terça-feira, 21 de agosto de 2018

LEGADOS DE: KARDEC E ESPIRITISMO


LEGADOS
 de:
KARDEC  E  ESPIRITISMO

Sabe-se que o Espiritismo expressa: Doutrina dos Espíritos Superiores, tendo sido Allan Kardec o seu organizador doutrinário, ou seja: o missionário codificador do Espiritismo como promessa de Jesus de nos enviar o Consolador, o Espírito da Verdade que nos faria recordar tudo quanto o Mestre (Jesus) havia dito e feito, e mais: que ficaria eternamente conosco.

Logo, quando se estuda suas obras mais importantes, ou seja: a Codificação Espírita organizada em cinco volumes principais – “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”, e mais os doze volumes da “Revista Espírita” - é possível sim separar-se as coisas e notar, com muita clareza, que Kardec atuara muito mais como um cientista, um observador e analista dos fatos espiríticos, e não como um crente acordeirado (ingênuo) que tudo acata das coisas sem uma análise fria e racionalista do que se observa.

Assim, é possível ver que, para as coisas não observáveis e sem provas mais contundentes, ou seja, para aspectos doutrinários de cunho tão só filosóficos, de suas causas e de suas origens, Kardec, com lucidez razoável, preferia não acatá-los, alegando que tais coisas residem nos segredos de Deus e que, portanto, só se podem criar sobre tais: teorias, sistemas mais ou menos corretos que, de tal parte, estarão por aguardar a obra do tempo para nos dar mais rigorosa e mais precisa solução.

Neste sentido, sobretudo, se pode destacar a posição científica do Codificador, de não passar o carro na frente dos bois, e sim, de aguardar-se que novos informes e novos estudos venham a confirmar-se por fatos e não por conjeturas sejam elas de quem quer que sejam; e mesmo dos seus superiores hierárquicos, ou seja, dos Espíritos que ditaram Sua Obra, porém, organizada, literariamente, por Allan Kardec.

Logo, Kardec fora sim: um cientista espírita algo incrédulo de certas informações ditadas pelos seus Maiores que, por sua vez, se tal medida lhe trouxera alguma vantagem no campo científico, também lhe minimizara os aprofundamentos filosóficos, tornando-o distante das grandes sínteses unificadoras, cuja lógica e matematicidade intrínsecas retratam sua verdade universal.

Assim, pois, Kardec atuara como cientista na proposição de suas teses, suas teorias respaldadas pela verdade dos fatos, e não como filósofo especificamente, que, como tal, produziria obra mesclada por fatos comprovados e por outros ainda não suscetíveis de comprovação, que fora, aliás, como livre pensador, uma escolha das mais acertadas em face da incredulidade científica do seu tempo que descambava para um materialismo insensato e opressor da ética e moralidade humanas.

Neste nível mesmo, pois, dir-se-ia que Allan Kardec paralisara sua pesquisa nos termos precisos da:

1-Comprovação da existência de Deus pelos efeitos de Sua obra: não há efeito inteligente sem uma causa inteligente. Dizia que: “desde a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até à Lei que rege os mundos que circulam no espaço, tudo atesta uma ideia diretora, uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as combinações humanas. A causa é, pois, Soberanamente Inteligente”; e mais:

2-Comprovação do Mundo Espiritual, do seu estado, dos seus costumes, e etc., e, portanto, dos seus habitantes: os Espíritos humanos e, pois, sobreviventes aos despojos de sua corporeidade; e mais ainda:

3-Comprovação de suas transmigrações, ou seja, de tais Espíritos que somos nós mesmos, via reencarnação.

Nisto, pois, se paralisara as comprovações do cientista Allan Kardec que se mostrara algo desinteressado das informações prestadas por esta plêiade de Espíritos que ditaram Sua Doutrina, aliás, Doutrina Superior, Cósmica e Universal tal como o Código de Ética Superior contido no Evangelho Salvífico de Jesus.

Allan Kardec, pois, se mostrara muito mais como cientista, e, na contrapartida, muito menos como filósofo ao descrer da possibilidade do Espírito humano ter suas raízes plantadas e originadas nos Seres inferiores da criação; opinião que levara adiante até o fim de sua vida, pois que, em sua última obra alegara:

“Sem, pois, procurar a origem da Alma, e as fieiras pelas quais pôde passar, nós a tomamos em sua entrada na Humanidade, no ponto em que, dotada do senso moral e do livre-arbítrio, ela começa a incorrer na responsabilidade de seus atos”. (Vide: “A Gênese” – 1868 – AK – Ide).

Logo, por escolha sua, e, como é do seu direito, Kardec preferira não se embrenhar por tais caminhos preferindo uma postura mais científica, porém, mais cômoda, apesar dos prejuízos de ser menos filosófica ausentando-se das grandes sínteses universais ministradas pelos nossos Maiores da Superior e Divina Espiritualidade.

Assim, se Kardec fora um tanto restrito do que apurara de suas pesquisas, como vimos acima, dir-se-ia, entretanto, que os Espíritos Superiores foram muito além de tais, avançando e aprofundando vastamente sua doutrina, ou seja, do Espiritismo. Do que se depreende que o Kardecismo (como doutrina de Kardec) é um ponto menor; e o Espiritismo (Doutrina dos Espíritos Superiores) é um ponto vastamente maior como estaremos a ver e a constatar.

Vamos, pois, a tais parâmetros profundíssimos ditados pelos nossos Maiores da Espiritualidade:

-Deus é a Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas;

-Deus, pois, sendo Espírito, há criado, sempre, filhos espirituais, ou seja: os Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) que, de início, assim se pode defini-los. Porém, são eles suscetíveis de rápidos e de grandes progressos cognitivos e morais; sendo que tais progressos se fazem, de início, no seu Mundo de origem mesmo, ou seja: no Mundo Espiritual (Sistema).

-Assim, pois, os (ESI), em sua operosidade e trabalho, conquistam saberes multifacetários, e, portanto, Consciência própria, se transformando, pois, em Espíritos Puros e Conscientes (EPC), agora senhores de Si mesmos para a escolha do seu destino ao âmbito da Inteligência Suprema, o Criador.

-Logo, os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESI) em seu Mundo originário mesmo: Mundo Espiritual (ou Sistema Espiritual); sendo que, por sua educação, e escolaridade em tal Mundo, eles adquirem saberes, experiência, e, portanto, Consciência própria que, a partir daí, definirá seu destino.

-Ou seja: os obedientes, e que, portanto, em sua Consciência, se sujeitam à Lei, que é Deus, permanecem no Mundo Espiritual (Sistema) de origem; e, os insubmissos, não se sujeitando à mesma Lei, se desqualificam de sua Consciência e de suas potências psíquicas percorrendo mais rudes provas na condição de Simples e Ignorantes (ESI) - tal como foram criados - porém, agora, nos Mundos materiais do Universo físico e astronômico (ou Anti-Sistema).

Sendo que daí resulta duas conseqüências óbvias:

-As provas para aquisição da Consciência no Mundo Espiritual (Sistema) são mais brandas, pois se trata de educar crianças espirituais em aprendizado das lições do Amoroso Criador; sendo que:

-As provas para a reaquisição da Consciência dos que se quedaram nos Mundos materiais (Anti-Sistema) são mais rudes - e se verificam do átomo ao arcanjo - já que não se dera o devido valor ao que se conquistara Amorosamente do Criador em seu Mundo de origem.

O que se confirma com um dos maiores instrutores espirituais do Século 20 – Emmanuel - da confiável lavra xavieriana:

Pergunta 248:

“Como se verifica a Queda do Espírito?”

Resposta:

“Conquistada a Consciência e os Valores Racionais, todos os Espíritos são investidos de uma Responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos Deveres Morais, aumentando os seus Direitos divinos no patrimônio universal”.

“Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a Alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho ou pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experiências penosas, a fim de restabelecer o equilíbrio de sua existência”. (“O Consolador” – 1940 - Feb).

O que se constata não só por “O Livro dos Espíritos” (AK), mas também por “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), bem como pela “Revista Espírita” (AK), e, mais recentemente, pela robusta obra de Pietro Ubaldi, o que torna tal tema da Queda Espiritual uma Consensualidade Universal, sendo revelada, até mesmo, pela Bíblia Sagrada, e, inclusive, pelo nosso Amado Mestre: Jesus.

UM GRANDE ABRAÇO A TODOS:

Fernando Rosemberg Patrocínio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Articulista, Coordenador de Estudos Doutrinários, Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.
E-mail: f.rosemberg.p@gmail.com

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;

65-A Revolução Ética.
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Blog: Filosofia do Infinito
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