sábado, 17 de junho de 2017

JEAN-BAPTISTE ROUSTAING: RÉPLICA TERCEIRA (45o. e.Book)



Fernando Rosemberg Patrocinio

(45o. e.Book)

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JEAN-BAPTISTE ROUSTAING:
RÉPLICA TERCEIRA

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INTRODUÇÃO SIMILAR

CRÍTICA E RÉPLICA TERCEIRA

DESPEDIDA FRATERNAL

A QUESTÃO ROUSTAING (Refutação)

RELAÇÃO NOSSOS E.BOOKS

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Introdução Similar Para
As Três Réplicas:

Não é novidade para nós, operosos espiritistas, que estamos lidando, estudando e trabalhando com um dos mais importantes aglomerados doutrinais da face terrena: o Espiritismo, ou, como queiram: Doutrina dos Espíritos Superiores ao comando de um Indiscutível Mestre Universal: o Cristo-Espírito-Puro: Uno com o Pai - o Supremo Criador.

De saberes profundos, de conhecimentos obtidos via mediunidade, o referido: Espiritismo é, pois, conjunto de ensinos dos Espíritos sobreviventes, e que surge no Mundo terreno como promessa daquele mesmo Jesus de nos enviar ‘O Consolador’: Terceira Revelação da Lei de Deus. Caracterizando-se como Ciência, Filosofia e Religiosidade-Moral, óbvio ficar evidente, que, por tal complexidade mesma, um dos equívocos espiritistas (máxime dos ortodoxos) mais recorrentes, rotineiros e usuais, diz respeito ao problema de se discernir, por exemplo, o que é apenas e tão-só a opinião de Allan Kardec, e o que é, do conjunto harmonioso, de ensinos vários, dos referidos Espíritos Reveladores.

O que é compreensível, pois que, afinal, o Espiritismo conta com tão-só 150 anos desde sua elaboração primeira, que se dera, como se sabe, em meados do Século 19, mais exatamente, a partir de 1857 com a publicação de sua obra principal: “O Livro dos Espíritos” (AK). Sendo que, a partir de então, até hoje, neste ano de 2017, conta-se, no movimento espírita, com cerca de duas mil obras verossímeis, (alguns falam em 5.000 obras mais ou menos confiáveis), prontas para serem digeridas e estudadas, mas digo, seriamente estudadas, refletidas e praticadas pelos seus mais distintos seguidores.

Pois, do contrário, continuaremos a fazer críticas de textos críticos, como, por exemplo, com o que faremos a partir deste, que implica em três partes distribuídas por três e.Books. Este, e, mais dois.

Assim, pois, das críticas levantadas pelo texto:

“Roustaing Sob a Ótica de Jose Passini, Astolfo Olegário e Leonardo Marmo”, do ‘Jornal O Rebate’, postado em 20.04.2015, em que tais espiritistas refutam a obra “Os Quatro Evangelhos”(1866 - João Batista Roustaing - Feb) ...

E, como é do nosso direito:

Estaremos a retrucá-lo com os referidos e.Books já citados, mas o faremos em perspectiva de alto nível, de modo simples, mas com a luz da verdade, pois, dos Amigos da Espiritualidade, que nos inspiram, nada vem de rasteiro, ou de inútil, mas tão só de algum proveito para os que hoje se debatem dissonantes, mas com esperança de nos tornarmos mais acordes no futuro, no amanhã espiritual de todos nós.

De tal modo que: não vai aqui nenhuma intenção de ultrajar tais pessoas, mas sim, e, tão-só, de esclarecer, de se estudar melhor referida questão que, como se nota, não partira de nós, mas dos críticos de Roustaing e de sua primorosa obra: ministrada pelos Espíritos dos próprios Evangelistas, dos demais Apóstolos, e, por Moisés. O que fazemos, pois, nada mais é que o nosso direito de resposta aos que se julgam bons catedráticos em Espiritismo, quando somos, todos nós, não mais que aprendizes de tão complexa, tão augusta e tão nobre Doutrina, sendo esta, não nossa, mas, repito, dos Espíritos Superiores.

Sendo que, em tal direito - de resposta – notar-se-á que a obra de Roustaing parte das obras básicas codificadas para informar mais, detalhando e acertando o que não pudera ser feito por Kardec, em face de tantos campos a serem pesquisados e desvendados pelos estudiosos da grande fenomenologia espirítica.

Logo, para os que desconhecem, informamos que Kardec e Roustaing foram contemporâneos, amigos espiritistas, tendo o primeiro organizado “O Livro dos Espíritos” e o publicado em 1857; e o segundo, organizado “Os Quatro Evangelhos” até 1866 quando o publicara; sendo ambos, pois, na França.


Sendo o que tínhamos a dizer nesta breve introdução, vamos ao que mais interessa de nossos estudos críticos e defensores da Verdade e do Bem.

CRÍTICA E RÉPLICA TERCEIRA

Assim, vamos ao que mais nos interessa: à nossa réplica, lembrando que: a Crítica de Jose Passini, dirigida à obra Roustaing – “Os Quatro Evangelhos” (Feb) - está registrada em cor vermelha; os textos das obras de Roustaing e de Kardec em tonalidade preta; e nossa Refutação na cor azul. Mas que não se pense que tal medida complicara a questão, muito pelo contrário: simplificara como se pode constatar pela leitura e estudo do presente e.Book, sendo que, para facilitar mais ainda, mencionamos logo abaixo dos textos, ou dos livros, o seu respectivo autor.

Nossa Refutação Inicial:

Para o Sr. Passini - logo nas primeiras palavras de sua critica à obra de Jean-Baptiste Roustaing - os Espíritos de tal obra são mistificadores, pseudo-sábios; em seu entendimento, Roustaing:

“...foi vítima de Espíritos que se enquadram perfeitamente na classificação de Kardec. (Passini).

Ou seja, do Item 104 de “O Livro dos Espíritos” (AK):

“Seus conhecimentos são bastante amplos, mas acreditam saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos de vista, a linguagem deles tem caráter sério, que pode iludir quanto às suas capacidades e luzes; porém, na maioria das vezes isso não passa de um reflexo dos preconceitos e das ideias sistemáticas da vida terrestre. É uma mistura de algumas verdades com os erros mais absurdos. Em meio aos quais despontam a presunção, o orgulho, o ciúme e a obstinação, de que não puderam livrar-se.”. (“OLE” – AK - 1857).

Todavia, se tais Espíritos da obra de Roustaing são pseudo-sábios, questionamos ao Sr. Passini: como é que tais Espíritos estão em perfeita sintonia com os Espíritos da obra de Kardec?

Ora, o que defende a obra de Roustaing em seu ponto mais difícil, e, pois, mais complicado?

Defende a obra de Roustaing:

-Que Jesus, o Mestre Redentor, quando esteve dentre nós, os Espíritos humanos, Ele teria envergado um Corpo fluídico materializado por eflúvios diversos, um Corpo Quântico - modernamente falando - que estivera dotado, inclusive, de fluidos humanos, animalizados, sendo suscetível, ao Comando da poderosa Mente que o manejava: de desmaterializar-se e rematerializar-se quando Jesus assim o quisesse.

Ora, como é que tal ponto fundamental da obra de Roustaing está discordante da obra de Kardec se “O Livro dos Espíritos” (AK - 1857) mesmo informa que os Espíritos Puros, como Jesus, não reencarnam?

-O Item 113 deste citado “Livro” informa que tais Seres, Espíritos Puros, como Jesus, não estão mais sujeitos “à reencarnação em corpos perecíveis”, em corpos, pois, de matéria biológica, como os corpos humanos, que nós, os Espíritos decaídos, envergam em sua expiação.

Logo, não há contradição da obra de Kardec com a obra de Roustaing, mas sim: concordância plena, e, se o Sr. Passini acusa que os Espíritos da obra do segundo são pseudo-sábios, os da obra do primeiro, também o seriam! O que não cremos ser possível, pois, tais elementos, de uma e de outra obra, são Espíritos Superiores, encarregados da Nova Revelação do Espiritismo na face terrena.

E, se tal se dera no Século 19, sabemos que, mais recentemente, no Século 20, as obras magnânimas de Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, obras, igualmente, de Espíritos Elevados, não desmentem as obras citadas do Século 19, organizadas por Roustaing e por Kardec. Senão vejamos:

Na obra do primeiro, de Xavier, o Espírito de André Luiz, prefaciado pelo Espírito de Emmanuel, ministra em “Mecanismos da Mediunidade” (Feb), que Jesus:

“Em Jerusalém, no templo, (Jesus) desaparece de chofre, desmaterializando-se ante a expectação geral, e...”, “Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhes os agentes e reintegrando-os à vontade...”. (Opus Cit.).

E, na obra do segundo, do Divaldo, o Espírito de Vianna de Carvalho, prefaciado pelo Espírito de Joanna de Ângelis, em “A Luz do Espiritismo” (Editora Leal), informa algo parecido, dizendo:

“Em Nazaré, ante a turba enfurecida, (Jesus) utilizou a faculdade da desmaterialização”. (Opus Cit.)

Logo, não há Espíritos pseudo-sábios nem em Roustaing, nem em Kardec, nem em Chico, nem em Divaldo, nem em André Luiz, nem em Emmanuel, nem em Vianna de Carvalho, nem em Joanna de Ângelis, pois que são, verdadeiramente, e, consensualmente, Espíritos Sábios da Espiritualidade Maior, ou, se o quisermos: Espíritos Superiores, preocupados, e, incumbidos, pois, pelo próprio Mestre e Senhor Jesus de nos trazer a verdade e não a mentira.

O que pode haver, dentre tais Espíritos, são pequenas divergências, sendo estas, quase imperceptíveis, em suas interpretações filosóficas e doutrinárias, o que confirma, deles, e, de nós mesmos, nosso caráter distintivo de progressos realizados, estando uns mais adiante que outros.

Crítica de Passini:

“Mas, não o esqueçais: todo aquele que reveste a carne e sofre, como vós, a encarnação material humana – é falível.” (“Os Quatro Evangelhos” - Roustaing - pág. 166 - Feb).

Estaria o Espírito querendo dizer que se Jesus encarnasse estaria sujeito a falhar? Por isso não teria encarnado? (Passini).

Nossa Refutação:

Este questionamento do crítico não faz sentido algum; e, mais: depõe contra ele mesmo, pois nos passa a impressão de que não lera mais a fundo a obra de Roustaing, mas fora tomando dados de sua obra, aqui e ali, sem maiores reflexões, e, de tais, expressando suas opiniões. Ora, a obra inteira de Roustaing, por diversas vezes informa que Jesus é um Espírito Puro, que, por sua vez, Ele não decaíra como nós, Espíritos falidos e sujeitos à expiação nos Mundos materiais.

Jesus, como dito por Roustaing, e, confirmado, por exemplo, pelo Espírito de Emmanuel, fizera sua evolução em linha reta para Deus; e, há 4,5 bilhões de anos, Jesus dirige a evolução de tudo e de todos no Orbe terreno desde a condensação de seus primeiros gases estelares, partículas diversas do fluido cósmico e da massa ignescente que se desprendera da nebulosa solar.

Logo, as questões levantadas por Passini, conquanto todo o respeito que lhe devemos:

-Estaria o Espírito querendo dizer que se Jesus encarnasse estaria sujeito a falhar?

-Por isso não teria encarnado? ...

São por demais ingênuas para quem espera, como nós, uma crítica inteligente, austera, robusta, daquele ou daquilo que se critica, objetivando-se bem informar os seus leitores, hoje mais exigentes, mais instruídos e aptos a buscar informações de tudo, do que se estuda, do que se lê, retirando-se daí, sua opinião mesma, firmada em sua inteligência, sua lógica, sua sede de saber mais e melhor.

Por outro lado – para os bons entendedores - nossa refutação anterior a esta, que se encontra registrada linhas acima, deixa tudo muito claro, exceto para os que fecham os olhos e não querem enxergar.

E, mais ainda, se o referido crítico conhecesse bem a obra de Kardec, ele teria conhecimento de que, em muitas partes, os Espíritos Superiores informa justamente isto: que somos nós, os Espíritos humanos, Seres falidos, que experienciaram o fenômeno de sua própria derrocada, ou, Queda Espiritual, como nos informa de modo claro, por exemplo: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de Allan Kardec.

Mas o referido crítico, ao que se sabe, se posiciona contrário à tese da Queda Espiritual, Fenômeno Involutivo-Evolutivo, e coisas que tais. O que não quer dizer, em tempo algum, que referida Queda não se dera, pois hoje se confirma por Espíritos da obra de Kardec, de Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier; sem contar, ainda, seus muitos relatos bíblicos, do Velho e do Novo Testamento.

Mas, então, o que vale mais? O Consenso Universal que se formara por tais obras, dos Espíritos Superiores, ou a opinião isolada de um, ou, de outro, que se posiciona contrário, e, pois, contra a corrente caudalosa de tantos sábios, e, inclusive, do próprio Mestre Nazareno Jesus?

Mas parte dos espiritistas, por aqui reencarnados, e que recusam a Queda do Espírito e sua respectiva Salvação Evolutiva, tais a recusam, sobretudo, por detestarem Roustaing (contemporâneo de Kardec no Século 19), Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier (do Século 20), que, claramente, a preconizam em suas obras, pois que, afinal, suas Doutrinas vem a ser a mesma que fora ditada pelos Espíritos Superiores nos tempos de Kardec, no referido Século 19.

E, por isto mesmo, para esclarecer aos mais incautos, construímos nossa ‘Trilogia’ de e.Books:

-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos; e etc., etc.

Mas, para tudo resumir, analisemos, rapidamente, a Obra Central do Espiritismo, obra, quiçá, a mais importante para o homem moderno, pois que trata do nosso problema mais urgente: nossa falta de Amor, de Jesus em nossos corações; me refiro, pois, ao: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec mesmo:

“Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio; já foi dito de que imensas faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas, ah! Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”.

(Vide: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec – 1864 - Capítulo 3 – ‘Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai’ – Instruções dos Espíritos: Item 16).

E, comentando dita Instrução dos Espíritos Superiores, note-se que a mesma menciona o fato de que nós, Espíritos humanos, estávamos lá: no Mundo Espiritual, preconizando:

 “Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal,”. (Opus Citado).

Ou seja: os Espíritos, ainda Simples e Ignorantes, em estado nascente, ou, noutros termos, quando nascem das mãos de Deus, tais Espíritos, ou Alma nascente:

“... pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio”. (Opus Citado).

Mas dentre tais Espíritos, ou, Almas, notemos que as referidas são detentoras do livre arbítrio, são senhoras de Si, e, pois: Conscientes de sua situação. Mas, dentre tais Espíritos, ou, Almas livres do espaço espiritual:

Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Citado).

Ou seja, aos Espíritos ou Almas que sucumbem, ou, que se rebelam, ou que se quedam ou fraquejam na luta, tais são, a partir daí, exiladas nos Mundos materiais para mais pronta depuração, se regenerando para o retorno ao Mundo Espiritual de origem.

Crítica de Passini:

Se Paulo entendesse que Jesus tinha só corpo fluídico, não falaria em ressurreição. (Jose Passini).

Nossa Refutação:

Neste ponto, o referido crítico comenta algo dos escritos do apóstolo dos gentios – Paulo – para difamar Roustaing nos termos acima expostos. Todavia, é extremamente fácil refutar este pensamento sombrio, pois o mesmo apóstolo, em Hebreus: em 7:3, se referindo a Jesus, exclamava:

“Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo nem princípio de dias nem fim de vida, mas tendo sido feito semelhante ao filho de Deus, permanece sacerdote perpetuamente”. (Opus Citado).

O que, certamente, em afirmando que o Cristo não tinha pai, nem mãe, nem genealogia, humana obviamente, ele – Paulo - sabia de sua origem transfísica, de constituição não biológica, e sim: de fluídos e partículas as mais diversas: quânticas, eletrônicas, atômicas, bem como fluidos vitais, animalizados, mas distintos do corpo grosseiro dos Espíritos reencarnados neste Mundo provacional.

Logo, Jesus, era um homem físico, tangível, manifesto e palpável, mas também Espírito Puro, um Deus, ou: um homem-Deus!
                                  
Crítica de Passini:

Há afirmativas (da obra de Roustaing) que contrariam frontalmente as bases doutrinárias do Espiritismo. Vejamos algumas, dentre muitas:

Evolução do Espírito:

Com Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, aprende-se que o princípio inteligente percorre, durante milênios incontáveis, as trilhas da evolução, antes de atingir o estágio de humanidade. Aprende-se que a consciência moral que caracteriza o Ser humano, libertando-o gradualmente do jugo dos instintos, desabrocha lentamente, revelando a perfeição imanente no Ser:

O Livro dos Espíritos - 607 a. Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação, não?

“Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos. Assim, à fase da infância se segue à da adolescência, vindo depois a da juventude e da madureza.”. (“OLE” - Allan Kardec).

Respondendo a Roustaing, os Espíritos com os quais dialogou, falam numa transformação (-1-) do instinto em inteligência – num determinado momento – levada a efeito por agentes exteriores (-2-) e não através do próprio processo evolutivo, o que faz pensar numa espécie de “colação de grau” espiritual (-3-).

Interessante notar, também, que o Espírito, depois de todas as aquisições individuais retorne ao “todo universal” (-4-), onde, certamente, perderia a sua individualidade (-5-). Além disso, como teria, um Espírito recém-saído da animalidade ter um perispírito tão sutil a ponto de quase ser invisível aos Espíritos Superiores? (-6-). Vejamos – (escreve Passini) - a pergunta de Roustaing e a resposta dos Espíritos:

Pergunta de Roustaing: “Como é que, chegado ao período de preparação para entrar na humanidade, na espiritualidade consciente, o Espírito passa desse estado misto, que o separa do animal e o prepara para a vida espiritual, ao estado de Espírito formado, isto é, de individualidade inteligente, livre e responsável?”

Resposta dos Espíritos: ”É nesse momento que se prepara a transformação do instinto em inteligência consciente. Suficientemente desenvolvido no estado animal, o Espírito é, de certo modo, restituído ao todo universal, mas em condições especiais é conduzido aos mundos ad hoc, às regiões preparativas, pois que lhe cumpre achar o meio onde elaboram os princípios constitutivos do perispírito. (...) Aí perde a consciência do seu ser, porquanto a influência da matéria tem que se anular no período da estagnação, e cai num estado a que chamaremos, para que nos possa compreender, letargia. Durante esse período, o perispírito, destinado a receber o princípio espiritual, se desenvolve, se constitui ao derredor daquela centelha de verdadeira vida. Toma a princípio uma forma indistinta, depois se aperfeiçoa gradualmente como o gérmen no seio materno e passa por todas as fases do desenvolvimento. Quando o invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e solta o seu primeiro brado de admiração. Nesse ponto, o perispírito é completamente fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a essência espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora sutilíssimos, dificilmente a distinguem.” (“OQE” - 1º vol., pág. 308 - Feb).
           
Respondendo a Kardec, os Espíritos ensinam que o Espírito emerge lentamente da animalidade, das necessidades materiais, através de sucessivas encarnações, ao longo de milênios sucessivos, que se constituem em oportunidades absolutamente necessárias ao seu progresso. O perispírito, que sempre reveste o Espírito, vai-se modificando com o passar do tempo.

Roustaing se refere ao perispírito como se fosse uma roupagem preparada longe do Espírito (-7-) que deva usá-la (Passini): 

“Quando o invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e solta o seu primeiro brado de admiração.” (Roustaing).

Nossa Refutação:

Para a nossa refutação, e, para nos reportarmos ao ponto das críticas de Passini com clareza, e, facilmente identificável pelo Leitor, fizemos constar em sua crítica, logo acima, números de (-1-) a (-7-) nas cores em azul às quais responderemos uma a uma.

Sendo que para o item (-1-), da obra “O Livro dos Espíritos” (AK), que o Sr. Passini menciona, vemos que, realmente, o princípio inteligente, depois de percorrer os reinos inferiores da criação, ele sofre uma ‘transformação’ e se torna Espírito; e, vejam, mais acima, pela obra de Roustaing, exatamente o mesmo termo: ‘transformação’. E, notemos que os Espíritos da obra de Kardec não tratam, mais a fundo:

a) o que seria esta transformação; e:

b) por outro lado, não há, de forma clara, a citação do perispírito nos animais.

E, não seria, dita transformação, o que fora ministrado pela obra de Roustaing, completando o que faltara em “OLE” de Allan Kardec? Sem dúvida que sim, pois Kardec mesmo instrui que:

“O Livro dos Espíritos não é um tratado completo do Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” – AK - Julho de 1866 – Edicel).

E, por não haver a citação clara do perispírito nos animais, a obra de Roustaing não estaria seguindo os mesmos dados de Kardec em não se referindo ao perispírito nos animais, mas, de certa forma, o desenvolvendo como já citado? E, mais uma vez: sem dúvida que sim.

Mesmo por que: num, e noutro, em Kardec, e em Roustaing, a ideia do perispírito na centelha anímica dos animais, conquanto não citada, lhe está naturalmente inserida – como já visto nalgumas obras dos demais clássicos e, inclusive, mais recentemente, nas de Emmanuel e André Luiz.

Mas, em Roustaing, ele está a mencionar o perispírito, porém, de modo vago e impreciso, como algo relativo à “influência da matéria”; mas ficando bem claro que este organismo perispirítico esta lá, pois que tal se “desenvolve” e “se aperfeiçoa gradualmente como gérmen no seio materno e passa por todas as fases do desenvolvimento”. (“OQE” – Roustaing - Feb), quando em derredor do Espírito, agora, em fase não mais animal – de princípio inteligente - mas sim, como Espírito formado.  

Mas o que estaria operando o desenvolvimento do perispírito? Seria, nada mais, nada menos, o que hoje denominamos: Corpo Mental. Isto quer dizer que a obra de Roustaing antecipa as obras de André Luiz (com prefácio de Emmanuel) em cerca de 100 anos. Em “Evolução em Dois Mundos” (1958 – Feb) temos que o perispírito, ou, “corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”. (Opus Citado).

Mas prosseguindo: entende e escreve o crítico:

Respondendo a Roustaing, os Espíritos com os quais dialogou, falam numa transformação do instinto em inteligência – num determinado momento – levada a efeito por agentes exteriores (-2-) e não através do próprio processo evolutivo, o que faz pensar numa espécie de “colação de grau” espiritual (-3-).

Vemos que, em tal ponto (-2-) da crítica de Passini, ele pretende separar os ‘agentes exteriores’ (no caso: os Espíritos que nos dirigem a rota salvífica) do ‘processo evolutivo’, do seu entendimento. Ora, sabemos que tudo está interligado a tudo e formando uma coisa só: ou seja: os Espíritos, os mais diversos, das mais distintas categorias, que inclui nossos superiores, e que, em conjunto, constitui uma das forças da natureza, eles estão - por assim dizer - interligados a tudo em sistema único, e, notadamente, ao processo evolutivo dos mundos, donde podermos com segurança afirmar que o Mundo Espiritual dirige o Mundo (s) material (s), conforme os excelsos fins daquele, em cujo ápice, está Deus.

E, quanto ao que o crítico considera como ‘colação de grau’, (-3-), óbvio que isto é do seu entendimento e de sua responsabilidade sarcástica, ou seja, de Passini, coisa da qual não devo tomar parte, e, nem Roustaing, pois que este nada dissera relativamente a isto.

Mas prossigamos com o crítico que escreve:

Interessante notar, também, que o Espírito, depois de todas as aquisições individuais retorne ao “todo universal” (-4-), onde, certamente, perderia a sua individualidade (-5-).

Corrijamos, mais uma vez, o referido crítico com a própria obra de Roustaing que ministra:

“Suficientemente desenvolvido no estado animal, o Espírito é, de certo modo, restituído ao todo universal”

Ou seja, o que o Sr. Passini escreve, não é, de modo algum, o que está sendo ministrado por Roustaing. Passini alega que o Espírito retorna ao ‘todo universal’, mas Roustaing diz: de certo modo – o que muda tudo, pois, ‘de certo modo’, em itálico, expressaria algo não especificado, e, quero crer, de algo que está acima de nossa compreensão.

E, em tal situação, escreve Passini que o Espírito:

“Certamente, perderia a sua individualidade (-5-)”.

O que não consta de Roustaing, e sim, que o Ser perderia a Consciência entrando em estado letárgico, de inconsciência. Mas, o Sr. Passini, pretende, com suas ilações pessoais, desfazer da obra de Roustaing implicando-a em suas ideias depreciativas da mesma. Mas Roustaing explica as razões de tal problema, alegando, mui sensatamente:

“... porquanto a influência da matéria tem que se anular no período da estagnação, e (o Espírito) cai num estado a que chamaremos, para que nos possa compreender, letargia”. (Roustaing).

Noutros termos, o Ser não perde, nunca, jamais, a sua individualidade – como alega Sr. Passini, e sim, que o Espírito, no caso, entra em estado letárgico, de dormência para experienciar as operações que, agora, o levam a um novo estado: de capacidade não mais, e, tão-só, instintiva, como nos animais, mas, sim, a partir de agora: Consciente.

E, daí, tais procedimentos de uma nova fase: do inconsciente para o Consciente; do instintivo para o Inteligível, onde, e, quando, o Ser, ou o princípio inteligente, alcança, ou, alcançara, naquele momento, as condições ideais para a sua transformação, alçando-o, e, transmudando-o para um novo Ser, não mais da matéria bruta, ou, dos vegetais e dos animais, mas do Espírito reluzente que acaba de nascer.

Mais ainda, alega o crítico Passini:

“... como teria, um Espírito recém-saído da animalidade ter um perispírito tão sutil a ponto de quase ser invisível aos Espíritos Superiores?” (-6-)

Mas repisemos Roustaing, antes de passarmos às nossas explicações:

“Nesse ponto, o perispírito é completamente fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a essência espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora sutilíssimos, dificilmente a distinguem”. (Roustaing – “Os Quatro Evangelhos” – Feb).

“Quando o invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e solta o seu primeiro brado de admiração.” (Roustaing).
            
Afirma, o Espírito que respondeu a Roustaing (Passini):

Nesse ponto, o perispírito é completamente fluídico, mesmo para nós.” (Roustaing).

Que perispírito não é (-6-) fluídico? Seria apenas naquele momento? (Passini).

Ora, sabemos, presentemente, da existência dos mais diversos tipos ou estados da matéria, bem como da energia e dos fluidos. A Ciência mesma os tem definido por, pelo menos, sete estados: sólido, líquido, gasoso, plasmático, condensados, fermiônicos e superfluidos de polaritons; e, como se sabe, das formas dinâmicas da gravidade, da radioatividade, das radiações químicas, da luz, calor, eletricidade e outras vibrações dinâmicas, eletromagnéticas e etc., e óbvio, descobrirá muitos mais.

Mas, para simplificar: tomemos uma pedra de gelo e a retiremos do congelador; em nosso ambiente normal, de tal estado sólido, a pedra de gelo se transforma em estado líquido, e, em se aquecendo, referido estado passa para o gasoso, que, por sinal, não vemos mais, mas a água há que estar por ali na sua constituição atômica distinta, de gases formados por hidrogênio e oxigênio (H2O).

Com os fluidos é a mesma coisa: existem os mais diversos estados. Aproxime-se um Espírito leviano, atrasado, e, doentio, de nossas pessoas, e, com tal aproximação, haveremos de sentir seus fluidos pesados, densos, materializados; e, ao contrário, pela aproximação de um Espírito bom, mais avançado, saudável, de bons procedimentos morais e sentiremos seus fluidos leves, salutares, de grande alívio para nossas Almas em lutas e dores deste Mundo Provacional.

Logo, a explicação espiritual da obra de Roustaing, nada tem de absurdo, pois que fluidos os há os mais diversos, e, não há nada de ruim ou de reprovável em dizer:

“Nesse ponto, o perispírito é completamente fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a essência espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora sutilíssimos, dificilmente a distinguem”.

Só há de ruim, e, de reprovável aí, para os que pretendem, com suas ilações preconcebidas: repreender, discriminar, censurar, ou, noutros termos: menoscabar mesmo, quando, em contrapartida, são incapazes de produzir algo melhor, mais alto e mais verdadeiro.

Mas passemos, agora, ao item (-7-), que, por sinal, é o mais desonroso por encerrar inverdades que, mais uma vez, nos decepciona, e muito.

Escreve o crítico de nossas análises:

Roustaing se refere ao perispírito como se fosse uma roupagem preparada longe do Espírito (-7-) que deva usá-la (Passini): 

Vejamos o que diz Roustaing, ou seja, com suas palavras mesmas, que, inclusive, fora reescrita pelo Sr. Passini nesta sua crítica de interpretar o perispírito como “uma roupagem preparada longe do Espírito”. Ora, tal explicação, está um pouquinho antes do ensino ao qual Passini se refere, e que, de modo claro e bem inteligível a todos, ministra:

Durante esse período, o perispírito, destinado a receber o princípio espiritual, se desenvolve, se constitui ao DERREDOR daquela centelha de verdadeira vida. (Obra de Roustaing – “OQE” – Feb)

E fiz, ou, faço questão de mencionar o ensino de Roustaing em maiúsculo e sublinhado para evidenciar com clareza que o perispírito não está longe do Espírito, mais sim: em DERREDOR d’Ele, ou seja: em volta, em contorno, em redor daquela centelha de Vida.

E, repetindo, e, frisando o já escrito logo acima:

A obra de Roustaing antecipa as obras de André Luiz (com prefácio de Emmanuel) em cerca de 100 anos, pois que, em “Evolução em Dois Mundos” (1958 – Feb), por exemplo, temos que o perispírito, ou, “corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”. (Opus Citado).

Sendo que tal antecipação refere-se não só a tal ordem de coisas agora postas em estudo, como também, sobre o Corpo Quântico do Mestre Nazareno que o desmaterializava e o re-materializava quando esta fosse a vossa Soberana vontade.

Crítica de Passini:

Inegavelmente, as afirmações mais claras a respeito da reencarnação, contidas no Novo Testamento, encontram-se nos Evangelhos de Mateus (17: 10-13) e de Marcos (9: 11), onde se lê que Jesus  dialogou com Moisés e Elias no Tabor, diante dos discípulos Pedro, Tiago e João. Questionado quanto à identidade de Elias, o Mestre afirma categoricamente que João Batista foi a reencarnação do Profeta Elias.

Em Roustaing, de maneira fantasiosa e completamente inverossímil, numa tentativa de desacreditar a reencarnação, misturando fatos e fantasias, é declarado que Moisés, Elias e, consequentemente, João Batista são o mesmo Espírito, e que ali, no Monte Tabor, um outro Espírito tomou a aparência de Moisés e conversou com Jesus. Vê-se aí, mais uma vez o ilusionismo, para não dizer a falsidade da obra de Roustaing:

“O que, porém, Jesus naquela ocasião não podia nem devia dizer e que agora tem que ser dito é o seguinte: Moisés – Elias – João Batista – são uma mesma e única entidade. Estamos incumbidos de vos revelar isso, porque chegou o tempo em que se tem de “realizar” a “nova aliança”, em que todos os homens (Judeus e Gentios) se têm que abrigar debaixo de uma só crença, da crença – em um Deus, uno, único, indivisível, Criador incriado, eterno, único eterno: o Pai; em Jesus - Cristo, vosso protetor, vosso governador, vosso mestre: o Filho; nos Espíritos do Senhor, Espíritos puros, Espíritos superiores, bons Espíritos que, sob a direção do Cristo, trabalham pelo progresso do vosso planeta e da sua humanidade: o Espírito Santo.” (Roustaing - 2º vol., págs. 497 / 498).

Nossa Refutação:

Informo que, no geral, a crítica do Sr. Passini é bem mais longa do que aqui expomos e refutamos; devo dizer, entrementes, que lhe extraímos apenas o essencial, pois que, os demais temas da crítica já foram feitas em nossos e.Books anteriores (Réplica Primeira e Segunda, que, com esta, concluímos nossa ‘Trilogia’). O que nos obriga, pois, por agora, a nos reportarmos ao fundamental para não nós tornarmos repetitivos, bem como cansativos, ok?

Mas, para se dirimir outras dúvidas ainda, que se consulte, igualmente, nossa outra ‘Trilogia’ de e.Books intitulados:

-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
-Espiritismo e Livre Pensamento; e:
-Síntese Embriológica do Homem.

Em assim sendo, prossigamos com nossa refutação que, por agora, estaremos buscando temas bem mais complexos do Espiritismo, mas muito elucidativos que se encontram dispostos em “O Livro dos Médiuns” (Allan Kardec), para respondermos à altura, mas também, com sabedoria, lógica e verdade, à crítica literária feita ao nosso preclaro e digníssimo Jean-Baptiste Roustaing e sua importante obra.

Vamos, pois, a alguns temas do Capítulo 24 – ‘Identidade dos Espíritos’ – do citado “O Livro dos Médiuns” (AK – 1861 - Feb). Mas antes, repisemos o que alega o Sr. Passini em sua crítica absolutista, em que ele, o crítico, está com a verdade, e, Roustaing em falsidade:

Em Roustaing, de maneira fantasiosa e completamente inverossímil, numa tentativa de desacreditar a reencarnação, misturando fatos e fantasias, é declarado que Moisés, Elias e, consequentemente, João Batista são o mesmo Espírito, e que ali, no Monte Tabor, um outro Espírito tomou a aparência de Moisés e conversou com Jesus. Vê-se aí, mais uma vez o ilusionismo, para não dizer a falsidade da obra de Roustaing. (Passini).

Grifamos, logo acima, a sentença do referido crítico, pois que nosso estudo de agora centralizar-se-á nesta questão: de que um Espírito pode tomar a identidade de outro, a aparência de outro, sobretudo em caso de Espíritos mais elevados, o que, certamente, tratará de desmantelar o que o referido crítico alega ser: falsidade da obra de Roustaing.

Ministra Allan Kardec no Item 255 que:

“A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles toma nomes que nunca lhes pertenceram”. (‘OLM’ - Feb).

E, mais adiante, o codificador Kardec alega:

“Objetar-se-á, sem dúvida, que o Espírito que tome um nome suposto, ainda que só para o bem, não deixa de cometer uma fraude: não pode, portanto, ser um Espírito bom. Aqui, há delicadezas de matizes muito difíceis de apanhar e que vamos tentar desenvolver”. (Opus Cit.).

Ou seja, a coisa é um pouco mais complicada, mas o codificador vai tentar solucionar. E ministra no Item 256 que:

“À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que passaram, é coisa absolutamente insignificante”. (Opus Cit.).

E, logo mais abaixo, temos que:

“Porém, como de nomes precisamos para fixarmos as nossas idéias, podem eles tomar o de uma personagem conhecida, cuja natureza seja mais identificada com a deles. É assim que os nossos anjos guardiães se fazem as mais das vezes conhecer pelo nome de um dos santos que veneramos e, geralmente, pelo daquele que nos inspira mais simpatia. Segue-se daí que, se o anjo guardião de uma pessoa se dá como sendo S. Pedro, por exemplo, ela nenhuma prova material pode ter de que seja exatamente o apóstolo desse nome. Tanto pode ser ele, como um Espírito desconhecido inteiramente, mas pertencente à família de Espíritos de que faz parte São Pedro”.

“Segue-se ainda que, seja qual for o nome sob que alguém invoque o seu anjo guardião, este acudirá ao apelo que lhe é dirigido, porque o que o atrai é o pensamento, sendo-lhe indiferente o nome. O mesmo ocorre todas as vezes que um Espírito superior se comunica espontaneamente, sob o nome de uma personagem conhecida. Nada prova que seja exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que desminta o caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de elevação, ou talvez até um enviado seu”.

“Em resumo, a questão de nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da categoria que ocupa o Espírito na escala espírita”. (Opus Cit.)

E, mais adiante, ministra Kardec que:

"A questão da identidade é, pois, como dissemos, quase indiferente, quando se trata de instruções gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente, sem maiores conseqüências". (Opus Cit.).

Assim, pois, estamos vemos que os “melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente”, o que desmantela as palavras acusatórias do Sr. Passini, alegando que:

“... um outro Espírito tomou a aparência de Moisés e conversou com Jesus. Vê-se aí, mais uma vez o ilusionismo, para não dizer a falsidade da obra de Roustaing”. (Passini) ...

Logo, não sou eu (FRP) que estou desmentido o Sr. Passini: mas sim o próprio organizador do Espiritismo: Allan Kardec com uma de suas obras fundamentais; que o referido crítico parece desconhecer. O que significa dizer que Kardec, de toda, e qualquer forma, autoriza a obra de Roustaing no tocante ao tema em estudo:

“Uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente”. (Vide: “O Livro dos Médiuns” - Allan Kardec - Feb).

Já quase finalizando nossa réplica, penso que os críticos e detratores da importantíssima obra de Roustaing, ao alegarem que a gravidez aparente de Maria, bem como outras situações da vida e da obra de Jesus são fatos, para eles, pouco compreensíveis, pois não passaram de fingimentos ou simulações indignas de Espíritos mais elevados; e, muito mais, ainda, de um Espírito Puro como Jesus...

Penso que tais elementos, críticos e detratores, em sua rebeldia, estão rastejando não só seus corpos primitivos (criptógamos?), mas também suas pobres mentalidades no solo obscuro da ignorância, da falta de estudos, da incompreensão. Não vêem que, com tal rebeldia, eles ferem nossas obras primordiais de “O Livro dos Espíritos” (AK), de “O Livro dos Médiuns” (AK) e de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK) como já visto anteriormente.

Mas é assim mesmo, pois nem o próprio Kardec pudera compreender mais exatamente referida situação - especialíssima de Jesus - um Espírito Puro, que, como Homem, o fora de um modo especial: um Homem-Deus que podia Tudo em se tratando de uma missão especial: Missão Divina que nos cumpre compreender e não, maldosamente, difamar e criticar.

Neste sentido, pois, vejo que Roustaing pensara e agira pelo Espírito; já, Kardec, pensara e agira pela matéria, ao pretender, em sua falha opinião (e não dos Espíritos Superiores) um Corpo simplesmente de carne e osso para o Cristo, para o Divino Redentor; e, neste tocante, penso que Roustaing fora superior a Kardec, admitindo o Corpo Quântico do Cristo, Corpo Espiritual entrelaçado por forças que se submetem às ações cognitivas do seu Promotor, o Cristo de Deus, um Espírito, pois, que transcende Tudo, que transcende a matéria, o que nos permite frisar e repetir que Roustaing, em tal sentido, sobretudo, fora superior a Kardec, pois o Espírito transcende a matéria.

Finalizando, repito nossas palavras de advertência escritas logo acima de que:

Não há Espíritos pseudo-sábios nem em Roustaing, nem em Kardec, nem em Chico, nem em Divaldo, nem em André Luiz, nem em Emmanuel, nem em Vianna de Carvalho, nem em Joanna de Ângelis, pois que são, verdadeiramente, e, consensualmente, Sábios Espíritos da Espiritualidade Maior, ou, se o quisermos são, simplesmente: Espíritos Superiores, preocupados, e, incumbidos, pois, pelo próprio Mestre e Senhor Jesus de nos trazer a verdade e não a mentira.

O que pode haver, dentre tais Espíritos, são pequenas divergências, sendo estas, quase imperceptíveis, em suas interpretações filosóficas e doutrinárias, o que confirma, deles, e, de nós mesmos, nosso caráter distintivo de progressos realizados, estando uns mais adiante que outros.


E, como já citado nas réplicas anteriores, não só as importantes obras mediúnicas de Xavier e de Divaldo Pereira Franco estão a confirmar a obra de Roustaing, como também, se o quisermos, a obra do médium Hernani T. Sant’Anna com o Espírito Áureo - aliás, da mesma categoria do Espírito Emmanuel - na obra: “Universo e Vida”, publicada pela Feb e já disponível, aos que assim o queiram, pela Internet. 

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DESPEDIDA FRATERNAL

Assim, pois, finalizo com um grande e fraterno abraço a todos, estendendo ao Sr. Jose Passini, nosso pedido de desculpas, se, na presente ocasião, se ressentira conosco, ou seja: com nossa devida, mas necessária refutação ao vosso texto; mas tão-só o fizemos em defesa da verdade e do bem.

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A QUESTÃO ROUSTAING (REFUTAÇÃO)

Na verdade, a Obra “Os Quatro Evangelhos” (Feb) de Jean Baptiste Roustaing conquistara mais amigos e simpatizantes do que opositores da magnânima obra, sendo os primeiros, obviamente, espiritistas esclarecidos, estudiosos, e, eu diria, até mesmo, elementos mais evolvidos que aqueles outros, que, pelo visto, não estudam, não refletem, mas tão só repetem a costumeira ladainha dos inimigos, dos rivais e perseguidores de plantão.

O maior exemplo de espiritistas sábios, dotados de uma cultura universal, e, por isto mesmo, defensores da importante obra tratou-se, a nosso ver, do saudoso amigo: Luciano dos Anjos (14.02.1933 – 03.05.2014).

Mas analisemos parte de um texto encontradiço em página espírita da internet, texto que, de cabo a rabo, nos faz apiedar do elemento perseguidor da grandiosa obra de Roustaing, como se tal texto, em sua estupidez, pudesse algo destronar das 2100 páginas de “Os Quatro Evangelhos” (Feb), quando, pelo contrário, qualquer um, desde que, um tanto mais esclarecido, pode constatar que o tiro saíra pela culatra, revelando a sabedoria da obra rustenista e a insolência vergonhosa do texto contrário que, nada construindo, pretende tão-só desacreditar e destruir.

Diz o petulante escrito que:

Aliás, os “evangelistas”, que ditaram “A Revelação da Revelação”, desconhecem mesmo a fisiologia humana, desde que igualmente afirmaram: “O que entra no homem vai aos intestinos e daí para o lugar secreto” (pág. 557, vol. 4). E é essa mística grassa que infelizmente ainda é divulgada em nossa doutrina, lastimavelmente, pois as incongruências filosóficas e cientificas são absurdas. (Vide texto: ‘A Questão Roustaing’ – Abril de 2017 - Luz Espírita – Espiritismo em Movimento).

Só neste trechinho, do perseguidor que se diz espírita, podemos encontrar, pelo menos, três equívocos lamentáveis, em que, intencionando destruir, apenas faz transparecer sua ignorância, sua frágil e tacanha argumentação.

Senão vejamos:

1) Notem que o sombrio texto fala dos “evangelistas”, sendo que, pelo “Livro” (“Os Quatro Evangelhos” - Feb), vemos tratar-se não dos apóstolos evangelistas, e sim, do Espírito Superior de Moisés, esclarecendo fatos dos Dez Mandamentos. (Mentira -1- do grosseiro articulista e perseguidor da renomada obra).

2) O articulista alega que tais “evangelistas” não conhecem a fisiologia humana, pois eles afirmaram que “o que entra no homem vai aos intestinos e daí para o lugar secreto”; notemos que, em tal caso, ocorrera, sim, um pequeno erro tipográfico da editora, pois que, na verdade, faltara a letra “r = erre” no “lugar secreto”, que, pois, trata-se: do “lugar secretor”. Logo, o pobre crítico faz severas advertências aos autores da importante obra de Roustaing, alegando que tais desconhecem a fisiologia humana, numa acusação descabida, falsa, e ainda mais, pouco fraterna, pois parte de um elemento que parece desconhecer um princípio básico de nossa doutrina que ministra: “fora da caridade não há salvação”; ou mesmo, o princípio socrático de que: “prudente serás não admitindo saber o que não sabes”. (Mentira -2- do articulista amador intentando destruir a renomada obra de Roustaing).

3) E conclui o “sapiente” articulista: “E é essa mística grassa que infelizmente ainda é divulgada em nossa doutrina, lastimavelmente, pois as incongruências filosóficas e científicas são absurdas”. Ora, como haver incongruência filosófica, ou científica, se o precipitado articulista nem sabe o que está lendo, nem percebe que houvera um equívoco notadamente tipográfico da editora? (Mentira -3- do principiante a articulista que não lera, não estudara, e, ainda assim, se declara um juiz implacável, quando, em verdade, se rebaixa por sua arrogância e insensatez).

E, pois, cá comigo, estou a questionar:

Como se pode dar crédito a um texto mesquinho deste, repleto de equívocos facilmente detectáveis, e equívocos, pois, não de Roustaing e tampouco dos sábios Espíritos dos Apóstolos, dos Evangelistas e de Moisés?

Mas, para encerrar nossa pequena refutação, vejamos, na íntegra, a sabedoria daquela página de Roustaing, atribuída ao Espírito Superior de Moisés:

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NONO MANDAMENTO

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Não é o que entra no homem o que o macula, disse Jesus, porque o que entra no homem vai aos intestinos e daí para o lugar secretor. O que macula o homem são as palavras que lhe sobem do coração aos lábios. A verdade, em toda a sua simplicidade, deve inspirar as palavras daquele que teme a Deus e procura caminhar nas sendas por ele traçadas. Este Mandamento, apropriado a uma época em que, pelo testemunho de um só homem, um outro homem podia, em certos casos, ser condenado à morte, se estende, avolumando-se de princípios, a todos os séculos e clareia os que se aproximam. Vimos de dizer que ele era apropriado a uma época em que, pelo testemunho de um só homem, podia outro ser condenado à morte. Ainda nos dias de hoje as causas subsistem, porém, porque a justiça dos homens progrediu, como todas as coisas, mais raros são os fatos dessa natureza.

Na época de que falamos, quando este Mandamento apareceu, no período da era hebraica, bastava que um homem acusasse a outro de blasfemo, ou de um pecado, para que esse outro fosse lapidado. E esses costumes, essas tradições hebraicas, por longos séculos e sob diversos aspectos e de pontos de vista diferentes, com relação à era cristã, deixaram traços que ainda se notam nas vossas legislações humanas: civis, políticas e religiosas. Não dar falso testemunho é, em toda ocasião, em todo lugar e em todos os casos, render homenagem à verdade; é desfraldar sem vexame, nem vacilações, o estandarte da verdade; é não temer altear o facho de luz que aclara; é destruir o alqueire que a cobre, para fazê-la brilhar aos olhos de todos.

Não pronunciar falso testemunho é marchar sempre de acordo com a Consciência. (Vide: “Os Quatro Evangelhos” – Jean Baptiste Roustaing – Tomo 4 – Feb).

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E, pois, que nos desculpem por nossa rejeição inteira do defectivo texto de nossos comentários que, pelo visto, não estivera marchando de acordo com a Consciência, pois prestara: Falso Testemunho.

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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