segunda-feira, 4 de setembro de 2017

CRISTO: DE ROUSTAING A PIETRO UBALDI (48o. e.Book)

Fernando Rosemberg Patrocínio

(48º. e.Book)

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CRISTO:
de Roustaing a Pietro Ubaldi

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Introdução

Parte 1: ALGO SOBRE FILTRAGEM MEDIÚNICA

Parte 2: CONSIDERÁVEIS: EMMANUEL E XAVIER

Parte 3: PLANO DA MISSÃO DE PIETRO UBALDI

Parte 4: EXPLICAÇÕES NAS OBRAS DE KARDEC

Parte 5: EVOLUÇÃO NA LINHA RETA DE JESUS

Parte 6: O CORPO FLUÍDICO MATERIALIZADO

Parte 7: PIETRO UBALDI, EM CRISTO, DIVERGE?

Parte 8: EMMANUEL E SUAS CONSIDERAÇÕES

Parte 9: A NOVA FÍSICA: UM CORPO QUÂNTICO

Parte 10: NOSSAS DESPEDIDAS FRATERNAIS

Bibliografia

Relação Nossos e.Books

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Introdução

Neste modesto e.Book, estaremos a embrenhar pelo pensamento de duas grandes obras do Século 20: “O Consolador” (Espírito de Emmanuel – Psicografia de Chico Xavier – 1940 – Feb) e “Cristo” (Pietro Ubaldi – 1971 - Fundapu), sendo esta última por longo tempo esperada, pois prometida pelo seu autor como um desfecho para os seus empenhos literários de lógica intuitiva ao campo da mais alta e mais avançada filosofia, hoje consolidada por 24 volumes magistrais.

Ora, todos sabem da gratidão, do respeito e da grande admiração que nutrimos pelo mais importante autor intuitivo do nosso tempo: Pietro Ubaldi, que viera completar sua missão em terras brasileiras. Nascido em 1886, em Foligno, Itália, desencarnara em 29 de fevereiro de 1972 na cidade de São Vicente, Estado de São Paulo, Brasil.

Ubaldi produzira, via intuitiva, ou, mediúnica mesmo, o que, para mim, constitui a mais importante obra de filosofia científica de todos os tempos da humanidade: seu título: “A Grande Síntese”; que, por sinal, constitui parte de três outras grandes obras do referido e que surgiram algum tempo depois: “Deus e Universo”, “O Sistema” e “Queda e Salvação” (Fundapu) que desenvolvem as proposições filosóficas e éticas, científicas e matemáticas da primeira delas.

Todavia, se algo há de perfeito neste Mundo, diríamos que tal perfeição encontra-se nele mesmo, no Mundo terreno em si, como obra divina, de dinâmica astral complexa e matematicamente exata, elegante e magnífica, sendo, pois, de natureza perfeita e exuberante nos mínimos e nos maiores detalhes, do átomo ao mineral, e deste ao vegetal, e, seguindo-se-lhes, ao animal, que atinge no Homem sua máxima complexidade organizacional, anatômica e biológica, estando tudo regido pela Consciência palingenésica, desnecessário dizer que, portanto, é imortal.

“A Obra Divina É, pois, Perfeita!”

O homem é que deturpa tudo com o seu egoísmo, seu orgulho que, apesar de tais, e, de tudo quanto há de perverso no mesmo, e, querendo, ou não, ele se submete à Perfeição da Divina Obra: que lhe corrige, lhe direciona, e, no curso das muitas vidas, das correrias, trabalhos, mudanças e transformações, o tornam melhor no fenomênico cíclico da palingenesia que é Lei Sábia e Educadora dos nossos Espíritos empedernidos, mas corrigíveis pelo Soberano Pai.  

Logo, eu não sou, em minha dinâmica cognitiva e nos atos comportamentais daí derivantes: perfeito, como perfeito não és tu, ele, nós, vós, eles. Bem como perfeito não é, por conseqüência, nossas obras, seja ela: minha, sua, de Kardec, de Roustaing, de Pietro Ubaldi, pois que Tudo está sujeito ao progresso e à evolução transformadora de tudo: para melhor! Até que alcancemos, em nosso progresso quase infinito, o máximo de perfeição possível a nós propiciado como filhos de Deus, Inteligência Suprema do Universo.

Isto, pois, não mais é que um pouco do que veremos em mais um modesto e.Book de nossa autoria em que procuramos estudar um pouquinho de tudo, mas, especialmente, de alguns tópicos das notáveis obras retrocitadas.

O humílimo autor:
Rosemberg.

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PARTE 1:

ALGO SOBRE FILTRAGEM MEDIÚNICA

Assim, pois, temos em “Cristo” (PU - Fundapu) o fecho da magistral obra de Pietro Ubaldi. Porém, para os apreciadores da obra ubaldiana, como nós mesmos, temos, nesta última, os temas filosóficos que, de fato, encerram algo um tanto mais discutível, que, nem por isto, se condena, mas, pelo contrário: se tem a compreensão em face da liberdade de pensamento concedida a todos pelo Pai, nosso Criador.

O que expressa, pois, nosso dever não só de estudá-los mais (tais temas), como também refleti-los com nossos superiores antes de se condená-los, ou, rechaça-los; e quem somos nós para tanto?

Neste sentido, pois, tratemos de vê-los e revê-los, e, até mesmo aprofundá-los para quem sabe, hoje mesmo, e, não amanhã, se compreendê-los melhor em face da complexidade do fenômeno cognitivo humano - ou seja, nosso mesmo - acoplado ao intuitivo, ou, inspirativo, ou, ainda, como queiram: mediúnico-espiritual.

Ora, todos nós somos de alguma forma: médiuns!

E, desde Kardec, sabemos de tal problemática em que se ajustam, como também se desajustam, uma Mente encarcerada em um cérebro animal e outra em cérebro perispiritual, desencarnada, ou, desenfaixada da veste física, biológica, material. E vimos o Sr. Kardec a corrigir as tantas e tantas instruções mediúnicas, a juntá-las, e mesmo a cometer, o que: dir-se-ia, algum descuido doutrinário, algum desajuste, o que, aliás, é próprio do falível Ser humano. E óbvio que Kardec não escaparia de tal, pois que não somos perfeitos, e sim perfectíveis, estando, pois, nós todos, em vias de aperfeiçoamento, máxime no campo axiológico, ético e comportamental.

E, pois, como todo Ser humano, Ubaldi, de modo igual, não escaparia do defectível, ou, do possivelmente defectível em sua obra, conquanto, em minhas reflexões, digo que a obra do culto poliglota, escritor e mestre Pietro Ubaldi: trata-se da melhor e da mais importante coleção intuitiva do Século 20, juntamente com a de Xavier, a maior antena mediúnica de todos os tempos da humanidade. Ora, vejamos o que se publicara em páginas últimas de “O Consolador” (FCX – Emmanuel – 1940 - Feb), em que seu autor espiritual alega com todas as letras:

“Devo o pequeno equívoco observado, concedendo à matéria certos ascendentes que só pertencem ao Espírito, a perturbações do método de ‘filtragem mediúnica’, onde o nosso pensamento foi prejudicado”. (Opus Cit.).

E o referido autor, Emmanuel, pede à editora a modificação do que fora prejudicado na passagem de sua instrução pelo cérebro do médium, no caso, do renomado instrumental mediúnico Francisco Cândido Xavier, um Espírito reencarnado, que, para nós, trata-se, ou, tratou-se de um verdadeiro cristão, um Ser de ordem superior.

Mas também Ubaldi reconhecia tais problemas em sua obra. Ora, quem lhe conhece um pouquinho mais sabe disso; vejamos o constante de “Comentários” (PU – Fundapu), em que, se referindo à “A Grande Síntese” (PU – Fundapu), o sábio autor-intuitivo confessava com humildade:

“Poder-se-á discutir algum termo, algum pormenor, poder-se-á levantar a acusação de alguma inexatidão, mas já não se pode mais duvidar do conjunto, da profundidade da visão universal, da sua organicidade que corresponde à realidade do fenômeno, da sinceridade das intuições, da força da paixão, da bondade dos fins”. (Opus Cit.).

Logo, e, sobretudo em termos de fenomenologia mediúnica, seja de quem for, e, pois, mesmo dos melhores instrumentais, há de verificar-se, salvo raras exceções, um ou outro problema de comunicação, anomalias da filtragem mediúnica; e, por sinal, se diga e se alerte: como se vem publicando, nestes últimos tempos, obras as mais estranhas, as mais enganosas, não nos devendo citar por aqui seus títulos, mas sim advertir aos mais incautos que, em sua imprudência, estão trocando o certo pelo claramente duvidoso.

Ressaltando-se daí, pois, nossos cuidados com obras nefastas, pois, para nós, não há, no Século 20 que se findara, obras melhores e mais confiáveis que as de Yvonne Pereira, Pietro Ubaldi, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, dentre outros muitíssimos respeitáveis.

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PARTE 2:

CONSIDERÁVEIS: EMMANUEL E XAVIER

Visto o plano ético, de racionalidade e de lógica a que nos assentamos para o trabalho a que estaremos por embrenhar, e por desenvolver, retornemos a Emmanuel, o mais relevante Espírito dos últimos tempos, e que, deste a obra da Codificação, de meados do Século 19, encontra-se liberto da matéria, ou seja, desencarnado no Mundo Espiritual, e, sabe-se lá, desde quando está livre por tais espaços metafísicos, (?), ou seja, mesmo dantes da referida Codificação que se iniciara em 1857.

Atribui-se a ele – Emmanuel – a mensagem ‘O Egoísmo’, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK) no Século 19.

E, se Emmanuel, conforme Xavier, retornara ao Mundo terreno reencarnando-se por volta do ano de 2000, por aí se conta, pelo menos, desde a Codificação, 138 anos de libertação, (ou mais), de estudo, de preparos diversos, e, os mais complexos, neste período em foco: para a vinda do missionário Xavier que reencarnara em 1910 na cidade de Pedro Leopoldo-MG, para receber dele, de Emmanuel (no caso: Espírito desencarnado), e vasta equipe da Espiritualidade, a complexa e vasta missão de se atualizar, de se desenvolver e de se completar, até onde fosse possível, e, permitido, a obra codificada no Século 19, de Allan Kardec.

Logo, Emmanuel, desenfaixado da matéria, e, pois, desencarnado, nestes 138 anos, ou mais ainda, de trabalhos com a Codificação no Século 19, e, de trabalhos no Século 20 com Francisco Cândido Xavier, é ele – Emmanuel – pelo menos para nós, um dos Espíritos mais confiáveis e mais próximos do Cristo por sua mais elevada condição espiritual, e que, estando desprovido da matéria por tanto tempo, sua obra constitui, juntamente com a de André Luiz, e demais Espíritos da grandiosa tarefa, uma obra a ser estudada, internalizada, refletida e colocada em prática por sua condicionalidade e submissão ao Cristo que, em Espírito e Verdade, é o Sublime e Verdadeiro Autor da Obra Magnânima de Francisco C. Xavier.

Logo, se não darmos os devidos créditos a Emmanuel, (e André Luiz, dentre outros) bem como a Francisco Cândido Xavier, vamos dar a quem?

Assim, pois, tratemos de estudar e de colocar em prática viva do nosso cotidiano, os ensinos magistrais de tal obra que, do ponto de vista humano, contara com um missionário não só receptor de tão imponente façanha intelectual, mas também com um elemento da maior envergadura moral, um Líder nato, humilde, cristão na verdadeira acepção da palavra, e, diga-se, de notável criatividade em seu repertório multidisciplinar, concluindo-se que, este elemento – Chico Xavier - é muito mais que apenas e tão-só mero instrumento receptor, mas também um SÁBIO com letras maiúsculas, pois encerra em Si, no seu Espírito imortal, uma memória perispirítica avantajada, repleta de saberes que transcendem nossas pálidas conjecturas respeitantes a tal.

Logo, o Maior, o Mais Confiável e Mais Verdadeiro SABER ESPIRITUAL, para transmitir-se ao apequenado saber humano, impõe a necessidade de um receptor mediúnico à altura de tal, e, pois, Francisco Cândido Xavier, é muito mais que tão somente ‘o Chico’, não se encontrando, em nosso vocabulário, um termo, ou, os termos que melhor, e que, de forma mais justa o poderíamos enquadrar, sendo ele muito mais que o nosso querido e amável Médium Chico Xavier, pois, para mim, trata-se, ou, tratou-se de: “O Maior Missionário do Cristo no Século 20” que se findara.

Sendo merecedor, pois, dos títulos que o consagrara como: “O Mineiro do Século”, “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos” e, óbvio, “A Maior Antena Psíquica de Todos os Tempos da Humanidade”; dentre outros.
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PARTE 3:

PLANO DA MISSÃO DE PIETRO UBALDI

Ora, quem somos nós, embotados por densos cérebros animais, e, pois, fragilizados por nossa pequenez: intelectual, moral, espiritual, para querer embrenhar-se pelo vasto e complexo plano estrutural e missionário das obras de Pietro Ubaldi?

E, quanto não seria, mais difícil ainda, pelo plano das obras de Francisco Cândido Xavier?

Mas poderíamos, ou, podemos traçar alguns rabiscos relativos ao primeiro, sem, contudo, pretender algo de infalível, pois que, do mesmo, ou seja, de Ubaldi, de sua obra constituída por 24 volumes magistrais, claro está que a mesma, em sua concepção científica, filosófica, e, pois, espiritualista escapa à nossa frágil compreensão, que, entretanto, cresce e se dilata de modo ininterrupto por força da evolução.

Tendo sido assistido por Espíritos sublimados, sendo o maior deles: o próprio Cristo - segundo alguns - a que Ubaldi denominava “Sua-Voz”, a Voz do Sublime Redentor, referido Ente, pois, presume-se, transmitia Suas Altas Volições a Ubaldi, mas diga-se, não sem antes baixar, e passar, tais vibrações Suas, a Entes menores, até chegar à mente intuitiva do referido instrumental mediúnico: Pietro Ubaldi. Logo, Tudo parte de Deus, do Cristo, dos seus prepostos; mas queremos crer que “Sua Voz” - mais sublime e mais poderosa - registra-se, cogitamos, sobretudo, em “A Grande Síntese”. Mas tal “Voz”, cremos, já havia se revelado na ‘Mensagem de Natal’, em 1931, argüindo com Amor e Sabedoria:

“No silêncio da noite santa, escuta-me. Põe de lado todo o saber e tuas recordações; põe-te de parte e esquece tudo. Abandona-te à minha Voz, inerte, vazio, no nada, no mais completo silêncio do espaço e do tempo. Neste vazio, ouve minha Voz que te diz – ergue-te e fala: Sou Eu”.

“Exulta pela Minha presença: grande bem ela é para ti, grande prêmio que duramente mereceste; é aquele sinal que tanto invocaste deste Mundo Maior em que Eu vivo e em que tu creste. Não perguntes meu nome, não procures individuar-Me. Não poderias, ninguém o poderia; não tentes uma inútil hipótese. Sabes que Sou sempre o mesmo”. (Vide: “Pietro Ubaldi e o Terceiro Milênio” – “Grandes Mensagens” – Pietro Ubaldi e Jose Amaral - Fundapu).

Seria, pois, a “Voz” do próprio Mestre Jesus em tal mensagem inicial dos trabalhos de Ubaldi, e, logo após, em sua “A Grande Síntese”?

Como dito, pode ser que sim, pois que, afinal, o que impediria o Cristo de tal comunicabilidade com os homens, seus irmãos em dores e lutas apreciáveis? Por outro lado, não seria, em mais justa apreciação fenomênica, a “Voz” de um Ser muito próximo do Cristo, mas também, muito próximo de nós mesmos, de nossa humanidade em redenção salvífica pelo Evangelho daquele mesmo Senhor?

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PARTE 4:

EXPLICAÇÕES NAS OBRAS DE KARDEC

E o fato é que tal ‘Palavra Sublime das Grandes Mensagens’, e, consolidada em “A Grande Síntese”, de Pietro Ubaldi, nos lembra um tanto os indicadores magistrais de “O Livro dos Médiuns” (1861 – AK), Capítulo 24, ‘Identidade dos Espíritos’, de cujo estudo, adverte-nos que um Espírito Superior pode tomar a identidade de outro, a aparência de outro, pois que tais se confundem na harmonia de seus trabalhos reluzentes, superiores, e que, portanto, escapam à nossa compreensão pelo quotidiano rasteiro de nossas vidas, das coisas falíveis de um Mundo provacional.

E, Allan Kardec, no Item 255, ministra que:

“A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles toma nomes que nunca lhes pertenceram”. (Opus Cit.).

E, mais adiante, o codificador alega:

“Objetar-se-á, sem dúvida, que o Espírito que tome um nome suposto, ainda que só para o bem, não deixa de cometer uma fraude: não pode, portanto, ser um Espírito bom. Aqui, há delicadezas de matizes muito difíceis de apanhar e que vamos tentar desenvolver”. (Opus Cit.).

Ou seja, a coisa em si é um pouco mais complicada, mas o codificador vai tentar solucionar. E ministra no Item 256 que:

“À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que passaram, é coisa absolutamente insignificante”. (Opus Cit.).

E, logo mais abaixo, temos que:

“Porém, como de nomes precisamos para fixarmos as nossas ideias, podem eles tomar o de uma personagem conhecida, cuja natureza seja mais identificada com a deles. É assim que os nossos anjos guardiães se fazem as mais das vezes conhecer pelo nome de um dos santos que veneramos e, geralmente, pelo daquele que nos inspira mais simpatia. Segue-se daí que, se o anjo guardião de uma pessoa se dá como sendo S. Pedro, por exemplo, ela nenhuma prova material pode ter de que seja exatamente o apóstolo desse nome. Tanto pode ser ele, como um Espírito desconhecido inteiramente, mas pertencente à família de Espíritos de que faz parte São Pedro”.

“Segue-se ainda que, seja qual for o nome sob que alguém invoque o seu anjo guardião, este acudirá ao apelo que lhe é dirigido, porque o que o atrai é o pensamento, sendo-lhe indiferente o nome. O mesmo ocorre todas as vezes que um Espírito superior se comunica espontaneamente, sob o nome de uma personagem conhecida. Nada prova que seja exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que desminta o caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de elevação, ou talvez até um enviado seu”.

“Em resumo, a questão de nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da categoria que ocupa o Espírito na escala espírita”. (Opus Cit.)

E, mais adiante, ministra Kardec que:

“A questão da identidade é, pois, como dissemos, quase indiferente, quando se trata de instruções gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente, sem maiores conseqüências”. (Opus Cit.).

Assim, pois, estamos a ver que os “melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente”, nos levando a crer que o Ente superior que dirigia a obra de Ubaldi na face terrena, poderia, ou não, ser o próprio Cristo, mesmo por que: no ápice de tudo das coisas terrenas: está Ele mesmo: o Cristo Redentor, e, acima d’Ele: Deus: a Inteligência Suprema do Universo.

Assim, sendo, ou não, o próprio Cristo naquela mensagem de Ubaldi, o fato é que se trata, indubitavelmente, de um Ser muito elevado, das hostes, pois, de Jesus, bastando-nos, pois, ler, reler, estudar, refletir o conteúdo sublime, diverso, sábio, científico e filosófico dos 100 capítulos da “Síntese”, para constatar-se da superioridade cognitiva e ética do seu Autor Espiritual, e que, até hoje, nos assombra por sua mais alta, mais ampla e mais vasta sabedoria.   

Porém, ao âmbito geral, sabemos que Pietro Ubaldi era protegido, assistido, intuído por Entes sublimes de caracteres os mais diversos como já o confirmara o nosso Cândido Xavier em carta endereçada a Clovis Tavares:

“Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a tradução do pensamento do nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso Século. Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes, entre as quais se destaca ‘Sua Voz’, a voz de nosso Amigo Celestial”. (Vide: ”Sal da Terra” - Clóvis Tavares - Internet).

Para nós, estudiosos que somos, e, intuitivos por natureza, consideramos que “Sua-Voz” estivera presente, sobretudo, em “A Grande Síntese”, sendo Ubaldi, pois, assistido e inspirado por outras ‘venerandas vozes’, maiores ou menores nas demais obras, sendo de destaques muito especiais, as vozes registradas nos volumes “Deus e Universo” e em “Queda e Salvação”, esta última de proposições filosóficas e matemáticas que muito surpreendera até o próprio intuitivo Pietro Ubaldi, como ele mesmo estivera a confessar.

Já em - “O Sistema” - Ubaldi alega que dito trabalho resultara não só dos lampejos da intuição, mas também de um estado normal de sua pessoa, ou seja, de um investigador comum, que observa, estuda e experimenta. Diz ele que, em tal situação, o seu “pensamento põe-se a funcionar com engrenagens diferentes, pondo-se em relação diversa com o que existe, não mais de espírito, interior, por visão, mas de sentidos, exterior, por contato material”. (Vide: “O Sistema” – PU – 1956 - Fundapu).

Num complemento de tal ideia:

É possível que a última obra de Ubaldi: “Cristo” (1971 - Fundapu), a mais polêmica de todas, também surgira de tais perspectivas últimas, tendo sofrido influência do meio cultural terreno (de pensadores católicos, de kardecistas ortodoxos, e etc.), ou seja, de estudos tais que, para Ubaldi, lhe parecera os mais condizentes com a nova revelação que trouxera, conquanto, tais estudos – culturais terrenos - estivessem, ou, estão, muito distantes das realidades que nos transcendem a todos, a exemplos:

-o ‘Corpo Carnal de Jesus’, que, afinal, Ubaldi estivera a defender e divulgar em tal obra; e:

-de ‘Outras Vidas na Matéria Experienciadas pelo Espírito de Jesus’, e que, portanto, o Cristo fizera sua evolução no ‘Anti-Sistema’ (Universo físico e astronômico), quando, pela magistral obra de Xavier, com o nosso confiabilíssimo Espírito de Emmanuel, sabemos de tais inverdades para o Espírito Puro, de Evolução concebida como de: Linha Reta, que são as ‘Características Fundamentais de Jesus’, que, por sua vez, trata-se de um Espírito não decaído, e, que, portanto, não estivera sujeito à encarnação e reencarnação nos Mundos materiais.

O que confirma a magnânima obra de “Os Quatro Evangelhos” de Jean-Baptiste Roustaing que, em suma, estão a revelar que os Espíritos Puros, como o Cristo, não encarnam e tampouco reencarnam em corpos carnais perecíveis.

Para tanto, recordemos o nobilíssimo Emmanuel:

“Todas as entidades espirituais encarnadas no Orbe terrestre são Espíritos que se resgatam ou aprendem nas experiências humanas, após as quedas do passado, com exceção de Jesus Cristo, fundamento de toda a verdade neste Mundo, cuja evolução se verificou em Linha Reta para Deus, e em cujas mãos angélicas repousa o governo espiritual do planeta, desde os seus primórdios”. (Vide: “O Consolador” – Emmanuel – médium Chico Xavier - 1940 – Feb).

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PARTE 5:

EVOLUÇÃO NA LINHA RETA DE JESUS

Mas recordemos, ainda, o que se entende por Evolução de Linha Reta ao campo do Espiritismo e que fora, como já visto, confirmado por Emmanuel em sua obra: “O Consolador” (Feb). Para tal, precisamos entender, primeiramente, que somos Seres decaídos como muito bem exemplifica “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857) e “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864).

Alega este último, no tocante às nossas origens e à nossa queda espiritual no seu Capítulo 3, Item 16:

“Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio; já foi dito de que imensas faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas, ah! Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Citado).

E, comentando dita Instrução dos Espíritos, note-se que a mesma esclarece que nós, os Espíritos humanos, estávamos lá: no Mundo Espiritual originário:

 “Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal,”. (Opus Citado).

Ou seja: os Espíritos, ainda Simples e Ignorantes, em estado nascente, ou, noutros termos ainda, quando eles nascem das mãos de Deus, notemos que tais Espíritos, ou Alma nascente:

“... pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio”. (Opus Citado).

Mas dentre tais Espíritos livres, e Conscientes, pois, são senhores de Si mesmos, dentre tais Espíritos, ou, Almas:

Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Citado).

Ou seja, aos Espíritos ou Almas que sucumbem, ou, que se quedam ou fraquejam na luta, tais são, a partir daí, exiladas nos Mundos materiais para mais pronta depuração, se regenerando para o retorno ao Mundo Espiritual de origem, nossa Pátria Espiritual.

Logo, os Espíritos não decadentes são os que, na sua Pátria Espiritual, ou, no Mundo Espiritual de suas origens, dão curso natural à sua progressão no que se pode chamar: Evolução Em Linha Reta, sendo o Cristo um de tais Espíritos que, no infinito dos planos celestiais não falira e estivera sempre obediente ao Pai, o divino Criador.

O que fora, repiso, assinado pelo confiabilíssimo Espírito de Emmanuel em sua obra supra citada de “O Consolador” (Feb); e, já vimos que seu prestigioso autor – Emmanuel - colaborara com a Codificação Espírita no Século 19 e, durante todo o Século 20, dirigira o trabalho missionário de Francisco Cândido Xavier, estando, ambos, pois – Emmanuel e Chico - sujeitos às injunções divinas d’Aquele mesmo Cristo, fazendo-nos crer, pois, que eles não inventariam coisas não aprováveis pelo Senhor, estando ambos, pois, com a Verdade Pura e Cristalina de tudo quanto temos visto em suas importantes obras, suas magnânimas lições.

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PARTE 6:

O CORPO FLUÍDICO MATERIALIZADO

Tão importante como a de Kardec, ressaltara-se no Século 19, a magnânima obra de “Os Quatro Evangelhos” (Feb), organizada por Jean-Baptiste Roustaing, ou João Batista Roustaing, que, na paralela daquele outro, se fazia mostrar aos olhos espirituais do homem moderno.

E, falamos em olhos espirituais, pois que a obra de Roustaing exige do homem moderno mais que tão só a letra que mata, ou mesmo, tão somente a matéria, mas, sobretudo: o Espírito que lhe organiza e vivifica. E, por tal mesmo, pela matéria, é que os homens, e, sobretudo espiritistas menos evolvidos, não podem se alçar à plenitude das informações de Roustaing.

Ora, nem mesmo Kardec pudera ver, em toda a sua reluzente e vasta concepção, os transcendentes parâmetros da obra de Roustaing. Logo, para entender “Os Quatro Evangelhos” (Feb), é preciso a obra do tempo, pois que os níveis dos homens, máxime de espiritistas menos evolvidos, são os níveis de compreensão a que já nos reportamos em nossa ‘Trilogia’ de e.Books:

-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo; e:
-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos,

Podendo-se, ainda, é lógico, verificarem-se outros níveis, pois o processo evolutivo da mentalidade humana vai se dando aos poucos, de níveis mais baixos para outros de condições medianas e, assim por diante, para os mais altos; e, não só ao âmbito doutrinário do Espiritismo, pois vemos, de modo claro e evidente, níveis de crença, de filosofia e de religiosidade mais simplórios ainda (dos fideistas, por ex.) até aos de fé associada à razão, dos quais, a Doutrina dos Espíritos Superiores é a sua mais dilatada e mais alta concepção.

Logo, não pretendemos retornar aqui a posições filosóficas já mostradas sobejamente em nossos e.Books anteriores, posições, estas, de pelo menos meia dúzia de livros digitais já publicados:

-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
-Espiritismo e Livre Pensamento;
-Síntese Embriológica do Homem;
-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda; e:
-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira.

Assim, pois, o ‘Corpo Fluídico Materializado’ de Jesus, de quando Ele estivera dentre nós - os Espíritos terrenos - é fato provado e comprovado pela Obra Codificada por Allan Kardec, sobretudo por “O Livro dos Espíritos” (AK), “O Livro dos Médiuns” (AK) e “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), e, mais recentemente, pela obra de Divaldo Franco, de Chico Xavier, bem como pelos mais eminentes espiritistas do Mundo terreno, estando a discordar, apenas, os que terão de aguardar a obra do tempo, de sua evolução psíquica para se poder abraçar níveis conceituais mais avançados e, pois, mais altos que suas tão rasteiras ilações.

Ora:

“O Espírito transcende a matéria, e, pois, tais elementos ainda não puderam atinar para o fato em si; e, pois, que se aguarde a obra do tempo que, de modo inevitável, se dará!” (frp).

Logo, temos, em primeira mão, e, com vastas e lógicas explicações de Roustaing, e, conquanto já houvessem referências outras abrilhantadas pelos Evangelhos e por outros pensadores, aqui e ali, no Tomo 1:

-“Encarnação Especial de Jesus. Razão Determinante dessa Encarnação: É tempo de explicarmos porque foi indispensável essa “encarnação” especial de Jesus, tal como vos vem de ser revelada. Se admitis que Jesus era um Espírito mais puro, mais perfeito do que qualquer outro adstrito ao vosso planeta; se admitis que, escolhido para guia desse planeta antes de ser ele tirado do caos, isto é, da massa dos fluidos que lhe continham os germes, preciso era que tivesse supremacia sobre tudo e todos. Como podereis achar razoável que um Espírito tão sutil suportasse o contacto de matéria tão grosseira, qual a do corpo humano, tal como o compreendeis?”. (Vide: “Os Quatro Evangelhos” - Feb).

E, mais adiante, ministra a obra de Roustaing:

“Tomando um corpo próprio de certos Mundos elevados, Jesus tomava um invólucro relativamente material, para olhos humanos, uma carne relativa”. (Opus Citado).

E, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK) ministra algo a respeito da ‘carne relativa’ dos Mundos mais elevados no Capítulo 3, ‘Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai’, em ‘Instruções dos Espíritos’, Item 9:

“A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se arrastar penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na superfície, ou, plana na atmosfera sem outro esforço senão o da vontade, à maneira pela qual se representam os anjos, ou pelas quais os antigos imaginaram os manes nos Campos Elíseos”. (Opus Citado).

Assim, meus caros: Roustaing (e sua magnânima obra) é indiscutível, exceto pelos contraditores de carteirinha, pelos indolentes que não o estudam e que tampouco estudam, de modo satisfatório, a obra consolidada pelos Espíritos Superiores na Codificação do Espiritismo na face terrena.

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PARTE 7:

PIETRO UBALDI, EM CRISTO, DIVERGE?

Constata-se que a obra última de Pietro Ubaldi: “Cristo” (PU – Fundapu), mais exatamente no Capítulo IV – ‘A Nova Figura de Cristo’ – encerra algumas questões, a princípio, divergentes, que, por agora, estaremos a estudar e, de modo breve, comentar.

No referido Capítulo, o autor se refere à: “matança feroz do corpo de Cristo”; e, mais adiante, alude à: “encarnação” do referido Senhor; mas, até aí, tudo bem, pois já vimos tais possibilidades com a obra de Roustaing (na Parte 6-anterior), como algo concernente a uma “carne relativa”, constituída, ao demais - pela mesma obra - por eflúvios vitais, animalizados, ou, algo parecido, sendo capaz, creio eu, até mesmo de sangrar em sua densidade material extrema, porém, relativa ao Cristo – Nosso Senhor.

Todavia, neste mesmo Capítulo de Ubaldi vêmo-lo informar que Jesus teria experimentado outras encarnações, pois seria preciso, para o desempenho de sua sublime tarefa:

“Um Ser que conhecesse a mesma ‘via crucis’ da evolução, por tê-la percorrido, antecipadamente, e que cumpre ao homem trilhar, porque já se encontra a caminho. Era, em suma, necessário um Cristo que, como nós, já tivesse experimentado as dores da evolução, e etc., etc.”. (Opus Citado).

Neste ponto, entretanto, o Espiritismo – como Doutrina dos Espíritos Superiores – que ministra ser o Cristo um Espírito Puro desde tempos anteriores à formação do nosso Orbe terreno, ou seja, anteriores a 4,5 bilhões de anos; e, mais, que o Cristo, diretor espiritual do nosso Orbe, fizera seus progressos pelo que hoje se distingue como ‘Evolução de Linha Reta’, progredindo, pois, apenas, e tão-só, no Mundo Espiritual de nossas origens; e, sendo o Cristo, mais ainda, Uno com o Pai; neste ponto, pois, de Ubaldi, em seu opúsculo intitulado “Cristo”, vemos que o Espiritismo tem sua própria concepção.

Concepção, aliás, formadora de todo um ‘Consenso Universal’: o dos Espíritos Superiores que, da obra codificada (Século 19) à Emmanuel (Século 20), ou seja, nestes cento e cinqüenta anos do Espiritismo no Mundo terreno, tais Espíritos nunca divergiram quanto a tal. (Vide: nosso 46º. e.Book: “Consenso Universal: Tríplice Aspecto”).

O que não quer dizer que o “Cristo” (Fundapu), de Pietro Ubaldi, não tenha o direito de emitir opinião própria, seja sobre isto, ou, sobre aquilo, pois que, afinal, somos livres pensadores, direito concedido ao filho pelo Pai, que, nos querendo livres, também nos quer responsáveis pelos nossos atos, sejam eles os mais acertados ou não!

Logo, se a obra “Cristo” (PU) algo se destoa dos preceitos observados pelo Espiritismo - da Codificação a Emmanuel, passando por Jean-Baptiste Roustaing – isto, pois, mais uma vez, está a ressaltar nossa condição de médiuns, ou, de intermediários falíveis, o que fora constatado em todos os tempos da humanidade, dantes e pós Bíblia Sagrada, o que levara o Mestre aos dizeres judiciosos de que:

“Aquele que estiver sem pecados que atire a primeira pedra”. (Jesus).

Assim, pois, finalizamos a esta parte com o já exposto anteriormente sobre a obra de Pietro Ubaldi:

Pensamos que “Sua Voz”, ou seja: a “Voz” do Cristo, em Espírito, estivera presente, sobretudo, em “A Grande Síntese”, estando Ubaldi, pois, assistido e inspirado por outras ‘venerandas vozes’, maiores ou menores, nas demais obras de sua autoria, verificando-se, pois, nos antípodas de sua obra, (ubaldiana), ou seja, de “A Grande Síntese” (PU) e “Cristo” (PU), primeira e última de sua coleção, uma singularidade de ordem intuitiva, pois que se discrepam notadamente, sendo, na primeira, bem reconhecível por um Ser Elevado, ou seja: um Espírito muitíssimo Superior, e, na última, infelizmente, por inspiração de um Espírito menos evolvido, e, pois, de caráter algo contestável.

Todavia, é preciso, dantes que atirar pedras, entender que somos Seres falíveis, em evolução do nosso saber, nosso campo íntimo, ético e sentimental, donde tal Estrutura Ôntica vagueia, em sua relatividade mesma, de planos mais baixos para mais altos, confundindo-se, por vezes, tal como o fizera Kardec, que, de sua parte, não pudera enxergar a grandiosidade espiritual de um Ser Crístico, que, sendo Espírito Puro, transcende a matéria biológica de nossa baixa condição evolutiva; desacerto que, aliás, também estivera a cometer o sábio intuitivo das úmbrias: Pietro Ubaldi, como supra mencionado.

Repetindo uma frase tão antiga:

“Há mais mistérios entre a Terra e o Céu do que possa imaginar vossa vã filosofia”.

Mistérios estes que a Doutrina dos Espíritos Superiores, seja na Codificação, seja na obra de Roustaing, de Xavier, de Divaldo e de tantos outros mais, vão nos revelando aos poucos, pois que nossas mentes juvenis não comportam tantos saberes da Grandiosidade Física e Metafísica do Cosmos, nossa morada universal para sempre, isto é, desde que fomos concebidos pelo Supremo Criador.

Ora, sejamos mais humildes e tratemos da fraternidade, do mais importante preceito doutrinário do Espiritismo que é o mesmo de Jesus:

“Amai-vos: eis o primeiro ensinamento!”.

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PARTE 8:

EMMANUEL E SUAS CONSIDERAÇÕES

Tratam-se, tais considerações, de um Espírito Superior: de Emmanuel; e, pois, de pronunciamentos de um Ser das falanges do próprio Cristo, que conhece Sua Verdade, pois que fora partícipe da Mesma em suas tantas e tantas transmigrações: terrenas e espirituais, o que, certamente, transcende o primitivismo da mentalidade humana, de criaturas dando seus primeiros passos rumo à Espiritualidade, nossa meta e nossa destinação futura: a Deus: Nosso Pai.

-Pergunta: “Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Como conceituar essa suposição em face da intensidade do sofrimento moral que a cruz lhe terá oferecido?”.

-Resposta: “A dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais. Homens do Mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal”.

“Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela”.

“De modo algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus, estabelecendo dados comparativos entre o Senhor e o homem”.

Em sua exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a sua humildade, a sua renúncia por toda a humanidade”.

Examinados esses fatores, a dor material teria significação especial para que a obra cristã ficasse consagrada? A dor espiritual, grande demais para ser compreendida, não constitui o ponto essencial da sua perfeita renúncia pelos homens?

“Nesse particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão discutindo, como as crianças que somente admitem as realidades da vida de um adulto, quando se lhes fornece o conhecimento tomando para imagens o cabedal imediato dos seus brinquedos”. (Vide: “O Consolador” – Emmanuel – Feb).

Logo, os críticos da obra de Roustaing, são como crianças que tomam as realidades da vida de um adulto, a partir das imagens de seus brinquedos; ou seja, tais críticos terão de crescer e de amadurecer seus Espíritos por longos séculos adiante. Do que se infere, pois, que tais espiritistas, por enquanto, estão desprovidos de uma maior compreensão das coisas espirituais, embotados que se acham pelo Mundo, pela materialidade das coisas, não compreendendo, por aí mesmo, que o Espírito é Tudo, e que a matéria é pura ilusão dos nossos sentidos.

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PARTE 9:

A NOVA FÍSICA: UM CORPO QUÂNTICO

Respondendo, ainda, aos críticos e detratores da obra de Roustaing, quando alegam que a gravidez aparente de Maria, bem como outras situações da vida e da obra de Jesus são fatos, para eles, pouco compreensíveis, pois não passaram de fingimentos ou simulações indignas de Espíritos mais elevados; e, muito mais, ainda, de um Espírito Puro como Jesus...

Penso que tais elementos, críticos e detratores, em sua rebeldia, estão rastejando não só seus corpos carnais expiatórios, mas também suas pobres mentalidades no solo obscuro da materialidade que, em suma, não vêem o Espírito-Deus, o Ser Puro “corporificado” em uma carne relativa, carne, pois, que transcende a materialidade física do mundo corporal; e que, com tal, eles não vêem que estão a denegrir as obras primordiais do Espiritismo, tais como: “O Livro dos Espíritos” (1857 - AK), “O Livro dos Médiuns” (1861 - AK) e “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK), que, como já visto, elas aprovam a obra de “Os Quatro Evangelhos” (Feb) de Jean-Baptiste Roustaing.

Mas é assim mesmo, pois nem o próprio Kardec pudera compreender, mais exatamente, referida situação - especialíssima de Jesus - um Espírito Puro, que, como Homem, o fora de um Modo Especial: um Homem-Deus que podia Tudo em se tratando de uma Missão Especial: Missão Divina que nos cumpre compreender e não, maldosamente, difamar e criticar.

Neste sentido, pois, vejo que Roustaing pensara e agira pelo Espírito; já, Kardec, pensara e agira pela matéria, ao pretender, em sua falha opinião, (e não dos Espíritos Superiores), um Corpo simplesmente de carne e osso para o Cristo, para o Divino Redentor; e, neste tocante, penso que Roustaing fora superior a Kardec, admitindo o Corpo Quântico do Cristo, Corpo Espiritual entrelaçado por forças que se submetem às ações cognitivas do seu Promotor, o Cristo de Deus, um Espírito, pois, que transcende Tudo, que transcende a matéria, o que nos permite frisar e repetir que Roustaing, em tal sentido, sobretudo, fora superior a Kardec, pois que o Espírito transcende a matéria.

Já ao término desta parte, repetimos que a obra de Roustaing está na obra do Espiritismo codificado, está na obra do Chico, do Divaldo, e, pois, na de André Luiz, de Emmanuel, de Vianna de Carvalho, de Joanna de Ângelis, e etc., e etc., que, afinal, são Espíritos Superiores, preocupados, e, incumbidos, pois, pelo próprio Mestre e Senhor Jesus de nos trazer a verdade e não a mentira.

Todos eles, pois, num Consenso Universal, tratam do Corpo fluídico materializado do Cristo, um Corpo que, modernamente falando, poder-se-ia chamá-lo de: Corpo Quântico, como dito supra: entrelaçado por forças que se submetem às ações cognitivas do seu Promotor, o Cristo de Deus, um Espírito que transcende Tudo, que transcende a matéria, o que nos permite frisar e repetir que:

“Roustaing, como corajoso divulgador da obra dos Espíritos Superiores, fora superior a Kardec, em pessoa humana e espiritual, pois que, afinal, o Espírito transcende a matéria, a calcificação óssea, a carne expiatória, elementos físicos incompatíveis com um Ser de tamanha envergadura cósmica, irradiando luz, força, energia e poder – próprios de um Ser-Uno com o Pai, que, os mais incautos, querem enredar com as turbulências do inferno, características próprias e específicas dos Mundos provacionais”. (frp).

Além disso, o próprio Cristo, de viva-voz, dissera que não fora nascido de mulher, e o declara em Mateus, Capítulo 11, v.11:

“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher tem nascido, não apareceu alguém maior que João o Batista”,... (Gideões Internacionais).

Ou, ainda:

“Entre os nascidos de mulher não se levantou ninguém maior do que João Batista”;... (Torre de Vigia).

Ou, se quiserem, ainda:

“De todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista”. (Bíblia Católica).

Ora, todos sabem que Jesus, desde tempos imemoriais é Espírito Puro, o mais elevado Ser que já aportara por aqui, no Mundo terreno. E, pois, Ele mesmo informa que não fora nascido de mulher, e que, dentre os nascidos de tal forma, e modo, João Batista fora o Espírito mais elevado dentre tais.

Para um bom entendedor, óbvio está que não precisamos dizer mais nada.

Exceto pela nova Ciência, que, por meio da Física Quântica, chegará ao mesmo saber do Espiritismo – da Doutrina dos Espíritos Superiores – pois tratará de consolidar seus estudos do Espírito, da Consciência, que, no Cristo, temos o Modelo-Mor, pois que transcende os planos da mais baixa e mais densa materialidade.

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PARTE 10:

NOSSAS DESPEDIDAS FRATERNAIS

Assim, pois, finalizamos mais um pequeno e.Book de nossa falha e modesta autoria no sentido de buscar-se o entendimento e a compreensão da complexidade do cognitivo humano, sobretudo quando acoplado ao cognitivo espiritual.

Tais como Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier: também sou médium como todos nós o somos; porém das mais diversas capacidades, sendo tais, nos referidos médiuns de nossa citação, das maiores já vistas na face terrena em que a de Xavier - pelo volume de sua obra, pela vastidão do seu repertório, pela sua confiabilidade e sabedoria - tratou-se de algo nunca visto no campo da comunicação mediúnica, onde esta, sem depreciar-se a quem quer que seja, e tampouco a Ubaldi, algo que transcende tudo, a mim, a você, a todos nós: Espíritos em evolução cognitiva, espiritual e moral.

Com tais palavras, pois, finalizo o presente e.Book com um Grande Abraço a Todos, e, mais ainda: solicitando de todos saudáveis reflexões a respeito da momentosa e tão complexa temática: da mediunidade e da corporeidade transfísica do Nosso Senhor Jesus: o Cristo.

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Bibliografia

-“Obra Completa de Pietro Ubaldi”: Fundapu, sendo de destaque no presente e.Book:
-“Cristo”: Pietro Ubaldi: Fundapu;
-“Comentários”: Pietro Ubaldi: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Divs. Editoras; Internet; sendo de destaque no presente e.Book:
-“O Consolador”: Emmanuel: Feb;
-“Os Quatro Evangelhos”: J-B. Roustaing: Feb;
-“Obra Completa de Allan Kardec”: Diversas Editoras;
-“Sal da Terra”: Clovis Tavares: Internet;
-“Diversos e.Books de nossa autoria”: Frp;
-“Bíblia Sagrada”: Versões: Católica e Pentecostal.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto; 
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi; e:
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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