segunda-feira, 20 de junho de 2016

CONTINUUM TEMPO-EVOLUÇÃO


CONTINUUM TEMPO-EVOLUÇÃO

Tenho me utilizado, e até com certa freqüência, o “neologismo” expresso na frase: continuum tempo-evolução; e, confesso não saber o seu autor, ou seja, se tal coisa fora cunhada e já divulgada por terceiros, ou, se tal é de minha criação, ou, ainda, se me fora sugerida por amigos da espiritualidade.

O fato é que compreendo e utilizo a mesma naturalmente; mas será compreendida por todos que porventura lhe tomam conhecimento? E o que estaria, este modesto autor, pretendendo de fato expressar com o referido: ‘continuum tempo-evolução’?

Primeiramente, se diga que ‘continuum’ quer dizer: algo que passa de alguma coisa para outra de modo contínuo, sem interrupção, como se a primeira coisa fosse a segunda, e esta, fosse aquela outra. Neste sentido, ‘tempo’ se mostraria como sinônimo de ‘evolução’, e vice-versa, sendo tais coisas: fatores algo abstratos conquanto sua materialização permanente em nossa vida interior, nos modificando para algo expressivamente melhor, tanto em nossa inteligência como em nossa interioridade comportamental que abrange aspectos afetivos e morais.

Assim, nós, os humanos, como tudo o mais existente, “trafegam”, em seu existir mesmo, consoante regras determinísticas e previamente asseguradas pelo tempo-evolução, que se afirma, pois, como Lei da Natureza e, da qual, nada, absolutamente nada, pode escapar. Cá pra nós, ao plano da filosofia acadêmica, dir-se-ia que: com Descartes: o pensar se harmoniza com o existir, pois:

“Penso, Logo Existo”.

E, num complemento a tal, dir-se-ia que o existir se harmoniza com o evoluir, constituindo ou ratificando o método dinâmico do existir, que, no transcurso do tempo, o Ser, forçosamente, e, conquanto lentamente, se transmuda e se modifica interiormente, cuja mudança irá refletir-se mais tarde na forma, na exterioridade física do Ser não-físico.

Ora, olhemos para trás e vejamos o quanto mudamos em nossa roupagem física, bem como, sobretudo, em nossos valores, nossa capacidade cognitiva e moral? Nesta vida mesma: recordo-me que: quando mais jovem não me importava tanto com valores, como, por exemplo, da honestidade; e hoje, com a desonestidade do mundo (políticos, por exemplo) paro e reflito para dizer que, com a evolução, o homem sairá, por evolução, do plano da astúcia para o plano da honestidade, porquanto verá os prejuízos causados a si mesmo pelo dano de muitos que prejudicara por sua conduta desonesta, corrupta e desleal.

Logo, a honestidade se efetivará positivamente dentre de nós mesmos como algo inabalável, como rocha granítica e não mais incorporará conceito vago e sem sentido algum, tal como hoje se dá com o desonesto, conquanto as cobranças de sua Consciência, pois que ninguém, ninguém mesmo: pode dela furtar-se.

É que progredimos, ou re-conceituamos, de modo ininterrupto, nossas vidas e nossos valores no decurso do tempo-evolução! E não que, por isso, atingiremos a Perfeição Suprema; e sim que: em nossa relatividade, também somos suscetíveis de melhoras graduais, tal como o pretendia e o pretende o nosso Mestre nos dizeres:

“Sede, pois, vós outros, perfeitos, como vosso Pai celestial é Perfeito”. (Jesus).

Assim, pois, somos suscetíveis de uma perfeição relativa, porquanto a Perfeição Suprema, esta pertence a Deus: o Pai: o Justo e Misericordioso Criador.

E, quanto ao filho, dir-se-ia que este se transforma e muda o tempo todo, e, nem sempre por sua livre e espontânea vontade, seu querer; mas por determinismo contido nas Leis mesmas da Natureza que assim se revela e se patenteia em todas as coisas, sendo mais claramente visível em nós mesmos: Consciências mais crescidas ou esclarecidas da comunidade terrena, inserida que está na comunidade universal.

De tal maneira que a supracitada harmonização do pensar e do existir, de Descartes, e, do evoluir, de nossa sugestão, poderia assim equalizar-se:

[(Pensar) = (Existir) = (Evoluir)]

Onde tais termos, mesmo não sendo exatamente iguais (=), o primeiro deles, filosoficamente, acaba por desembocar-se no segundo, pois que o Ser, pensando, ele só pensa porque existe, e existindo, se sujeita à Lei da qual é filho, se transformando e evoluindo passo a passo de sua inevitável redenção.

Implicando que a famosa sentença cartesiana do:

“Penso, Logo Existo”;

Diante das leis evolutivas, e, palingenésicas, bem mais tarde postas a descoberto, se transmudaria, sentenciando que:

“Penso, Logo Existo: na Forma Evolutiva do Ser”

E isto por que: o que somos - em verdade - não somos; pois que o presente de nós mesmos é algo fugidio no tempo-evolução, que, no próximo milésimo de segundo implicará no fato de que: não seremos mais, pois que já mudamos, qualitativamente, em nós mesmos, em nosso cognitivo experiencial que abarca valores espirituais e morais.

A evolução, portanto, é algo incessante e inabalável, que, por sinal, se dá e se verifica no presente existencial de nós mesmos, sendo mais notável, entrementes, no concerto cíclico das muitas vidas, da reencarnação, conforme dados e informações dos mais respeitáveis pesquisadores espiritistas e metapsiquistas de antanho, bem como nos da atualidade parapsicológica do Mundo, tais como: Banerjee, Stevenson, Hernani Andrade, e muitos outros mais.

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