CONTINUUM TEMPO-EVOLUÇÃO
Tenho me utilizado, e até com certa freqüência, o “neologismo”
expresso na frase: continuum tempo-evolução; e, confesso não saber o seu autor,
ou seja, se tal coisa fora cunhada e já divulgada por terceiros, ou, se tal é
de minha criação, ou, ainda, se me fora sugerida por amigos da espiritualidade.
O fato é que compreendo e utilizo a mesma naturalmente; mas será
compreendida por todos que porventura lhe tomam conhecimento? E o que estaria,
este modesto autor, pretendendo de fato expressar com o referido: ‘continuum
tempo-evolução’?
Primeiramente, se diga que ‘continuum’ quer dizer: algo que passa
de alguma coisa para outra de modo contínuo, sem interrupção, como se a
primeira coisa fosse a segunda, e esta, fosse aquela outra. Neste sentido, ‘tempo’
se mostraria como sinônimo de ‘evolução’, e vice-versa, sendo tais coisas:
fatores algo abstratos conquanto sua materialização permanente em nossa vida interior,
nos modificando para algo expressivamente melhor, tanto em nossa inteligência
como em nossa interioridade comportamental que abrange aspectos afetivos e
morais.
Assim, nós, os humanos, como tudo o mais existente, “trafegam”, em
seu existir mesmo, consoante regras determinísticas e previamente asseguradas
pelo tempo-evolução, que se afirma, pois, como Lei da Natureza e, da qual,
nada, absolutamente nada, pode escapar. Cá pra nós, ao plano da filosofia
acadêmica, dir-se-ia que: com Descartes: o pensar se harmoniza com o existir,
pois:
“Penso, Logo Existo”.
E, num complemento a tal, dir-se-ia que o existir se harmoniza com
o evoluir, constituindo ou ratificando o método dinâmico do existir, que, no
transcurso do tempo, o Ser, forçosamente, e, conquanto lentamente, se transmuda
e se modifica interiormente, cuja mudança irá refletir-se mais tarde na forma,
na exterioridade física do Ser não-físico.
Ora, olhemos para trás e vejamos o quanto mudamos em nossa roupagem
física, bem como, sobretudo, em nossos valores, nossa capacidade cognitiva e
moral? Nesta vida mesma: recordo-me que: quando mais jovem não me importava
tanto com valores, como, por exemplo, da honestidade; e hoje, com a
desonestidade do mundo (políticos, por exemplo) paro e reflito para dizer que,
com a evolução, o homem sairá, por evolução, do plano da astúcia para o plano
da honestidade, porquanto verá os prejuízos causados a si mesmo pelo dano de
muitos que prejudicara por sua conduta desonesta, corrupta e desleal.
Logo, a honestidade se efetivará positivamente dentre de nós mesmos
como algo inabalável, como rocha granítica e não mais incorporará conceito vago
e sem sentido algum, tal como hoje se dá com o desonesto, conquanto as
cobranças de sua Consciência, pois que ninguém, ninguém mesmo: pode dela
furtar-se.
É que progredimos, ou re-conceituamos, de modo ininterrupto, nossas
vidas e nossos valores no decurso do tempo-evolução! E não que, por isso,
atingiremos a Perfeição Suprema; e sim que: em nossa relatividade, também somos
suscetíveis de melhoras graduais, tal como o pretendia e o pretende o nosso
Mestre nos dizeres:
“Sede, pois, vós outros, perfeitos, como vosso Pai celestial é
Perfeito”. (Jesus).
Assim, pois, somos suscetíveis de uma perfeição relativa, porquanto
a Perfeição Suprema, esta pertence a Deus: o Pai: o Justo e Misericordioso
Criador.
E, quanto ao filho, dir-se-ia que este se transforma e muda o tempo
todo, e, nem sempre por sua livre e espontânea vontade, seu querer; mas por
determinismo contido nas Leis mesmas da Natureza que assim se revela e se
patenteia em todas as coisas, sendo mais claramente visível em nós mesmos:
Consciências mais crescidas ou esclarecidas da comunidade terrena, inserida que
está na comunidade universal.
De tal maneira que a supracitada harmonização do pensar e do
existir, de Descartes, e, do evoluir, de nossa sugestão, poderia assim
equalizar-se:
[(Pensar) = (Existir) = (Evoluir)]
Onde tais termos, mesmo não sendo exatamente iguais (=), o primeiro
deles, filosoficamente, acaba por desembocar-se no segundo, pois que o Ser,
pensando, ele só pensa porque existe, e existindo, se sujeita à Lei da qual é
filho, se transformando e evoluindo passo a passo de sua inevitável redenção.
Implicando que a famosa sentença cartesiana do:
“Penso, Logo Existo”;
Diante das leis evolutivas, e, palingenésicas, bem mais tarde
postas a descoberto, se transmudaria, sentenciando que:
“Penso, Logo Existo: na Forma Evolutiva do Ser”
E isto por que: o que somos - em verdade - não somos; pois que o
presente de nós mesmos é algo fugidio no tempo-evolução, que, no próximo
milésimo de segundo implicará no fato de que: não seremos mais, pois que já
mudamos, qualitativamente, em nós mesmos, em nosso cognitivo experiencial que
abarca valores espirituais e morais.
A evolução, portanto, é algo incessante e inabalável, que, por
sinal, se dá e se verifica no presente existencial de nós mesmos, sendo mais
notável, entrementes, no concerto cíclico das muitas vidas, da reencarnação,
conforme dados e informações dos mais respeitáveis pesquisadores espiritistas e
metapsiquistas de antanho, bem como nos da atualidade parapsicológica do Mundo,
tais como: Banerjee, Stevenson, Hernani Andrade, e muitos outros mais.
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