CÉREBRO:
INSTRUMENTAL DO ESPÍRITO
Neste texto estaremos observando de modo positivo, analítico e
racional, alguns aspectos do Espírito no cérebro: este incrível receptor e
transmissor de tudo quanto somos em termos biológicos, psíquicos, sensitivos e emocionais;
iniciemos, pois, com a seguinte questão:
O cérebro pensa?
Não! Absolutamente, não!
Cientificamente, ninguém até hoje provou que o cérebro pensa! O que
se provara, de modo científico, fora o fato de que o Homem é um Ser
independente do cérebro, conquanto a ele jungido, entrosado, de cuja junção, me
parecendo a mais adequada nesta hora, se denominaria: Espirítico-Cerebral, que
se consolidara desde o berço, ou, bem antes ainda, desde a fecundação
intra-uterina onde as energias criativas da vida orquestraram campos genéticos
da vida para o resultado maravilhoso do complexo somático de sua atuação no Mundo
das formas.
E tem gente que não dá crédito ao Espírito, e tampouco a Deus, mas
tão só ao “mecânico” movimento da gestação, quando, então, resumem sua
incredulidade tão-só à genética das formas e nada mais.
Que genética assombrosamente inteligente, sendo capaz do miraculoso
fenômeno da vida! E digo tão assombrosamente inteligente sendo capaz, por
exemplo, de projetar um dos mais belos, mais complicados e maravilhosos órgãos
biológicos do Ser: os Olhos, também denominados: Fotossensíveis Complexos
que atingem os mais altos graus de sua evolução possibilitando uma análise
minuciosa quanto à forma dos objetos, sua cor e intensidade de luz refletida.
Ou, noutros termos, eles são capazes de perceber a luz e transformar essa
percepção em impulsos elétricos.
Mas seria possível fazer-se uma distinção do Espírito no Homem, ou
seja, de sua atuação independente da Matéria, ou, então, de sua Operosidade
Cognitiva não subordinável à Função Cerebral?
Penso que sim; e, este será, pois, o objetivo precípuo deste texto
relatando o que pude experienciar e constatar em mim mesmo, o que seria e, é,
pois, suscetível de o ser repetido, experienciado, e, portanto, confirmado por
todo indivíduo que, com humildade, gostaria de aprender mais: de Si mesmo e da
natureza essencial de todas as coisas.
Ora, nem tudo o que se passa no mundo cerebral é coisa estritamente
fisiológica: o Abstrato, o Cogitar e Consciencial de nós mesmos, bem como deste
mundo de coisas de nossa Emotividade, de seus aspectos axiológicos, afetivos e
morais, tais, por si sós, já constituem provas inequívocas de tal
espiritualidade no Homem, dotada que está de conceitos éticos, de vetores
psicológicos e parapsicológicos que provaram e provam sua capacidade de
transcender o espaço, de superar o tempo, demonstrando-se assim, sua grandeza
de tipo não-físico, e, por conseguinte, imortal, sobrepujando a tudo e
resistindo aos despojos da corporalidade.
E, portanto, de nós mesmos, e, independente de pesquisas
científicas que confirmaram e confirmam tal condição psíquica imorredoura, é
possível sim constatarmos nossa transcendentalidade, se bastante inteligentes,
honestos e corajosos o formos para tal.
Ora, vultosa soma de tudo quanto realizamos em nossa esfera
psicofísica consta do conúbio Espírito-Matéria. Ou seja: do Ser pensante e do
órgão cerebral que, juntos, comandam as mais diversas regiões do complexo
orgânico. Isto porque aqui estamos para o desempenho de um mapa de serviços que
nos escapa de momento, mas que, em suma, se resumem nas necessárias provas e
expiações contidas nas engrenagens da vida e que são, por assim dizer:
exigíveis por este incognoscível campo palingenésico de nós mesmos.
E daí nossa conexão e tão-pronta identificação psíquica com o
instrumento biofisiológico de nossa existência no Mundo visando conquistarem-se
novos patamares conscienciais e morais.
Por tal palingenesia, portanto, é que estamos tão bem
familiarizados com a vida no Mundo, regendo-a ao nosso bel prazer: estudando,
correndo, trabalhando, nos divertindo, nos aprazerando, e, ao mesmo tempo, nos
emocionando, sofrendo, chorando, e, tudo isto, em função deste perfeito
entrosamento do Espírito e da Matéria, consórcio do Transcendente com o
Transitório, do Imortal com o Passageiro, do Espiritual com o Material. E tão
pouco tempo temos para as coisas da Alma, do Espírito imortal, displicentes e
relaxados tão imenso o somos.
Meses atrás, já no findar do dia de trabalho, em trajeto
corriqueiro da cidade para o bairro de minha moradia, deliberei passar por uma
pista dupla da rodovia que corta a região; e fazia o trajeto algo tranqüilo em
meu veículo de duas rodas na pista onde se verificava pouco trânsito, quando
então admirava a paisagem dos campos e das árvores espalhadas pelos enormes
espaços físicos laterais. De súbito ocorrera-me num jato, tal qual relâmpago
verificado em minha mente calejada, uma visualização clara e precisa de tudo
quanto ainda estava por fazer naquele dia que se findava morosamente.
Ou seja: alcançar minha casa com o referido veículo; protegê-lo
devidamente na garagem; sair a pé para visitar um cliente próximo a minha
moradia; retornar para as atividades corriqueiras do lar e, mais adequadamente,
me preparar para os trabalhos que desempenho como coordenador de estudos
doutrinários. Mas tudo, como já dito, se verificara tal como um relâmpago
conceitual, e, portanto, como síntese, como norma do pensamento puro,
transcendente, notadamente espiritual.
Tanto é que, logo depois do referido fenômeno, a que se pode
designar: (1) Estado Conceitual Extra-Tempo (ECE-T), isto é: exterior a mim
mesmo - fisicamente falando - é que pude, então, retornar ao Nível
Cerebral, no que entendo como: (2) Estado Conceitual do Tempo-Cotidiano
(ECT-C).
Neste segundo estágio, pois, do Tempo-Cotidiano e habitual (2), é
que pude trabalhar, detalhadamente, o que eu iria fazer quando chegasse em
casa, me utilizando, pois, nesta segunda etapa, dos conceitos operacionais
relativos ao instrumental de minha disposição física, ou seja:
Espirítico-Cerebral: do pensamento aplicado às estruturas físicas de tais, onde
se encontram os mecanismos secundários da racionalidade, da memória, das
sensações, em suma, do meu contato com o mundo cerebral, biológico ou
biofisiológico. Noutros termos, tudo poderia assim resumir-se:
Paradigma Fenomênico do Cognoscivel Humano:
-1: (ECE-T): Plano Notadamente Espiritual: que se pode denominar:
Plano Mental Super-Consciente;
-2: (ECT-C): Plano Resultante da Conexão Espírito-Matéria: Plano
Mental Consciente.
Que, numa forma gráfica se explicitaria:
1 = [(PENSAMENTO PURO)]
\ /
\ /
\
/
/ \
/ \
2 = [(PENSAMENTO NO
CÉREBRO)]
\ /
\ /
Havendo, pois, uma radical e tremenda diferença entre tais; ou
seja, entre:
-O Pensamento Puro do Espírito (1): que, operando nas esferas
amplas da espiritualidade, entretanto, se nos revela como síntese conceitual;
e,
-O Pensamento do Espírito no Cérebro (2): que operando nas esferas
restringidas do cérebro se torna análise.
E, mais ainda: radical e tremenda diferença entre o:
-Cognoscível do Espírito: extremamente rápido, tal qual relâmpago e
síntese conceitual (1); e o:
-Cognoscível Humano: extremamente moroso e fatigante em função do
cérebro físico, e conquanto seu psiquismo resulte do Ser principal, sua junção
com a massa encefálica e demais órgãos somáticos, lhe obstam o essencial
espirítico e transcendente de Si mesmo (2).
Recordando, ainda, que tal “Paradigma Fenomênico” inclui ainda o
Sub-Consciente, que se relaciona com o tempo passado (3), e que poderia
denominar-se Estágio Conceitual do Tempo Transcorrido (ECT-T):
-3: (ECT-T): Arquivo de Experiências Pretéritas: Sub-Consciente.
Que, como se sabe tais Estágios Conceituais não funciona como
compartimentos estanques, isolados um do outro; há, ali, intercomunicação,
tanto no lado material, ou fisiológico, como no lado espiritual, abrangendo o
psiquismo de profundidade que, “oculto” no Sub-Consciente, é suscetível de
aflorar-se no Consciente por meio de impulsos, emoções e sentimentos outros,
enobrecidos ou não.
Mas retornemos ao tema inicial, da distinção do Espírito no
Cérebro. Doutra feita, numa tarde de descontração em minha humilde moradia, e,
contemplando minha biblioteca, tive o impulso natural de tocar com os dedos da
minha mão direita, o importante tratado de “Espiritismo Experimental”, também
denominado “O Livro dos Médiuns” (AK – 1861).
Ao meu brevíssimo toque, num fenômeno psíquico de cognição espiritual
instantânea, pude visualizar, de relance - página por página, capítulo por
capítulo - a referida obra em sua inteireza científica e pedagógica.
Fora uma releitura da obra aos meus olhos psíquicos e espirituais.
Mas tudo, mais uma vez, se verificara muito rápido, não sendo possível uma
melhor análise do fenômeno que se patenteava, nitidamente, do exterior (1) para
o interior (2), do Abstrato para o Físico, ou melhor: do Espírito para a
Matéria sutilizada e constituinte dos diversos departamentos cerebrais.
Do que depreendo, com certeza matemática, que o Ser Humano se
compõe, tal qual fora proposto por Kardec, de: Espírito, Perispírito e Corpo
físico dotado de transitório cérebro animal.
Onde o Espírito, pois, pensa e age por si mesmo; e, pensa e age,
também, e, concomitantemente, com o seu respectivo instrumento físico-corporal
dotado de Cérebro, cerebelo e bulbo; de medula espinhal e nervos periféricos
constituintes do complexo sistema de controle e processamento integrado de
informações, atuações e sensações no campo de nossa transitória, mas tão
necessária existencialidade no Mundo, visando, certamente, alguma forma
de espiritualização em nós mesmos, na cíclica trajetória palingenésica da
evolução.
Daí o velho e sábio adágio:
“HOMEM: CONHECE-TE A TI MESMO”.
Pressupondo que: Além do conhecimento que se faz ao exterior das
coisas, urge a necessidade de que o façamos ao interior de nós mesmos, do nosso
Mundo Pessoal, dotado que está, pois, de capacidades cognitivas, éticas,
espirituais, não produzíveis, mas sim, e, tão-só: reproduzíveis pelo Cérebro,
este que não passa, pois, de instrumento secundário, conquanto imprescindível,
de nossa presencialidade no Mundo.
Ora, cogitar que o Cérebro pensa é tomar o efeito pela causa; é
pensar pela Matéria que não pensa, atributo este do Espírito Imortal.
No mais, um grande abraço do amigo de sempre, e, para sempre:
Fernando Rosemberg Patrocinio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Coordenador de Estudos
Doutrinários, Articulista, Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books gratuitos
em seu blog.
E.mail: f.rosemberg.p@gmail.com
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36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
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38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo
e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica
do Homem;
43-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing:
Réplica Terceira;
46-Consenso Universal:
Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos
Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a
Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da
Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e
Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentir: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
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