quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A REVOLUÇÃO ÉTICA (65o. e.Book)



Fernando Rosemberg Patrocinio

(65º. e.Book)

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A REVOLUÇÃO ÉTICA

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-Introdução-

-Advertência aos Espíritas-

-A Revolução Ética-

-Palavras Finais-

-Bibliografia-

-Relação Nossos e.Books-

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INTRODUÇÃO

Sabemos que o termo ‘Revolução’ expressa alguma mudança rápida de poder na organização política, social, ou estrutural de uma comunidade qualquer, como as muitas já verificadas ao plano da humanidade terrena.

Mas, ‘Revolução’, caso queira, também expressa, por exemplo, essa ágil mudança no campo tecnológico que, afinal, trata-se de uma verdadeira revolução por produzir radicais alterações no comportamento humano, lhe exigindo equilíbrio, bom senso e maturidade para não nos escravizarmos ao mundo irreal, trocando-o, patologicamente, pelo mundo real, do contacto humano, sociológico ou interpessoal.

Sendo que ‘Ética’, modo simplificado, diríamos que tal se relaciona com o aspecto moral do Ser humano, com sua boa e exemplar postura no meio em que vive, seja familiar, trabalhista, ou, mais amplamente: da sociedade a que fora chamado a viver e conviver.

Logo, o título do presente e.Book, nosso 65º, e, quiçá, o último deles: “A Revolução Ética”, vai tratar da revolução não nos moldes do que se ministrara dantes - como algo rápido - pois iremos tratar da mudança ética do Ser humano, que, de um plano de astúcia, em seus mais diversos campos de atuação, haverá de transmudar-se para um plano de honestidade, tal como preconiza o mais importante livro da humanidade:

–O “Evangelho” de Jesus: que, no Século 19, fora confirmado e, racionalmente esclarecido, por outro não menos importante tratado: -

-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 – Allan Kardec); que, mais ainda, foram ambos, o de Jesus e o de Kardec, vastamente desenvolvidos por outros não menos relevantes:

-“Os Quatro Evangelhos” – Revelação da Revelação (1866 - J.B-Roustaing – Feb).

Porém, no presente e sucinto e.Book, estaremos a ver e a rever alguns dos mais importantes tópicos de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 – AK), que, afinal, trata-se do livro mais inspirado de Allan Kardec que – ao contrário do que se pensa, e se divulga - ele era sim, como todos nós o somos: Médium, e que, por tal, e, mais ainda, por sua idade já madura, estivera se apresentando, a cada dia, mais apto a “captar” a presença de tudo quanto lhe cercava, no caso, da Espiritualidade Superior ao comando do Espírito de Verdade que, sabiamente, conduzia a referida obra em construção, destinada a um novo comportar-se do Homem do Terceiro Milênio: um Homem Renovado e, pois, não mais astuto, bélico, cruel e desumano, mas sim: honesto, altruísta, bondoso e, pois: Humano, no sentido sinonímico da palavra; ou seja:

-Benevolente, Complacente, Justo, Benigno, Afável, Amoroso, Condescendente, Afetuoso, Cordial, Amável, Clemente, Amigo; Caridoso, Amoroso, Carinhoso, Compassivo, Bom, e etc., etc.

Ora, sabe-se que a Obra do Espiritismo – Codificação Espírita -, em seu conjunto, fora pesquisada, desenvolvida e codificada em Paris, França; mas, no caso de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864), Allan Kardec viajara para Sainte-Adresse, também na França, para que, em retiro, na solidão campestre, pudesse produzir, no contato com seus Superiores Espirituais, referida obra do ponto de vista espírita, ou, consonante e harmônico, pois, com o Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores.

E, dito contato, com seus superiores hierárquicos – os Espíritos – é relatado em “Obras Póstumas” (1890 - AK), onde, e quando, tivemos a revelação mediúnica de que: “Nossa ação, principalmente a do Espírito de Verdade, é constante ao teu derredor e tal que não a podes negar”. (Opus Cit.).

E Kardec, pois, fora tão influenciado, mediunicamente, em tal obra, que, mesmo não estando de acordo com a possibilidade de o Homem ser, de fato, um Espírito decaído, ele, ainda assim, ou seja: Kardec: tivera de descrevê-la, (nossa queda: o pecado original), pois seus Superiores hierárquicos - os Espíritos - dela fizeram a mais clara menção, e óbvio, para a decepção do próprio codificador e dos “intelectuais” espiritistas dos tempos modernos que, ainda, não admitem referida situação do que realmente somos: Espíritos que sucumbiram, que, pois, faliram e decaíram à matéria dos Mundos por rebeldia e insurreição.

Assim, pois, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK) é obra muitíssimo inspirada do ponto de vista mediúnico; é obra dos Espíritos Superiores; é obra que revoluciona, que mexe com o clero de todas as épocas, de todas as religiões instituídas, convidando-as ao raciocínio lógico, mais amplo, mais completo, conquanto, em progressos ainda porvir.

Tal obra, pois: mostra o homem como um Ser falido, e, pois, em expiação de seus erros pretéritos, dantes da matéria, e, agora, na própria dimensão material, biológica e palingenésica de tudo e de todos dos mais diversos reinos da natureza terrena, da natureza cósmica, universal.

É obra, pois, dito “Evangelho” (1864 – AK), não só acessível, mas também compreensível a todos, conquanto, ainda hoje, ousamos afirmar, seja, dito “Evangelho” de Kardec: um livro de sabedoria ética profundíssima, ao ponto de proclamarmos, sem dúvida alguma, que: se o lermos mil vezes, por mil vezes nele encontraremos coisas novas, seja de ordem antropológica, cultural, comportamental ou espiritual.

De ordem cultural, por exemplo, e, apesar de Kardec ter sido muitíssimo inspirado, não deixamos de notar, do mesmo, como homem e como médium, a questão das filtragens mediúnicas pelo seu cérebro que, estando adaptado à sociedade do seu tempo, pudera algo influenciar da intuição recebida - a exemplo de – em muitas de suas páginas, mencionar a atuação, e a correção divina ao homem palingenésico, como uma forma de ‘punição’!

O que não se verifica, pois que “Deus É Amor”, (Jesus), e, pois, Ele não castiga e não pune seus filhos amados, mas os corrige e os educa de forma paulatina, exemplar, recolocando-os na Ordem da Soberana Lei.

Assim, pois, do “Evangelho” do Cristo e, pois, do moderníssimo “Evangelho” de Kardec: vamos lhes conhecendo e lhes avançando aos poucos, lhes aprofundando e lhes assimilando as lições altíssimas, às quais vamos-nos integrando modo vagaroso, pois que se intenciona não apenas o seu saber, sua aquisição íntima, mas também sua devida aplicação à nossa conduta cristã para com todos: Espíritos encarnados e desencarnados.


Num resumo, pois, diríamos ser isto o que estaremos a ver e a refletir com o presente e modesto e.Book: “A Revolução Ética” promovida por determinação divina, e, portanto, por determinação cristã.

O aprendiz de sempre.
Como Você: Amigo Leitor.

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ADVERTÊNCIA AOS ESPÍRITAS

É bem evidente que, num Orbe Provacional como o nosso - de Espíritos detentores de algum progresso, mas pouco observadores do “Evangelho” - o Espiritismo, no tocante aos seus mais diversos aprendizes, não poderia isentar-se de espiritistas pouco cristãos, ou seja, daqueles que, numa razão fria, destituída de coração, se debatem nas trilhas do erro, da doentia perseguição à Feb, a Roustaing, a Pietro Ubaldi, e, pasmem, ao mais importante Líder Espírita do Século 20: Francisco Cândido Xavier e sua obra monumental, sendo, de modo mais específico, ao trabalho admirável de “Brasil: Coração do Mundo: Pátria do Evangelho” (Espírito de Humberto de Campos -  prefácio do Espírito de Emmanuel - 1938 - Feb).

Mas tal perseguição, dos referidos espiritistas, e pois, anti-cristãos, também se faz aos mais simples, aos mais humildes, ou seja, justamente aos mais leais trabalhadores da Seara do Cristo, a Sagrada Seara de Jesus.

Ainda há poucos meses atrás observamos a uma dessas tristes e lamentáveis situações: de vermos um trabalhador de Jesus ser perseguido em artigo publicado na Internet, e justo: por espiritista de cérebro frio e calculista – quiçá obsedado - lançando mão de acusações descabidas, beligerantes, a um jovem honesto, cujo único erro, (que erro???), fora, e é, o de trabalhar na Seara Espírita em missão psicográfica consoladora junto àqueles que perderam seus Entes queridos pela separação dolorosa da morte física, trazendo-os de volta, espiritualmente, para o consolo dos que ficaram nas labutas da carne, da vida material.

Além do mais, de tal perseguição sofrida, ainda há aqueles que, de um coração petrificado, defendem o perseguidor com o verbo beligerante da tônica destrutiva, e, pois, patológica, pois nela faltara o gesto puro e simples do: “amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei”: (Evangelho de Jesus).

Óbvio que as conseqüências foram as devidas, ou seja: os internautas, espiritistas ou não - como o próprio ofendido pelo texto vergonhoso - em resposta justa e necessária, foram à lida: gravaram vídeo, publicaram sua repulsa ao articulista acusador e, ao cérebro frio daquele que o defendia, e se postaram a favor do jovem médium por seu trabalho digno com as hostes amigas do Nosso Senhor.

Logo, o presente e.Book se destina a todos, mas, sobretudo, ao que faltam à ‘Lei de Amor’ implantada pelo Cristo e distendida pelo “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), e outros tratados mais como já descrito em nossa modesta Introdução.
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A REVOLUÇÃO ÉTICA

Assim, pois, em vista de uma situação tão triste, e tão lamentável, como a citada anteriormente, vamos recordar Jesus - e meditá-Lo; vamos relembrar o mais importante livro espírita de todos os tempos: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK), com alguns Capítulos do mesmo, e, pois, de suas mais importantes recomendações cristãs.

E, isto, pelo entendimento de que:

-“O Evangelho de Jesus”: é o mais importante livro da humanidade terrena, um livro já adentrando o Plano da Divindade, da Misericórdia Suprema, do Mais Sagrado AMOR; plano que, por extensão, convida o Espírito humano à plenitude de: ‘Amar a Deus Acima de Todas as Coisas e ao Teu Semelhante Como a Ti mesmo’; e:

-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864): é o mais importante livro da codificação kardequiana; sem fazermos, como já dito, maiores menções à obra que lhe completa vastamente, obra de:

-“Os Quatro Evangelhos” de Jean Baptiste Roustaing (Feb), que hoje se encontra disponível a todos gratuitamente pela Internet.

-Introdução:

Na Introdução do referido “Livro” de Kardec, nos deparamos com a advertência relativa ao inatacável ‘Ensino Moral’ do “Evangelho” de Jesus:

“Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça.
É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a se conquistar,
uma ponta do véu erguida sobre a vida futura”. (Palavras de Kardec)

-Capítulo 1:

“O Cristo foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime: a moral evangélica, cristã, que deve renovar o Mundo, aproximar os homens e torná-los fraternos; que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo, e criar entre todos os homens uma solidariedade comum”.
(Um Espírito Israelita)

E, continuando:

“Uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, fazê-la morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está sujeita, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se serve para elevar a humanidade”.
(Um Espírito Israelita).

-Capítulo 2:

“Para preparar um lugar nesse reino, (vida espiritual), são necessárias à abnegação, a humildade, a caridade, a benevolência para com todos.
Não se pergunta o que foras e nem que posição ocupáveis, mas o bem que fizeste, as lágrimas que enxugastes”.
(Espírito: Uma Rainha da França).

-Capítulo 3:

“A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de Mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum servir de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus”.

Nesses mundos, os Espíritos têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência”.

“É assim que Deus, na sua Bondade, torna a correção sempre proveitosa para o progresso do Espírito”. (Santo Agostinho).

-Capítulo 4:

“Os que fracassam no caminho, (os pouco cristãos), retardam o seu adiantamento e a sua felicidade; mas nem por isso as esperanças estão perdidas. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, sairão um dia do atoleiro em que caíram”.
(Allan Kardec).

-Capítulo 5:

“Bem aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles”.
(Jesus).

-Capítulo 6:

“Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e Eu vos aliviarei”.
(Jesus).

-Capítulo 7:

Todo aquele que se eleva será rebaixado, e todo aquele que se rebaixa será elevado”.
(Jesus).

-Capítulo 8:

“Se alguém escandalizar um desses pequenos que crêem em Mim, seria melhor para ele que se lhe pendurasse ao pescoço uma dessas mós que um asno gira, e que o lançassem ao fundo do mar”.
(Jesus).

E, enfatiza o Mestre Nazareno:

“Tende muito cuidado em não desprezar nenhum desses pequenos”.
(Jesus).

-Capítulo 9:

Bem aventurados aqueles que são brandos”;
(Jesus);

“Bem aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
(Jesus).

E Kardec, em comentando dita instrução, alega:

“Por essas máximas, Jesus faz da doçura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência uma Lei; condena, por conseguinte, a violência, a cólera”:
“e mesmo toda expressão descortês  com respeito ao semelhante”.
 (Kardec).

O que nos convida, pois, a envidar esforços para a nossa sublimação, nossa revolução ética, pautando, pois, nossos atos pela cortesia, gentileza, brandura e amabilidades outras no tocante ao semelhante, ou seja, ao nosso irmão em lutas e dores também mui apreciáveis. (frp).

-Capítulo 10:

Mas também Jesus recomenda ao ofendido:

“Se perdoardes aos homens as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai celestial também vos perdoará os pecados”.
(Jesus).
E mais:

Perdoarás não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”.
(Jesus)

E ainda:

“Reconciliai o mais depressa com o vosso adversário”.
(Jesus).

E adverte os maledicentes:

“Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho?”.
(Jesus).

E, mais ainda:

“Não julgueis a fim de que não sejais julgados”.
(Jesus).

E, repreende os Espíritos penitentes que somos nós todos da proscrita raça humana:

“Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra”.
(Jesus).

-Capítulo 11:

Mestre Amado:

“Qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento”.
E aqui está o segundo semelhante ao primeiro”:

“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.

 “Toda a lei e os profetas estão encerrados nesses dois mandamentos.”
(Jesus).

No que Kardec comenta, do ponto de vista social, as conseqüências desta nova ordem de coisas:

“Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que queremos que os outros façam por nós, é a mais completa expressão da caridade, pois ela resume todos os deveres para com o próximo. Não se pode ter guia mais seguro, neste caso, do que tomando por medida aquilo que desejamos para nós mesmos. Com que direito exigiríamos de nossos semelhantes mais de bons procedimentos, de indulgência, de benevolência e de devotamento se nós não os temos para com eles?”.

“A prática dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando os homens as tomarem por regra de conduta e por base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade e farão reinar entre eles a paz e a justiça. Não haverá mais nem ódios nem dissensões, mas sim união, concórdia e benevolência mútua”. (Kardec).

E, o Espírito de Lázaro, complementa:

“O amor resume toda a Doutrina de Jesus, pois é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso adquirido. Em seu ponto de partida, o homem tem apenas instintos; mais avançado e corrompido, tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto mais alto do sentimento é o amor. Não o amor no sentido vulgar da palavra, mas esse sol interior, que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas”.

“A Lei de Amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e aniquila as misérias sociais”.

“Feliz aquele que, ultrapassando sua Humanidade, ama com imenso amor aos seus irmãos sofredores! Feliz aquele que ama, pois não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves e vive como que transportado para fora de si mesmo”. (Lázaro).

-Capítulo 12:

“Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo e odiarás aos teus inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos Céus, que faz erguer o sol sobre os bons e maus, e faz chover sobre os justos e os injustos – pois se amardes apenas aqueles que vos amam, que recompensa disso tereis? Os publicanos assim não o fazem também? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis nisso mais que os outros? Os pagãos não o fazem também? Eu vos digo que se a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.”
(Jesus).

E, sobre tal passagem, Kardec instrui sabiamente:

“Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, pois essa virtude é uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho. Entretanto, geralmente se equivoca quanto ao sentido da palavra amar, nessa circunstância. Jesus não quis dizer que se deve ter por um inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou um amigo”.

“A ternura pressupõe confiança. Ora, não podemos confiar naquele que se sabe nos querer mal. Não se pode ter para com ele demonstrações de amizade, pois sabemos que é capaz de abusar dela. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não poderá existir os impulsos de simpatia existentes entre aqueles que comungam os mesmos pensamentos. Não se pode, enfim, ter a mesma satisfação ao se encontrar com um inimigo, do que se encontrar com um amigo”.

“Esse sentimento resulta mesmo de uma lei física, a da atração e repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo emite uma corrente fluídica cuja impressão é penosa; o pensamento benévolo nos envolve de eflúvios agradáveis. Daí a diferença de sensações que experimentamos com a aproximação de um amigo ou de um inimigo”.

“Amar aos inimigos não pode, assim, significar que não se deve fazer nenhuma diferença entre eles e os amigos. Este preceito parece difícil, até mesmo impossível de se praticar, pelo fato de acreditamos, erroneamente, que ele manda dar o mesmo lugar a ambos em nosso coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a usarmos da mesma palavra, para expressar diversas formas de sentimento, a razão deve fazer as diferenças, conforme a situação”.

“Amar aos inimigos não é ter para com eles uma afeição que não está na natureza, pois o contato de um inimigo faz bater o coração de modo diferente que o contato de um amigo. Mas é não ter contra eles nenhum rancor nem desejo de vingança. É perdoar sem segundas intenções, e incondicionalmente, o mal que nos fazem. É não colocar nenhum obstáculo à reconciliação; é desejar-lhes o bem em lugar do mal; é alegrar-nos em vez de aborrecer-nos com o bem que lhes acontece; é socorrê-los em caso de necessidade; é abster-nos, por palavras e atos, de tudo o que possa prejudicá-los”.

“É, enfim, pagar-lhes o bem pelo mal, sem intenção de humilhá-los. Quem assim o faça preenche as condições do mandamento: Amai aos vossos inimigos”.
(AK).

Mandamento, ou, Sentença que, de fato, haverá de promover, como tudo que vem do Cristo, uma verdadeira ‘Revolução’ ao campo comportamental, e, pois, ‘Ético’, do Espírito humano que, não mais odiando, tratará de compreender e de amar o seu semelhante! Será o fim das contendas, das disputas e das guerras que, enfim, serão substituídas pela Nova Ordem Social do Amor e da Paz. (frp).

-Capítulo 13:

Mas, além da ‘Caridade Material’, preconiza, sobre a ‘Caridade Moral’, nosso mais importante opúsculo:

“A caridade moral consiste em se suportar uns aos outros, e é o que menos fazeis nesse mundo inferior onde estais momentaneamente encarnados. Há um grande mérito, crede-me, em saber se calar para deixar falar um mais tolo, e ainda aí está um gênero de caridade. Saber ser surdo quando uma palavra de zombaria escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que certas pessoas vos recebem, e que, muitas vezes, erradamente, se julgam superiores a vós, enquanto que”:
”na vida espírita – a única real”,
“elas estão, muitas vezes, bem longe disso. Eis aí um mérito, não de humildade, mas de caridade, pois não anotar os erros de outrem é caridade moral”.
(Espírito de Irmã Rosália).

Notemos, neste pequeno trecho, que a vida na matéria dos Mundos é passageira, e, pois, um tanto confusa e irreal, mas necessária ao Espírito faltoso que quisera emborcar a ordem do ‘Sistema’ perfeito da Obra de Deus. Logo, a vida material, do que chamamos de ‘Anti-Sistema’, é uma contrafação da Obra Divina, da Obra Espiritual do Supremo Criador.

É, pois, a vida na matéria, conquanto necessária, um emborcamento da Vida Real, sendo, pois:

“A VIDA ESPÍRITA: A VERDADEIRA VIDA DO ESPÍRITO IMORTAL”,

De que haveremos de usufruir quando de nossa liberação expiatória das coisas materiais.

E, para encerrarmos, devemos ressaltar ainda dita passagem dos Espíritos sublimes:

“Convido-vos a um grande banquete, e vos forneço a árvore em que vós todos podereis vos saciar! Vede como é bela, como está carregada de flores e frutos! Ide, ide, colhei, tomai os frutos dessa bela árvore que se chama Beneficência”.

“No lugar dos ramos que lhe arrancardes, colocarei todas as vossas boas ações e levarei essa árvore até Deus para que a carregue de novo, pois a beneficência é inesgotável. Segui-me, meus amigos, para que eu vos possa contar entre aqueles que se alistam sob a minha bandeira. Sede corajosos”;

Eu vos conduzirei ao caminho da SALVAÇÃO, porque eu sou a Caridade!”

(“OESE”-AK)

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PALAVRAS FINAIS

Assim, pois, estudamos, e estamos a estudar o referido “Evangelho” espírita há mais de quarenta anos, e longe estamos de conhecê-lo, e aplicá-lo, vivamente em nosso cotidiano, pois como lembrara altíssimo mentor da famosa obra de André Luiz, (“Nos Domínios da Mediunidade” – FCX - Feb):

“A palavra esclarece. O exemplo arrebata”.
(Opus Cit.).

Daí a necessidade de estudo e exemplificação, de trabalho e amor, pois o Espiritismo é repleto, é vastíssimo de novos ensinamentos!

Logo, como já dito, e se sabe, o Espiritismo é Ciência, é Filosofia, é Religião em Espírito e Verdade; e, muitas das vezes – como é natural - preocupa-se, o estudioso espiritista, em instruir-se na complexa e novel doutrina, em buscar-lhe todos os saberes do passado, (do Cristianismo), bem como do Século 19, (da Codificação), e, mais recentemente, do Século 20: de Divaldo Pereira Franco, de Pietro Ubaldi e de Francisco Cândido Xavier, para falarmos apenas dos melhores e dos mais requisitados do nosso tempo.

E, mais ainda, em entrosá-los, todos, ao que de melhor se fizera por meio dos grandes filósofos, (Sócrates, por exemplo), e pensadores outros da antiguidade clássica; e, obviamente, o que se fizera, em termos práticos, doutrinários, e éticos, os primeiros cristãos, e também, os que se lhe seguiram no tempo até os mais notáveis sábios científicos, (tais como Descartes, Einstein em nosso tempo, dentre outros), e, tudo isso - para os mais estudiosos espiritistas - fulgura-lhes como sendo de grande importância, e, de certa forma, sabemos que é.

Todavia, o primordial, o mais relevante para nossas Almas empedernidas é Jesus, é sua Doutrina de Redenção Salvífica, ou, como diria São Vicente de Paulo: é esse ‘Código Admirável’ que, muitas das vezes, se deixa no esquecimento, no abandono voluntário, esse ‘Resumo das Leis Divinas’! (Vide: “OESE” - 1864 – AK)

Logo, os “Evangelhos” de Jesus, de Kardec e de Roustaing, seus princípios e máximas, são, muito naturalmente, os produtores da maior revolução de nossas Almas: revolução íntima, comportamental, ética e moral de nossos Espíritos falidos, rebeldes que são: afinal.

Quando haveremos de compreender máximas sublimes de que “todo aquele que pratica o Evangelho é discípulo de Jesus qualquer seja o culto a que pertença”; ou seja: independente de religião, de filosofia, de cultura, não importa, pois, em se vivendo a prática do Evangelho, tal é, indubitavelmente, um discípulo de Jesus em sua vida íntima, ética e comportamental!

Logo, o “Evangelho” de Jesus, e, pois, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK), são, ainda, os grandes incompreendidos de todos nós, e muito mais ainda os são: “Os Quatro Evangelhos” (Feb) de Roustaing, desenvolvidos pelos próprios Espíritos dos evangelistas, dos demais apóstolos constituintes e por Moisés, o grande legislador hebreu que, afinal, detivera a magna missão de implantar o Monoteísmo na face obscura, e politeísta, do Mundo terreno.

Ora, se Moisés, por outro lado, estivera forçado a preconizar o condenável: “olho por olho, dente por dente”, Jesus, de sua parte, invertera tal ordem de ideias dizendo que:

“Um novo mandamento vos dou:
que vos ameis uns aos outros como Eu vos amo”,
pois que,
“meus discípulos serão conhecidos por se amarem, por muito se amarem”.
(João 13: 34,35).

Logo:

“Temos por evidenciar, e praticar, vivamente, um incondicional Amor ao próximo, ao semelhante nosso irmão, substituindo o Eu pelo Nós, ou seja, o egoísmo pelo altruísmo, normas fundamentais do
 Evangelho de Jesus”. 
(frp).

Assim, pois, nossa incompreensão dos “Evangelhos”, de todos eles – conquanto sua Unidade Conceitual e Espiritual – ainda é bem relevante, conquanto estarmos progredindo, mesmo que lentamente, em sua prática, promovendo toda uma Revolução Conceitual em nossas vidas, uma Revolução Ética, Íntima e Muitíssimo Pessoal. 

Logo, estivemos a produzir o presente e modestíssimo e.Book, que, como já dera para perceber, se fundamenta no Maior Revolucionário da História Humana, ou seja, em Jesus, o Cristo de Deus que, no caso, diga-se e acentua-se: Revolucionário do Bem, do Amor e da Ética, como Ele próprio estivera a viver, a experimentar e a exemplificar.

Finalizamos, pois:

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COM O DESEJO DE MELHORES ATITUDES PARA COM NOSSOS IRMÃOS DE JORNADA TERRENA, HOJE E, AINDA, NO AMANHÃ, E NO DEPOIS, QUE, CERTAMENTE, HÃO DE NOS SURGIR PELA INFINIDADE CÓSMICA DOS MUNDOS MATERIAIS E ESPIRITUAIS!

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

BIBLIOGRAFIA

-“Obra Completa de Allan Kardec”: Diversas Editoras, com destaque especial para:
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Diversas Editoras; Diversos Sites da Internet;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi” – Fundapu;
-“Os Quatro Evangelhos”: Jean B. Roustaing – Feb;
-“Bíblia Sagrada” – Versões Católica e Pentecostal.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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