domingo, 3 de setembro de 2017

VOZES DO INTUITIVO DAS ÚMBRIAS


VOZES DO INTUITIVO DAS ÚMBRIAS
                                                            
Ora, quem somos nós, embotados por densos cérebros animais, e, pois, fragilizados com nossa pequenez: intelectual, moral, espiritual, para querer embrenhar-se pelo vasto e complexo plano estrutural e missionário das obras de Pietro Ubaldi?

E, quanto não seria, mais difícil ainda, pelo plano das obras de Francisco Cândido Xavier? Mas podemos traçar alguns rabiscos relativos ao primeiro, sem, contudo, pretender algo de infalível, pois que, do mesmo, ou seja, de Ubaldi, de sua obra constituída por 24 volumes magistrais, claro está que a mesma escapa à nossa frágil compreensão, que, entretanto, cresce e se dilata de modo ininterrupto por força da evolução.

Tendo sido assistido, pois, por Entes sublimes, sendo a maior deles: o próprio Cristo - segundo alguns - a que Ubaldi denominava “Sua-Voz”, a Voz do Sublime Redentor, referido Ente, pois, presume-se, transmitia Suas Altas Volições a Ubaldi, mas não sem antes baixar, e passar, tais vibrações Suas, a Entes menores, até chegar à mente intuitiva do referido Pietro Ubaldi.

Logo, Tudo parte de Deus, do Cristo, dos seus prepostos; mas queremos crer que “Sua Voz”, mais sublime e mais poderosa, registra-se, cogitamos, sobretudo, em “A Grande Síntese”. Mas tal “Voz”, cremos, já havia se revelado na ‘Mensagem de Natal’, em 1931, argüindo com Amor e Sabedoria:

“No silêncio da noite santa, escuta-me. Põe de lado todo o saber e tuas recordações; põe-te de parte e esquece tudo. Abandona-te à minha Voz, inerte, vazio, no nada, no mais completo silêncio do espaço e do tempo. Neste vazio, ouve minha Voz que te diz – ergue-te e fala: Sou Eu”.

“Exulta pela Minha presença: grande bem ela é para ti, grande prêmio que duramente mereceste; é aquele sinal que tanto invocaste deste Mundo Maior em que Eu vivo e em que tu creste. Não perguntes meu nome, não procures individuar-Me. Não poderias, ninguém o poderia; não tentes uma inútil hipótese. Sabes que Sou sempre o mesmo”. (Vide: “Pietro Ubaldi e o Terceiro Milênio” – “Grandes Mensagens” – Jose Amaral - Fundapu).

Seria, pois, a “Voz” do próprio Mestre Jesus em tal mensagem inicial dos trabalhos de Ubaldi, e, logo após, em sua “A Grande Síntese”?

Como dito, pode ser que sim, pois que, afinal, o que impediria o Cristo de tal comunicabilidade com os homens, seus irmãos em dores e lutas bastante apreciáveis? Por outro lado, não seria, em mais justa apreciação fenomênica, a “Voz” de um Ser muito próximo do Cristo, mas também, muito próximo de nós mesmos, de nossa humanidade em redenção salvífica pelo Evangelho daquele mesmo Senhor?

E o fato é que tal ‘Palavra Sublime das Grandes Mensagens’, e, consolidada em “A Grande Síntese”, de Pietro Ubaldi, nos lembra, um tanto os indicadores magistrais de “O Livro dos Médiuns” (AK – 1861), Capítulo 24, ‘Identidade dos Espíritos’, de cujo estudo, recorda-nos que um Espírito Superior pode tomar a identidade de outro, a aparência de outro, pois que tais se confundem na harmonia de seus trabalhos reluzentes, superiores, e que, portanto, escapam à nossa compreensão pelo nosso quotidiano rasteiro, e, pois, inferiorizado pelas coisas falíveis de um Mundo provacional.

E, Allan Kardec, no Item 255, ministra que:

“A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles toma nomes que nunca lhes pertenceram”. (‘OLM’ - Feb).

E, mais adiante, o codificador alega:

“Objetar-se-á, sem dúvida, que o Espírito que tome um nome suposto, ainda que só para o bem, não deixa de cometer uma fraude: não pode, portanto, ser um Espírito bom. Aqui, há delicadezas de matizes muito difíceis de apanhar e que vamos tentar desenvolver”. (Opus Cit.).

Ou seja, a coisa é um pouco mais complicada, mas o codificador vai tentar solucionar. E ministra no Item 256 que:

“À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que passaram, é coisa absolutamente insignificante”. (Opus Cit.).

E, logo mais abaixo, temos que:

“Porém, como de nomes precisamos para fixarmos as nossas idéias, podem eles tomar o de uma personagem conhecida, cuja natureza seja mais identificada com a deles. É assim que os nossos anjos guardiães se fazem as mais das vezes conhecer pelo nome de um dos santos que veneramos e, geralmente, pelo daquele que nos inspira mais simpatia. Segue-se daí que, se o anjo guardião de uma pessoa se dá como sendo S. Pedro, por exemplo, ela nenhuma prova material pode ter de que seja exatamente o apóstolo desse nome. Tanto pode ser ele, como um Espírito desconhecido inteiramente, mas pertencente à família de Espíritos de que faz parte São Pedro”.

“Segue-se ainda que, seja qual for o nome sob que alguém invoque o seu anjo guardião, este acudirá ao apelo que lhe é dirigido, porque o que o atrai é o pensamento, sendo-lhe indiferente o nome. O mesmo ocorre todas as vezes que um Espírito superior se comunica espontaneamente, sob o nome de uma personagem conhecida. Nada prova que seja exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que desminta o caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de elevação, ou talvez até um enviado seu”.

“Em resumo, a questão de nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da categoria que ocupa o Espírito na escala espírita”. (Opus Cit.)

E, mais adiante, ministra Kardec que:

“A questão da identidade é, pois, como dissemos, quase indiferente, quando se trata de instruções gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente, sem maiores conseqüências”. (Opus Cit.).

Assim, pois, estamos a ver que os “melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente”, nos levando a crer que o Ente superior que dirigia a obra de Ubaldi na face terrena, poderia, ou não, ser o próprio Cristo, mesmo por que: no ápice de tudo das coisas terrenas: está Ele mesmo: o Cristo Redentor.

Assim, sendo, ou não, o próprio Cristo naquela mensagem de Ubaldi, o fato é que se trata, indubitavelmente, de um Ser muito elevado, das hostes, pois, de Jesus, bastando-nos, pois, ler, reler, estudar, refletir o conteúdo sublime dos 100 capítulos da “Síntese”, para constatar-se da superioridade cognitiva, filosófica, ética, em suma, espiritual, e que, até hoje, nos assombra por sua mais alta, mais ampla e mais vasta sabedoria.  

E o fato mais relevante é que Pietro Ubaldi era protegido, assistido, intuído por Entes sublimes de caracteres os mais diversos como já o confirmara o nosso Cândido Xavier em carta endereçada a Clovis Tavares:

“Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a tradução do pensamento do nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso Século. Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes, entre as quais se destaca ‘Sua Voz’, a voz de nosso Amigo Celestial”. (Vide: ”Sal da Terra” - Clóvis Tavares - Internet).

Para nós, estudiosos espiritistas, pensamos que “Sua-Voz” estivera presente, sobretudo em “A Grande Síntese”, sendo Ubaldi, pois, assistido e inspirado por outras ‘venerandas vozes’, maiores ou menores nas demais obras, sendo de destaque muito especiais, as vozes grafadas em “Deus e Universo” e em “Queda e Salvação”, de proposições filosóficas e matemáticas que muito surpreendera até o próprio intuitivo, como ele mesmo estivera a confessar.

Já em “O Sistema” o próprio Ubaldi confessa que dito trabalho resultara não só dos lampejos da intuição, mas também de um estado normal de sua mente, de investigador comum, que observa e experimenta. Diz ele que, em tal situação, o seu “pensamento põe-se a funcionar com engrenagens diferentes, pondo-se em relação diversa com o que existe, não mais de espírito, interior, por visão, mas de sentidos, exterior, por contato material”. (Vide: “O Sistema” – PU – Fundapu).

Num complemento de tal ideia:

É possível que a última obra de Ubaldi “Cristo” (Fundapu), a que gerara mais polêmica de todas elas, também surgira de tais perspectivas, tendo sofrido influência do meio cultural terreno (de pensadores católicos, kardecistas, e etc.), ou seja, de estudos tais que, para Ubaldi, lhe parecera os mais condizentes com a nova revelação que trouxera, conquanto, tais estudos, culturais terrenos, estivessem, ou, estão, muito distantes das realidades que nos transcendem a todos, a exemplos:

-o Corpo Carnal de Jesus, que, afinal, Ubaldi estivera a defender e divulgar em tal obra; e:

-das Experiências, ou, de outras vidas, por Jesus experienciadas no ‘Anti-Sistema’ (Universo físico e astronômico), quando, pela obra magistral de Xavier, com Emmanuel, sabemos de tais inverdades para o Espírito Puro, de Evolução em Linha Reta, Características Fundamentais do Cristo Redentor; além de informes bastantes precisos de “O Livro dos Espíritos” (AK) e da magnânima obra de “Os Quatro Evangelhos” de Jean-Baptiste Roustaing que, em suma, revelam que Espíritos Puros, como o Cristo, não reencarnam em corpos carnais perecíveis.

Finalizando, pois, achamo-nos abertos a discussões, sobretudo de alto nível, de caráter salutar, que, ao invés de nos rebaixar, nos alça perante assuntos tão elevados e tão complexos ante nossa fragilidade cognitiva, ética e comportamental.

GRANDE ABRAÇO DO:

Rosemberg.
f.rosemberg.p@gmail.com

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
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