segunda-feira, 18 de abril de 2016

CÉREBRO: INSTRUMENTAL DO ESPÍRITO



CÉREBRO:
INSTRUMENTAL DO ESPÍRITO

Neste texto estaremos observando de modo positivo, analítico e racional, alguns aspectos do Espírito no cérebro: este incrível receptor e transmissor de tudo quanto somos em termos biológicos, psíquicos, sensitivos e emocionais; iniciemos, pois, com a seguinte questão:

O cérebro pensa?

Não! Absolutamente, não!

Cientificamente, ninguém até hoje provou que o cérebro pensa! O que se provara, de modo científico, fora o fato de que o Homem é um Ser independente do cérebro, conquanto a ele jungido, entrosado, de cuja junção, me parecendo a mais adequada nesta hora, se denominaria: Espirítico-Cerebral, que se consolidara desde o berço, ou, bem antes ainda, desde a fecundação intra-uterina onde as energias criativas da vida orquestraram campos genéticos da vida para o resultado maravilhoso do complexo somático de sua atuação no Mundo das formas.

E tem gente que não dá crédito ao Espírito, e tampouco a Deus, mas tão só ao “mecânico” movimento da gestação, quando, então, resumem sua incredulidade tão-só à genética das formas e nada mais.

Que genética assombrosamente inteligente, sendo capaz do miraculoso fenômeno da vida! E digo tão assombrosamente inteligente sendo capaz, por exemplo, de projetar um dos mais belos, mais complicados e maravilhosos órgãos biológicos do Ser: os Olhos, também denominados: Fotossensíveis Complexos que atingem os mais altos graus de sua evolução possibilitando uma análise minuciosa quanto à forma dos objetos, sua cor e intensidade de luz refletida. Ou, noutros termos, eles são capazes de perceber a luz e transformar essa percepção em impulsos elétricos.

Mas seria possível fazer-se uma distinção do Espírito no Homem, ou seja, de sua atuação independente da Matéria, ou, então, de sua Operosidade Cognitiva não subordinável à Função Cerebral?

Penso que sim; e, este será, pois, o objetivo precípuo deste texto relatando o que pude experienciar e constatar em mim mesmo, o que seria e, é, pois, suscetível de o ser repetido, experienciado, e, portanto, confirmado por todo indivíduo que, com humildade, gostaria de aprender mais: de Si mesmo e da natureza essencial de todas as coisas.

Ora, nem tudo o que se passa no mundo cerebral é coisa estritamente fisiológica: o Abstrato, o Cogitar e Consciencial de nós mesmos, bem como deste mundo de coisas de nossa Emotividade, de seus aspectos axiológicos, afetivos e morais, tais, por si sós, já constituem provas inequívocas de tal espiritualidade no Homem, dotada que está de conceitos éticos, de vetores psicológicos e parapsicológicos que provaram e provam sua capacidade de transcender o espaço, de superar o tempo, demonstrando-se assim, sua grandeza de tipo não-físico, e, por conseguinte, imortal, sobrepujando a tudo e resistindo aos despojos da corporalidade.

E, portanto, de nós mesmos, e, independente de pesquisas científicas que confirmaram e confirmam tal condição psíquica imorredoura, é possível sim constatarmos nossa transcendentalidade, se bastante inteligentes, honestos e corajosos o formos para tal.

Ora, vultosa soma de tudo quanto realizamos em nossa esfera psicofísica consta do conúbio Espírito-Matéria. Ou seja: do Ser pensante e do órgão cerebral que, juntos, comandam as mais diversas regiões do complexo orgânico. Isto porque aqui estamos para o desempenho de um mapa de serviços que nos escapa de momento, mas que, em suma, se resumem nas necessárias provas e expiações contidas nas engrenagens da vida e que são, por assim dizer: exigíveis por este incognoscível campo palingenésico de nós mesmos.

E daí nossa conexão e tão-pronta identificação psíquica com o instrumento biofisiológico de nossa existência no Mundo visando conquistarem-se novos patamares conscienciais e morais.

Por tal palingenesia, portanto, é que estamos tão bem familiarizados com a vida no Mundo, regendo-a ao nosso bel prazer: estudando, correndo, trabalhando, nos divertindo, nos aprazerando, e, ao mesmo tempo, nos emocionando, sofrendo, chorando, e, tudo isto, em função deste perfeito entrosamento do Espírito e da Matéria, consórcio do Transcendente com o Transitório, do Imortal com o Passageiro, do Espiritual com o Material. E tão pouco tempo temos para as coisas da Alma, do Espírito imortal, displicentes e relaxados tão imenso o somos.

Meses atrás, já no findar do dia de trabalho, em trajeto corriqueiro da cidade para o bairro de minha moradia, deliberei passar por uma pista dupla da rodovia que corta a região; e fazia o trajeto algo tranqüilo em meu veículo de duas rodas na pista onde se verificava pouco trânsito, quando então admirava a paisagem dos campos e das árvores espalhadas pelos enormes espaços físicos laterais. De súbito ocorrera-me num jato, tal qual relâmpago verificado em minha mente calejada, uma visualização clara e precisa de tudo quanto ainda estava por fazer naquele dia que se findava morosamente.

Ou seja: alcançar minha casa com o referido veículo; protegê-lo devidamente na garagem; sair a pé para visitar um cliente próximo a minha moradia; retornar para as atividades corriqueiras do lar e, mais adequadamente, me preparar para os trabalhos que desempenho como coordenador de estudos doutrinários. Mas tudo, como já dito, se verificara tal como um relâmpago conceitual, e, portanto, como síntese, como norma do pensamento puro, transcendente, notadamente espiritual.

Tanto é que, logo depois do referido fenômeno, a que se pode designar: (1) Estado Conceitual Extra-Tempo (ECE-T), isto é: exterior a mim mesmo - fisicamente falando - é que pude, então, retornar ao  Nível Cerebral, no que entendo como: (2) Estado Conceitual do Tempo-Cotidiano (ECT-C).

Neste segundo estágio, pois, do Tempo-Cotidiano e habitual (2), é que pude trabalhar, detalhadamente, o que eu iria fazer quando chegasse em casa, me utilizando, pois, nesta segunda etapa, dos conceitos operacionais relativos ao instrumental de minha disposição física, ou seja: Espirítico-Cerebral: do pensamento aplicado às estruturas físicas de tais, onde se encontram os mecanismos secundários da racionalidade, da memória, das sensações, em suma, do meu contato com o mundo cerebral, biológico ou biofisiológico. Noutros termos, tudo poderia assim resumir-se:

Paradigma Fenomênico do Cognoscivel Humano:

-1: (ECE-T): Plano Notadamente Espiritual: que se pode denominar: Plano Mental Super-Consciente;

-2: (ECT-C): Plano Resultante da Conexão Espírito-Matéria: Plano Mental Consciente.

Que, numa forma gráfica se explicitaria:

                1 = [(PENSAMENTO PURO)]
                                \                /
                                  \            /
                                    \        /          
                                        / \
                                       /   \
          2 = [(PENSAMENTO NO CÉREBRO)]
                                       \   /
                                        \ /

Havendo, pois, uma radical e tremenda diferença entre tais; ou seja, entre:

-O Pensamento Puro do Espírito (1): que, operando nas esferas amplas da espiritualidade, entretanto, se nos revela como síntese conceitual; e,

-O Pensamento do Espírito no Cérebro (2): que operando nas esferas restringidas do cérebro se torna análise.

E, mais ainda: radical e tremenda diferença entre o:

-Cognoscível do Espírito: extremamente rápido, tal qual relâmpago e síntese conceitual (1); e o:

-Cognoscível Humano: extremamente moroso e fatigante em função do cérebro físico, e conquanto seu psiquismo resulte do Ser principal, sua junção com a massa encefálica e demais órgãos somáticos, lhe obstam o essencial espirítico e transcendente de Si mesmo (2).

Recordando, ainda, que tal “Paradigma Fenomênico” inclui ainda o Sub-Consciente, que se relaciona com o tempo passado (3), e que poderia denominar-se Estágio Conceitual do Tempo Transcorrido (ECT-T):

-3: (ECT-T): Arquivo de Experiências Pretéritas: Sub-Consciente.

Que, como se sabe tais Estágios Conceituais não funciona como compartimentos estanques, isolados um do outro; há, ali, intercomunicação, tanto no lado material, ou fisiológico, como no lado espiritual, abrangendo o psiquismo de profundidade que, “oculto” no Sub-Consciente, é suscetível de aflorar-se no Consciente por meio de impulsos, emoções e sentimentos outros, enobrecidos ou não.

Mas retornemos ao tema inicial, da distinção do Espírito no Cérebro. Doutra feita, numa tarde de descontração em minha humilde moradia, e, contemplando minha biblioteca, tive o impulso natural de tocar com os dedos da minha mão direita, o importante tratado de “Espiritismo Experimental”, também denominado “O Livro dos Médiuns” (AK – 1861).

Ao meu brevíssimo toque, num fenômeno psíquico de cognição espiritual instantânea, pude visualizar, de relance - página por página, capítulo por capítulo - a referida obra em sua inteireza científica e pedagógica.

Fora uma releitura da obra aos meus olhos psíquicos e espirituais. Mas tudo, mais uma vez, se verificara muito rápido, não sendo possível uma melhor análise do fenômeno que se patenteava, nitidamente, do exterior (1) para o interior (2), do Abstrato para o Físico, ou melhor: do Espírito para a Matéria sutilizada e constituinte dos diversos departamentos cerebrais.

Do que depreendo, com certeza matemática, que o Ser Humano se compõe, tal qual fora proposto por Kardec, de: Espírito, Perispírito e Corpo físico dotado de transitório cérebro animal.

Onde o Espírito, pois, pensa e age por si mesmo; e, pensa e age, também, e, concomitantemente, com o seu respectivo instrumento físico-corporal dotado de Cérebro, cerebelo e bulbo; de medula espinhal e nervos periféricos constituintes do complexo sistema de controle e processamento integrado de informações, atuações e sensações no campo de nossa transitória, mas tão necessária existencialidade no Mundo, visando, certamente, alguma forma de espiritualização em nós mesmos, na cíclica trajetória palingenésica da evolução.

Daí o velho e sábio adágio:

“HOMEM: CONHECE-TE A TI MESMO”.

Pressupondo que: Além do conhecimento que se faz ao exterior das coisas, urge a necessidade de que o façamos ao interior de nós mesmos, do nosso Mundo Pessoal, dotado que está, pois, de capacidades cognitivas, éticas, espirituais, não produzíveis, mas sim, e, tão-só: reproduzíveis pelo Cérebro, este que não passa, pois, de instrumento secundário, conquanto imprescindível, de nossa presencialidade no Mundo.

Ora, cogitar que o Cérebro pensa é tomar o efeito pela causa; é pensar pela Matéria que não pensa, atributo este do Espírito Imortal.

No mais, um grande abraço do amigo de sempre, e, para sempre:

Fernando Rosemberg Patrocinio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Coordenador de Estudos Doutrinários, Articulista, Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books gratuitos em seu blog.
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10-Espiritismo e Evolucionismo;
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18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
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23-Espiritismo e Filosofia;
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25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
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35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
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