terça-feira, 31 de maio de 2016

INFINITO, ESPAÇO, TEMPO...


INFINITO, ESPAÇO, TEMPO...

Sabe-se que Infinito é algo que não tem começo e tampouco fim; e, portanto, é algo sem fronteiras demarcadas, sem limites, sem fim; sendo que, em termos matemáticos, ele desfruta da simbologia (oo); assim, pois: se contar-se do zero ao infinito, o seu último termo não existiria e não existirá nunca, pois a escala numérica de seus componentes finitos não tem limites no infinito positivo, e, portanto, não tem fim:

0, 1, 2, 3, 4, 5,... , até o infinito (oo).

E tampouco se terá limites para seus componentes negativos donde se iniciaria referida contagem no mesmo infinito que, por sua vez, se estenderá ao mesmo, e referido, infinito:

(oo),... , -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5,... , (oo)

Todavia, o infinito pode ser apreciado em outras e infinitas perspectivas ainda. Para o selvagem, o homem primitivo que não sabe contar além do termo três (3), o infinito é algo além de tal âmbito numérico; para o fotógrafo, entrementes, o infinito começa a poucos metros de sua câmara fotográfica, de sua lente que não alcança mais do que isto; já, para o filósofo, o infinito é algo que tem tudo a ver com a eternidade, com o divino, com o espiritual; e, para um cosmólogo, tal seria algo que contêm o Universo e, quem sabe, outros Universos ainda, ou seja: o tão propalado Multiverso.

Doutra parte: alega-se que sendo Deus Infinito em Tudo, em Si Mesmo e em Sua criação, então a Mente de Deus é Infinita, e, portanto, abarca Tudo e Todos, nada Lhe escapando de Sua Alta e Infinita Jurisdição. E é bem possível que seja, de fato, assim, pois se imaginássemos um termo para o Universo físico e espiritual, Morada Divina e de todos nós, óbvio que não encontraríamos um termo para o mesmo, pois se o imaginássemos finito, o que teríamos após tal finito: o nada?

Mas o nada não existe e, portanto, há que haver algo além do referido ponto finito, além do Universo físico e espiritual; algo, pois, que há de ser Infinito, sem começo nem fim, mesmo que não compreendamos o que tal possa representar por nossas Mentes finitas, mas que já compreendem Algo do Infinito, do Espaço que, não tendo um início tampouco terá um fim, dado suas dimensões infinitas que, paradoxalmente, “inicia-se” no Infinito mesmo e nele mesmo se “encerra”, ou seja: no Infinito que não tem fim, ou mesmo, dir-se-ia, em Deus: o Infinito do infinito, se é que se possa atinar para tal, ou seja: para o infinito, em minúsculo, que seria morada de Deus, o Infinito, em maiúsculo.

Por outro lado, diz-se que Deus, sendo o Motor do Universo, ainda assim, Ele não precisaria mover-se pelo mesmo (Vide: “A Gênese” – AK – Ide), pois, sendo Infinito, Ele estaria por toda parte: em mim, em você, em todos nós; e, se no futuro algo distante, seríamos ou seremos ‘Uno’ com Deus, então, também abarcaríamos, como Dom Divino, o poder de se estar por toda parte, mesmo sem sermos o próprio Deus, e, portanto: como faculdade relativa do Ser no Absoluto Divino, pois que só Deus, mesmo sendo Imóvel, está em toda parte, e, como já dito, em mim, em você, em todos nós.

Com isto, pois, é possível sim, mesmo com nossas mentes finitas, conceber-se o Infinito, pois se imaginarmos o espaço finito, o que haveria após o finito de tal espaço mensurável quando o mesmo é Imensurável?

Mesmo por que, já vimos com Emmanuel, como relatado em nosso 5º. e.Book: “Espaço-Tempo: Física Transcendental”, que a questão é bem mais complexa, pois que, para o referido sábio espiritual:

“No esquema das realidades eternas e absolutas, Tempo e Espaço não tem expressões objetivas; se são propriamente formas viciosas do vosso intelecto, elas são precisas ao homem como expressões de controle dos fenômenos da sua existência”.

E prossegue informando que:

“As figuras, em cada plano de aperfeiçoamento da vida, são correspondentes à organização através da qual o Espírito se manifesta”. (Vide: “Emmanuel” – Chico Xavier – 1937 – Feb)

Vejam a elevada altura de tais conclusões:

O renomado autor infere que, mais além: “Tempo e Espaço não tem expressões objetivas”, dando, com isso, um giro brusco de cento e oitenta graus em nosso intelecto, forçando-nos a rever nossas mais sólidas interpretações de Espaço, de Finito e de Infinito, a que nos referimos no presente e falho texto de nossa autoria.

UM GRANDE ABRAÇO A TODOS:

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01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Notável Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;

65-A Revolução Ética.
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sábado, 28 de maio de 2016

HOMEM, ESPÍRITO E SABER


HOMEM, ESPÍRITO E SABER

Alegava Descartes, em trechos da quarta parte do seu importante: “Discurso do Método”, e, portanto, em suas conclusões de ordem filosófica e matemática, haver compreendido que:

“... Eu era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material. De sorte que esse Eu, isto é, a Alma, pela qual Sou o que Sou, é inteiramente distinta do corpo e, mesmo, que é mais fácil de conhecer do que ele, (grifos meus) e, ainda que este nada fosse, ela não deixaria de ser tudo o que É”. (Opus Cit. - Internet).

Todavia, do tempo de Descartes para cá, o conhecimento, de um modo geral, avançou muito e, no caso em questão, devassou-se as entranhas do biológico, do aspecto físico dos Seres e das coisas, e, portanto, o Homem já sabe quase tudo de si mesmo. Ou, pelo menos, da notável engenhosidade de sua natureza somática, seja nos aspectos mecânicos e físico-químicos de tal, avançando-se para os mais sutis mecanismos, permitindo-lhe entrever algo de sua interioridade energética, ou bioplasmática, que se irradia exteriorizando a aura dos corpos vivos e mesmo das coisas inertes e tão-só materiais.   

Portanto, se no Século 17 de Descartes, tornara-se, para ele, mais fácil conhecer-se a Si mesmo, como Ente pensante e como Espírito imortal, parece-me que, neste início do Século 21, as técnicas avançadas do mundo científico, no curso dos tempos que se transcorreram, inverteram o sentido das coisas, pois hoje, muito mais se sabe do corpo que do Espírito, muito mais do físico (matéria) que do não-físico (Alma); conquanto também se avance no sentido do energético, do espiritual e transcendente de todos nós.

É que o primeiro a impressionar-nos os sentidos é o material, o denso das coisas físicas, do fisiológico, do compacto estrutural; o Espírito, pela ordem natural das coisas, vem depois, numa sucessão de três planos entrosantes, consecutivos, interligados.

Ou seja: no início vem a matéria, depois a energia, e, posteriormente, algo ainda mais abstrato refletindo-se no fator cognitivo, no axiológico, nos procedimentos morais, bem como no ultra-cognitivo de tal fator, numa escalada evolucional infinita direcionada para algo desconhecido de nossa inteligência e espiritualidade. Assim, deparamo-nos, do ponto de vista dos conhecimentos científicos do Mundo terreno, com os três sucessivos componentes:

-Matéria, Energia e Psi, ou, Funções Psi, de Joseph Banks Rhine; como já é do conhecimento atual.

E, do ponto de vista espiritista, temos algo parecido:

-Matéria, Fluido Cósmico Universal e Espírito: que é o Princípio Inteligente individuado, dotado das Funções Psi e sujeito à reencarnação nos diferentes Mundos para seus progressos e evolução.

De retorno, pois, ao pensamento de Descartes, e, comparando-o com o nosso tempo, parece-me que, hoje, invertera-se a ordem das coisas, pois se conhece muito do corpo e se conhece pouco do Espírito, do Ser pensante de nós mesmos; porquanto, não sabemos o que ele é, do que se constitui intimamente e quais são os mais secretos mecanismos do psiquismo, do pensar que dele mesmo se destaca e flui continuamente num processo cognitivo dinâmico que, mesmo pelo sono do corpo, da pausa fisiológica necessária, não se paralisa jamais, pois constatamos, na prática mesma (lembranças do sonho), que nossa atividade psíquica prossegue, indefinidamente, noutras dimensões conscienciais.

Portanto, em nossa dicotomia, o Espírito humano reflete um psiquismo dinâmico de natureza e essencialidade desconhecidas, conquanto ele mesmo, o Espírito, em pessoa, venha a nos expressar como inteligência-moral neste Mundo a que pertencemos como Homem, sendo este, pois, o serviçal, aquilo que está a serviço da Alma, do Espírito, seu comandante afinal.

Paradoxalmente, pois, eu, você, todos nós, somos constituídos de corpo e Alma, de soma e de Espírito, sendo, pois, por meio dele mesmo, ou seja, do Homem, como Espírito reencarnado num corpo, que crescemos, estudamos, trabalhamos e o empregamos, juntos, estando um ligado ao outro como meio de vida, de saber, de aquisição de valores, sejam eles afetivos, ou morais, num todo consciencial que parece expandir-se na ordem de Si mesmo, na ordem, pois, de sua capacidade cognitiva, mental e moral.

Sendo positivamente lógico afirmar-se que: é por meio do Espírito que eu conheço, mas, definitivamente, pouco me conheço.

Ou, noutros termos:

É por meio do Espírito que eu sei, entretanto, de mim mesmo, quase nada sei.

Ora, o que sabemos, pois, do Espírito?

Do que, intimamente, ele se formara, se constituíra como instrumento pensante, dinâmico e, filosoficamente, perquiridor?

De onde ele procedera no tempo, ou, quem sabe, do além-tempo, da eternidade atemporal?

Não só não sabemos de onde o mesmo procedera e tampouco o sabemos - em nossa bronquice - para onde se vai, para que outros Mundos, piores ou melhores, estamos rumando, nos dirigindo, por nossa grave culpa ou nossa elevação moral.

Repiso, pois, que é no Espírito mesmo, e, com ele mesmo, que estudamos, aprendemos, trabalhamos, experienciamos e, portanto, por um longo tempo - evidencia-se: palingenésico - vimos com ele laborando, exercitando, evoluindo, tomando atitudes condenáveis umas e aprováveis outras, piores ou melhores; ou seja: fazendo tudo quanto fazemos sem atinarmos para o fato de que não sabemos o que ele é: de que tudo, ou quase tudo, desse tal de Espírito ignoramos, se mostrando ele, pois, como o maior dos mistérios do nosso saber que, em suma, não sabe, mas que, um dia, deposito esperança, saberá.

Assim, tal princípio anímico é, ainda, uma incógnita que não se tem como definir e entender mais objetivamente, quando, em contrapartida, tal se define e se revela por meio de nós mesmos, nosso procedimento, nosso caráter, nosso labor, nosso saber que tão pouco sabe, pois que nem mesmo a si próprio se conhece; conquanto nele mesmo se reflita, se estabeleça e se componha no condicionamento de sua unidade dicotomizada por: essência e corporalidade, que, acrescentando-se mais, se poderia concebê-la como unidade trina: por Espírito, Perispírito e Corporalidade física.

Sem mais, concluo refletindo que: se, para Descartes, parecia-lhe mais fácil conhecer o Espírito que o corpo, afigurasse-nos, que, presentemente, a coisa algo se invertera, parecendo-nos mais fácil conhecer o corpo que o Espírito, se não for esta uma equivocada impressão de minha Cogniscidade, agitada pelos seus compromissos, correrias, labores diversos, quando, nas paradas momentâneas, tal como agora, se debruça sobre si mesma, interiorizando-se na essencialidade, para, novamente, exteriorizar-se na temporalidade mundana, necessidade exata, mas momentânea, de nossos Espíritos imortais.

Por outro lado, o conhecimento do corpo também é luz do nosso Espírito, de sua sabedoria que, vendo a complexidade viva de nós mesmos, também se aproxima do Eterno, de Sua Luz, Sua Magnânima Obra e Criação.

Obs.: é até possível que, tal como Descartes, já saibamos um tanto mais do Espírito, pois nosso saber não se restringe ao agora da presente corporalidade física; mas se estende ao amplo saber universal que, como Consciência livre, leve e solta nos espaços espirituais, já detemos em nós mesmos. Ou, noutros termos: estamos restringidos à matéria biológica; mas incorporamos um mais vasto saber das coisas em nossa espiritualidade.

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segunda-feira, 23 de maio de 2016

DESCARTES: NOTÁVEL FILÓSOFO


DESCARTES: NOTÁVEL FILÓSOFO

Inicio o despretensioso texto com a seguinte indagação:

O que é a Verdade?

E replico com algumas sentenças do Mestre que, assim, se expressava:

“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará!” - (João 8:32).

E, no mesmo evangelista, ainda:

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!” (João 14:6).

Entretanto, ao ser perquirido por Pilatos sobre o que é a Verdade, constam, os escritos da época, que Jesus se calara nada pronunciando a respeito. (João 18:38).

Do meu restrito, e, mui deficiente ponto de vista penso que a Verdade é progressiva e relativa à dinâmica dos Seres, sujeitos que estão aos aperfeiçoamentos morais e cognitivos de si próprios, e, tendentes, pois, ao que seja, ou, ao que É, a Verdade Terminante: como Máxima Compreensão do Eterno e de suas Leis.

Neste sentido, a Verdade se pronuncia como uma espécie de desvelamento, ou, de retirada paulatina do véu das coisas, de algo que está sempre em construção, e que, ao seu topo, se é que se pode chegar a tal, se aproximaria dos cem por cento (100%) da Verdade Contida em Deus, ou, do paradoxal: Uno-Infinito de Deus.

Por outro lado, alegarão os céticos que: Deus não existe!

Entretanto, nunca, jamais, nenhum deles pôde estabelecer provas cabais e definitivas do que dizem: de que Deus não existe. Ora, dizer que Deus não existe é fácil. Difícil é provar. E estou bem convicto de que jamais o farão. Por outro lado o cético puro, de incredulidade absoluta, é que não existe, como já ratificado por um dos mais respeitáveis autores do Século 20 findado, esclarecendo que:

“O ateísmo ou a incredulidade absoluta não existe, a não ser no jogo de palavras dos cérebros desesperados, nas teorias do mundo, porque, no íntimo, todos os Espíritos (homens) se identificam com a idéia de Deus e da sobrevivência do Ser, que lhes é inata. Essa idéia superior pairará acima de todos os negativismos e sairá vitoriosa de todos os decretos de força que se organizem nos estados terrenos, porque constitui a luz da vida e a mais preciosa esperança das Almas”. (Vide: “Emmanuel” – 1937 – Feb).

Por outro lado, e, por mais neguem, sempre se obterá, na sua negativa mesma, a Prova Existencial do Supremo, pois que tais não negariam a existência de Deus se Ele não existisse, pois que o inexistente não existe e, portanto, não precisa ser contestado ou negado. Indubitavelmente, pois, Deus Existe! Conquanto seja indivisível, Deus Existe no aspecto Transcendente: em Si mesmo, como Deus Pessoal; e, no aspecto Imanente: nas suas criaturas, caracterizando o Deus Impessoal, no mais íntimo de nossas Consciências que não podem negá-Lo, conquanto cérebros rebelados o façam, se contrapondo, em vão, a Si próprios, como criaturas, e, se contrapondo, em vão, a Deus mesmo que lhes Diz de modo ininterrupto, expressando-lhes: “Eu Estou Aqui, Bem Dentro de Ti”!

Creio que a rebeldia de Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) representa a não-conformidade humana, e, em seus antípodas, René Descartes (1596 - 1650) representa a conformidade plena, e, por que não dizer: científica, no próprio campo dos conhecimentos acadêmicos, provando a Existência de Deus a partir de Si mesmo, de sua existência permanente contida no “Cógito Ergo Sun”.

Em seu célebre: “Discurso Sobre o Método”, mais conhecido como “Discurso do Método”, parte quatro, após exposição de suas mais importantes e mais profundas elucubrações pessoais, envolvendo aspectos de teor científico, e, onde descobrira o que considerava como sendo o mais importante princípio filosófico, (Penso, Logo Existo), proferia Descartes ao constatar que podia existir e pensar, independentemente da existência do corpo - o que mais modernamente se constata por criteriosas pesquisas, sejam elas espiríticas (Allan Kardec, Denis, Delanne e demais clássicos), metapsíquicas (Richet, Geley, Crookes e outros das demais sociedades de pesquisa), parapsicológicas (Rhine, Mc Dougal, e etc.) - que:

“De maneira que eu, ou seja, a Alma, por causa da qual sou o que sou, é completamente distinta do corpo, e, também, que é mais fácil de conhecer do que ele, e, mesmo que este corpo nada fosse ela não deixaria de ser tudo o que é”. (Vide: “Discurso do Método” - Descartes).

E, mais adiante, o ilustre sábio conclui pela Existência de Deus por sermos detentores da ideia da Perfeição, ou, simplesmente, do que seja Perfeito, pois que, não podendo tal ideia ter por princípio o próprio Homem, em toda a sua imperfeição e mazela, a causa da mesma provém de algo Perfeito, provém de Deus.

E, mais ainda: o notável filósofo irá completar logo adiante suas elucubrações acerca do Existir de Deus pelo fato de que, afinal: eu não me dou a mim mesmo, ou, noutros termos, eu não surjo neste Mundo por mim mesmo; eu não me dou existência e não me crio por minha própria e específica vontade, e, portanto, devo a minha existência a Outrem, à Vontade Suprema, ou seja:

-À Existência de Deus-Criador.

É tudo muito simples; mas os soberbos antes de Nietsche e posteriores a tal, apreciam a discórdia de si próprios, se negando quando simplesmente São, e, negando o Criador que simplesmente É, pois que eles próprios não se deram a Si mesmos, não se criaram e não se estabeleceram no Mundo por Si, e, sim, por Vontade de Outrem, por Vontade do Criador.

E afirmava, se acrescente ainda, a genialidade cartesiana:

“..., por exemplo, eu percebia muito bem que, ao imaginar um triângulo, fazia-se necessário que seus três ângulos fossem iguais a dois retos; porém, malgrado isso, nada via que garantisse existir no Mundo qualquer triângulo”. (Opus Cit.).

E prosseguia adiante seu indubitável pensamento:

“Enquanto, ao voltar a examinar a idéia que eu tinha de um Ser Perfeito, verificava que a existência estava aí inclusa, da mesma maneira que na de um triângulo está incluso serem seus três ângulos iguais a dois retos, ou na de uma esfera ser todas as suas partes igualmente distantes do seu centro, ou ainda mais, evidentemente; e que, por conseguinte, é pelo menos tão certo que Deus, que É esse Ser Perfeito, É ou Existe quanto seria qualquer demonstração de Geometria”. (Opus Cit.).

Eis aí, por conseguinte, algumas descobertas de um verdadeiro gênio da humanidade que, amparado por sérias elucubrações filosóficas e matemáticas, e, portanto, por critérios favoravelmente científicos, encontrou a Verdade de sua existência imortal, e, indo além, encontrou a Verdade da Existência de Deus, o Criador.

De fato, para os Espíritos superiores, com o renomado Kardec:

“Deus existe, não o podeis duvidar, é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto de onde não poderíes sair”. (“OLE”).

Ou seja: Não há como duvidar de Deus, inserido que está na própria Consciência do Homem; mas pela sua impotência em penetrar mais fundo a grandeza do que É, de momento, tão impenetrável, muitos dos nossos pares, em sua soberba fala, ao invés de se submeterem, combatem o Espírito e sua Consciência mesma, discursando que Tudo surgira do nada, nesta arrogante aversão que tais elementos tem pelo Criador, para eles: o não-Ser, o inconcebível de um nada, porquanto Deus, que Tudo É, para tais elementos nada representa, pois em sua fala, Ele nada é!

Portanto, nossa Consciência só existe em função da Consciência do Criador que Tudo Abarca e Tudo Vê, não nos sendo possível negá-Lo quando tão-só existimos em função de Sua Suprema Existência.

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