Fernando
Rosemberg Patrocinio
(45o. e.Book)
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JEAN-BAPTISTE
ROUSTAING:
RÉPLICA TERCEIRA
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INTRODUÇÃO
SIMILAR
CRÍTICA E
RÉPLICA TERCEIRA
DESPEDIDA
FRATERNAL
A QUESTÃO ROUSTAING (Refutação)
A QUESTÃO ROUSTAING (Refutação)
RELAÇÃO
NOSSOS E.BOOKS
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Introdução
Similar Para
As Três
Réplicas:
Não é
novidade para nós, operosos espiritistas, que estamos lidando, estudando e
trabalhando com um dos mais importantes aglomerados doutrinais da face terrena:
o Espiritismo, ou, como queiram: Doutrina dos Espíritos Superiores ao comando
de um Indiscutível Mestre Universal: o Cristo-Espírito-Puro: Uno com o Pai - o
Supremo Criador.
De saberes
profundos, de conhecimentos obtidos via mediunidade, o referido: Espiritismo é,
pois, conjunto de ensinos dos Espíritos sobreviventes, e que surge no Mundo
terreno como promessa daquele mesmo Jesus de nos enviar ‘O Consolador’: Terceira
Revelação da Lei de Deus. Caracterizando-se como Ciência, Filosofia e
Religiosidade-Moral, óbvio ficar evidente, que, por tal complexidade mesma, um
dos equívocos espiritistas (máxime dos ortodoxos) mais recorrentes, rotineiros
e usuais, diz respeito ao problema de se discernir, por exemplo, o que é apenas
e tão-só a opinião de Allan Kardec, e o que é, do conjunto harmonioso, de
ensinos vários, dos referidos Espíritos Reveladores.
O que é
compreensível, pois que, afinal, o Espiritismo conta com tão-só 150 anos desde
sua elaboração primeira, que se dera, como se sabe, em meados do Século 19,
mais exatamente, a partir de 1857 com a publicação de sua obra principal: “O
Livro dos Espíritos” (AK). Sendo que, a partir de então, até hoje, neste ano de
2017, conta-se, no movimento espírita, com cerca de duas mil obras verossímeis,
(alguns falam em 5.000 obras mais ou menos confiáveis), prontas para serem
digeridas e estudadas, mas digo, seriamente estudadas, refletidas e praticadas
pelos seus mais distintos seguidores.
Pois, do
contrário, continuaremos a fazer críticas de textos críticos, como, por
exemplo, com o que faremos a partir deste, que implica em três partes
distribuídas por três e.Books. Este, e, mais dois.
Assim,
pois, das críticas levantadas pelo texto:
“Roustaing
Sob a Ótica de Jose Passini, Astolfo Olegário e Leonardo Marmo”, do ‘Jornal O
Rebate’, postado em 20.04.2015, em que tais espiritistas refutam a obra “Os
Quatro Evangelhos”(1866 - João Batista Roustaing - Feb) ...
E, como é
do nosso direito:
Estaremos a
retrucá-lo com os referidos e.Books já citados, mas o faremos em perspectiva de
alto nível, de modo simples, mas com a luz da verdade, pois, dos Amigos da
Espiritualidade, que nos inspiram, nada vem de rasteiro, ou de inútil, mas tão
só de algum proveito para os que hoje se debatem dissonantes, mas com esperança
de nos tornarmos mais acordes no futuro, no amanhã espiritual de todos nós.
De tal modo
que: não vai aqui nenhuma intenção de ultrajar tais pessoas, mas sim, e,
tão-só, de esclarecer, de se estudar melhor referida questão que, como se nota,
não partira de nós, mas dos críticos de Roustaing e de sua primorosa obra: ministrada
pelos Espíritos dos próprios Evangelistas, dos demais Apóstolos, e, por Moisés.
O que fazemos, pois, nada mais é que o nosso direito de resposta aos que se
julgam bons catedráticos em Espiritismo, quando somos, todos nós, não mais que
aprendizes de tão complexa, tão augusta e tão nobre Doutrina, sendo esta, não
nossa, mas, repito, dos Espíritos Superiores.
Sendo que,
em tal direito - de resposta – notar-se-á que a obra de Roustaing parte das
obras básicas codificadas para informar mais, detalhando e acertando o que não
pudera ser feito por Kardec, em face de tantos campos a serem pesquisados e desvendados
pelos estudiosos da grande fenomenologia espirítica.
Logo, para
os que desconhecem, informamos que Kardec e Roustaing foram contemporâneos, amigos
espiritistas, tendo o primeiro organizado “O Livro dos Espíritos” e o publicado
em 1857; e o segundo, organizado “Os Quatro Evangelhos” até 1866 quando o
publicara; sendo ambos, pois, na França.
Sendo o que
tínhamos a dizer nesta breve introdução, vamos ao que mais interessa de nossos
estudos críticos e defensores da Verdade e do Bem.
CRÍTICA
E RÉPLICA TERCEIRA
Assim,
vamos ao que mais nos interessa: à nossa réplica, lembrando que: a Crítica de Jose
Passini, dirigida à obra Roustaing – “Os Quatro Evangelhos” (Feb) - está
registrada em cor vermelha; os textos das obras de Roustaing e de Kardec em tonalidade
preta; e nossa Refutação na cor azul. Mas que não se pense que tal medida complicara
a questão, muito pelo contrário: simplificara como se pode constatar pela
leitura e estudo do presente e.Book, sendo que, para facilitar mais ainda,
mencionamos logo abaixo dos textos, ou dos livros, o seu respectivo autor.
Nossa
Refutação Inicial:
Para o Sr.
Passini - logo nas primeiras palavras de sua critica à obra de Jean-Baptiste
Roustaing - os Espíritos de tal obra são mistificadores, pseudo-sábios; em seu
entendimento, Roustaing:
“...foi vítima de
Espíritos que se enquadram perfeitamente na classificação de Kardec. (Passini).
Ou seja, do
Item 104 de “O Livro dos Espíritos” (AK):
“Seus conhecimentos são bastante amplos, mas acreditam saber mais
do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos
de vista, a linguagem deles tem caráter sério, que pode iludir quanto às suas
capacidades e luzes; porém, na maioria das vezes isso não passa de um reflexo
dos preconceitos e das ideias sistemáticas da vida terrestre. É uma mistura de
algumas verdades com os erros mais absurdos. Em meio aos quais despontam a
presunção, o orgulho, o ciúme e a obstinação, de que não puderam livrar-se.”.
(“OLE” – AK - 1857).
Todavia,
se tais Espíritos da obra de Roustaing são pseudo-sábios, questionamos ao Sr.
Passini: como é que tais Espíritos estão em perfeita sintonia com os Espíritos
da obra de Kardec?
Ora, o que
defende a obra de Roustaing em seu ponto mais difícil, e, pois, mais complicado?
Defende a
obra de Roustaing:
-Que
Jesus, o Mestre Redentor, quando esteve dentre nós, os Espíritos humanos, Ele
teria envergado um Corpo fluídico materializado por eflúvios diversos, um Corpo
Quântico - modernamente falando - que estivera dotado, inclusive, de fluidos
humanos, animalizados, sendo suscetível, ao Comando da poderosa Mente que o
manejava: de desmaterializar-se e rematerializar-se quando Jesus assim o
quisesse.
Ora, como
é que tal ponto fundamental da obra de Roustaing está discordante da obra de
Kardec se “O Livro dos Espíritos” (AK - 1857) mesmo informa que os Espíritos
Puros, como Jesus, não reencarnam?
-O Item
113 deste citado “Livro” informa que tais Seres, Espíritos Puros, como Jesus,
não estão mais sujeitos “à reencarnação em corpos perecíveis”, em corpos, pois,
de matéria biológica, como os corpos humanos, que nós, os Espíritos decaídos,
envergam em sua expiação.
Logo, não
há contradição da obra de Kardec com a obra de Roustaing, mas sim: concordância
plena, e, se o Sr. Passini acusa que os Espíritos da obra do segundo são
pseudo-sábios, os da obra do primeiro, também o seriam! O que não cremos ser
possível, pois, tais elementos, de uma e de outra obra, são Espíritos
Superiores, encarregados da Nova Revelação do Espiritismo na face terrena.
E, se tal
se dera no Século 19, sabemos que, mais recentemente, no Século 20, as obras
magnânimas de Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, obras,
igualmente, de Espíritos Elevados, não desmentem as obras citadas do Século 19,
organizadas por Roustaing e por Kardec. Senão vejamos:
Na obra do primeiro, de Xavier, o Espírito de André Luiz, prefaciado
pelo Espírito de Emmanuel, ministra em “Mecanismos da Mediunidade” (Feb), que
Jesus:
“Em
Jerusalém, no templo, (Jesus) desaparece de chofre, desmaterializando-se ante a
expectação geral, e...”, “Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a
matéria, dissociando-lhes os agentes e reintegrando-os à vontade...”. (Opus
Cit.).
E, na obra
do segundo, do Divaldo, o Espírito de Vianna de Carvalho, prefaciado pelo
Espírito de Joanna de Ângelis, em “A Luz do Espiritismo” (Editora Leal),
informa algo parecido, dizendo:
“Em
Nazaré, ante a turba enfurecida, (Jesus) utilizou a faculdade da
desmaterialização”. (Opus Cit.)
Logo, não
há Espíritos pseudo-sábios nem em Roustaing, nem em Kardec, nem em Chico, nem
em Divaldo, nem em André
Luiz , nem em Emmanuel, nem em Vianna de Carvalho, nem em
Joanna de Ângelis, pois que são, verdadeiramente, e, consensualmente, Espíritos
Sábios da Espiritualidade Maior, ou, se o quisermos: Espíritos Superiores, preocupados,
e, incumbidos, pois, pelo próprio Mestre e Senhor Jesus de nos trazer a verdade
e não a mentira.
O que pode
haver, dentre tais Espíritos, são pequenas divergências, sendo estas, quase
imperceptíveis, em suas interpretações filosóficas e doutrinárias, o que
confirma, deles, e, de nós mesmos, nosso caráter distintivo de progressos
realizados, estando uns mais adiante que outros.
Crítica de
Passini:
“Mas, não o esqueçais: todo aquele que reveste a carne e sofre,
como vós, a encarnação material humana – é falível.” (“Os Quatro Evangelhos”
- Roustaing - pág. 166 - Feb).
Estaria o Espírito
querendo dizer que se Jesus encarnasse estaria sujeito a falhar? Por isso não
teria encarnado? (Passini).
Nossa
Refutação:
Este
questionamento do crítico não faz sentido algum; e, mais: depõe contra ele
mesmo, pois nos passa a impressão de que não lera mais a fundo a obra de Roustaing,
mas fora tomando dados de sua obra, aqui e ali, sem maiores reflexões, e, de
tais, expressando suas opiniões. Ora, a obra inteira de Roustaing, por diversas
vezes informa que Jesus é um Espírito Puro, que, por sua vez, Ele não decaíra
como nós, Espíritos falidos e sujeitos à expiação nos Mundos materiais.
Jesus, como
dito por Roustaing, e, confirmado, por exemplo, pelo Espírito de Emmanuel,
fizera sua evolução em linha reta para Deus; e, há 4,5 bilhões de anos, Jesus
dirige a evolução de tudo e de todos no Orbe terreno desde a condensação de
seus primeiros gases estelares, partículas diversas do fluido cósmico e da
massa ignescente que se desprendera da nebulosa solar.
Logo, as
questões levantadas por Passini, conquanto todo o respeito que lhe devemos:
-Estaria o
Espírito querendo dizer que se Jesus encarnasse estaria sujeito a falhar?
-Por isso
não teria encarnado? ...
São por
demais ingênuas para quem espera, como nós, uma crítica inteligente, austera,
robusta, daquele ou daquilo que se critica, objetivando-se bem informar os seus
leitores, hoje mais exigentes, mais instruídos e aptos a buscar informações de
tudo, do que se estuda, do que se lê, retirando-se daí, sua opinião mesma,
firmada em sua inteligência, sua lógica, sua sede de saber mais e melhor.
Por outro
lado – para os bons entendedores - nossa refutação anterior a esta, que se
encontra registrada linhas acima, deixa tudo muito claro, exceto para os que
fecham os olhos e não querem enxergar.
E, mais
ainda, se o referido crítico conhecesse bem a obra de Kardec, ele teria
conhecimento de que, em muitas partes, os Espíritos Superiores informa
justamente isto: que somos nós, os Espíritos humanos, Seres falidos, que
experienciaram o fenômeno de sua própria derrocada, ou, Queda Espiritual, como
nos informa de modo claro, por exemplo: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de
Allan Kardec.
Mas o referido
crítico, ao que se sabe, se posiciona contrário à tese da Queda Espiritual,
Fenômeno Involutivo-Evolutivo, e coisas que tais. O que não quer dizer, em
tempo algum, que referida Queda não se dera, pois hoje se confirma por
Espíritos da obra de Kardec, de Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier; sem
contar, ainda, seus muitos relatos bíblicos, do Velho e do Novo Testamento.
Mas, então,
o que vale mais? O Consenso Universal que se formara por tais obras, dos
Espíritos Superiores, ou a opinião isolada de um, ou, de outro, que se
posiciona contrário, e, pois, contra a corrente caudalosa de tantos sábios, e,
inclusive, do próprio Mestre Nazareno Jesus?
Mas parte
dos espiritistas, por aqui reencarnados, e que recusam a Queda do Espírito e
sua respectiva Salvação Evolutiva, tais a recusam, sobretudo, por detestarem
Roustaing (contemporâneo de Kardec no Século 19), Pietro Ubaldi e Francisco
Cândido Xavier (do Século 20), que, claramente, a preconizam em suas obras,
pois que, afinal, suas Doutrinas vem a ser a mesma que fora ditada pelos
Espíritos Superiores nos tempos de Kardec, no referido Século 19.
E, por isto
mesmo, para esclarecer aos mais incautos, construímos nossa ‘Trilogia’ de
e.Books:
-O Livro
dos Espíritos: Queda Espiritual;
-O Livro
dos Espíritos: Simples e Complexo;
-O Livro
dos Espíritos: Níveis Filosóficos; e etc., etc.
Mas, para
tudo resumir, analisemos, rapidamente, a Obra Central do Espiritismo, obra,
quiçá, a mais importante para o homem moderno, pois que trata do nosso problema
mais urgente: nossa falta de Amor, de Jesus em nossos corações; me refiro,
pois, ao: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec mesmo:
“Já vos
falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada,
quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de
Si mesma, na posse do seu livre arbítrio; já foi dito de que imensas
faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas, ah! Existem as que
sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para
esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se
depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava
reservada”.
(Vide: “O Evangelho
Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec – 1864 - Capítulo 3 – ‘Há Muitas Moradas
na Casa de Meu Pai’ – Instruções dos Espíritos: Item 16).
E,
comentando dita Instrução dos Espíritos Superiores, note-se que a mesma menciona
o fato de que nós, Espíritos humanos, estávamos lá: no Mundo Espiritual,
preconizando:
“Já vos falaram desses Mundos (espirituais)
onde Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal,”.
(Opus Citado).
Ou seja: os
Espíritos, ainda Simples e Ignorantes, em estado nascente, ou, noutros
termos, quando nascem das mãos de Deus, tais Espíritos, ou Alma
nascente:
“... pode
caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre
arbítrio”. (Opus Citado).
Mas dentre
tais Espíritos, ou, Almas, notemos que as referidas são detentoras do livre
arbítrio, são senhoras de Si, e, pois: Conscientes de sua situação. Mas, dentre
tais Espíritos, ou, Almas livres do espaço espiritual:
”Existem
as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir
para esses Mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se
regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus
Citado).
Ou seja,
aos Espíritos ou Almas que sucumbem, ou, que se rebelam, ou que se quedam
ou fraquejam na luta, tais são, a partir daí, exiladas nos Mundos materiais
para mais pronta depuração, se regenerando para o retorno ao Mundo Espiritual
de origem.
Crítica de
Passini:
Se Paulo entendesse que
Jesus tinha só corpo fluídico, não falaria em ressurreição. (Jose Passini).
Nossa
Refutação:
Neste ponto,
o referido crítico comenta algo dos escritos do apóstolo dos gentios – Paulo –
para difamar Roustaing nos termos acima expostos. Todavia, é extremamente fácil
refutar este pensamento sombrio, pois o mesmo apóstolo, em Hebreus: em 7:3, se referindo a Jesus,
exclamava:
“Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo nem princípio de dias
nem fim de vida, mas tendo sido feito semelhante ao filho de Deus, permanece
sacerdote perpetuamente”. (Opus Citado).
O que, certamente, em afirmando que o Cristo não tinha pai, nem
mãe, nem genealogia, humana obviamente, ele – Paulo - sabia de sua origem
transfísica, de constituição não biológica, e sim: de fluídos e partículas as
mais diversas: quânticas, eletrônicas, atômicas, bem como fluidos vitais,
animalizados, mas distintos do corpo grosseiro dos Espíritos reencarnados neste
Mundo provacional.
Logo,
Jesus, era um homem físico, tangível, manifesto e palpável, mas também Espírito
Puro, um Deus, ou: um homem-Deus!
Crítica de
Passini:
Há afirmativas (da obra de
Roustaing) que contrariam frontalmente as bases doutrinárias do Espiritismo.
Vejamos algumas, dentre muitas:
Evolução do Espírito:
Com Kardec, em “O Livro
dos Espíritos”, aprende-se que o princípio inteligente percorre, durante
milênios incontáveis, as trilhas da evolução, antes de atingir o estágio de
humanidade. Aprende-se que a consciência moral que caracteriza o Ser humano,
libertando-o gradualmente do jugo dos instintos, desabrocha lentamente,
revelando a perfeição imanente no Ser:
O
Livro dos Espíritos - 607 a . Parece que, assim, se pode
considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores
da criação, não?
“Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade?
Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio
inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida,
conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o
da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação
e se torna Espírito. Entra então no período da humanização, começando a ter
consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a
responsabilidade dos seus atos. Assim, à fase da infância se segue à da
adolescência, vindo depois a da juventude e da madureza.”. (“OLE” - Allan
Kardec).
Respondendo a Roustaing,
os Espíritos com os quais dialogou, falam numa transformação (-1-) do instinto em
inteligência – num determinado momento – levada a efeito por agentes exteriores
(-2-) e não
através do próprio processo evolutivo, o que faz pensar numa espécie de
“colação de grau” espiritual (-3-).
Interessante notar,
também, que o Espírito, depois de todas as aquisições individuais retorne ao
“todo universal” (-4-), onde, certamente, perderia a sua individualidade (-5-). Além disso, como teria,
um Espírito recém-saído da animalidade ter um perispírito tão sutil a ponto de
quase ser invisível aos Espíritos Superiores? (-6-). Vejamos – (escreve Passini) - a pergunta de Roustaing e a
resposta dos Espíritos:
Pergunta de Roustaing:
“Como é que, chegado ao período de preparação para entrar na humanidade, na
espiritualidade consciente, o Espírito passa desse estado misto, que o separa
do animal e o prepara para a vida espiritual, ao estado de Espírito formado,
isto é, de individualidade inteligente, livre e responsável?”
Resposta dos Espíritos: ”É nesse momento que se prepara a
transformação do instinto em inteligência consciente. Suficientemente
desenvolvido no estado animal, o Espírito é, de certo modo, restituído ao todo
universal, mas em condições especiais é conduzido aos mundos ad hoc, às regiões
preparativas, pois que lhe cumpre achar o meio onde elaboram os princípios
constitutivos do perispírito. (...) Aí perde a consciência do seu ser,
porquanto a influência da matéria tem que se anular no período da estagnação, e
cai num estado a que chamaremos, para que nos possa compreender, letargia.
Durante esse período, o perispírito, destinado a receber o princípio espiritual, se
desenvolve, se constitui ao derredor daquela centelha de verdadeira vida. Toma
a princípio uma forma indistinta, depois se aperfeiçoa gradualmente como o
gérmen no seio materno e passa por todas as fases do desenvolvimento. Quando o
invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e
solta o seu primeiro brado de admiração. Nesse ponto, o perispírito é
completamente fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a
essência espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora sutilíssimos,
dificilmente a distinguem.” (“OQE” - 1º vol., pág. 308 - Feb).
Respondendo a Kardec, os
Espíritos ensinam que o Espírito emerge lentamente da animalidade, das
necessidades materiais, através de sucessivas encarnações, ao longo de milênios
sucessivos, que se constituem em oportunidades absolutamente necessárias ao seu
progresso. O perispírito, que sempre reveste o Espírito, vai-se modificando com
o passar do tempo.
Roustaing se refere ao perispírito
como se fosse uma roupagem preparada longe do Espírito (-7-) que deva usá-la (Passini):
“Quando
o invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e
solta o seu primeiro brado de admiração.” (Roustaing).
Nossa
Refutação:
Para a nossa
refutação, e, para nos reportarmos ao ponto das críticas de Passini com
clareza, e, facilmente identificável pelo Leitor, fizemos constar em sua
crítica, logo acima, números de (-1-) a (-7-) nas cores em azul às quais
responderemos uma a uma.
Sendo que para
o item (-1-), da obra “O Livro dos Espíritos” (AK), que o Sr. Passini menciona,
vemos que, realmente, o princípio inteligente, depois de percorrer os reinos
inferiores da criação, ele sofre uma ‘transformação’ e se torna Espírito; e,
vejam, mais acima, pela obra de Roustaing, exatamente o mesmo termo:
‘transformação’. E, notemos que os Espíritos da obra de Kardec não tratam, mais
a fundo:
a) o que
seria esta transformação; e:
b) por
outro lado, não há, de forma clara, a citação do perispírito nos animais.
E, não
seria, dita transformação, o que fora ministrado pela obra de Roustaing,
completando o que faltara em “OLE” de Allan Kardec? Sem dúvida que sim, pois
Kardec mesmo instrui que:
“O
Livro dos Espíritos não é um tratado completo do Espiritismo; apenas apresenta
as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo
estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” – AK - Julho de 1866 –
Edicel).
E, por não
haver a citação clara do perispírito nos animais, a obra de Roustaing não
estaria seguindo os mesmos dados de Kardec em não se referindo ao perispírito
nos animais, mas, de certa forma, o desenvolvendo como já citado? E, mais uma
vez: sem dúvida que sim.
Mesmo por
que: num, e noutro, em Kardec, e em Roustaing, a ideia do perispírito na
centelha anímica dos animais, conquanto não citada, lhe está naturalmente
inserida – como já visto nalgumas obras dos demais clássicos e, inclusive, mais
recentemente, nas de Emmanuel e André Luiz.
Mas, em
Roustaing, ele está a mencionar o perispírito, porém, de modo vago e impreciso,
como algo relativo à “influência da matéria”; mas ficando bem claro que este
organismo perispirítico esta lá, pois que tal se “desenvolve” e “se aperfeiçoa
gradualmente como gérmen no seio materno e passa por todas as fases do
desenvolvimento”. (“OQE” – Roustaing - Feb), quando em derredor do Espírito,
agora, em fase não mais animal – de princípio inteligente - mas sim, como
Espírito formado.
Mas o que
estaria operando o desenvolvimento do perispírito? Seria, nada mais, nada
menos, o que hoje denominamos: Corpo Mental. Isto quer dizer que a obra de
Roustaing antecipa as obras de André Luiz (com prefácio de Emmanuel) em cerca
de 100 anos. Em “Evolução em
Dois Mundos ” (1958 – Feb) temos que o perispírito, ou, “corpo
espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”. (Opus
Citado).
Mas prosseguindo:
entende e escreve o crítico:
Respondendo
a Roustaing, os Espíritos com os quais dialogou, falam numa transformação do
instinto em inteligência – num determinado momento – levada a efeito por agentes
exteriores (-2-) e não através do próprio processo evolutivo, o que faz pensar
numa espécie de “colação de grau” espiritual (-3-).
Vemos que,
em tal ponto (-2-) da crítica de Passini, ele pretende separar os ‘agentes
exteriores’ (no caso: os Espíritos que nos dirigem a rota salvífica) do
‘processo evolutivo’, do seu entendimento. Ora, sabemos que tudo está
interligado a tudo e formando uma coisa só: ou seja: os Espíritos, os mais
diversos, das mais distintas categorias, que inclui nossos superiores, e que,
em conjunto, constitui uma das forças da natureza, eles estão - por assim dizer
- interligados a tudo em sistema único, e, notadamente, ao processo evolutivo
dos mundos, donde podermos com segurança afirmar que o Mundo Espiritual dirige
o Mundo (s) material (s), conforme os excelsos fins daquele, em cujo ápice,
está Deus.
E, quanto
ao que o crítico considera como ‘colação de grau’, (-3-), óbvio que isto é do
seu entendimento e de sua responsabilidade sarcástica, ou seja, de Passini,
coisa da qual não devo tomar parte, e, nem Roustaing, pois que este nada
dissera relativamente a isto.
Mas
prossigamos com o crítico que escreve:
Interessante
notar, também, que o Espírito, depois de todas as aquisições individuais
retorne ao “todo universal” (-4-), onde, certamente, perderia a sua individualidade (-5-).
Corrijamos,
mais uma vez, o referido crítico com a própria obra de Roustaing que ministra:
“Suficientemente desenvolvido no estado animal,
o Espírito é, de certo modo,
restituído ao todo universal”
Ou seja, o
que o Sr. Passini escreve, não é, de modo algum, o que está sendo ministrado
por Roustaing. Passini alega que o Espírito retorna ao ‘todo universal’, mas
Roustaing diz: de certo modo – o que muda tudo, pois, ‘de certo modo’, em
itálico, expressaria algo não especificado, e, quero crer, de algo que está
acima de nossa compreensão.
E, em tal
situação, escreve Passini que o Espírito:
“Certamente,
perderia a sua individualidade (-5-)”.
O que não
consta de Roustaing, e sim, que o Ser perderia a Consciência entrando em estado
letárgico, de inconsciência. Mas, o Sr. Passini, pretende, com suas ilações
pessoais, desfazer da obra de Roustaing implicando-a em suas ideias depreciativas
da mesma. Mas Roustaing explica as razões de tal problema, alegando, mui
sensatamente:
“... porquanto a influência da matéria tem que
se anular no período da estagnação, e (o Espírito) cai num estado a que
chamaremos, para que nos possa compreender, letargia”. (Roustaing).
Noutros
termos, o Ser não perde, nunca, jamais, a sua individualidade – como alega Sr.
Passini, e sim, que o Espírito, no caso, entra em estado letárgico, de
dormência para experienciar as operações que, agora, o levam a um novo estado:
de capacidade não mais, e, tão-só, instintiva, como nos animais, mas, sim, a
partir de agora: Consciente.
E, daí,
tais procedimentos de uma nova fase: do inconsciente para o Consciente; do
instintivo para o Inteligível, onde, e, quando, o Ser, ou o princípio inteligente,
alcança, ou, alcançara, naquele momento, as condições ideais para a sua
transformação, alçando-o, e, transmudando-o para um novo Ser, não mais da
matéria bruta, ou, dos vegetais e dos animais, mas do Espírito reluzente que
acaba de nascer.
Mais ainda,
alega o crítico Passini:
“... como
teria, um Espírito recém-saído da animalidade ter um perispírito tão sutil a
ponto de quase ser invisível aos Espíritos Superiores?” (-6-)
Mas repisemos
Roustaing, antes de passarmos às nossas explicações:
“Nesse ponto, o perispírito é completamente
fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a essência
espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora sutilíssimos, dificilmente a
distinguem”. (Roustaing – “Os Quatro Evangelhos” – Feb).
“Quando
o invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e
solta o seu primeiro brado de admiração.” (Roustaing).
Afirma, o Espírito que
respondeu a Roustaing (Passini):
“Nesse
ponto, o perispírito é completamente fluídico, mesmo para nós.” (Roustaing).
Que perispírito não é (-6-) fluídico? Seria apenas
naquele momento? (Passini).
Ora,
sabemos, presentemente, da existência dos mais diversos tipos ou estados da
matéria, bem como da energia e dos fluidos. A Ciência mesma os tem definido por,
pelo menos, sete estados: sólido, líquido, gasoso, plasmático, condensados,
fermiônicos e superfluidos de polaritons; e, como se sabe, das formas dinâmicas
da gravidade, da radioatividade, das radiações químicas, da luz, calor,
eletricidade e outras vibrações dinâmicas, eletromagnéticas e etc., e óbvio,
descobrirá muitos mais.
Mas, para
simplificar: tomemos uma pedra de gelo e a retiremos do congelador; em nosso
ambiente normal, de tal estado sólido, a pedra de gelo se transforma em estado
líquido, e, em se aquecendo, referido estado passa para o gasoso, que, por
sinal, não vemos mais, mas a água há que estar por ali na sua constituição
atômica distinta, de gases formados por hidrogênio e oxigênio (H2O).
Com os
fluidos é a mesma coisa: existem os mais diversos estados. Aproxime-se um
Espírito leviano, atrasado, e, doentio, de nossas pessoas, e, com tal
aproximação, haveremos de sentir seus fluidos pesados, densos, materializados;
e, ao contrário, pela aproximação de um Espírito bom, mais avançado, saudável,
de bons procedimentos morais e sentiremos seus fluidos leves, salutares, de
grande alívio para nossas Almas em lutas e dores deste Mundo Provacional.
Logo, a
explicação espiritual da obra de Roustaing, nada tem de absurdo, pois que fluidos
os há os mais diversos, e, não há nada de ruim ou de reprovável em dizer:
“Nesse ponto, o perispírito é completamente
fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a essência
espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora sutilíssimos, dificilmente a
distinguem”.
Só há de
ruim, e, de reprovável aí, para os que pretendem, com suas ilações preconcebidas:
repreender, discriminar, censurar, ou, noutros termos: menoscabar mesmo,
quando, em contrapartida, são incapazes de produzir algo melhor, mais alto e
mais verdadeiro.
Mas
passemos, agora, ao item (-7-), que, por sinal, é o mais desonroso por encerrar
inverdades que, mais uma vez, nos decepciona, e muito.
Escreve o
crítico de nossas análises:
Roustaing se refere ao
perispírito como se fosse uma roupagem preparada longe do Espírito (-7-) que deva usá-la
(Passini):
Vejamos o
que diz Roustaing, ou seja, com suas palavras mesmas, que, inclusive, fora
reescrita pelo Sr. Passini nesta sua crítica de interpretar o perispírito como
“uma roupagem preparada longe do Espírito”. Ora, tal explicação, está um
pouquinho antes do ensino ao qual Passini se refere, e que, de modo claro e bem
inteligível a todos, ministra:
Durante esse período, o perispírito, destinado a
receber o princípio espiritual,
se desenvolve, se constitui ao DERREDOR daquela centelha de verdadeira
vida. (Obra de Roustaing – “OQE” – Feb)
E fiz, ou,
faço questão de mencionar o ensino de Roustaing em maiúsculo e sublinhado para
evidenciar com clareza que o perispírito não está longe do Espírito, mais sim:
em DERREDOR d’Ele, ou seja: em volta, em contorno, em redor daquela
centelha de Vida.
E,
repetindo, e, frisando o já escrito logo acima:
A obra de
Roustaing antecipa as obras de André Luiz (com prefácio de Emmanuel) em cerca
de 100 anos, pois que, em “Evolução em Dois Mundos ” (1958 – Feb), por exemplo, temos que
o perispírito, ou, “corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe
preside a formação”. (Opus Citado).
Sendo que
tal antecipação refere-se não só a tal ordem de coisas agora postas em estudo,
como também, sobre o Corpo Quântico do Mestre Nazareno que o desmaterializava e
o re-materializava quando esta fosse a vossa Soberana vontade.
Crítica
de Passini:
Inegavelmente, as
afirmações mais claras a respeito da reencarnação, contidas no Novo Testamento,
encontram-se nos Evangelhos de Mateus (17: 10-13) e de Marcos (9: 11), onde se
lê que Jesus dialogou com Moisés e Elias no Tabor, diante dos discípulos
Pedro, Tiago e João. Questionado quanto à identidade de Elias, o Mestre afirma
categoricamente que João Batista foi a reencarnação do Profeta Elias.
Em Roustaing, de maneira
fantasiosa e completamente inverossímil, numa tentativa de desacreditar a
reencarnação, misturando fatos e fantasias, é declarado que Moisés, Elias e,
consequentemente, João Batista são o mesmo Espírito, e que ali, no Monte Tabor,
um outro Espírito tomou a aparência de Moisés e conversou com Jesus.
Vê-se aí, mais uma vez o ilusionismo, para não dizer a falsidade da
obra de Roustaing:
“O que, porém, Jesus naquela ocasião não podia nem devia dizer e
que agora tem que ser dito é o seguinte: Moisés – Elias – João Batista – são uma mesma e única entidade. Estamos incumbidos de vos revelar isso, porque chegou o
tempo em que se tem de “realizar” a “nova aliança”, em que todos
os homens (Judeus e Gentios) se têm que abrigar debaixo de uma só crença, da
crença – em um Deus ,
uno, único, indivisível, Criador incriado, eterno, único eterno: o Pai; em Jesus - Cristo, vosso protetor,
vosso governador, vosso mestre: o Filho; nos Espíritos do Senhor, Espíritos
puros, Espíritos superiores, bons Espíritos que, sob a direção do Cristo,
trabalham pelo progresso do vosso planeta e da sua humanidade: o Espírito Santo.” (Roustaing
- 2º vol., págs. 497 / 498).
Nossa
Refutação:
Informo
que, no geral, a crítica do Sr. Passini é bem mais longa do que aqui expomos e
refutamos; devo dizer, entrementes, que lhe extraímos apenas o essencial, pois
que, os demais temas da crítica já foram feitas em nossos e.Books anteriores
(Réplica Primeira e Segunda, que, com esta, concluímos nossa ‘Trilogia’). O que
nos obriga, pois, por agora, a nos reportarmos ao fundamental para não nós
tornarmos repetitivos, bem como cansativos, ok?
Mas, para
se dirimir outras dúvidas ainda, que se consulte, igualmente, nossa outra
‘Trilogia’ de e.Books intitulados:
-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi;
-Espiritismo
e Livre Pensamento; e:
-Síntese
Embriológica do Homem.
Em assim
sendo, prossigamos com nossa refutação que, por agora, estaremos buscando temas
bem mais complexos do Espiritismo, mas muito elucidativos que se encontram
dispostos em “O Livro dos Médiuns” (Allan Kardec), para respondermos à altura, mas
também, com sabedoria, lógica e verdade, à crítica literária feita ao nosso
preclaro e digníssimo Jean-Baptiste Roustaing e sua importante obra.
Vamos,
pois, a alguns temas do Capítulo 24 – ‘Identidade dos Espíritos’ – do citado “O
Livro dos Médiuns” (AK – 1861 - Feb). Mas antes, repisemos o que alega o Sr.
Passini em sua crítica absolutista, em que ele, o crítico, está com a verdade,
e, Roustaing em falsidade:
Em Roustaing, de maneira
fantasiosa e completamente inverossímil, numa tentativa de desacreditar a
reencarnação, misturando fatos e fantasias, é declarado que Moisés, Elias e,
consequentemente, João Batista são o mesmo Espírito, e que ali, no Monte Tabor,
um outro Espírito tomou a aparência de Moisés e conversou com Jesus. Vê-se
aí, mais uma vez o ilusionismo, para não dizer a falsidade da obra de Roustaing.
(Passini).
Grifamos,
logo acima, a sentença do referido crítico, pois que nosso estudo de agora
centralizar-se-á nesta questão: de que um Espírito pode tomar a identidade de
outro, a aparência de outro, sobretudo em caso de Espíritos mais elevados, o
que, certamente, tratará de desmantelar o que o referido crítico alega ser:
falsidade da obra de Roustaing.
Ministra Allan
Kardec no Item 255 que:
“A questão da identidade dos
Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo.
É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se
com que facilidade alguns dentre eles toma nomes que nunca lhes pertenceram”. (‘OLM’
- Feb).
E, mais
adiante, o codificador Kardec alega:
“Objetar-se-á, sem dúvida, que o
Espírito que tome um nome suposto, ainda que só para o bem, não deixa de
cometer uma fraude: não pode, portanto, ser um Espírito bom. Aqui, há
delicadezas de matizes muito difíceis de apanhar e que vamos tentar
desenvolver”. (Opus Cit.).
Ou seja, a
coisa é um pouco mais complicada, mas o codificador vai tentar solucionar. E ministra
no Item 256 que:
“À medida que os Espíritos se
purificam e se elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas
personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por
isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com
os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que
tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que
passaram, é coisa absolutamente insignificante”. (Opus Cit.).
E, logo
mais abaixo, temos que:
“Porém, como de nomes precisamos
para fixarmos as nossas idéias, podem eles tomar o de uma personagem conhecida,
cuja natureza seja mais identificada com a deles. É assim que os nossos anjos
guardiães se fazem as mais das vezes conhecer pelo nome de um dos santos que
veneramos e, geralmente, pelo daquele que nos inspira mais simpatia. Segue-se
daí que, se o anjo guardião de uma pessoa se dá como sendo S. Pedro, por
exemplo, ela nenhuma prova material pode ter de que seja exatamente o apóstolo
desse nome. Tanto pode ser ele, como um Espírito desconhecido inteiramente, mas
pertencente à família de Espíritos de que faz parte São Pedro”.
“Segue-se ainda que, seja qual for o
nome sob que alguém invoque o seu anjo guardião, este acudirá ao apelo que lhe
é dirigido, porque o que o atrai é o pensamento, sendo-lhe indiferente o nome.
O mesmo ocorre todas as vezes que um Espírito superior se comunica
espontaneamente, sob o nome de uma personagem conhecida. Nada prova que seja
exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que desminta o
caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os casos, se
pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de elevação, ou
talvez até um enviado seu”.
“Em resumo, a questão de nome é
secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da categoria
que ocupa o Espírito na escala espírita”. (Opus Cit.)
E, mais
adiante, ministra Kardec que:
"A questão da identidade é, pois,
como dissemos, quase indiferente, quando se trata de instruções gerais, uma
vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente, sem maiores
conseqüências". (Opus Cit.).
Assim,
pois, estamos vemos que os “melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente”,
o que desmantela as palavras acusatórias do Sr. Passini, alegando que:
“... um outro Espírito
tomou a aparência de Moisés e conversou com Jesus. Vê-se aí, mais uma
vez o ilusionismo, para não dizer a falsidade da obra de Roustaing”. (Passini) ...
Logo, não
sou eu (FRP) que estou desmentido o Sr. Passini: mas sim o próprio organizador
do Espiritismo: Allan Kardec com uma de suas obras fundamentais; que o referido
crítico parece desconhecer. O que significa dizer que Kardec, de toda, e
qualquer forma, autoriza a obra de Roustaing no tocante ao tema em estudo:
“Uma vez que os melhores Espíritos
podem substituir-se mutuamente”. (Vide: “O Livro dos Médiuns” - Allan Kardec -
Feb).
Já quase finalizando
nossa réplica, penso que os críticos e detratores da importantíssima obra de
Roustaing, ao alegarem que a gravidez aparente de Maria, bem como outras
situações da vida e da obra de Jesus são fatos, para eles, pouco compreensíveis,
pois não passaram de fingimentos ou simulações indignas de Espíritos mais
elevados; e, muito mais, ainda, de um Espírito Puro como Jesus...
Penso que
tais elementos, críticos e detratores, em sua rebeldia, estão rastejando não só
seus corpos primitivos (criptógamos?), mas também suas pobres mentalidades no
solo obscuro da ignorância, da falta de estudos, da incompreensão. Não vêem
que, com tal rebeldia, eles ferem nossas obras primordiais de “O Livro dos
Espíritos” (AK), de “O Livro dos Médiuns” (AK) e de “O Evangelho Segundo o
Espiritismo” (AK) como já visto anteriormente.
Mas é
assim mesmo, pois nem o próprio Kardec pudera compreender mais exatamente referida
situação - especialíssima de Jesus - um Espírito Puro, que, como Homem, o fora
de um modo especial: um Homem-Deus que podia Tudo em se tratando de uma missão
especial: Missão Divina que nos cumpre compreender e não, maldosamente, difamar
e criticar.
Neste
sentido, pois, vejo que Roustaing pensara e agira pelo Espírito; já,
Kardec, pensara e agira pela matéria, ao pretender, em sua falha opinião (e não
dos Espíritos Superiores) um Corpo simplesmente de carne e osso para o Cristo,
para o Divino Redentor; e, neste tocante, penso que Roustaing fora superior a
Kardec, admitindo o Corpo Quântico do Cristo, Corpo Espiritual entrelaçado por
forças que se submetem às ações cognitivas do seu Promotor, o Cristo de Deus,
um Espírito, pois, que transcende Tudo, que transcende a matéria, o que nos
permite frisar e repetir que Roustaing, em tal sentido, sobretudo, fora
superior a Kardec, pois o Espírito transcende a matéria.
Finalizando,
repito nossas palavras de advertência escritas logo acima de que:
Não há
Espíritos pseudo-sábios nem em Roustaing, nem em Kardec, nem em Chico, nem em
Divaldo, nem em André Luiz ,
nem em Emmanuel, nem em Vianna de Carvalho, nem em Joanna de Ângelis, pois que
são, verdadeiramente, e, consensualmente, Sábios Espíritos da Espiritualidade
Maior, ou, se o quisermos são, simplesmente: Espíritos Superiores, preocupados,
e, incumbidos, pois, pelo próprio Mestre e Senhor Jesus de nos trazer a verdade
e não a mentira.
O que pode
haver, dentre tais Espíritos, são pequenas divergências, sendo estas, quase
imperceptíveis, em suas interpretações filosóficas e doutrinárias, o que
confirma, deles, e, de nós mesmos, nosso caráter distintivo de progressos
realizados, estando uns mais adiante que outros.
E, como já
citado nas réplicas anteriores, não só as importantes obras mediúnicas de
Xavier e de Divaldo Pereira Franco estão a confirmar a obra de Roustaing, como
também, se o quisermos, a obra do médium Hernani T. Sant’Anna com o Espírito
Áureo - aliás, da mesma categoria do Espírito Emmanuel - na obra: “Universo e
Vida”, publicada pela Feb e já disponível, aos que assim o queiram, pela Internet.
===============================
DESPEDIDA
FRATERNAL
Assim,
pois, finalizo com um grande e fraterno abraço a todos, estendendo ao Sr. Jose
Passini, nosso pedido de desculpas, se, na presente ocasião, se ressentira
conosco, ou seja: com nossa devida, mas necessária refutação ao vosso texto;
mas tão-só o fizemos em defesa da verdade e do bem.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
A QUESTÃO ROUSTAING (REFUTAÇÃO)
Na verdade, a Obra “Os Quatro Evangelhos” (Feb) de Jean Baptiste
Roustaing conquistara mais amigos e simpatizantes do que opositores da
magnânima obra, sendo os primeiros, obviamente, espiritistas esclarecidos,
estudiosos, e, eu diria, até mesmo, elementos mais evolvidos que aqueles
outros, que, pelo visto, não estudam, não refletem, mas tão só repetem a
costumeira ladainha dos inimigos, dos rivais e perseguidores de plantão.
O maior exemplo de espiritistas sábios, dotados de uma cultura
universal, e, por isto mesmo, defensores da importante obra tratou-se, a nosso
ver, do saudoso amigo: Luciano dos Anjos (14.02.1933 – 03.05.2014).
Mas analisemos parte de um texto encontradiço em página espírita da
internet, texto que, de cabo a rabo, nos faz apiedar do elemento perseguidor da
grandiosa obra de Roustaing, como se tal texto, em sua estupidez, pudesse algo
destronar das 2100 páginas de “Os Quatro Evangelhos” (Feb), quando, pelo
contrário, qualquer um, desde que, um tanto mais esclarecido, pode constatar
que o tiro saíra pela culatra, revelando a sabedoria da obra rustenista e a
insolência vergonhosa do texto contrário que, nada construindo, pretende tão-só
desacreditar e destruir.
Diz o petulante escrito que:
Aliás, os “evangelistas”, que ditaram
“A Revelação da Revelação”, desconhecem mesmo a fisiologia humana, desde que
igualmente afirmaram: “O que entra no homem vai aos intestinos e daí para o
lugar secreto” (pág. 557, vol. 4). E é essa mística grassa que infelizmente ainda
é divulgada em nossa doutrina, lastimavelmente, pois as incongruências
filosóficas e cientificas são absurdas. (Vide texto: ‘A Questão Roustaing’ –
Abril de 2017 - Luz Espírita – Espiritismo em Movimento).
Só neste trechinho, do perseguidor que se diz espírita, podemos
encontrar, pelo menos, três equívocos lamentáveis, em que, intencionando
destruir, apenas faz transparecer sua ignorância, sua frágil e tacanha
argumentação.
Senão vejamos:
1) Notem que o sombrio texto fala dos “evangelistas”, sendo que, pelo
“Livro” (“Os Quatro Evangelhos” - Feb), vemos tratar-se não dos apóstolos
evangelistas, e sim, do Espírito Superior de Moisés, esclarecendo fatos dos Dez
Mandamentos. (Mentira -1- do grosseiro articulista e perseguidor da renomada
obra).
2) O articulista alega que tais “evangelistas” não conhecem a
fisiologia humana, pois eles afirmaram que “o que entra no homem vai aos
intestinos e daí para o lugar secreto”; notemos que, em tal caso, ocorrera,
sim, um pequeno erro tipográfico da editora, pois que, na verdade, faltara a
letra “r = erre” no “lugar secreto”, que, pois, trata-se: do “lugar secretor”.
Logo, o pobre crítico faz severas advertências aos autores da importante obra
de Roustaing, alegando que tais desconhecem a fisiologia humana, numa acusação
descabida, falsa, e ainda mais, pouco fraterna, pois parte de um elemento que parece
desconhecer um princípio básico de nossa doutrina que ministra: “fora da
caridade não há salvação”; ou mesmo, o princípio socrático de que: “prudente
serás não admitindo saber o que não sabes”. (Mentira -2- do articulista amador intentando
destruir a renomada obra de Roustaing).
3) E conclui o “sapiente” articulista: “E é essa mística grassa que
infelizmente ainda é divulgada em nossa doutrina, lastimavelmente, pois as incongruências
filosóficas e científicas são absurdas”. Ora, como haver incongruência
filosófica, ou científica, se o precipitado articulista nem sabe o que está
lendo, nem percebe que houvera um equívoco notadamente tipográfico da editora?
(Mentira -3- do principiante a articulista que não lera, não estudara, e, ainda
assim, se declara um juiz implacável, quando, em verdade, se rebaixa por sua
arrogância e insensatez).
E, pois, cá comigo, estou a questionar:
Como se pode dar crédito a um texto mesquinho deste, repleto de
equívocos facilmente detectáveis, e equívocos, pois, não de Roustaing e
tampouco dos sábios Espíritos dos Apóstolos, dos Evangelistas e de Moisés?
Mas, para encerrar nossa pequena refutação, vejamos, na íntegra, a
sabedoria daquela página de Roustaing, atribuída ao Espírito Superior de
Moisés:
===========================
NONO MANDAMENTO
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Não é o que entra no homem o que o macula, disse Jesus, porque o
que entra no homem vai aos intestinos e daí para o lugar secretor. O que macula
o homem são as palavras que lhe sobem do coração aos lábios. A verdade, em toda
a sua simplicidade, deve inspirar as palavras daquele que teme a Deus e procura
caminhar nas sendas por ele traçadas. Este Mandamento, apropriado a uma época
em que, pelo testemunho de um só homem, um outro homem podia, em certos casos,
ser condenado à morte, se estende, avolumando-se de princípios, a todos os
séculos e clareia os que se aproximam. Vimos de dizer que ele era apropriado a
uma época em que, pelo testemunho de um só homem, podia outro ser condenado à
morte. Ainda nos dias de hoje as causas subsistem, porém, porque a justiça dos
homens progrediu, como todas as coisas, mais raros são os fatos dessa natureza.
Na época de que falamos, quando este Mandamento apareceu, no
período da era hebraica, bastava que um homem acusasse a outro de blasfemo, ou
de um pecado, para que esse outro fosse lapidado. E esses costumes, essas
tradições hebraicas, por longos séculos e sob diversos aspectos e de pontos de
vista diferentes, com relação à era cristã, deixaram traços que ainda se notam
nas vossas legislações humanas: civis, políticas e religiosas. Não dar falso
testemunho é, em toda ocasião, em todo lugar e em todos os casos, render homenagem
à verdade; é desfraldar sem vexame, nem vacilações, o estandarte da verdade; é
não temer altear o facho de luz que aclara; é destruir o alqueire que a cobre,
para fazê-la brilhar aos olhos de todos.
Não pronunciar falso testemunho é marchar sempre de acordo com a
Consciência. (Vide: “Os Quatro
Evangelhos” – Jean Baptiste Roustaing – Tomo 4 – Feb).
===========================
E, pois, que nos desculpem por nossa rejeição inteira do defectivo
texto de nossos comentários que, pelo visto, não estivera marchando de acordo
com a Consciência, pois prestara: Falso Testemunho.
===========================
Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese
do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias
Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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