VOZES DO INTUITIVO DAS ÚMBRIAS
Ora, quem
somos nós, embotados por densos cérebros animais, e, pois, fragilizados com
nossa pequenez: intelectual, moral, espiritual, para querer embrenhar-se pelo
vasto e complexo plano estrutural e missionário das obras de Pietro Ubaldi?
E, quanto
não seria, mais difícil ainda, pelo plano das obras de Francisco Cândido
Xavier? Mas podemos traçar alguns rabiscos relativos ao primeiro, sem, contudo,
pretender algo de infalível, pois que, do mesmo, ou seja, de Ubaldi, de sua obra
constituída por 24 volumes magistrais, claro está que a mesma escapa à nossa
frágil compreensão, que, entretanto, cresce e se dilata de modo ininterrupto
por força da evolução.
Tendo sido
assistido, pois, por Entes sublimes, sendo a maior deles: o próprio Cristo -
segundo alguns - a que Ubaldi denominava “Sua-Voz”, a Voz do Sublime Redentor,
referido Ente, pois, presume-se, transmitia Suas Altas Volições a Ubaldi, mas
não sem antes baixar, e passar, tais vibrações Suas, a Entes menores, até
chegar à mente intuitiva do referido Pietro Ubaldi.
Logo, Tudo
parte de Deus, do Cristo, dos seus prepostos; mas queremos crer que “Sua Voz”,
mais sublime e mais poderosa, registra-se, cogitamos, sobretudo, em “A Grande
Síntese”. Mas tal “Voz”, cremos, já havia se revelado na ‘Mensagem de Natal’,
em 1931, argüindo com Amor e Sabedoria:
“No
silêncio da noite santa, escuta-me. Põe de lado todo o saber e tuas
recordações; põe-te de parte e esquece tudo. Abandona-te à minha Voz, inerte,
vazio, no nada, no mais completo silêncio do espaço e do tempo. Neste vazio,
ouve minha Voz que te diz – ergue-te e fala: Sou Eu”.
“Exulta
pela Minha presença: grande bem ela é para ti, grande prêmio que duramente
mereceste; é aquele sinal que tanto invocaste deste Mundo Maior em que Eu vivo e em que tu
creste. Não perguntes meu nome, não procures individuar-Me. Não poderias,
ninguém o poderia; não tentes uma inútil hipótese. Sabes que Sou sempre o
mesmo”. (Vide: “Pietro Ubaldi e o Terceiro Milênio” – “Grandes Mensagens” –
Jose Amaral - Fundapu).
Seria,
pois, a “Voz” do próprio Mestre Jesus em tal mensagem inicial dos trabalhos de
Ubaldi, e, logo após, em sua “A Grande Síntese”?
Como dito,
pode ser que sim, pois que, afinal, o que impediria o Cristo de tal
comunicabilidade com os homens, seus irmãos em dores e lutas bastante
apreciáveis? Por outro lado, não seria, em mais justa apreciação fenomênica, a
“Voz” de um Ser muito próximo do Cristo, mas também, muito próximo de nós
mesmos, de nossa humanidade em redenção salvífica pelo Evangelho daquele mesmo
Senhor?
E o fato é
que tal ‘Palavra Sublime das Grandes Mensagens’, e, consolidada em “A Grande
Síntese”, de Pietro Ubaldi, nos lembra, um tanto os indicadores magistrais de
“O Livro dos Médiuns” (AK – 1861), Capítulo 24, ‘Identidade dos Espíritos’, de
cujo estudo, recorda-nos que um Espírito Superior pode tomar a identidade de outro, a aparência de
outro, pois que tais se confundem na harmonia de seus trabalhos reluzentes,
superiores, e que, portanto, escapam à nossa compreensão pelo nosso quotidiano
rasteiro, e, pois, inferiorizado pelas coisas falíveis de um Mundo provacional.
E, Allan
Kardec, no Item 255, ministra que:
“A questão da identidade
dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do
Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de
notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles toma nomes que
nunca lhes pertenceram”. (‘OLM’ - Feb).
E, mais
adiante, o codificador alega:
“Objetar-se-á, sem
dúvida, que o Espírito que tome um nome suposto, ainda que só para o bem, não
deixa de cometer uma fraude: não pode, portanto, ser um Espírito bom. Aqui, há
delicadezas de matizes muito difíceis de apanhar e que vamos tentar
desenvolver”. (Opus Cit.).
Ou seja, a
coisa é um pouco mais complicada, mas o codificador vai tentar solucionar. E
ministra no Item 256 que:
“À medida que os
Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de
suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem
por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá
com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que
tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que
passaram, é coisa absolutamente insignificante”. (Opus Cit.).
E, logo
mais abaixo, temos que:
“Porém, como de nomes
precisamos para fixarmos as nossas idéias, podem eles tomar o de uma personagem
conhecida, cuja natureza seja mais identificada com a deles. É assim que os
nossos anjos guardiães se fazem as mais das vezes conhecer pelo nome de um dos
santos que veneramos e, geralmente, pelo daquele que nos inspira mais simpatia.
Segue-se daí que, se o anjo guardião de uma pessoa se dá como sendo S. Pedro,
por exemplo, ela nenhuma prova material pode ter de que seja exatamente o
apóstolo desse nome. Tanto pode ser ele, como um Espírito desconhecido
inteiramente, mas pertencente à família de Espíritos de que faz parte São
Pedro”.
“Segue-se ainda que, seja
qual for o nome sob que alguém invoque o seu anjo guardião, este acudirá ao
apelo que lhe é dirigido, porque o que o atrai é o pensamento, sendo-lhe
indiferente o nome. O mesmo ocorre todas as vezes que um Espírito superior se
comunica espontaneamente, sob o nome de uma personagem conhecida. Nada prova
que seja exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que
desminta o caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os
casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de
elevação, ou talvez até um enviado seu”.
“Em resumo, a questão
de nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da
categoria que ocupa o Espírito na escala espírita”. (Opus Cit.)
E, mais
adiante, ministra Kardec que:
“A questão da identidade
é, pois, como dissemos, quase indiferente, quando se trata de instruções
gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente,
sem maiores conseqüências”. (Opus Cit.).
Assim,
pois, estamos a ver que os “melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente”,
nos levando a crer que o Ente superior que dirigia a obra de Ubaldi na face
terrena, poderia, ou não, ser o próprio Cristo, mesmo por que: no ápice de tudo
das coisas terrenas: está Ele mesmo: o Cristo Redentor.
Assim,
sendo, ou não, o próprio Cristo naquela mensagem de Ubaldi, o fato é que se
trata, indubitavelmente, de um Ser muito elevado, das hostes, pois, de Jesus,
bastando-nos, pois, ler, reler, estudar, refletir o conteúdo sublime dos 100
capítulos da “Síntese”, para constatar-se da superioridade cognitiva,
filosófica, ética, em suma, espiritual, e que, até hoje, nos assombra por sua
mais alta, mais ampla e mais vasta sabedoria.
E o fato
mais relevante é que Pietro Ubaldi era protegido, assistido, intuído por Entes
sublimes de caracteres os mais diversos como já o confirmara o nosso Cândido
Xavier em carta endereçada a Clovis Tavares:
“Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a
tradução do pensamento do nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso
Século. Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes,
entre as quais se destaca ‘Sua Voz’, a voz de nosso Amigo Celestial”.
(Vide: ”Sal da Terra” - Clóvis Tavares - Internet).
Para nós, estudiosos espiritistas, pensamos que “Sua-Voz” estivera
presente, sobretudo em “A Grande Síntese”, sendo Ubaldi, pois, assistido e
inspirado por outras ‘venerandas vozes’, maiores ou menores nas demais obras,
sendo de destaque muito especiais, as vozes grafadas em “Deus e Universo” e em
“Queda e Salvação”, de proposições filosóficas e matemáticas que muito
surpreendera até o próprio intuitivo, como ele mesmo estivera a confessar.
Já em “O Sistema” o próprio Ubaldi confessa que dito trabalho
resultara não só dos lampejos da intuição, mas também de um estado normal de
sua mente, de investigador comum, que observa e experimenta. Diz ele que, em
tal situação, o seu “pensamento põe-se a funcionar com engrenagens diferentes,
pondo-se em relação diversa com o que existe, não mais de espírito, interior,
por visão, mas de sentidos, exterior, por contato material”. (Vide: “O Sistema”
– PU – Fundapu).
Num complemento de tal ideia:
É possível que a última obra de Ubaldi “Cristo” (Fundapu), a que
gerara mais polêmica de todas elas, também surgira de tais perspectivas, tendo
sofrido influência do meio cultural terreno (de pensadores católicos,
kardecistas, e etc.), ou seja, de estudos tais que, para Ubaldi, lhe parecera
os mais condizentes com a nova revelação que trouxera, conquanto, tais estudos,
culturais terrenos, estivessem, ou, estão, muito distantes das realidades que
nos transcendem a todos, a exemplos:
-o Corpo Carnal de Jesus, que, afinal, Ubaldi estivera a defender e
divulgar em tal obra; e:
-das Experiências, ou, de outras vidas, por Jesus experienciadas no
‘Anti-Sistema’ (Universo físico e astronômico), quando, pela obra magistral de
Xavier, com Emmanuel, sabemos de tais inverdades para o Espírito Puro, de
Evolução em Linha Reta ,
Características Fundamentais do Cristo Redentor; além de informes bastantes
precisos de “O Livro dos Espíritos” (AK) e da magnânima obra de “Os Quatro
Evangelhos” de Jean-Baptiste Roustaing que, em suma, revelam que Espíritos
Puros, como o Cristo, não reencarnam em corpos carnais perecíveis.
Finalizando, pois, achamo-nos abertos a discussões, sobretudo de
alto nível, de caráter salutar, que, ao invés de nos rebaixar, nos alça perante
assuntos tão elevados e tão complexos ante nossa fragilidade cognitiva, ética e
comportamental.
GRANDE ABRAÇO DO:
Rosemberg.
f.rosemberg.p@gmail.com
Relação
dos e.Books de:
Fernando
Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
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12-O Médium de Deus;
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15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web
artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
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35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
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38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
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40-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo
e Livre Pensamento;
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Roustaing: Réplica Primeira;
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Tríplice Aspecto;
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Rustenismo;
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