O CÓDIGO ADMIRÁVEL
No presente texto
estaremos a recordar o mais importante livro espírita de todos os tempos: “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK) por meio de alguns Capítulos do
mesmo, e, pois, de suas mais importantes recomendações éticas.
Ora, para nós:
-O “Evangelho” de Jesus é
o mais importante livro da humanidade terrena, um livro já adentrando o plano
da misericórdia suprema, o plano, pois, do divino, do mais sagrado AMOR, que,
por extensão, convida o Espírito humano à dignidade de: ‘Amar a Deus Acima de
Todas as Coisas e ao Teu Semelhante Como a Ti mesmo’; e repetiríamos, mais
ainda, que:
-“O Evangelho Segundo o
Espiritismo” (AK – 1864): é o mais importante livro da codificação kardequiana,
e que, pois, muito bem completa, e nos traz, à luz do Espiritismo – Doutrina
dos Espíritos Superiores - o entendimento claro, ético e cristão, daquele
primeiro “Evangelho”, nos iluminando os sentimentos e clarificando nossa razão,
nosso proceder diante da vida, e, repito, diante do nosso irmão.
-Introdução:
Já no início do mesmo nos deparamos com a advertência
relativa ao inatacável ‘Ensinamento Moral’ do Evangelho de Jesus:
“Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que
abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas
as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da
felicidade a se conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura”. (Palavras de Allan
Kardec)
-Capítulo 1:
“O Cristo
foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime: a moral evangélica, cristã,
que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los fraternos; que deve
fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo, e
criar entre todos os homens uma solidariedade comum”.
E,
continuando:
“Uma moral,
enfim, que deve transformar a Terra, fazê-la morada de Espíritos superiores aos
que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está sujeita, que se
cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se serve para elevar a
humanidade”. (Um Espírito Israelita).
-Capítulo 2:
“Para preparar um lugar nesse reino, (vida espiritual) são
necessárias à abnegação, a humildade, a caridade, a benevolência para com todos.
Não se pergunta o que foras e nem posição que ocupavas, mas o bem que fizeste,
as lágrimas que enxugastes”. (Uma Rainha da França).
-Capítulo 3:
“A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos
expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum
servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos, os Espíritos têm de lutar, ao mesmo tempo,
contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho
duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da
inteligência. È assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo
proveitoso para o progresso do Espírito”. (Santo Agostinho).
-Capítulo 4:
“Os que fracassam no caminho, (os pouco cristãos), retardam o seu
adiantamento e a sua felicidade; mas nem por isso as esperanças estão
perdidas. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, sairão um dia do
atoleiro em que caíram”. (Allan Kardec).
-Capítulo 5:
“Bem aventurados os que
choram, porque serão consolados. Bem aventurados os que tem fome e sede de
justiça, porque serão saciados. Bem aventurados os que sofrem perseguição
pela justiça, porque o reino dos céus é para eles”. (Jesus).
-Capítulo 6:
“Vinde a mim, todos
vós que sofreis e que estais sobrecarregados e Eu vos aliviarei”. (Jesus).
-Capítulo 7:
“Todo aquele que se
eleva será rebaixado, e todo aquele que se rebaixa será elevado”. (Jesus).
-Capítulo 8:
“Se alguém escandalizar
um desses pequenos que crêem em mim, seria melhor para ele que se lhe
pendurasse ao pescoço uma dessas mós que um asno gira, e que o lançassem ao
fundo do mar”. (Jesus).
E, enfatiza o Mestre
Nazareno:
Tende muito cuidado em
não desprezar nenhum desses pequenos”. (Jesus).
-Capítulo 9:
“Bem aventurados
aqueles que são brandos”; (Jesus);
“Bem aventurados os
pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus”. (Jesus).
E Kardec, em comentando
dita instrução alega:
“Por essas máximas, Jesus
faz da doçura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência uma
Lei; condena, por conseguinte, a violência, a cólera”:
“e mesmo toda expressão
descortês com respeito ao semelhante”
(Opus Cit.).
O que nos convida, pois,
a envidar esforços para a nossa sublimação íntima, nossa revolução ética no
sentido de se pautar nossos atos pela cortesia, gentileza, brandura e
amabilidades outras no tocante ao semelhante, ou seja, ao nosso irmão em lutas
e dores também bastante apreciáveis. (frp).
-Capítulo 10:
Mas também Jesus
recomenda ao ofendido:
“Se perdoardes aos homens
as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai celestial também vos perdoará os
pecados”. E mais: “Perdoarás não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”.
E ainda: “Reconciliai o mais depressa com o vosso adversário”. (Jesus).
E adverte os
maledicentes:
“Por que vedes um
argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho?”.
E, mais ainda: “Não julgueis a fim de que não sejais julgados”.
E, repreende os Espíritos
penitentes que somos todos nós da proscrita raça humana:
“Aquele que estiver sem
pecado que atire a primeira pedra”. (Jesus).
-Capítulo 11:
”Mestre,
qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amarás ao Senhor teu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.
Este é o maior e o primeiro mandamento. E aqui está o segundo, semelhante ao primeiro:
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas estão encerrados nesses dois
mandamentos.” (Mateus, XXII:34-40)
No que Kardec comenta, do
ponto de vista social, as conseqüências desta nova ordem de coisas:
“Amar ao
próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que queremos que os outros façam
por nós, é a mais completa expressão da caridade, pois ela resume todos os
deveres para com o próximo. Não se pode ter guia mais seguro, neste caso, do
que tomando por medida aquilo que desejamos para nós mesmos. Com que direito
exigiríamos de nossos semelhantes bons procedimentos, indulgência, benevolência
e devotamento se nós mesmos não os temos com eles?”.
“A prática
dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando os homens as tomarem por
regra de conduta e por base de suas instituições, compreenderão a verdadeira
fraternidade e farão reinar entre si a paz e a justiça. Não haverá mais nem
ódios nem dissensões, mas sim união, concórdia e benevolência mútua”. (Kardec).
E, o Espírito de Lázaro,
complementa:
“O amor
resume toda a Doutrina de Jesus, pois é o sentimento por excelência, e os
sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso adquirido. Em seu
ponto de partida, o homem tem apenas instintos; mais avançado e corrompido, tem
apenas sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto alto
do sentimento é o amor. Não o amor no sentido vulgar da palavra, mas esse sol
interior, que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas
as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e
aniquila as misérias sociais. Feliz
aquele que, sobrelevando-se à Humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos
sofredores! Feliz aquele que ama, pois não conhece as angústias da alma, nem as
do corpo! Seus pés são leves e ele vive como que transportado fora de si
mesmo”. (Lázaro).
-Capítulo 12:
“Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo e odiarás aos teus
inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, fazei o bem àqueles
que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e caluniam, para serdes
filhos de vosso Pai, que está nos Céus, o qual faz nascer o sol sobre os bons e
maus, e vir a chuva sobre os justos e os injustos – pois se amardes apenas
aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos assim não o fazem
também? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis nisso de mais
especial? Os pagãos não o fazem também? Eu vos digo que, se a vossa justiça não
for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino
dos Céus.” (Jesus).
E, sobre tal passagem,
temos do codificador Allan Kardec a seguinte instrução:
“Se o amor
ao próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação
sublime, pois essa virtude é uma das maiores vitórias conquistadas sobre o
egoísmo e o orgulho. Entretanto, geralmente nos equivocamos quanto ao sentido
do verbo amar, nessa circunstância. Jesus não quis dizer que se deve ter por um
inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou um amigo”.
“A ternura
pressupõe confiança. Ora, não podemos confiar naquele que se sabe que nos quer
mal. Não se pode ter para com ele demonstrações de amizade, porque sabemos que
é capaz de abusar delas. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não
poderia existir os impulsos de simpatia existentes entre aqueles que comungam
os mesmos pensamentos. Não se pode, enfim, ter a mesma satisfação ao encontrar
um inimigo, que se tem com um amigo”.
“Esse
sentimento resulta de uma lei física, a da atração e repulsão de fluidos. O
pensamento malévolo emite uma corrente fluídica cuja impressão é penosa; o
pensamento caridoso nos envolve com eflúvios agradáveis. Daí a diferença de
sensações que experimentamos com a aproximação de um amigo ou de um inimigo”.
“Amar aos
inimigos não pode, assim, significar que não se deve fazer nenhuma diferença
entre eles e os amigos. Este preceito parece difícil, até mesmo impossível de
praticar, porque acreditamos erroneamente que ele manda dar o mesmo lugar a
ambos no coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a usarmos da
mesma palavra, para expressar diversas formas de sentimento, a razão deve fazer
as diferenças necessárias, segundo a situação”.
“Amar aos
inimigos não é ter por eles uma afeição que não é natural, pois o contato de um
inimigo faz bater o coração de maneira totalmente contrária ao contato de um
amigo. Mas é não ter contra eles nenhum rancor nem desejo de vingança. É
perdoar sem segundas intenções e incondicionalmente, o mal que nos fazem. É não
colocar nenhum obstáculo à reconciliação; é desejar-lhes o bem em lugar do mal;
é alegrar-nos em vez de aborrecer-nos com o bem que lhes acontece; é
socorrê-los em caso de necessidade; é abster-nos, por palavras e atitudes, de
tudo o que possa prejudicá-los”.
“É, enfim,
pagar-lhes o bem pelo mal, sem intenção de humilhá-los. Quem assim fizer
preenche as condições do mandamento: Amai aos vossos inimigos”. (Kardec).
Sentença que, de fato,
haverá de promover, como tudo que vem do Cristo, uma verdadeira “Revolução” ao campo
comportamental, e, pois, “Ético”, do Espírito humano que, não mais odiando,
tratará de compreender e de amar o seu semelhante! Será o fim do ódio e das
guerras que serão, enfim, substituídos, pela Nova Ordem Social do Amor e da
Paz. (frp).
-Capítulo 13:
Mas, além da ‘Caridade
Material’, preconiza, sobre a ‘Caridade Moral’, nosso mais importante opúsculo:
“A
caridade moral consiste em se suportar uns aos outros, e é o que menos fazeis
nesse mundo inferior onde estais momentaneamente encarnados. Há um grande
mérito, crede-me, em saber se calar para deixar falar um mais tolo, e ainda aí
está um gênero de caridade. Saber ser surdo quando uma palavra de zombaria
escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que
vos recebem as pessoas que, muitas vezes, erradamente, se julgam superiores a
vós, enquanto que, na vida espírita – a única real – elas estão, muitas vezes, bem longe disso. Eis aí um mérito, não
de humildade, mas de caridade, pois não anotar os erros de outrem é caridade
moral”. (Espírito de Irmã Rosália).
Notemos,
neste pequeno trecho, que a vida na matéria dos Mundos é passageira, e, pois,
um tanto confusa e irreal, mas necessária ao Espírito faltoso que quisera
emborcar a ordem contida no ‘Sistema’ espiritual perfeito da Obra de Deus.
Logo, a vida material, do nosso ‘Anti-Sistema’, dos mundos universais, é uma
contrafação da Obra Espiritual Divina; é, na verdade, um seu emborcamento e
falsidade, sendo, pois, a vida espírita: a verdadeira vida, de que usufruiremos, pois, quando de nossa libertação das coisas
materiais. (frp).
E, para encerrarmos, de
tal Capítulo 13, ainda, devemos ressaltar dita passagem dos Espíritos sublimes:
“Convido-vos
a um grande banquete, e vos forneço a árvore em que vós todos podereis saciar-vos!
Vede como é bela, como está carregada de flores e frutos! Ide, ide, colhei,
tomai todos os frutos dessa bela árvore que se chama Beneficência. (ou, noutros termos: Caridade)”.
“No lugar
dos ramos que lhe arrancardes, colocarei todas as vossas boas ações e levarei
essa árvore ate Deus para que a carregue de novo, pois a beneficência é
inesgotável. Segui-me, meus amigos, para que eu vos possa contar entre aqueles
que se alistam sob a minha bandeira. Sede corajosos”;
“Eu vos conduzirei ao
caminho da SALVAÇÃO, porque eu sou a Caridade!”
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Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese
do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
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Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br
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