DARWIN E ALLAN KARDEC
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Fazendo uma retrospectiva, sabe-se que todo Ser vivo, quando não
unicelular, é o resultado da colaboração ativa e perfeitamente ordenada das
células que o compõem; sendo que todos, seja unicelular ou pluricelular,
apresentam como característica fundamental a renovação contínua das substâncias
que o integram sistematicamente.
Mas para verificar-se o fenômeno da vida, afiançam os vitalistas
que seria preciso a intercessão de um segundo princípio à matéria: o fluido
vital que, cada Ser, por mais ínfimo que o seja, apropriaria das fontes da
criação para produzir o majestoso espetáculo da vida.
Mas o Espiritismo, bem como cientistas mais modernos, tem admitido
mais: a existência de um organismo modelador da matéria: o já referido corpo espiritual,
ou perispirítico, ou, então, bioplasmático, da concepção russa; organismo que,
associando-se ao fluido vital, comandaria os processos vários do soma
biológico, de sua higidez e demais propriedades que se juntam para o objetivo
primacial da existência: a aquisição de novas e mais amplas experiências que,
no Homem, se traduzem pelo conhecimento e pela ética traduzindo sabedoria,
coisa ainda distante do contexto humano em sua generalidade.
Vê-se, por aí, que outros fatores, mais ou menos atuantes, deveriam
e devem ser considerados, e, sobretudo, o evolutivo: que transforma
paulatinamente as espécies inferiores tornando-as mais perfeitas e de níveis
mais adiantados de progressividade biológica, como também: cognitiva,
axiológica e moral. Na verdade, o problema da Evolução, no sentido de
aprimoramento paulatino das espécies fora enfocado por uma gama incontável de
estudiosos e pensadores no decorrer da história. Filósofos da antiguidade já
proclamavam tais noções. Nada obstante, após o advento do Cristianismo,
prevalecera a ideia equivocada e tão amesquinhada do Fixismo, crença segundo a
qual – a Terra, a Natureza e o Homem - foram criados por Deus de forma acabada
e, portanto, de modo perfeito e imutável.
E pasmem: o obscurantismo marcou presença por quase dois mil anos!
Só nos Séculos 18 e 19 é que aparecem novas idéias sobre a
Evolução, e desta feita, bem fundamentadas como, por exemplo, as do célebre
naturalista inglês Charles Darwin que publicou em vinte e quatro de novembro de
1859 o seu revolucionário: “A Origem das Espécies” (Newton Compton Editor). O
núcleo central da obra de Darwin propõe existir na natureza o que ele chamou de
Seleção Natural que, em síntese, assim se explicaria:
-Os representantes de uma mesma espécie não são exatamente iguais;
eles apresentam pequenas variações que os distinguem entre si. Em alguns, tais
variações poderão ser úteis para a superação de certos obstáculos encontráveis
em seu meio que, afinal, poderão definir sua sobrevivência; enquanto noutros,
por serem nocivas, tais variações reduziriam suas chances de vida. Com o passar
do tempo as gerações seguintes irão acumulando tais variações especiais que,
sendo advindas do que hoje se conhece por código genético, elas serão
transmitidas aos seus descendentes através da Lei da Hereditariedade. No escoar
dos milênios, a Seleção Natural, que depende da contínua mudança climática e
geológica, irá integrando os diversos e mais aptos Seres vivos ao seu ambiente
verificando-se o aparecimento de grandes diferenças entre os mesmos devido ao
somatório daquelas variações do material genético que, se combinando e se
recombinando de geração em geração, propiciariam ou propiciam o surgimento de
novas espécies cada vez mais preparadas para enfrentar as agressividades do
Mundo terreno.
Neste cogitar, Darwin concluíra que todos os Seres vivos, inclusive
o Homem, seriam descendentes modificados de outras espécies que viveram em eras
passadas e que foram se reproduzindo, se transformando e dando origem aos mais
diferentes e mais aperfeiçoados corpos no transcurso de milhões e milhões de
anos.
Em sua proposição, assegura Darwin:
“Há uma grandeza simples no fato de considerar a vida, com as suas
capacidades de desenvolvimento, assimilação e reprodução, como se tivesse sido
originalmente insuflada na matéria sob uma ou poucas formas (a vida), e no fato
de que, enquanto este planeta girava em órbitas correspondentes a leis fixas,
num ciclo de transformações em água e terra, foram substituindo-se uma após
outra, através do processo de Seleção gradual de mudanças infinitesimais, até
chegarem a uma quantidade infinita de formas belíssimas e admiráveis”. (Vide:
“A Origem das Espécies” – C. Darwin – Newton Compton Editor).
Eis aí, pois, para Darwin, o mecanismo pelo qual se verificara o
surgimento das diversas espécies, que, por Seleção Natural, se transformaram no
curso de muitos milênios até à era atual. Por ela, nova luz se fizera nos mais
diversos campos da Biologia, compreendendo-se, assim, que todos os Seres vivos
modificam-se ao longo do tempo-evolução, inclusive o Homem que também evoluíra
daquelas formas mais simples e que ainda prossegue em sua marcha evolutiva por
meio de fatores genéticos e ambientais.
E o fato é que: o Mundo Espiritual governa o Mundo Material, sendo este
(governo), conforme os fins daquele. E, certamente, pois, a Espiritualidade
concedera, com Charles Darwin, o devido apoio científico às proposições de
Allan Kardec que, muito mais que as afirmações daquele, lhe sugerira, com o
Espiritismo, algo de espiritual na Ordem Progressiva da Natureza. E, mais que
isso, o senhor Allan Kardec, igualmente, estivera consonante a Darwin, como se
pode deduzir desta sua assertiva:
“Seguindo passo a passo a série dos Seres, dir-se-ia que cada
espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente
inferior”. (Vide: “A Gênese” – AK – Ide).
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