quarta-feira, 27 de abril de 2016

INTELIGÊNCIA SUPREMA



INTELIGÊNCIA SUPREMA

Ora, como supor o grandessíssimo espetáculo da criação, de sua ordem, suas leis perpétuas e imutáveis, ausentes do seu Arquiteto-Mor, o Supremo Criador de tudo e de todas as coisas?

Seria, e é, o cúmulo da cegueira - conquanto os haja aos montes - pretender que a lógica matemática do Universo, de Suas leis, operantes e inabaláveis, esteja a constituir simples resultado do acaso e não de uma Inteligência Suprema, a tudo e a todos: Superior. Dias atrás, este autor e uma multidão de pessoas que assistiam a um determinado programa televisivo, tiveram a oportunidade de ouvir “pérolas” defendidas por um “grande” cientista de que o Universo é tão perfeito e, por si só, Tão Inteligente que ele não precisa de um Deus, de um Criador!

Não, isto, absolutamente, não!

Conquanto respeitemos: vejam o absurdo a que pode chegar certos estudiosos, “consagrados” cientistas de nossa modernidade: percebem a manifestação da Inteligência Universal e não a admite por preconceito, ceticismo, negativa de sua razão que vê, mas não quer ver, percebe, mas não quer perceber, e, portanto, concluir com o óbvio, o coerente e racional da ideia de um Ser Superior, que cria, ordena e coordena todos os fenômenos visíveis e invisíveis de Sua criação, absolutamente inteligentes, seja aqui, seja ali ou acolá.

Que razão, pois, é a razão de um indivíduo cético: que vê, mas não vê; que percebe, mas não quer perceber; que constata, mas não quer constatar, abraçar, acatar?

Ao oposto de tal, quando inteligência e fé raciocinada se apoiam mutuamente, Allan Kardec, buscando a causa e o fundamento de todas as coisas, principia “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), questionando a alta espiritualidade:

-“Que é Deus?”

E, em resposta, os Espíritos elevados respondem que:

-“Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas”.

E, em seguida a outros questionamentos, insiste Kardec:

-“Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?”.

E, como resposta, se descreve:

-“Num axioma que aplicais às vossas próprias ciências: não há efeito sem causa. Procurai a prova de tudo o que não é obra do homem e vossa razão responderá”.

Pois bem: se todo efeito deriva de uma causa que o tenha determinado, o Espiritismo, num apelo à razão e ao bom senso humanos, evoca-nos a que apliquemos dito princípio naqueles efeitos que não resultam da atividade do homem, de sua obra, sua operação concreta, realizadora de sua ação.

Em se observando a natureza ao derredor, ou sondando-se os mistérios dos céus, encontramos uma imensidade de efeitos cuja causa, reitere-se, não provém da humanidade, que não só é impotente para produzi-los como também para explicá-los em suas causas primeiras, fundamentais.

De fato, já me referi noutro artigo de minha autoria, que o Universo é um espetáculo contínuo, empolgante e vivo, onde estrelas nascem, vibram, explodem; onde planetas transladam em órbitas fabulosas, complexas, desconhecidas, planetas que também comportam sua gênese, juventude e velhice, para um dia extinguir-se em observância às Leis insondáveis da eterna Criação; sendo esta, pois, Criação de Deus, da Inteligência Suprema, e não do nada, pois que o nada não existe, e, por não existir, nada pode, ou poderá, um dia, algo produzir, criar, se manifestar. 

O Universo, pois, é um espetáculo vivo, onde, e quando, Galáxias palpitantes de luz, calor e energia, estão aglomerados de outros Mundos, outras sociedades, outros “eus”, onde tudo e todos se deslocam pelo espaço celeste a impressionantes velocidades, em órbitas estonteantes, num espetáculo magnífico de movimento, harmonia, beleza, onde tudo e todos flutuam no espaço sideral amparados pela Potência Criadora, a Inteligência Suprema que tudo rege, tudo cria, tudo governa.

Em nosso Mundo terreno, sabe-se que somente há poucos séculos tomamos conhecimento das Leis que regem o nosso sistema solar. Leis estas que foram desvendadas pelo célebre astrônomo Johannes Kepler e confirmada, mais tarde, por meio de complicados cálculos matemáticos, pelo não menos célebre Isaac Newton. As três Leis, que ficaram conhecidas como Leis de Kepler, expressam que:

-Os planetas do nosso Sistema Solar não percorrem rotas circulares, mas sim elípticas (quase que ovais), sendo que o Sol ocupa, espacialmente, um dos focos dessa trajetória elíptica;

-A linha que interliga um planeta ao Sol, varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais, e estando o Sol estrategicamente centrado em um dos focos da elipse, significa dizer que quando os planetas estão mais próximos do Astro Rei, eles deslocam-se com maior velocidade, e, conseqüentemente, reduzem quando dele se afastam; e que:

-O quadrado do tempo levado para completar uma órbita é proporcional ao cubo da distância média do planeta ao Sol.

E interrogam-se, com razão:

-Quem seria o autor de Leis tão arrojadas e de tão difícil compreensão, especialmente aos menos inclinados à Matemática, ao superior cálculo diferencial e integral?

-Quem seria o autor de Leis que são, por conseguinte, Matemática pura, de Leis que se regiam e se regem desde o início dos tempos, ou melhor, desde a gênese planetária, ou melhor, ainda, da construção do nosso Sistema Solar?

-Quem seria o autor de Leis que, para seu estabelecimento, não consultou a razão humana para existir, se impor e se fazer valer no plano sideral de sua magnífica atuação?

Leis, portanto, que simplesmente existem muito antes que eu, tu, ele, nós, vós, eles, pessoas ditas humanas, existissem, e, portanto, muito antes que nossa frágil inteligência se pronunciasse, arrogantemente, neste mundinho inferior e que, inclusive, ela mesma, haverá de ter sido uma criação Sua, deste Incognoscível Autor de tudo, de Inteligência Infinita, pois que é Deus, que, para mim, e, para todos, tem a denominação de:

Inteligência Suprema, o Pai conforme Jesus, que é a Causa Primária de todas as coisas.

O Universo, pois, - do verme ao homem, do átomo aos conglomerados de estrelas, de mundos e astros que formam as galáxias estonteantes de movimento, calor e luz - é inteligente porque resulta da Inteligência Suprema, sendo a prova cabal de Sua Existência, Sua Perene Eternidade.

Ora:

-O que permite aos Orbes, com suas massas gigantescas, flutuarem e girarem graciosamente pelo espaço sideral? O que os dirige, em suas órbitas elípticas, inteligentíssimas, seria apenas e tão somente o mecanismo do nada, de um puro acaso existencial?

Um acaso, pois, demasiadamente inteligente, pois que: tais órbitas, em sua elegância e em seus prodígios, foram matematicamente pensadas, engendradas, calculadas, e quem as pensara, engendrara, e, mais ainda: milimetricamente calculara? 

Tudo quanto se possa fazer no tocante a tal é o termos o coração puro; é o sermos tão só humildes estudantes de tais Leis, (re) descobrindo-as, pois tais mesmas, desde tempos imemoriais, já se nos mostravam e se nos patenteavam aos olhos físicos e carnais. Então, se não fora eu, tu ou ele que as engendrara, é inegável que tenha sido alguma outra Coisa de Capacidade Mui Superior, ou simplesmente: Deus – a Inteligência Suprema do Universo - que, portanto, se nos revela por suas obras, apesar do cepticismo de alguns pares que, não condenamos, e sim, compreendemos, pois que a Evolução é Lei, e a tais atingirão também. 

E, portanto, é falsa a premissa de que: não há lugar para Deus no universo. Pelo contrário: só há lugar para Deus no Universo, pois que Tudo vem de Deus, e até mesmo esta nossa descrente maneira de agir e de pensar, pela liberdade que Ele mesmo Nos dera, e inclusive, portanto, de se querer excluí-Lo de nossas vidas, quando O mesmo em Tudo Vive, em Tudo se Manifesta, sendo obra do orgulho a pretensão de afastar o Criador de Sua Própria Criação, pois que nela se insere naturalmente; Vive e se manifesta, se revelando, simplesmente, bastando ao criado ter olhos para vê-Lo, distingui-Lo, adorá-Lo.

E, portanto:

Não há efeito sem causa. Não há criatura sem Criador.

O que significa expressar que:

Não há grão de areia, e tampouco átomos e moléculas que o constituem... 

Não há vida, mesmo a mais rudimentar do plano viral e tampouco do plano unicelular... 

Não há pensamento, o menor ou maior dos pensamentos... 

Em suma: num plano macroscópico:

Não há Mundos, Astros e Estrelas, e, não há nada, criado, dispensado de uma Mentalidade que o pensara, de um Criador que a tudo projetara com esmero, carinho, cuidados os mais solícitos, Ditando-lhes, como essencial, leis quânticas, físicas e orgânicas, relativísticas e astronômicas, matematicamente exatas, precisas e regentes da ameba ao homem, do átomo ao arcanjo, a que chames como quiser:

-Deus; 

-Energia; 

-Potência Criadora; 

-Javé ou Jeová;

Não importa...

Pois o que ressalta evidente de todas as coisas é a Sua Imanência a tudo e a todos, Presença Divina que está aqui, ali e acolá, sendo Ele, pois, o Deus do átomo e das galáxias, o Deus, que, por Sua Solicitude, Providência e Ordem, É a Inteligência Suprema, o Cógito Universal, a que o homem deve aspirar e se inspirar, pois que um filho insofismável d’Ele mesmo é, ainda que sua razão ouse desacreditá-Lo.

Resumindo, poderíamos ainda repetir a sentença de Ângela di Foligno, uma Alma pura e santificada que ouvira do próprio Cristo:

“Eu sou mais íntimo de tua Alma do que ela é de ti mesma”. (Vide: Deus e Universo – Pietro Ubaldi – Fundapu).

Ora, já proclamava nosso Mestre Jesus:

“Eu e o Pai somos Um”,

O que significa, pois, expressar que:

“Deus é mais íntimo de mim do que eu sou de mim mesmo”.

Tamanha Sua Grandeza, Sua Presença no íntimo das coisas, no íntimo de mim, de ti, e de todos nós. Bastando, pois, deixá-Lo manifestar-se, acordar e viver em nosso íntimo se não o embaraçarmos pelo nosso orgulho, nossa soberba, nossa altivez.

“Bem aventurados os pobres de espírito, ou seja: os humildes, pois que deles é o reino dos céus”. (Jesus).

O mesmo Reino, pois, que vige dentro de nós, bastando, pois, que o busquemos no Cristo, em Deus, Nosso Pai, e não nas exterioridades da forma, da matéria perecível, uma vez que:

“O interior importa mais que o exterior”.

Assim, pois, reflitamos mais no sentido do nosso interior, criando vias de penetração em nossa Alma pelos nossos Maiores, os Instrutores de mim, de você, e, de todos nós.

Finalizo com um grande abraço a todos:

Fernando Rosemberg Patrocinio:
Fundador de Casa Espírita Cristã, Coordenador de Estudos Doutrinários, Articulista, Palestrante e Escritor de dezenas de e.Books gratuitos em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;

65-A Revolução Ética.
...............................................
Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário