos
Espíritos: Simples e Complexo; e:
-O Livro dos
Espíritos: Níveis Filosóficos,
Podendo-se,
ainda, é lógico, verificarem-se outros níveis, pois o processo evolutivo da
mentalidade humana vai se dando aos poucos, de níveis mais baixos para outros
de condições medianas e, assim por diante, para os mais altos; e, não só ao
âmbito doutrinário do Espiritismo, pois vemos, de modo claro e evidente, níveis
de crença, de filosofia e de religiosidade mais simplórios ainda (dos
fideistas, por ex.) até aos de fé associada à razão, dos quais, a Doutrina dos
Espíritos Superiores é a sua mais dilatada e mais alta concepção.
Logo, não
pretendemos retornar aqui a posições filosóficas já mostradas sobejamente em
nossos e.Books anteriores, posições, estas, de pelo menos meia dúzia de livros
digitais já publicados:
-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi;
-Espiritismo
e Livre Pensamento;
-Síntese
Embriológica do Homem;
-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Primeira;
-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Segunda; e:
-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Terceira.
Assim,
pois, o ‘Corpo Fluídico Materializado’ de Jesus, de quando Ele estivera dentre
nós - os Espíritos terrenos - é fato provado e comprovado pela Obra Codificada
por Allan Kardec, sobretudo por “O Livro dos Espíritos” (AK), “O Livro dos
Médiuns” (AK) e “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), e, mais recentemente,
pela obra de Divaldo Franco, de Chico Xavier, bem como pelos mais eminentes espiritistas
do Mundo terreno, estando a discordar, apenas, os que terão de aguardar a obra
do tempo, de sua evolução psíquica para se poder abraçar níveis conceituais mais
avançados e, pois, mais altos que suas tão rasteiras ilações.
Ora:
“O Espírito
transcende a matéria, e, pois, tais elementos ainda não puderam atinar para o
fato em si; e, pois, que se aguarde a obra do tempo que, de modo inevitável, se
dará!” (frp).
Logo,
temos, em primeira mão, e, com vastas e lógicas explicações de Roustaing, e,
conquanto já houvessem referências outras abrilhantadas pelos Evangelhos e por
outros pensadores, aqui e ali, no Tomo 1:
-“Encarnação
Especial de Jesus. Razão Determinante dessa Encarnação: É tempo de explicarmos
porque foi indispensável essa “encarnação” especial de Jesus, tal como vos vem
de ser revelada. Se admitis que Jesus era um Espírito mais puro, mais perfeito
do que qualquer outro adstrito ao vosso planeta; se admitis que, escolhido para
guia desse planeta antes de ser ele tirado do caos, isto é, da massa dos
fluidos que lhe continham os germes, preciso era que tivesse supremacia sobre
tudo e todos. Como podereis achar razoável que um Espírito tão sutil suportasse
o contacto de matéria tão grosseira, qual a do corpo humano, tal como o
compreendeis?”. (Vide: “Os Quatro Evangelhos” - Feb).
E, mais
adiante, ministra a obra de Roustaing:
“Tomando um
corpo próprio de certos Mundos elevados, Jesus tomava um invólucro relativamente
material, para olhos humanos, uma carne relativa”. (Opus Citado).
E, “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK) ministra algo a respeito da ‘carne
relativa’ dos Mundos mais elevados no Capítulo 3, ‘Há Muitas Moradas na Casa de
Meu Pai’, em ‘Instruções dos Espíritos’, Item 9:
“A leveza
específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se arrastar
penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na superfície, ou, plana
na atmosfera sem outro esforço senão o da vontade, à maneira pela qual se
representam os anjos, ou pelas quais os antigos imaginaram os manes nos Campos
Elíseos”. (Opus Citado).
Assim, meus
caros: Roustaing (e sua magnânima obra) é indiscutível, exceto pelos
contraditores de carteirinha, pelos indolentes que não o estudam e que tampouco
estudam, de modo satisfatório, a obra consolidada pelos Espíritos Superiores na
Codificação do Espiritismo na face terrena.
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PARTE 7:
PIETRO
UBALDI, EM CRISTO, DIVERGE?
Constata-se
que a obra última de Pietro Ubaldi: “Cristo” (PU – Fundapu), mais exatamente no
Capítulo IV – ‘A Nova Figura de Cristo’ – encerra algumas questões, a
princípio, divergentes, que, por agora, estaremos a estudar e, de modo breve, comentar.
No referido
Capítulo, o autor se refere à: “matança feroz do corpo de Cristo”; e, mais
adiante, alude à: “encarnação” do referido Senhor; mas, até aí, tudo bem, pois
já vimos tais possibilidades com a obra de Roustaing (na Parte 6-anterior),
como algo concernente a uma “carne relativa”, constituída, ao demais - pela mesma obra - por eflúvios
vitais, animalizados, ou, algo parecido, sendo capaz, creio eu, até mesmo de
sangrar em sua densidade material extrema, porém, relativa ao Cristo – Nosso
Senhor.
Todavia,
neste mesmo Capítulo de Ubaldi vêmo-lo informar que Jesus teria experimentado
outras encarnações, pois seria preciso, para o desempenho de sua sublime
tarefa:
“Um Ser que
conhecesse a mesma ‘via crucis’ da evolução, por tê-la percorrido,
antecipadamente, e que cumpre ao homem trilhar, porque já se encontra a
caminho. Era, em suma, necessário um Cristo que, como nós, já tivesse
experimentado as dores da evolução, e etc., etc.”. (Opus Citado).
Neste
ponto, entretanto, o Espiritismo – como Doutrina dos Espíritos Superiores – que
ministra ser o Cristo um Espírito Puro desde tempos anteriores à formação do
nosso Orbe terreno, ou seja, anteriores a 4,5 bilhões de anos; e, mais, que o
Cristo, diretor espiritual do nosso Orbe, fizera seus progressos pelo que hoje
se distingue como ‘Evolução de Linha Reta’, progredindo, pois, apenas, e tão-só,
no Mundo Espiritual de nossas origens; e, sendo o Cristo, mais ainda, Uno com o
Pai; neste ponto, pois, de Ubaldi, em seu opúsculo intitulado “Cristo”, vemos
que o Espiritismo tem sua própria concepção.
Concepção,
aliás, formadora de todo um ‘Consenso Universal’: o dos Espíritos Superiores
que, da obra codificada (Século 19) à Emmanuel (Século 20), ou seja, nestes
cento e cinqüenta anos do Espiritismo no Mundo terreno, tais Espíritos nunca
divergiram quanto a tal. (Vide: nosso 46º. e.Book: “Consenso Universal:
Tríplice Aspecto”).
O que não
quer dizer que o “Cristo” (Fundapu), de Pietro Ubaldi, não tenha o direito de
emitir opinião própria, seja sobre isto, ou, sobre aquilo, pois que, afinal,
somos livres pensadores, direito concedido ao filho pelo Pai, que, nos querendo
livres, também nos quer responsáveis pelos nossos atos, sejam eles os mais
acertados ou não!
Logo, se a
obra “Cristo” (PU) algo se destoa dos preceitos observados pelo Espiritismo - da
Codificação a Emmanuel, passando por Jean-Baptiste Roustaing – isto, pois, mais
uma vez, está a ressaltar nossa condição de médiuns, ou, de intermediários
falíveis, o que fora constatado em todos os tempos da humanidade, dantes e pós
Bíblia Sagrada, o que levara o Mestre aos dizeres judiciosos de que:
“Aquele que
estiver sem pecados que atire a primeira pedra”. (Jesus).
Assim,
pois, finalizamos a esta parte com o já exposto anteriormente sobre a obra de
Pietro Ubaldi:
Pensamos que “Sua Voz”, ou seja: a “Voz” do Cristo, em Espírito,
estivera presente, sobretudo, em “A Grande Síntese”, estando Ubaldi, pois,
assistido e inspirado por outras ‘venerandas vozes’, maiores ou menores, nas
demais obras de sua autoria, verificando-se, pois, nos antípodas de sua obra, (ubaldiana),
ou seja, de “A Grande Síntese” (PU) e “Cristo” (PU), primeira e última de sua coleção,
uma singularidade de ordem intuitiva, pois que se discrepam notadamente, sendo,
na primeira, bem reconhecível por um Ser Elevado, ou seja: um Espírito muitíssimo
Superior, e, na última, infelizmente, por inspiração de um Espírito menos
evolvido, e, pois, de caráter algo contestável.
Todavia, é
preciso, dantes que atirar pedras, entender que somos Seres falíveis, em
evolução do nosso saber, nosso campo íntimo, ético e sentimental, donde tal
Estrutura Ôntica vagueia, em sua relatividade mesma, de planos mais baixos para
mais altos, confundindo-se, por vezes, tal como o fizera Kardec, que, de sua
parte, não pudera enxergar a grandiosidade espiritual de um Ser Crístico, que,
sendo Espírito Puro, transcende a matéria biológica de nossa baixa condição
evolutiva; desacerto que, aliás, também estivera a cometer o sábio intuitivo
das úmbrias: Pietro Ubaldi, como supra mencionado.
Repetindo
uma frase tão antiga:
“Há mais
mistérios entre a Terra e o Céu do que possa imaginar vossa vã filosofia”.
Mistérios
estes que a Doutrina dos Espíritos Superiores, seja na Codificação, seja na
obra de Roustaing, de Xavier, de Divaldo e de tantos outros mais, vão nos
revelando aos poucos, pois que nossas mentes juvenis não comportam tantos
saberes da Grandiosidade Física e Metafísica do Cosmos, nossa morada universal
para sempre, isto é, desde que fomos concebidos pelo Supremo Criador.
Ora,
sejamos mais humildes e tratemos da fraternidade, do mais importante preceito
doutrinário do Espiritismo que é o mesmo de Jesus:
“Amai-vos:
eis o primeiro ensinamento!”.
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PARTE 8:
EMMANUEL E
SUAS CONSIDERAÇÕES
Tratam-se,
tais considerações, de um Espírito Superior: de Emmanuel; e, pois, de
pronunciamentos de um Ser das falanges do próprio Cristo, que conhece Sua
Verdade, pois que fora partícipe da Mesma em suas tantas e tantas
transmigrações: terrenas e espirituais, o que, certamente, transcende o
primitivismo da mentalidade humana, de criaturas dando seus primeiros passos
rumo à Espiritualidade, nossa meta e nossa destinação futura: a Deus: Nosso
Pai.
-Pergunta:
“Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não
teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino.
Como conceituar essa suposição em face da intensidade do sofrimento moral
que a cruz lhe terá oferecido?”.
-Resposta:
“A dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos
legítimos valores espirituais. Homens do Mundo, que morreram por uma ideia,
muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a
amargura da incompreensão do seu ideal”.
“Imaginai,
pois, o Cristo, que se sacrificou pela humanidade inteira, e chegareis a
contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a
nossa apreciação restrita e singela”.
“De modo
algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus, estabelecendo dados
comparativos entre o Senhor e o homem”.
“Em sua
exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a
sua humildade, a sua renúncia por toda a humanidade”.
“Examinados
esses fatores, a dor material teria significação especial para que a obra
cristã ficasse consagrada? A dor espiritual, grande demais para ser
compreendida, não constitui o ponto essencial da sua perfeita renúncia pelos
homens?”
“Nesse
particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão discutindo, como as
crianças que somente admitem as realidades da vida de um adulto, quando se lhes
fornece o conhecimento tomando para imagens o cabedal imediato dos seus
brinquedos”. (Vide: “O Consolador” – Emmanuel – Feb).
Logo, os
críticos da obra de Roustaing, são como crianças que tomam as realidades da
vida de um adulto, a partir das imagens de seus brinquedos; ou seja, tais
críticos terão de crescer e de amadurecer seus Espíritos por longos séculos
adiante. Do que se infere, pois, que tais espiritistas, por enquanto, estão
desprovidos de uma maior compreensão das coisas espirituais, embotados que se
acham pelo Mundo, pela materialidade das coisas, não compreendendo, por aí
mesmo, que o Espírito é Tudo, e que a matéria é pura ilusão dos nossos
sentidos.
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PARTE 9:
A NOVA
FÍSICA: UM CORPO QUÂNTICO
Respondendo, ainda, aos
críticos e detratores da obra de Roustaing, quando alegam que a gravidez
aparente de Maria, bem como outras situações da vida e da obra de Jesus são
fatos, para eles, pouco compreensíveis, pois não passaram de fingimentos ou
simulações indignas de Espíritos mais elevados; e, muito mais, ainda, de um
Espírito Puro como Jesus...
Penso que tais elementos,
críticos e detratores, em sua rebeldia, estão rastejando não só seus corpos
carnais expiatórios, mas também suas pobres mentalidades no solo obscuro da
materialidade que, em suma, não vêem o Espírito-Deus, o Ser Puro “corporificado”
em uma carne relativa, carne, pois, que transcende a materialidade física do
mundo corporal; e que, com tal, eles não vêem que estão a denegrir as obras
primordiais do Espiritismo, tais como: “O Livro dos Espíritos” (1857 - AK), “O
Livro dos Médiuns” (1861 - AK) e “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK),
que, como já visto, elas aprovam a obra de “Os Quatro Evangelhos” (Feb) de
Jean-Baptiste Roustaing.
Mas é assim mesmo, pois
nem o próprio Kardec pudera compreender, mais exatamente, referida situação -
especialíssima de Jesus - um Espírito Puro, que, como Homem, o fora de um Modo
Especial: um Homem-Deus que podia Tudo em se tratando de uma Missão Especial:
Missão Divina que nos cumpre compreender e não, maldosamente, difamar e
criticar.
Neste sentido, pois, vejo
que Roustaing pensara e agira
pelo Espírito; já, Kardec, pensara e agira pela matéria, ao pretender, em sua falha
opinião, (e não dos Espíritos Superiores), um Corpo simplesmente de carne e
osso para o Cristo, para o Divino Redentor; e, neste tocante, penso que
Roustaing fora superior a Kardec, admitindo o Corpo Quântico do Cristo, Corpo
Espiritual entrelaçado por forças que se submetem às ações cognitivas do seu
Promotor, o Cristo de Deus, um Espírito, pois, que transcende Tudo, que
transcende a matéria, o que nos permite frisar e repetir que Roustaing, em tal
sentido, sobretudo, fora superior a Kardec, pois que o Espírito transcende a
matéria.
Já ao término desta parte,
repetimos que a obra de Roustaing está na obra do Espiritismo codificado, está
na obra do Chico, do Divaldo, e, pois, na de André Luiz, de Emmanuel, de Vianna
de Carvalho, de Joanna de Ângelis, e etc., e etc., que, afinal, são Espíritos
Superiores, preocupados, e, incumbidos, pois, pelo próprio Mestre e Senhor
Jesus de nos trazer a verdade e não a mentira.
Todos eles, pois, num Consenso Universal, tratam do
Corpo fluídico materializado do Cristo, um Corpo que, modernamente falando,
poder-se-ia chamá-lo de: Corpo Quântico, como dito supra: entrelaçado por forças que se submetem
às ações cognitivas do seu Promotor, o Cristo de Deus, um Espírito que
transcende Tudo, que transcende a matéria, o que nos permite frisar e repetir
que:
“Roustaing, como corajoso
divulgador da obra dos Espíritos Superiores, fora superior a Kardec, em pessoa
humana e espiritual, pois que, afinal, o Espírito transcende a matéria, a calcificação
óssea, a carne expiatória, elementos físicos incompatíveis com um Ser de
tamanha envergadura cósmica, irradiando luz, força, energia e poder – próprios
de um Ser-Uno com o Pai, que, os mais incautos, querem enredar com as
turbulências do inferno, características próprias e específicas dos Mundos
provacionais”. (frp).
Além disso, o próprio
Cristo, de viva-voz, dissera que não fora nascido de mulher, e o declara em
Mateus, Capítulo 11, v.11:
“Em verdade vos digo que,
entre os que de mulher tem nascido, não apareceu alguém maior que João o
Batista”,... (Gideões Internacionais).
Ou, ainda:
“Entre os nascidos de
mulher não se levantou ninguém maior do que João Batista”;... (Torre de
Vigia).
Ou, se quiserem, ainda:
“De todos os homens que já
nasceram, nenhum é maior do que João Batista”. (Bíblia Católica).
Ora, todos sabem que
Jesus, desde tempos imemoriais é Espírito Puro, o mais elevado Ser que já
aportara por aqui, no Mundo terreno. E, pois, Ele mesmo informa que não fora
nascido de mulher, e que, dentre os nascidos de tal forma, e modo, João Batista
fora o Espírito mais elevado dentre tais.
Para um bom entendedor,
óbvio está que não precisamos dizer mais nada.
Exceto pela nova Ciência,
que, por meio da Física Quântica, chegará ao mesmo saber do Espiritismo – da
Doutrina dos Espíritos Superiores – pois tratará de consolidar seus estudos do
Espírito, da Consciência, que, no Cristo, temos o Modelo-Mor, pois que
transcende os planos da mais baixa e mais densa materialidade.
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PARTE 10:
NOSSAS DESPEDIDAS
FRATERNAIS
Assim,
pois, finalizamos mais um pequeno e.Book de nossa falha e modesta autoria no
sentido de buscar-se o entendimento e a compreensão da complexidade do
cognitivo humano, sobretudo quando acoplado ao cognitivo espiritual.
Tais como
Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier: também sou médium como todos nós o
somos; porém das mais diversas capacidades, sendo tais, nos referidos médiuns
de nossa citação, das maiores já vistas na face terrena em que a de Xavier -
pelo volume de sua obra, pela vastidão do seu repertório, pela sua
confiabilidade e sabedoria - tratou-se de algo nunca visto no campo da comunicação
mediúnica, onde esta, sem depreciar-se a quem quer que seja, e tampouco a
Ubaldi, algo que transcende tudo, a mim, a você, a todos nós: Espíritos em
evolução cognitiva, espiritual e moral.
Com tais
palavras, pois, finalizo o presente e.Book com um Grande Abraço a Todos, e,
mais ainda: solicitando de todos saudáveis reflexões a respeito da momentosa e
tão complexa temática: da mediunidade e da corporeidade transfísica do Nosso Senhor Jesus: o Cristo.
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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Bibliografia
-“Obra
Completa de Pietro Ubaldi”: Fundapu, sendo de destaque no presente e.Book:
-“Cristo”: Pietro Ubaldi:
Fundapu;
-“Comentários”: Pietro
Ubaldi: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico
Xavier”: Divs. Editoras; Internet; sendo de destaque no presente e.Book:
-“O Consolador”:
Emmanuel: Feb;
-“Os Quatro Evangelhos”:
J-B. Roustaing: Feb;
-“Obra Completa de Allan
Kardec”: Diversas Editoras;
-“Sal da Terra”: Clovis
Tavares: Internet;
-“Diversos e.Books de
nossa autoria”: Frp;
-“Bíblia Sagrada”:
Versões: Católica e Pentecostal.
Relação
dos e.Books de:
Fernando
Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese
Informal;
02-Espiritismo e
Progressividade;
03-Espiritismo e
Matemática;
04-Mecanismo
Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física
Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico
Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do
Evangelho;
10-Espiritismo e
Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e
Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita:
Reformulação;
16-Kardecismo e
Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra
Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século
XXI;
19-Espiritismo:
Fundamentações;
20-Ciência de Tudo:
Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do
Espírito;
22-O Homem Integral
(Reflexões);
23-Espiritismo e
Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos:
Queda Espiritual;
26-Evidências do
Espírito;
27-Construção
Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi; e:
41-Espiritismo
e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica
do Homem;
43-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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