Fernando
Rosemberg Patrocinio
(54º.
e.Book)
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ANÁLISE
de
TEMAS CODIFICADOS
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-Introdução
-Tema 1: ESPIRITISMO: OBRA EM CONSTRUÇÃO
-Tema 2: UM HOMEM ALGO ALÉM DO SEU TEMPO
-Tema 3: MAS MISSIONÁRIO DO SENHOR JESUS
-Tema 4: INOLVIDÁVEL RETIFICAÇÃO A KARDEC
-Tema 5: O HOMEM DE BEM TIRA BOAS COISAS
-Tema 6: OS PERIGOS DO FANATISMO ESPÍRITA
-Tema 7: SÉCULO 20 CONFIRMANDO SÉCULO 19
-Bibliografia
-Relação Nossos e.Books
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INTRODUÇÃO:
Já vimos, em e.Book anterior, que cada indivíduo,
espiritista ou não, simpatizante ou antagonista da Doutrina, vê o Espiritismo
como quer, ou, como deseja ver, seguindo linhas estruturais do seu saber, sua
faixa evolutiva que vai da Mentalidade pré-Lógica à Inteligência Formal.
Ao nosso modo de ver, as mais importantes obras
do Espiritismo no Século 19, e que entendo como ‘Trilogia Codificada’, são,
exatamente:
-“O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec – 1857);
-“O Livro dos Médiuns” (AK – 1861); e:
-“O Evangelho Segundo Espiritismo” (AK – 1864)...
Por entendermos
que a quarta e a quinta obras da Codificação Espírita: “O Céu e o Inferno” (AK
– 1865) e “A Gênese” (AK - 1869), expressam muito mais os saberes do seu organizador
à época, que, conforme já visto em nosso 50º. e.Book: ‘Trilogia Codificada e Rustenismo’,
referidos trabalhos estão um tanto superados por apresentar deslizes doutrinários,
equívocos filosóficos e erros científicos tão fáceis de se constatar.
Ora, tudo vai se superando e se modificando pelo
avanço do tempo evolutivo; exceto o que for de caráter eterno, como o É, por
exemplo: o ‘Evangelho’ e sua constelação de virtudes que se unificam no Amor,
na Misericórdia, na Ética, na Caridade e na Humildade.
Tudo o mais está tendente a ser revisto no curso
do tempo e da evolução.
De tal forma que: as obras “A Gênese” e “O Céu e
o Inferno” apresentam vários desacertos, os quais, nesta última, por exemplo, no
que se refere às situações da Vida Além-Túmulo, se deixara abalar até mesmo por
obra de pastor protestante: “A Vida Além do Véu”, de George Dale Owen; e, cá em
nosso meio, pela elegantérrima e científica coleção de André Luiz (Chico
Xavier), a famosíssima: “Série Nosso Lar” ou “Série André Luiz” editada pela Feb
e composta por 16 importantes volumes, muitíssimo atuais e que são verdadeiros
best-sellers.
Além do mais, na referida obra, (“O Céu e o Inferno”),
Kardec se empenhara em fazer críticas severas à Igreja e suas crenças, quando,
por toda parte, e mesmo em seus dogmas, temos algo da verdade de todos os
tempos: de Deus, do Espírito, da Queda Espiritual, da Palingenesia e, pois, da
Imortalidade.
Por outro lado, ainda, há expressões, em dita
obra, (“OCI”), que desautorizam o Cristianismo e o Espiritismo, como, por
exemplo, na Segunda Parte, Capítulo 4, ‘O Castigo’, página assinada pelo
Espírito que se autodenomina Georges. No final de sua mensagem temos algo no
mínimo desconcertante ao falar do “Deus Vingador, o Deus triunfante de
todo o mal, que não poderá apaziguar senão a força de gemidos e
expiações”. (Opus Citado).
E, mais ainda: com a concordância de Kardec que
aplaude tal assertiva com as palavras de que: “Jamais foi traçado quadro mais
eloqüente, mais terrível e mais verdadeiro, da sorte do mau”. (Opus Cit.). Ora,
tais colocações são afrontas ao Cristianismo e ao Espiritismo; e isto pelo fato
de que há cerca de dois mil anos atrás nos fora revelado que:
“DEUS É AMOR”. (João 1,
cap. 4),
E não ‘Vingador’; e, mais ainda: dito quadro não
é verdadeiro como o pretendia Kardec, e sim: inverídico e deturpado por mostrar
um Deus: “que não poderá apaziguar senão à força de gemidos e expiações”,
o que é um absurdo doutrinário. Doutra parte, sabemos que o Espiritismo é
Doutrina progressiva, que não se paralisa no tempo. E o próprio Kardec divulgava
tal propriedade doutrinária.
Logo, não é anti-doutrinário criticarmos e, pois,
falarmos de algumas superações, ou, defecções, da obra de Kardec, exceto pelos
puristas, os engessados, os paralisados no Século 19, que, por sua vez,
consideram o Codificador como um Deus e não como um Ser humano suscetível de
erros e de deslizes como quaisquer de nós.
O que não se verifica, ou, não se verificara, com
a ‘Trilogia Codificada’, obra imortalista, perene e muito atual, exceto por
alguns raríssimos pontos que, aliás, alguns deles, serão objetos do presente
estudo, amparado, ao demais, pelos nossos instrutores da Espiritualidade que,
não se mostram aqui, senão para o nosso evolver ético, axiológico e cultural.
O humilde autor:
Rosemberg
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TEMA (1):
ESPIRITISMO: OBRA EM CONSTRUÇÃO
Devemos estabelecer, neste nosso primeiro tema,
algumas considerações fundamentais atinentes ao Espiritismo e, sobretudo, do
seu primeiro volume, considerando que:
“’O Livro dos Espíritos’ não é um tratado completo de Espiritismo;
apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver
sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” – AK -
Julho de 1866).
Ora, isto fora escrito pelo codificador na
“Revista Espírita” em Julho de 1866, e, pois, bem adiante das primeiras edições
de tal “Livro” que datam de 1857 e 1860, sendo esta a edição duplicada daquela
outra, e, constando, pois, de 1018 perguntas e respostas de, respectivamente,
Allan Kardec, e, dos Espíritos Superiores.
No que reúne, o codificador, naquela sua palavra
em destaque, sobradas razões, afinal, o Espiritismo e tido pelos seus
organizadores: os Espíritos Superiores: como ‘Ciência do Infindável’, ou seja:
tendo um início, que, entretanto, encerra o infinito por destinação, porquanto,
o Universo astronômico, e sua contraparte espiritual, é de ordem que escapa às
nossas frágeis conjecturas por sua infinitude mesma; e, além do mais “Deus há
criado sempre, cria incessantemente e jamais deixará de criar” (“AG”-AK), o que
importa uma dinâmica e uma ordem de idéias que estão muito além de nossa
restrita capacidade, nossa compreensão.
Logo, o Espiritismo codificado, num todo, é uma obra em construção,
haja vista, desde seu início, as diferenças notadas entre “O Livro dos
Espíritos” de 1857 com sua versão definitiva de 1860, observando-se, no
primeiro deles, como se sabe, pelo menos três grandes equívocos que já
estudamos, mais detalhadamente, em nosso 11º. e.Book: “Fatos e Objeções”, e
que, por sua vez, não nos cabe repeti-los por agora; bastando, caso queira o
leitor, que o consulte para a retirada de suas dúvidas.
Importando-nos, por agora, apenas recordar que,
se o primeiro “O Livro dos Espíritos” (1857), de alguma sorte, sofrera
influência de Espíritos menos evolvidos, como reconhecera o próprio
codificador, é óbvio que, o segundo, de 1860, também não escapara de tal,
conquanto as correções que se pudera fazer do primeiro para o segundo.
É o que veremos a seguir.
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TEMA (2):
UM HOMEM ALGO ALÉM DO SEU TEMPO
Assim, dir-se-ia que o primeiro “O Livro dos Espíritos” (AK –
1857) sofrera, indubitavelmente, influência de Espíritos menos avançados, e
isto não é novidade porquanto o próprio Kardec dissera, na Introdução do mesmo,
o seguinte:
“As respostas, em certos casos, têm um cunho de tanta
sabedoria, profundeza e propriedade; revelam pensamentos tão elevados, tão
sublimes, que não podem emanar senão de uma Inteligência superior, toda
impregnada da moral mais pura; são de outras vezes tão levianas, tão frívolas,
tão triviais mesmo, que o bom senso se recusa a admitir que possam elas haver
brotado da mesma fonte. Esta diversidade de linguagem só se poderia explicar
pela diversidade das Inteligências que se manifestam”. (Opus Cit.).
Assim, pois, se a edição de 1860 corrige e amplia a de 1857,
isto não quer dizer que esta última desmereça correções e aprofundamentos, pois
que, para Kardec mesmo, como dito em 1866, e já descrito supra, referido
“Livro” não está, como é óbvio, em toda a sua integralidade, cujos princípios e
temáticas hão de se desenvolver por novos estudos e novas observações.
Ora, tal
obra se refere ao Espiritismo básico, do seu ‘abc’, e, pois, está muito distante
dos seus últimos patamares no Infinito, cumprindo-nos, por agora, tratar de
seus desenvolvimentos e de suas correções, sobretudo, do que não estiver
condizente com os fatos, sejam eles filosóficos ou científicos.
Assim, pois, no tocante a correções, deve-se
dizer, já de início, que tais não se mostram apenas no tocante ao ensino
extraído das comunicações mediúnicas, mas, modo igual, de certas posturas
adotadas pelo próprio organizador doutrinário, em que pese sua figura
missionária, mas não infalível, sobretudo no tocante a temas de uma doutrina
inteiramente nova e tão complexa.
Ora, trata-se, o conjunto doutrinário do
Espiritismo, da relação de Seres invisíveis aos olhos carnais, que se
auto-denominaram: Espíritos, ou, melhor ainda: Homens desenfaixados das vestes
físicas e, pois, habitantes de uma dimensão paralela ou entrosada à nossa, no
que descreveram ser, em suma, a vida verdadeira, a vida espiritual.
Logo, Kardec, não é figura impoluta e imaculada.
Dos Espíritos Puros que por aqui aportara só há
um, que, segundo Emmanuel: tratou-se da figura de Jesus, o Nazareno Salvador.
E, pois, Kardec fora um homem como todos nós o
somos, e, pois, suscetível de equívocos como quaisquer Seres humanos, conquanto
sua cultura invejável: fora pedagogo, poliglota, cientista, escritor renomado,
e, até mesmo, diríamos, um homem algo além do seu tempo, que,
entretanto, houvera de sofrer influências do meio, não se furtando de tais,
como, por exemplo, no deslize constante da “Revista Espírita”, de 1862, quando
tratara da problemática das raças, e, pois, com ilações tão infelizes que até
hoje nos pegamos surpresos de que tenham partido de um humanista como o Sr.
Allan Kardec.
O que é compreensível e natural: não somos
perfeitos, e sim: perfectíveis!
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TEMA (3):
MAS MISSIONÁRIO DO SENHOR JESUS
Vamos, por agora, ao texto do codificador abaixo transcrito, que,
aliás, já fora algo debatido em nossos meios doutrinais; e fora dele; mas ainda
assim questiona-se: Allan Kardec era um racista ou um humanista? Vejamos, pois:
“O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um
gato; mas, não é belo em sentido absoluto, porque seus traços grosseiros, seus
lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem exprimir as paixões
violentas, mas não pode prestar-se a evidenciar os delicados matizes do
sentimento, nem as modulações de um espírito fino”. (Vide: “Obras Póstumas” –
‘Teoria da Beleza’ – Allan Kardec).
Óbvio que tal expressão, de opinião pessoal, expressa algum
preconceito com relação ao negro, mas não expressa, a meu ver, racismo, pois
que tal palavra (racismo) encerra uma carga semântica muito grave para a
imputarmos ao Codificador do Espiritismo; conquanto, como já dito, no Tema 2
(anterior), aquelas suas palavras um tanto infelizes retratadas na “Revista
Espírita” (AK - Edicel) de 1862.
Entretanto, o termo ‘racismo’ expressa desigualdade, desprezo,
hostilidade, violência, coisas incompatíveis com o que se conhece da vida
comportamental e dos escritos do Codificador do Cristianismo Redivivo, ou, do
que se conhece como Espiritismo.
Aliás, Espiritismo que, como o próprio nome está a sugerir,
trata-se de Doutrina dos Espíritos Superiores, que implantam:
“... as bases do novo edifício que se eleva e deve um dia reunir
todos os homens num mesmo sentimento de amor e de caridade”. (Vide: “OLE” –
AK).
Logo, a supracitada definição de Kardec com relação ao negro, de
nossa análise de agora, fora por certo indelicada e, quiçá, infeliz, sobretudo
quando a mesma for descontextualizada, ou seja, isolada e distinguível das seis
(6) páginas que compõem a “Teoria da Beleza”, parágrafo especial do citado
livro: “Obras Póstumas” (AK).
Por outro lado, é preciso se entenda, como já dito em meu texto:
“Idiossincrasias de Kardec”, que o Codificador era detentor, como todos nós o
somos, de qualidades e defeitos, sendo um homem, portanto, do seu tempo, bem
como algo além do mesmo, por sua condição missionária, devendo acrescentar-se
ainda que, à época, todos acreditavam nos degraus que definiam a superioridade
e inferioridade das raças, sendo que, por aí mesmo, questiona-se:
-Seria superior o branco, de bigodinho preto, que exterminara
milhões de Seres humanos na segunda grande guerra mundial?
-Seria superior o branco que escravizara o negro?, Ou, seria
superior o negro que se submetera às selvagerias e atrocidades do branco?
-E, para espanto de todos nós, não vimos, no Século 20, um dos
maiores negros da história americana, presidir, de modo ímpar, sua nação branca?
Não vimos, pois, um homem inteligente, culto, acadêmico, carismático, por tudo:
um irmão nosso, um negro, ou, um mestiço extremamente simpático, que, até hoje,
nos surpreende e nos leva aos aplausos?!
Ora, somos todos da raça humana!!!
E, mais ainda, devemos recordar que, à época de Kardec, estava em
voga a Frenologia, de Franz Josef Gall, uma ciência hoje inteiramente
descartada por suas inverdades e contradições.
Mas vejam que os negros, na referida página de Kardec, também se
consideram mais belos que os brancos, e, no início de sua “Teoria” o
Codificador se refere a tal:
“Será a beleza coisa convencional e relativa a cada tipo? O que,
para certos povos, constitui a beleza, não será para outros, horrenda fealdade?
Os negros se consideram mais belos que os brancos e vice-versa. Nesse conflito
de gostos, haverá uma beleza absoluta? Em que consiste ela? Somos realmente
mais belos do que os hotentotes e os cafres? Por quê?”. (Opus Cit.).
E, a partir de tal ponto, de muitos questionamentos e observações
variadas, Kardec inicia sua “Teoria”, mas veja bem: teoria, conjectura, estudo
que, tanto pode ser consolidado por mim como por você, e, o simples fato de os
negros se acharem mais belos que os brancos, e vice-versa, como supra citado,
isto, por si só, já coloca a questão ao nível da relatividade, mesmo porque,
todos já ouviram falar do dito popular: quem ama o feio, bonito lhe parece.
Assim, pois, torna-se discussão inútil e estéril definir-se beleza
humana, beleza dos corpos, pois todos são corpos da Criação Divina, e, nossos
gostos, conquanto tenhamos o direito de expressá-los, eles são indiferentes
para Deus no sentido de que Ele nos ama com infinito Amor, e que, portanto, não
criara dois tipos de Espíritos, sendo eles, pois, tipos iguais em sua conformação
interior, espiritual e moral.
Por conseguinte, os tipos biológicos são todos eles da raça humana,
e não da raça branca, negra ou amarela que os distingue pela cor e não pelos
seus valores morais; distinção que Deus, como sinônimo de Pai, e dotado de Infinito
Amor pelos seus filhos, não faria e não faz distinção de tais pelos corpos que
Ele mesmo criara não para a nossa discriminação, e sim, para a nossa
compreensão das infinitas possibilidades de Deus-Pai: Criador.
E, por outro lado, Kardec já havia dito em tal “Teoria” que:
“... o ideal da forma há de ser a que revestem os Espíritos em
estado de pureza, e com que sonham os poetas e os verdadeiros artistas, porque
penetram, pelos pensamentos, nos Mundos superiores”. (Opus Cit.).
Mesmo porque em tal “Teoria” mesma está codificada uma Instrução
Altíssima que, por sua vez, coloca por terra os argumentos preconceituosos,
racistas, sejam eles de quem quer que seja, e que, ainda, muito empalidece a referida
especulação de Kardec, (e, inclusive, da “RE”, de 1862), fundamentada, aliás,
em estudos de um livro de Carlos Richard; mas vamos à Instrução Altíssima:
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TEMA (4):
INOLVIDÁVEL RETIFICAÇÃO A KARDEC
“A beleza, do ponto de vista puramente humano, é uma questão
muito discutível e muito discutida. Para a apreciarmos bem, precisamos
estudá-la como amador desinteressado. Aquele que estiver sob o encantamento não
pode ter voz no capítulo. Também entra em linha de conta o gosto de cada um,
nas apreciações que se fazem.”
“Belo, realmente belo só é o que o é sempre e para todos; e essa
beleza eterna, infinita, é a manifestação divina em seus aspectos
incessantemente variados; é Deus em suas obras e nas suas leis! Eis aí a única
beleza absoluta. É a harmonia das harmonias e tem direito ao título de
absoluta, porque nada de mais belo se pode conceber”.
“Quanto ao que se convencionou chamar belo e que é,
verdadeiramente digno desse título, não deve ser considerado senão como coisa
essencialmente relativa, porquanto sempre se pode conceber alguma coisa mais
bela, mais perfeita. Somente uma beleza existe e uma única perfeição: Deus.
Fora dele, tudo o que adornamos com esses atributos não passa de pálido reflexo
do belo único, de um aspecto harmonioso das mil e uma harmonias da Criação”.
“Há tantas harmonias, quantos objetos criados, quantas belezas
típicas, por conseguinte, determinando o ponto culminante da perfeição que
qualquer das subdivisões do elemento animado pode alcançar. – A pedra é bela e
bela de modos diversos – Cada espécie mineral tem suas harmonias e o elemento
que reúne todas as harmonias da espécie possui a maior soma de beleza que a
espécie possa alcançar”.
“A flor tem suas harmonia; também ela pode possuí-las todas ou
insuladamente e ser diferentemente bela, mas somente será bela quando as
harmonias que concorrem para a sua criação se acharem harmonicamente
fusionadas. – Dois tipos de beleza podem produzir, por fusão, um ser híbrido,
informe, de aspecto repulsivo. – Há então cacofonia! Todas as vibrações,
insuladamente, eram harmônicas, mas a diferença de tonalidade entre elas
produziu um desacordo, ao encontrarem-se as ondas vibrantes; daí o monstro!”.
“Descendo a escala criada, cada tipo animal dá lugar às mesmas
observações e a ferocidade, a manha, até a inveja poderá dar origem a belezas
especiais, se estiver sem mistura o princípio que determina a forma. A
harmonia, mesmo no mal, produz o belo. Há o belo satânico e o belo angélico; a
beleza enérgica e a beleza resignada”.
“Cada sentimento, cada feixe de sentimentos, contanto que seja
harmônico, produz um particular tipo de beleza, cujos aspectos humano são
todos, não degenerescências, mas esboços. É, pois, certo dizermos, não que
somos mais belos, porém que nos aproximamos cada vez mais da beleza real, à
medida que nos elevamos para a perfeição”.
“Todos os tipos se unem harmonicamente no perfeito. Daí o ser
este o belo absoluto. – Nós que progredimos possuímos apenas uma beleza
relativa, debilitada e combatida pelos elementos desarmônicos da nossa
natureza”.
“Lavater (Espírito)”.
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TEMA (5):
O HOMEM DE BEM TIRA BOAS COISAS
Por outro lado, ainda, sabe-se que Kardec, no bom
sentido, (queremos crer), modificava as instruções dos Espíritos, melhorando
sua linguagem e tornando-as mais claras, e, noutras, mais concisas se tais
estivessem a pecar pela redundância, e etc., etc.
Assim, ele adicionava palavras a umas e, noutras,
as retirava; modificava algumas expressões, e, por suas longas pesquisas, podia
enriquecer textos, desdobra-los, aprofunda-los e etc. e etc.; mas sua essência,
ou seja, a essência do que o Espírito pretendia transmitir, isso o codificador
não alterava, ou, pelo menos, seria desonesto de sua parte, o que, pois, não
acreditamos que o mesmo de tal modo pudera agir. Como, também, não posso
provar, e comprovar, no todo, o que digo, ou seja, de sua inabalável honestidade,
afinal, somos todos imperfeitos e, pois, suscetíveis de erros e de equívocos
lamentáveis.
No caso de Kardec, pela sua responsabilidade,
pelo seu saber, sua condição missionária, e, sobretudo pela sua proximidade com
o Mundo Espiritual pelo pensamento, transmitindo e recebendo suas instruções
via telepática, ou, intuitiva, queremos acreditar que, no mesmo, de modo íntimo
e mui particular, se cumprira, de modo indubitável, o que se encontra nas
escrituras mesmas, de que:
“O homem de bem tira as
boas coisas do bom tesouro do seu coração”. (Lucas).
Logo, não parece ser o mais relevante o que se
divulga no tocante a certas mensagens, por exemplo, de um dos maiores e mais
importantes livros codificados: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK);
alega-se que as comunicações de títulos ‘A Lei do Amor’ (Capítulo 11, Amar ao
Próximo Como a Si Mesmo) e ‘O Ódio’ (Capítulo 12 – ‘Amai aos Vossos Inimigos’),
tais, originalmente, faziam parte de uma única mensagem escrita pela médium
Sra. Cazemajour, de Bordeaux.
Entretanto, divulga-se que Kardec a dividira em
duas e dera a uma e à outra, fontes espirituais bem diferentes. (Vide: “Apelos
do Tempo” – Luiz Gonzaga Pinheiro – Editora Ideas@Work).
Pelo que se vê, não estou julgando, mas, apenas
e, tão-só, relatando. Todavia, e, quero crer, mais visível e mais facilmente
constatável por todos nós, trata-se da mensagem constante de “O Livro dos
Médiuns” (AK), assinada por Jesus de Nazaré, e que fora transplantada por
Kardec, que a corrigira e a deixara, confesso, mais elegante e concisa, para “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), porém, com a assinatura do Espírito de
Verdade.
O que, no caso, nos parece Entes bem distintos,
pois que Jesus nos prometera enviar ‘O Consolador’, o ‘Espírito de Verdade’
para nos fazer lembrar tudo o que Ele mesmo havia dito e feito e que ficaria
eternamente conosco. Logo, nos parece que um não pode ser o outro; mas o “desajuste”,
para o caso em questão, trata-se não tanto da correção da mesma, mas sim, da
troca de seus mensageiros espirituais, o que caracterizaria: adulteração.
Mas quem sou eu para julgar de tão relevantes
temas:
“Atire a primeira pedra
aquele que estiver sem pecado”. (Jesus).
Assim, pois, para nós, ou, pelo menos para mim: o
que importa realmente:
-É o resultado do trabalho de Kardec que, sem
dúvida, tratou-se, e, trata-se, da consolidação da promessa do Cristo de nos
enviar ‘O Consolador’;
-É que a obra do Espiritismo, em sua mensagem filosófica
tão vasta, tão sublime, e, moralmente tão elevada, está, em suas bases: consolidada.
Sendo o mais importante, quero crer:
-O resultado tão positivo da obra, ou, das obras
que contém o Espiritismo, o seu conteúdo magnífico, cristão, e, sobretudo da ‘Trilogia
Codificada’ que, não pode, em tempo algum, ser superado, mas sim: desenvolvido
e atualizado.
Recordemos que, no prefácio mesmo de tal obra de
nossos comentários, temos:
“Os Espíritos do Senhor,
que são as virtudes dos céus, como um imenso exército que se movimenta desde
que d’Ele recebera o comando, espalham-se sobre toda a superfície da Terra;
semelhantes às estrelas cadentes, vem iluminar o caminho e abrir os olhos aos
cegos”. (“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - O Espírito de Verdade).
Logo, não importa muito, o autor desta ou daquela
mensagem, mas sim, o espírito da mesma, seu teor, sua qualidade, sua essência
evangélica e divina, e, proveniente, pois, dos ‘Espíritos do Senhor’.
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TEMA (6):
OS PERIGOS DO FANATISMO ESPÍRITA
Questiona-se: poderia verificar-se, de momento, algo parecido com
uma ‘Infalibilidade Kardequiana’?
E, mais ainda:
Poderia haver algo do tipo: ‘Espiritismo é Kardec’?
Sabemos nós: os espiritistas razoáveis, estudiosos, e, pois,
dotados de certo equilíbrio e certa sensatez, que nada do escrito supra é fato,
é verídico, consistentemente válido ao âmbito do Espiritismo como Doutrina dos
Espíritos Superiores: ao comando do Mestre Nazareno Jesus.
Porém, temos visto tais frases de espiritistas ortodoxos do nosso meio,
(meb), levando-nos a crer que tais são evidências claras de que sim: de que
possa haver uma espécie de ‘fanatismo espírita’ entrosado ao nosso movimento.
Óbvio que, pessoalmente, cada espiritista, conforme seu nível de
compreensão, optará por certa linha de estudo, de tendência e de preferência
deste ou daquele autor, de tal ou tal aspecto de nossa complexa doutrina, e,
pois, tratará de comportar-se ao âmbito de tais parâmetros, de sua Consciência
moral, evolvendo-se, a partir daí, para outros níveis de entendimento, se não
paralisar-se no que estivera a interiorizar ao campo íntimo e pessoal.
Todavia, um dos preceitos básicos do Espiritismo, Doutrina dos
Espíritos Superiores, é o de sua progressividade constante, pois, como ‘Ciência
do Infinito’, ela expande e aprofunda seus princípios constantemente, e, como
tudo no Universo é movimento, também nossa Doutrina não se paralisa e avança
apesar dos contra, dos que se engessam no Século 19 e querem a ‘Infalibilidade
Kardequiana’, (ou, o renascer da infalibilidade papal), pois, para estes,
‘Espiritismo é Kardec’ e nada mais lhes interessa.
-É compreensível?
-Sim!
-Mas é correto:
-Não!
Conquanto nosso respeito a todos, pois, ao que se sabe, a
paralisação de alguns é fato, e, mais ainda, sabe-se, até mesmo, da
possibilidade de um retrocesso, ou seja, de uma espécie de queda consciencial
no exposto supra: da infalibilidade papal renascida para os adoradores de
Kardec.
Ora:
-‘Kardec não é infalível’!
E, mais ainda:
-‘O Espiritismo Não é Kardec’!
Pois Kardec fora o missionário - dentre outros - que, em seu
esforço de síntese, organizara a Doutrina do Espiritismo, sendo que seus
promotores: os Espíritos Superiores, examinaram a obra compilada por Kardec,
lhe corrigiram, lhe adicionaram mais, e, pois, em muitos aspectos,
transcenderam Kardec, pois, ao que se sabe, o codificador, em sua última obra,
(“A Gênese” – 1869 – AK), confessara suas limitações pessoais, suas crenças
menores, e, pois, suas ideias fragilizadas, admitindo
o Espírito apenas, e tão-só, ao campo das humanidades, pois não pudera
compreender um dos princípios fundamentais do Espiritismo, (de “O Livro dos
Espíritos” - 1857 - AK), que sabiamente ministra:
“Evolução do átomo ao arcanjo, passando pelo homem,
evidentemente”...
Nos termos precisos de que:
“É assim que tudo serve, que tudo se coordena na natureza, desde o
átomo primitivo ao arcanjo, que, ele mesmo começou por ser átomo; admirável lei
de harmonia da qual vosso espírito limitado não pode ainda compreender o
conjunto”. (Opus Cit.).
Evidenciando, pois, que os Espíritos Elevados estavam se dirigindo
não apenas, e tão-só, aos inexpressivos e limitados intelectuais, e filósofos,
do nosso tempo, mas também ao Sr. Allan Kardec, que, de fato, nada entendera de
tal, pois fora réu confesso naquela sua última obra citada: “A Gênese, os
Milagres e as Predições” (1869 – AK), que evidencia suas limitações doutrinárias,
muito abaixo do preconizado pelos Espíritos Superiores.
Logo, a sentença supra de que ‘Espiritismo é Kardec’, está em
falso, é incorreta, pois Kardec é uma coisa, é uma pessoa limitada, e, o
Espiritismo é outra coisa, é Doutrina dos Espíritos Superiores, que não contém
limites, pois se firma como ‘Ciência do Infinito’, não comportando um termo de
finalização.
E, com relação à ‘Infalibilidade Kardequiana’, isto também é outra
heresia, pois o Codificador, muitas vezes se contradisse, se mostrara neófito,
pois que, afinal, o Consolador: prometido por Jesus, estava, no Século 19, se
revelando, modo paulatino, ao Mundo terreno, e, pois, Kardec não poderia de tal
doutrina nascente ser um mestre, ou um professor, mas apenas, e, tão-só, um
aprendiz, porém, com os méritos de um missionário; mas nunca, em tempo algum,
‘infalível’.
Ora, para exemplificar mais, sabe-se que Kardec, ao instituir o
princípio da CUEE, ele optara por colocar a Razão como forma de regular dito
conceito; contudo, sabe-se que Razão é potência evolutiva variando de indivíduo
para indivíduo, sendo a minha, pois, distinta da sua, da de outrem; e, pois,
como condiciona-la a tal princípio se o meu modo de raciocinar é diferente do
vosso, de outrem, e, de tudo o mais dotado de Consciência e de Razão.
Logo: Razão não serve de base para tal princípio, sendo que o
mesmo, ou seja, dito princípio da CUEE falhara já no seu início, e, tanto é,
que não pegara em tempo algum de sua instituição, pois não fora utilizado por
ninguém, fosse cientista espírita, ou não, filósofo, ou não, ou coisa que o
valha em tão vasto campo da fenomenologia mediúnica.
Por outro lado, ainda, Razão é Falível como consta de palavras
mesmas de Kardec na Introdução de “O Livro dos Espíritos” (1857), Item 7,
quando refere:
“O homem que considera a sua Razão infalível está bem perto do
erro!”. (Opus Cit.).
Logo, Kardec constrói o princípio da CUEE, constante, por exemplo,
em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864), quando, entretanto, ele mesmo,
em “O Livro dos Espíritos” (1857), já afirmava que Razão é Falível, e, pois,
como se poderia, ou, se poderá empregar, da referida Razão, para a aplicação do
princípio da ‘Concordância Universal no Ensino dos Espíritos’ (CUEE).?!?!?
Assim, pois, estamos constatando a fragilidade dos conceitos acima
citados da ‘Infalibilidade Kardequiana’ bem como de que ‘Espiritismo é Kardec’,
pois:
-Kardec não é Infalível; e:
-Espiritismo não é Kardec...
Pois o Espiritismo é Doutrina, repito, dos Espíritos Superiores,
que Kardec, como visto, e provado, não compreendera muito bem por suas
limitações pessoais, filosóficas, científicas e tudo o mais...
Que nos perdoem: mas é assim que é!!!
Logo, meus queridos:
Tomemos cuidados com o tal do ‘Fanatismo Espírita’ em nosso meio!
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TEMA (7):
SÉCULO 20 CONFIRMANDO SÉCULO 19
Para afastar dúvidas sobre nossas conclusões
supra citadas, destacamos, como reforço de tais ideias, as magnânimas obras do
Século 20, inspiradas por ‘Sua-Voz’, por ‘Emmanuel’, ‘André Luiz’, dentre
tantos outros Espíritos enviados do Altíssimo para ampliar e desenvolver o
conteúdo das obras do Século 19, sobretudo, as de Allan Kardec, do que
consideramos como uma ‘Trilogia Codificada’.
Ampliar e desenvolver, diga-se, a bem da verdade,
que tem todo um longo trabalho adiante, pois, como já dito, trata-se de uma
‘Ciência do Infinito’, e, pois, temos todo um Terceiro Milênio adiante para
novos incrementos e novos saberes deste Espiritismo que albergamos, com muito
amor, ao âmbito dos nossos corações.
Terceiro Milênio, pois, que representa, por assim
dizer, apenas, e tão-só, mais um degrauzinho de nossa ‘evolução quase infinita’,
tal como descrito por “O Livro dos Espíritos” mesmo.
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UM GRANDE
ABRAÇO A TODOS:
Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados na Web-Artigos e em seu blog abaixo transcrito.
Bibliografia
-“Obra
Completa de Allan Kardec” – Diversa Editoras;
-“Obra
Completa de Pietro Ubaldi” – Fundapu;
-“Obra
Completa de Chico Xavier” – Diversas Editoras; Diversos Sites da Internet;
-“Apelos do
Tempo”–Luiz G. Pinheiro – Ideas@Work; e:
-“Bíblia
Sagrada” – Edições Católica e Pentecostal.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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