Fernando Rosemberg Patrocinio
(65º. e.Book)
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A REVOLUÇÃO ÉTICA
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-Introdução-
-Advertência aos Espíritas-
-A Revolução Ética-
-Palavras Finais-
-Bibliografia-
-Relação Nossos e.Books-
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INTRODUÇÃO
Sabemos que o termo ‘Revolução’ expressa alguma mudança rápida de
poder na organização política, social, ou estrutural de uma comunidade
qualquer, como as muitas já verificadas ao plano da humanidade terrena.
Mas, ‘Revolução’, caso queira, também expressa, por exemplo, essa ágil
mudança no campo tecnológico que, afinal, trata-se de uma verdadeira revolução por
produzir radicais alterações no comportamento humano, lhe exigindo equilíbrio,
bom senso e maturidade para não nos escravizarmos ao mundo irreal, trocando-o, patologicamente,
pelo mundo real, do contacto humano, sociológico ou interpessoal.
Sendo que ‘Ética’, modo simplificado, diríamos que tal se relaciona
com o aspecto moral do Ser humano, com sua boa e exemplar postura no meio em
que vive, seja familiar, trabalhista, ou, mais amplamente: da sociedade a que
fora chamado a viver e conviver.
Logo, o título do presente e.Book, nosso 65º, e, quiçá, o último
deles: “A Revolução Ética”, vai tratar da revolução não nos moldes do que se
ministrara dantes - como algo rápido - pois iremos tratar da mudança ética do
Ser humano, que, de um plano de astúcia, em seus mais diversos campos de atuação,
haverá de transmudar-se para um plano de honestidade, tal como preconiza o mais
importante livro da humanidade:
–O “Evangelho” de Jesus: que, no Século 19, fora confirmado e,
racionalmente esclarecido, por outro não menos importante tratado: -
-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 – Allan Kardec); que,
mais ainda, foram ambos, o de Jesus e o de Kardec, vastamente desenvolvidos por
outros não menos relevantes:
-“Os Quatro Evangelhos” – Revelação da Revelação (1866 - J.B-Roustaing
– Feb).
Porém, no presente e sucinto e.Book, estaremos a ver e a rever alguns
dos mais importantes tópicos de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 – AK),
que, afinal, trata-se do livro mais inspirado de Allan Kardec que – ao
contrário do que se pensa, e se divulga - ele era sim, como todos nós o somos: Médium, e que, por tal, e, mais ainda, por sua idade já madura, estivera se
apresentando, a cada dia, mais apto a “captar” a presença de tudo quanto lhe
cercava, no caso, da Espiritualidade Superior ao comando do Espírito de Verdade
que, sabiamente, conduzia a referida obra em construção, destinada a um novo
comportar-se do Homem do Terceiro Milênio: um Homem Renovado e, pois, não mais
astuto, bélico, cruel e desumano, mas sim: honesto, altruísta, bondoso e, pois:
Humano, no sentido sinonímico da palavra; ou seja:
-Benevolente, Complacente, Justo, Benigno, Afável, Amoroso,
Condescendente, Afetuoso, Cordial, Amável, Clemente, Amigo; Caridoso, Amoroso,
Carinhoso, Compassivo, Bom, e etc., etc.
Ora, sabe-se que a Obra do Espiritismo – Codificação Espírita -, em
seu conjunto, fora pesquisada, desenvolvida e codificada em Paris, França; mas,
no caso de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864), Allan Kardec viajara
para Sainte-Adresse, também na França, para que, em retiro, na solidão
campestre, pudesse produzir, no contato com seus Superiores Espirituais, referida
obra do ponto de vista espírita, ou, consonante e harmônico, pois, com o
Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores.
E, dito contato, com seus superiores hierárquicos – os Espíritos –
é relatado em “Obras Póstumas” (1890 - AK), onde, e quando, tivemos a revelação
mediúnica de que: “Nossa ação, principalmente a do Espírito de Verdade, é
constante ao teu derredor e tal que não a podes negar”. (Opus Cit.).
E Kardec, pois, fora tão influenciado, mediunicamente, em tal obra,
que, mesmo não estando de acordo com a possibilidade de o Homem ser, de fato,
um Espírito decaído, ele, ainda assim, ou seja: Kardec: tivera de descrevê-la,
(nossa queda: o pecado original), pois seus Superiores hierárquicos - os
Espíritos - dela fizeram a mais clara menção, e óbvio, para a decepção do
próprio codificador e dos “intelectuais” espiritistas dos tempos modernos que,
ainda, não admitem referida situação do que realmente somos: Espíritos que
sucumbiram, que, pois, faliram e decaíram à matéria dos Mundos por rebeldia e
insurreição.
Assim, pois, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK) é obra
muitíssimo inspirada do ponto de vista mediúnico; é obra dos Espíritos
Superiores; é obra que revoluciona, que mexe com o clero de todas as épocas, de
todas as religiões instituídas, convidando-as ao raciocínio lógico, mais amplo,
mais completo, conquanto, em progressos ainda porvir.
Tal obra, pois: mostra o homem como um Ser falido, e, pois, em
expiação de seus erros pretéritos, dantes da matéria, e, agora, na própria
dimensão material, biológica e palingenésica de tudo e de todos dos mais
diversos reinos da natureza terrena, da natureza cósmica, universal.
É obra, pois, dito “Evangelho” (1864 – AK), não só acessível, mas
também compreensível a todos, conquanto, ainda hoje, ousamos afirmar, seja, dito
“Evangelho” de Kardec: um livro de sabedoria ética profundíssima, ao ponto de proclamarmos,
sem dúvida alguma, que: se o lermos mil vezes, por mil vezes nele encontraremos
coisas novas, seja de ordem antropológica, cultural, comportamental ou espiritual.
De ordem cultural, por exemplo, e, apesar de Kardec ter sido
muitíssimo inspirado, não deixamos de notar, do mesmo, como homem e como
médium, a questão das filtragens mediúnicas pelo seu cérebro que, estando
adaptado à sociedade do seu tempo, pudera algo influenciar da intuição recebida
- a exemplo de – em muitas de suas páginas, mencionar a atuação, e a correção
divina ao homem palingenésico, como uma forma de ‘punição’!
O que não se verifica, pois que “Deus É Amor”, (Jesus), e, pois,
Ele não castiga e não pune seus filhos amados, mas os corrige e os educa de
forma paulatina, exemplar, recolocando-os na Ordem da Soberana Lei.
Assim, pois, do “Evangelho” do Cristo e, pois, do moderníssimo
“Evangelho” de Kardec: vamos lhes conhecendo e lhes avançando aos poucos, lhes aprofundando
e lhes assimilando as lições altíssimas, às quais vamos-nos integrando modo
vagaroso, pois que se intenciona não apenas o seu saber, sua aquisição íntima, mas
também sua devida aplicação à nossa conduta cristã para com todos: Espíritos
encarnados e desencarnados.
Num resumo, pois, diríamos ser isto o que estaremos a ver e a
refletir com o presente e modesto e.Book: “A Revolução Ética” promovida por
determinação divina, e, portanto, por determinação cristã.
O aprendiz de sempre.
Como Você: Amigo Leitor.
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ADVERTÊNCIA AOS ESPÍRITAS
É bem evidente que, num
Orbe Provacional como o nosso - de Espíritos detentores de algum progresso, mas
pouco observadores do “Evangelho” - o Espiritismo, no tocante aos seus mais
diversos aprendizes, não poderia isentar-se de espiritistas pouco cristãos, ou
seja, daqueles que, numa razão fria, destituída de coração, se debatem nas
trilhas do erro, da doentia perseguição à Feb, a Roustaing, a Pietro Ubaldi, e,
pasmem, ao mais importante Líder Espírita do Século 20: Francisco Cândido
Xavier e sua obra monumental, sendo, de modo mais específico, ao trabalho
admirável de “Brasil: Coração do Mundo: Pátria do Evangelho” (Espírito de
Humberto de Campos - prefácio do
Espírito de Emmanuel - 1938 - Feb).
Mas tal perseguição, dos
referidos espiritistas, e pois, anti-cristãos, também se faz aos mais simples,
aos mais humildes, ou seja, justamente aos mais leais trabalhadores da Seara do
Cristo, a Sagrada Seara de Jesus.
Ainda há poucos meses
atrás observamos a uma dessas tristes e lamentáveis situações: de vermos um
trabalhador de Jesus ser perseguido em artigo publicado na Internet, e justo: por
espiritista de cérebro frio e calculista – quiçá obsedado - lançando mão de
acusações descabidas, beligerantes, a um jovem honesto, cujo único erro, (que
erro???), fora, e é, o de trabalhar na Seara Espírita em missão psicográfica
consoladora junto àqueles que perderam seus Entes queridos pela separação
dolorosa da morte física, trazendo-os de volta, espiritualmente, para o consolo
dos que ficaram nas labutas da carne, da vida material.
Além do mais, de tal
perseguição sofrida, ainda há aqueles que, de um coração petrificado, defendem
o perseguidor com o verbo beligerante da tônica destrutiva, e, pois, patológica,
pois nela faltara o gesto puro e simples do: “amai-vos uns aos outros assim
como Eu vos amei”: (Evangelho de Jesus).
Óbvio que as
conseqüências foram as devidas, ou seja: os internautas, espiritistas ou não -
como o próprio ofendido pelo texto vergonhoso - em resposta justa e necessária,
foram à lida: gravaram vídeo, publicaram sua repulsa ao articulista acusador e,
ao cérebro frio daquele que o defendia, e se postaram a favor do jovem médium
por seu trabalho digno com as hostes amigas do Nosso Senhor.
Logo, o presente e.Book
se destina a todos, mas, sobretudo, ao que faltam à ‘Lei de Amor’ implantada
pelo Cristo e distendida pelo “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), e
outros tratados mais como já descrito em nossa modesta Introdução.
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A REVOLUÇÃO ÉTICA
Assim, pois, em vista de
uma situação tão triste, e tão lamentável, como a citada anteriormente, vamos
recordar Jesus - e meditá-Lo; vamos relembrar o mais importante livro espírita
de todos os tempos: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK), com alguns
Capítulos do mesmo, e, pois, de suas mais importantes recomendações cristãs.
E, isto, pelo entendimento
de que:
-“O Evangelho de Jesus”:
é o mais importante livro da humanidade terrena, um livro já adentrando o Plano
da Divindade, da Misericórdia Suprema, do Mais Sagrado AMOR; plano que, por
extensão, convida o Espírito humano à plenitude de: ‘Amar a Deus Acima de Todas
as Coisas e ao Teu Semelhante Como a Ti mesmo’; e:
-“O Evangelho Segundo o
Espiritismo” (AK – 1864): é o mais importante livro da codificação kardequiana;
sem fazermos, como já dito, maiores menções à obra que lhe completa vastamente,
obra de:
-“Os Quatro Evangelhos”
de Jean Baptiste Roustaing (Feb), que hoje se encontra disponível a todos
gratuitamente pela Internet.
-Introdução:
Na Introdução do referido “Livro” de Kardec, nos
deparamos com a advertência relativa ao inatacável ‘Ensino Moral’ do “Evangelho”
de Jesus:
“Para os homens, em particular, é uma regra de
conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o
princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça.
É, por
fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a se conquistar,
uma ponta do véu erguida sobre a vida futura”. (Palavras
de Kardec)
-Capítulo 1:
“O Cristo
foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime: a moral evangélica, cristã,
que deve renovar o Mundo, aproximar os homens e torná-los fraternos; que deve
fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo, e
criar entre todos os homens uma solidariedade comum”.
(Um
Espírito Israelita)
E,
continuando:
“Uma moral,
enfim, que deve transformar a Terra, fazê-la morada de Espíritos superiores aos
que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está sujeita, que se
cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se serve para elevar a
humanidade”.
(Um
Espírito Israelita).
-Capítulo 2:
“Para preparar um lugar nesse reino, (vida
espiritual), são necessárias à abnegação, a humildade, a caridade, a
benevolência para com todos.
Não se pergunta o que foras e nem que posição ocupáveis,
mas o bem que fizeste, as lágrimas que enxugastes”.
(Espírito: Uma Rainha da França).
-Capítulo 3:
“A Terra nos oferece, pois, um
dos tipos de Mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm
por caráter comum servir de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de
Deus”.
“Nesses mundos, os Espíritos têm de lutar, ao mesmo tempo,
contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho
duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da
inteligência”.
“É assim que Deus, na sua Bondade,
torna a correção sempre proveitosa para o progresso do Espírito”. (Santo
Agostinho).
-Capítulo 4:
“Os que fracassam no caminho, (os pouco
cristãos), retardam o seu adiantamento e a sua felicidade; mas nem por isso
as esperanças estão perdidas. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os
amam, sairão um dia do atoleiro em que caíram”.
(Allan Kardec).
-Capítulo 5:
“Bem aventurados os que
choram, porque serão consolados. Bem
aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem aventurados os que
sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles”.
(Jesus).
-Capítulo 6:
“Vinde a mim, todos
vós que sofreis e que estais sobrecarregados e Eu vos aliviarei”.
(Jesus).
-Capítulo 7:
“Todo aquele que se
eleva será rebaixado, e todo aquele que se rebaixa será elevado”.
(Jesus).
-Capítulo 8:
“Se alguém escandalizar um desses pequenos que crêem em Mim, seria melhor para ele
que se lhe pendurasse ao pescoço uma dessas mós que um asno gira, e que o
lançassem ao fundo do mar”.
(Jesus).
E, enfatiza o Mestre
Nazareno:
“Tende muito cuidado em
não desprezar nenhum desses pequenos”.
(Jesus).
-Capítulo 9:
“Bem aventurados
aqueles que são brandos”;
(Jesus);
“Bem aventurados os
pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
(Jesus).
E Kardec, em comentando
dita instrução, alega:
“Por essas máximas, Jesus
faz da doçura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência uma
Lei; condena, por conseguinte, a violência, a cólera”:
“e mesmo toda expressão descortês com respeito ao semelhante”.
(Kardec).
O que nos convida, pois,
a envidar esforços para a nossa sublimação, nossa revolução ética, pautando,
pois, nossos atos pela cortesia, gentileza, brandura e amabilidades outras no
tocante ao semelhante, ou seja, ao nosso irmão em lutas e dores também mui
apreciáveis. (frp).
-Capítulo 10:
Mas também Jesus
recomenda ao ofendido:
“Se perdoardes aos homens
as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai celestial também vos perdoará os
pecados”.
(Jesus).
E mais:
“Perdoarás não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”.
(Jesus)
E ainda:
“Reconciliai o mais
depressa com o vosso adversário”.
(Jesus).
E adverte os
maledicentes:
“Por que vedes um argueiro
no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho?”.
(Jesus).
E, mais ainda:
“Não julgueis a fim de que
não sejais julgados”.
(Jesus).
E, repreende os Espíritos
penitentes que somos nós todos da proscrita raça humana:
“Aquele que estiver sem
pecado que atire a primeira pedra”.
(Jesus).
-Capítulo 11:
Mestre
Amado:
“Qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amarás o
Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento”.
“E aqui está o segundo
semelhante ao primeiro”:
“Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo”.
“Toda a lei e os profetas
estão encerrados nesses dois mandamentos.”
(Jesus).
No que Kardec comenta, do
ponto de vista social, as conseqüências desta nova ordem de coisas:
“Amar ao
próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que queremos que os outros façam
por nós, é a mais completa expressão da caridade, pois ela resume todos os
deveres para com o próximo. Não se pode ter guia mais seguro, neste caso, do
que tomando por medida aquilo que desejamos para nós mesmos. Com que direito
exigiríamos de nossos semelhantes mais de bons procedimentos, de indulgência, de
benevolência e de devotamento se nós não os temos para com eles?”.
“A prática
dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando os homens as tomarem por
regra de conduta e por base de suas instituições, compreenderão a verdadeira
fraternidade e farão reinar entre eles a paz e a justiça. Não haverá mais nem
ódios nem dissensões, mas sim união, concórdia e benevolência mútua”. (Kardec).
E, o Espírito de Lázaro,
complementa:
“O amor
resume toda a Doutrina de Jesus, pois é o sentimento por excelência, e os
sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso adquirido. Em seu
ponto de partida, o homem tem apenas instintos; mais avançado e corrompido, tem
sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto mais alto do
sentimento é o amor. Não o amor no sentido vulgar da palavra, mas esse sol
interior, que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas
as revelações sobre-humanas”.
“A Lei de Amor
substitui a personalidade pela fusão dos seres e aniquila as misérias sociais”.
“Feliz
aquele que, ultrapassando sua Humanidade, ama com imenso amor aos seus irmãos
sofredores! Feliz aquele que ama, pois não conhece as angústias da alma, nem as
do corpo! Seus pés são leves e vive como que transportado para fora de si mesmo”.
(Lázaro).
-Capítulo 12:
“Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo e odiarás aos teus
inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, fazei o bem àqueles
que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e caluniam, para serdes
filhos de vosso Pai, que está nos Céus, que faz erguer o sol sobre os bons e
maus, e faz chover sobre os justos e os injustos – pois se amardes apenas
aqueles que vos amam, que recompensa disso tereis? Os publicanos assim não o
fazem também? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis nisso mais que
os outros? Os pagãos não o fazem também? Eu vos digo que se a vossa justiça não
for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino
dos Céus.”
(Jesus).
E, sobre tal passagem,
Kardec instrui sabiamente:
“Se o amor
ao próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação
sublime, pois essa virtude é uma das maiores vitórias conquistadas sobre o
egoísmo e o orgulho. Entretanto, geralmente se equivoca quanto ao sentido da
palavra amar, nessa circunstância. Jesus não quis dizer que se deve ter por um
inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou um amigo”.
“A ternura
pressupõe confiança. Ora, não podemos confiar naquele que se sabe nos querer
mal. Não se pode ter para com ele demonstrações de amizade, pois sabemos que é
capaz de abusar dela. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não poderá
existir os impulsos de simpatia existentes entre aqueles que comungam os mesmos
pensamentos. Não se pode, enfim, ter a mesma satisfação ao se encontrar com um
inimigo, do que se encontrar com um amigo”.
“Esse
sentimento resulta mesmo de uma lei física, a da atração e repulsão dos
fluidos. O pensamento malévolo emite uma corrente fluídica cuja impressão é
penosa; o pensamento benévolo nos envolve de eflúvios agradáveis. Daí a
diferença de sensações que experimentamos com a aproximação de um amigo ou de
um inimigo”.
“Amar aos
inimigos não pode, assim, significar que não se deve fazer nenhuma diferença
entre eles e os amigos. Este preceito parece difícil, até mesmo impossível de se
praticar, pelo fato de acreditamos, erroneamente, que ele manda dar o mesmo
lugar a ambos em nosso coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a
usarmos da mesma palavra, para expressar diversas formas de sentimento, a razão
deve fazer as diferenças, conforme a situação”.
“Amar aos
inimigos não é ter para com eles uma afeição que não está na natureza, pois o
contato de um inimigo faz bater o coração de modo diferente que o contato de um
amigo. Mas é não ter contra eles nenhum rancor nem desejo de vingança. É
perdoar sem segundas intenções, e incondicionalmente, o mal que nos fazem. É
não colocar nenhum obstáculo à reconciliação; é desejar-lhes o bem em lugar do
mal; é alegrar-nos em vez de aborrecer-nos com o bem que lhes acontece; é
socorrê-los em caso de necessidade; é abster-nos, por palavras e atos, de tudo
o que possa prejudicá-los”.
“É, enfim, pagar-lhes o bem pelo mal, sem intenção de humilhá-los.
Quem assim o faça preenche as condições do mandamento: Amai aos vossos
inimigos”.
(AK).
Mandamento, ou, Sentença
que, de fato, haverá de promover, como tudo que vem do Cristo, uma verdadeira
‘Revolução’ ao campo comportamental, e, pois, ‘Ético’, do Espírito humano que,
não mais odiando, tratará de compreender e de amar o seu semelhante! Será o fim
das contendas, das disputas e das guerras que, enfim, serão substituídas pela
Nova Ordem Social do Amor e da Paz. (frp).
-Capítulo 13:
Mas, além da ‘Caridade
Material’, preconiza, sobre a ‘Caridade Moral’, nosso mais importante opúsculo:
“A caridade moral consiste em se suportar uns aos outros, e é o que
menos fazeis nesse mundo inferior onde estais momentaneamente encarnados. Há um
grande mérito, crede-me, em saber se calar para deixar falar um mais tolo, e ainda
aí está um gênero de caridade. Saber ser surdo quando uma palavra de zombaria
escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que certas
pessoas vos recebem, e que, muitas vezes, erradamente, se julgam superiores a
vós, enquanto que”:
”na vida espírita – a
única real”,
“elas estão, muitas vezes, bem longe disso. Eis aí um mérito, não
de humildade, mas de caridade, pois não anotar os erros de outrem é caridade
moral”.
(Espírito de Irmã Rosália).
Notemos, neste
pequeno trecho, que a vida na matéria dos Mundos é passageira, e, pois, um
tanto confusa e irreal, mas necessária ao Espírito faltoso que quisera emborcar
a ordem do ‘Sistema’ perfeito da Obra de Deus. Logo, a vida material, do que
chamamos de ‘Anti-Sistema’, é uma contrafação da Obra Divina, da Obra
Espiritual do Supremo Criador.
É, pois, a
vida na matéria, conquanto necessária, um emborcamento da Vida Real, sendo,
pois:
“A VIDA ESPÍRITA: A
VERDADEIRA VIDA DO ESPÍRITO IMORTAL”,
De que haveremos
de usufruir quando de nossa liberação expiatória das coisas materiais.
E, para encerrarmos, devemos
ressaltar ainda dita passagem dos Espíritos sublimes:
“Convido-vos
a um grande banquete, e vos forneço a árvore em que vós todos podereis vos saciar!
Vede como é bela, como está carregada de flores e frutos! Ide, ide, colhei,
tomai os frutos dessa bela árvore que se chama Beneficência”.
“No lugar
dos ramos que lhe arrancardes, colocarei todas as vossas boas ações e levarei essa
árvore até Deus para que a carregue de novo, pois a beneficência é inesgotável.
Segui-me, meus amigos, para que eu vos possa contar entre aqueles que se
alistam sob a minha bandeira. Sede corajosos”;
“Eu vos conduzirei ao
caminho da SALVAÇÃO, porque eu sou a Caridade!”
(“OESE”-AK)
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PALAVRAS FINAIS
Assim, pois, estudamos, e estamos a estudar o referido “Evangelho”
espírita há mais de quarenta anos, e longe estamos de conhecê-lo, e aplicá-lo, vivamente
em nosso cotidiano, pois como lembrara altíssimo mentor da famosa obra de André
Luiz, (“Nos Domínios da Mediunidade” – FCX - Feb):
“A palavra esclarece. O exemplo arrebata”.
(Opus Cit.).
Daí a necessidade de estudo e exemplificação, de trabalho e amor,
pois o Espiritismo é repleto, é vastíssimo de novos ensinamentos!
Logo, como já dito, e se sabe, o Espiritismo é Ciência, é
Filosofia, é Religião em Espírito e Verdade; e, muitas das vezes – como é
natural - preocupa-se, o estudioso espiritista, em instruir-se na complexa e novel
doutrina, em buscar-lhe todos os saberes do passado, (do Cristianismo), bem
como do Século 19, (da Codificação), e, mais recentemente, do Século 20: de
Divaldo Pereira Franco, de Pietro Ubaldi e de Francisco Cândido Xavier, para
falarmos apenas dos melhores e dos mais requisitados do nosso tempo.
E, mais ainda, em entrosá-los, todos, ao que de melhor se fizera
por meio dos grandes filósofos, (Sócrates, por exemplo), e pensadores outros da
antiguidade clássica; e, obviamente, o que se fizera, em termos práticos, doutrinários,
e éticos, os primeiros cristãos, e também, os que se lhe seguiram no tempo até
os mais notáveis sábios científicos, (tais como Descartes, Einstein em nosso
tempo, dentre outros), e, tudo isso - para os mais estudiosos espiritistas -
fulgura-lhes como sendo de grande importância, e, de certa forma, sabemos que
é.
Todavia, o primordial, o mais relevante para nossas Almas
empedernidas é Jesus, é sua Doutrina de Redenção Salvífica, ou, como diria São
Vicente de Paulo: é esse ‘Código Admirável’ que, muitas das vezes, se deixa no
esquecimento, no abandono voluntário, esse ‘Resumo das Leis Divinas’! (Vide:
“OESE” - 1864 – AK)
Logo, os “Evangelhos” de Jesus, de Kardec e de Roustaing, seus
princípios e máximas, são, muito naturalmente, os produtores da maior revolução
de nossas Almas: revolução íntima, comportamental, ética e moral de nossos
Espíritos falidos, rebeldes que são: afinal.
Quando haveremos de compreender máximas sublimes de que “todo
aquele que pratica o Evangelho é discípulo de Jesus qualquer seja o culto a que
pertença”; ou seja: independente de religião, de filosofia, de cultura, não
importa, pois, em se vivendo a prática do Evangelho, tal é, indubitavelmente,
um discípulo de Jesus em sua vida íntima, ética e comportamental!
Logo, o “Evangelho” de Jesus, e, pois, “O Evangelho Segundo o
Espiritismo” (1864 - AK), são, ainda, os grandes incompreendidos de todos nós,
e muito mais ainda os são: “Os Quatro Evangelhos” (Feb) de Roustaing,
desenvolvidos pelos próprios Espíritos dos evangelistas, dos demais apóstolos
constituintes e por Moisés, o grande legislador hebreu que, afinal, detivera a
magna missão de implantar o Monoteísmo na face obscura, e politeísta, do Mundo
terreno.
Ora, se Moisés, por outro lado, estivera forçado a preconizar o
condenável: “olho por olho, dente por dente”, Jesus, de sua parte, invertera
tal ordem de ideias dizendo que:
“Um novo mandamento vos dou:
que vos ameis uns aos
outros como Eu vos amo”,
pois que,
“meus discípulos serão conhecidos por se amarem, por muito se amarem”.
(João 13: 34,35).
Logo:
“Temos por evidenciar, e praticar, vivamente, um incondicional Amor
ao próximo, ao semelhante nosso irmão, substituindo o Eu pelo Nós, ou seja, o
egoísmo pelo altruísmo, normas fundamentais do
Evangelho de Jesus”.
(frp).
Assim, pois, nossa incompreensão dos “Evangelhos”, de todos eles –
conquanto sua Unidade Conceitual e Espiritual – ainda é bem relevante, conquanto
estarmos progredindo, mesmo que lentamente, em sua prática, promovendo toda uma
Revolução Conceitual em nossas vidas, uma Revolução Ética, Íntima e Muitíssimo
Pessoal.
Logo, estivemos a produzir o presente e modestíssimo e.Book, que,
como já dera para perceber, se fundamenta no Maior Revolucionário da História
Humana, ou seja, em Jesus, o Cristo de Deus que, no caso, diga-se e acentua-se:
Revolucionário do Bem, do Amor e da Ética, como Ele próprio estivera a viver, a
experimentar e a exemplificar.
Finalizamos, pois:
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COM O DESEJO DE MELHORES ATITUDES PARA COM NOSSOS IRMÃOS
DE JORNADA TERRENA, HOJE E, AINDA, NO AMANHÃ, E NO DEPOIS, QUE, CERTAMENTE, HÃO
DE NOS SURGIR PELA INFINIDADE CÓSMICA DOS MUNDOS MATERIAIS E ESPIRITUAIS!
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Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
BIBLIOGRAFIA
-“Obra Completa de Allan Kardec”: Diversas Editoras, com destaque
especial para:
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Diversas Editoras; Diversos Sites
da Internet;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi” – Fundapu;
-“Os Quatro Evangelhos”: Jean B. Roustaing – Feb;
-“Bíblia Sagrada” – Versões Católica e Pentecostal.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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