quinta-feira, 30 de junho de 2016

BIOLOGIA FÍSICA E TRANSFÍSICA


BIOLOGIA FÍSICA E TRANSFÍSICA

Em suma: o que é a Vida?

E se responderia que:

Trata-se de um complexo Sistema Biológico?

Ou, noutros termos: afiança maçudos tratados de Biologia que a Vida é um complexo de propriedades e de funções específicas do Ser vivo: tais como as de: nutrição, respiração, excitação e reprodução que o distingue, por exemplo, de algo não-vivo como a Matéria bruta, rochosa ou mineral que: não consome energia, não realiza trabalho, não reproduz, pois sua formação se dá pela agregação de partículas que se ligam umas às outras por força e obra da Natureza terrena, ou, universal.

Entretanto, parece haver mais.

Entre a Matéria bruta e a Matéria biológica parece entreter-se um elemento estranho: vivo e não-vivo: o chamado Vírus que parece transitar do Ente mineral para o Ente vivo, pois que, em dado instante, ele apresenta características de um mineral comum, compacto e imóvel, e, noutro instante, se destaca como Entidade viva que, na presença de um indivíduo unicelular, ou pluricelular, executa ação ofensiva, lhe ataca e lhe penetra o interior utilizando-se, posteriormente, do equipamento funcional do seu hospedeiro para gerar novos agentes virais, multiplicando-se vastamente.

E, uma vez cessados todos os meios de subsistência naquele organismo, o Vírus retorna, então, à sua anterior forma cristalizada de muita parecença com uma estrutura mineral; porém, se diga, de sutilezas construcionais e funcionais bem mais avançadas que o simples sistema atômico mineral.

Em suma, se o Vírus parece transitar da Matéria não-viva para a Matéria viva, é de pensar-se que a Matéria bruta contenha, em estado latente, alguma expectativa de vida, pois que nós, Seres viventes, em quase tudo dependemos da Matéria, ou seja, dos minerais de nossa estruturação esquelética, orgânica e cerebral onde os compostos de Carbono têm funções de considerável importância.

E, portanto, questiona-se: A Matéria bruta tem vida?

E se responderia, talvez apressadamente, que a Matéria é desprovida de Vida; porém, ela detém em si todas as probabilidades de tal, na forma, quiçá, de expectativas, pois seus componentes são fundamentais para o incremento da Vida.

Por outro lado, pesquisas espiríticas e metapsíquicas, como se sabe, provara que existe Vida além túmulo, o que, portanto, amplia nossos estudos e interpretações da Vida, em que o Homem, mais que matéria biológica, parece estar provido de um campo indestrutível e imorredouro de Si próprio, de Sua natureza íntima: notadamente transcendental.

Ora: o que comprovo em mim mesmo?

Concebo-me, vejo-me e sinto-me, distintamente, como sendo o Comandante do instrumento cerebral, estruturado e combinado com o veículo de minha constituição física, e, não o oposto, pois que o cérebro não me define, não me vê e não me concebe como Eu lhe faço, como Eu lhe interpreto, ou seja: como instrumento físico do comando extra-físico de minha identidade psíquica, de dinâmica Espiritual.

Ora, os fatos não mentem; pode-se até distorcê-los, mas não se podem negar os fatos da Ciência Espírita, das Sociedades de Pesquisa, da Metapsíquica e das provas irrecusáveis da Parapsicologia, que demonstrara, pelas normas da Ciência oficial mesma, a existência de um Fator não-físico na Consciência humana; e seus dados, diga-se, estão alicerçados por metodologia Matemática, pelos dados, pois, da Estatística e do Cálculo das Probabilidades reforçando, pois, a possibilidade de sobrevivência do Fator extra-físico da Consciência humana que, desde já, em sua dinâmica psíquica, sobrepuja espaços físicos e transcende aspectos da temporalidade terrena.

O cérebro, pois, como instrumento físico, é algo inerte, paralisado e imóvel; é o Espírito, portanto, que lhe mobiliza, lhe comanda e lhe sobrepuja como fator dinâmico que é, de características, pois, não-físicas, mas sim, espirituais.

E então, postula-se, do ponto de vista espírita, metapsíquico e parapsicológico, que possa haver Vida além do Sistema Biológico; e, mais ainda, com a possibilidade de que tal Fator possa estar de retorno ainda às pelejas do Mundo num processo cíclico de longos aprendizados espirituais. Logo, a definição de Vida, dada no início deste Capítulo, se revoluciona, se modifica e se amplia um tanto mais.

Entretanto, onde se iniciara a Vida neste aspecto tão amplo de sua contingência na Matéria: biológica, consciencial e espiritual? Ministra confiável síntese contida em “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec), e, no que concerne ao plano evolutivo das coisas, que:

“Tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo ao arcanjo, pois que ele mesmo começou por ser átomo”.

O mesmo afiançaria, mais atualmente, Joanna de Ângelis em “Iluminação Interior” (Editora Leal), do notável Divaldo Pereira Franco, sobre o processo evolutivo do princípio espiritual:

“... manifestando-se em sono profundo nos minerais, através dos milhões de milênios, germina, mediante processo de modificação estrutural, transferindo-se para o reino vegetal...”.

O mesmo garante Xavier, com os renomados Emmanuel (“O Consolador”), André Luiz (“Ação e Reação” e “Mecanismos da Mediunidade) e páginas de poetas e sábios (“Parnaso de Além Túmulo”), bem como a obra colossal de Pietro Ubaldi (“A Grande Síntese” e outras), constituindo, pois, Consenso Universal no ensino dos Espíritos Superiores por grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em diferentes lugares; o que confirma, pois, a famosa e poética sentença inspirada de uma sentença de Leon Denis:

“A Alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita no animal e acorda no homem”.

Por outro lado, sabe-se que “A Grande Síntese” (Fundapu), de Pietro Ubaldi, jorra mais luz sobre tal questão, e, inclusive, descrevendo a passagem do trem eletrônico (átomo) aos mecanismos mais complexos da dinâmica vital (célula), valendo a pena se consulte os Capítulos (de 51 a 58) que tratam de tão complexa temática.

Entretanto, como já se sabe, tal ‘Ciclo Evolutivo’ de nossas experiências universais, parece ser mais complexo ainda, pois que tal seria parte, e, apenas parte, de um complexo fenomênico bem mais amplo ainda, ou seja, do ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’ - método divino de nossa cura e retorno ao anterior estado de equilíbrio espiritual.

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domingo, 26 de junho de 2016

DARWIN E ALLAN KARDEC


DARWIN E ALLAN KARDEC
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Fazendo uma retrospectiva, sabe-se que todo Ser vivo, quando não unicelular, é o resultado da colaboração ativa e perfeitamente ordenada das células que o compõem; sendo que todos, seja unicelular ou pluricelular, apresentam como característica fundamental a renovação contínua das substâncias que o integram sistematicamente.

Mas para verificar-se o fenômeno da vida, afiançam os vitalistas que seria preciso a intercessão de um segundo princípio à matéria: o fluido vital que, cada Ser, por mais ínfimo que o seja, apropriaria das fontes da criação para produzir o majestoso espetáculo da vida.

Mas o Espiritismo, bem como cientistas mais modernos, tem admitido mais: a existência de um organismo modelador da matéria: o já referido corpo espiritual, ou perispirítico, ou, então, bioplasmático, da concepção russa; organismo que, associando-se ao fluido vital, comandaria os processos vários do soma biológico, de sua higidez e demais propriedades que se juntam para o objetivo primacial da existência: a aquisição de novas e mais amplas experiências que, no Homem, se traduzem pelo conhecimento e pela ética traduzindo sabedoria, coisa ainda distante do contexto humano em sua generalidade.

Vê-se, por aí, que outros fatores, mais ou menos atuantes, deveriam e devem ser considerados, e, sobretudo, o evolutivo: que transforma paulatinamente as espécies inferiores tornando-as mais perfeitas e de níveis mais adiantados de progressividade biológica, como também: cognitiva, axiológica e moral. Na verdade, o problema da Evolução, no sentido de aprimoramento paulatino das espécies fora enfocado por uma gama incontável de estudiosos e pensadores no decorrer da história. Filósofos da antiguidade já proclamavam tais noções. Nada obstante, após o advento do Cristianismo, prevalecera a ideia equivocada e tão amesquinhada do Fixismo, crença segundo a qual – a Terra, a Natureza e o Homem - foram criados por Deus de forma acabada e, portanto, de modo perfeito e imutável.

E pasmem: o obscurantismo marcou presença por quase dois mil anos!

Só nos Séculos 18 e 19 é que aparecem novas idéias sobre a Evolução, e desta feita, bem fundamentadas como, por exemplo, as do célebre naturalista inglês Charles Darwin que publicou em vinte e quatro de novembro de 1859 o seu revolucionário: “A Origem das Espécies” (Newton Compton Editor). O núcleo central da obra de Darwin propõe existir na natureza o que ele chamou de Seleção Natural que, em síntese, assim se explicaria:

-Os representantes de uma mesma espécie não são exatamente iguais; eles apresentam pequenas variações que os distinguem entre si. Em alguns, tais variações poderão ser úteis para a superação de certos obstáculos encontráveis em seu meio que, afinal, poderão definir sua sobrevivência; enquanto noutros, por serem nocivas, tais variações reduziriam suas chances de vida. Com o passar do tempo as gerações seguintes irão acumulando tais variações especiais que, sendo advindas do que hoje se conhece por código genético, elas serão transmitidas aos seus descendentes através da Lei da Hereditariedade. No escoar dos milênios, a Seleção Natural, que depende da contínua mudança climática e geológica, irá integrando os diversos e mais aptos Seres vivos ao seu ambiente verificando-se o aparecimento de grandes diferenças entre os mesmos devido ao somatório daquelas variações do material genético que, se combinando e se recombinando de geração em geração, propiciariam ou propiciam o surgimento de novas espécies cada vez mais preparadas para enfrentar as agressividades do Mundo terreno.

Neste cogitar, Darwin concluíra que todos os Seres vivos, inclusive o Homem, seriam descendentes modificados de outras espécies que viveram em eras passadas e que foram se reproduzindo, se transformando e dando origem aos mais diferentes e mais aperfeiçoados corpos no transcurso de milhões e milhões de anos.

Em sua proposição, assegura Darwin:

“Há uma grandeza simples no fato de considerar a vida, com as suas capacidades de desenvolvimento, assimilação e reprodução, como se tivesse sido originalmente insuflada na matéria sob uma ou poucas formas (a vida), e no fato de que, enquanto este planeta girava em órbitas correspondentes a leis fixas, num ciclo de transformações em água e terra, foram substituindo-se uma após outra, através do processo de Seleção gradual de mudanças infinitesimais, até chegarem a uma quantidade infinita de formas belíssimas e admiráveis”. (Vide: “A Origem das Espécies” – C. Darwin – Newton Compton Editor).

Eis aí, pois, para Darwin, o mecanismo pelo qual se verificara o surgimento das diversas espécies, que, por Seleção Natural, se transformaram no curso de muitos milênios até à era atual. Por ela, nova luz se fizera nos mais diversos campos da Biologia, compreendendo-se, assim, que todos os Seres vivos modificam-se ao longo do tempo-evolução, inclusive o Homem que também evoluíra daquelas formas mais simples e que ainda prossegue em sua marcha evolutiva por meio de fatores genéticos e ambientais.

E o fato é que: o Mundo Espiritual governa o Mundo Material, sendo este (governo), conforme os fins daquele. E, certamente, pois, a Espiritualidade concedera, com Charles Darwin, o devido apoio científico às proposições de Allan Kardec que, muito mais que as afirmações daquele, lhe sugerira, com o Espiritismo, algo de espiritual na Ordem Progressiva da Natureza. E, mais que isso, o senhor Allan Kardec, igualmente, estivera consonante a Darwin, como se pode deduzir desta sua assertiva:

“Seguindo passo a passo a série dos Seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior”. (Vide: “A Gênese” – AK – Ide).

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quinta-feira, 23 de junho de 2016

ESPIRITISMO: O QUE É


ESPIRITISMO: O QUE É

Sabe-se que Kardec, apesar de sua capacidade intelectual, não compreendia as grandes sínteses universais e, optava, claramente, por não embrenhar-se pelas origens do Ser, do Espírito, afinal. E, isto, em que pese o fato do Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos Superiores, ter revelado que tudo se move, do átomo ao arcanjo, evolutindo, gradativamente, na ordem cíclica das coisas universais; e disseram muito mais; e, inclusive, abordaram aspectos genéticos do Ser, ou seja, de sua criação, bem como da desordem psíquica de parte de seus elementos, que, por tal, se sujeitaram às normas involutivas e evolutivas da matéria, que Kardec, por suas limitações filosóficas, não compreendera e não poderia compreender. (Vide nossos e.Books: “Kardecismo e Espiritismo”, “Ciência de Tudo: Big-Bang” – Capítulo Segundo; e etc.).

E, o referido Kardec, como dito, esteve a declarar, com certa humildade, não saber as causas da dor, do sofrimento experienciado pelo animal (Espírito Simples e Ignorante), explicitando, por exemplo, que:

“O sofrimento dos animais é constante. Mas é racional imputar esses sofrimentos à imprevidência de Deus ou a uma falta de bondade de sua parte pelo fato de a causa escapar à nossa inteligência (sublinhado nosso), como a utilidade dos deveres e da disciplina escapa ao escolar?” (Vide: “Revista Espírita” – Março de 1864 - AK - Edicel).

E, logo adiante, Kardec é advertido pela espiritualidade nos termos de que:

“Compreendei, se o puderdes, ou esperai a hora de uma exposição mais inteligível, isto é, mais ao alcance do vosso entendimento”. (Opus Cit.)

Ora, como já visto, o princípio anímico do animal nada mais é que a representação física de um Espírito Simples e Ignorante (ESI), um princípio inteligente em processo fenomênico de evolução. E, se tal princípio perfaz sua escalada evolutiva associada ao sofrimento constante, pergunta-se:

-O que o mesmo aprontara para uma tão infeliz conseqüência de progresso nas dores, nas adversidades, nos sofrimentos, enfim?

Só, por aí, constata-se que as luzes espiritistas se vão fazendo aos poucos, oportunizando a vinda de muitos outros missionários divulgadores da verdade única, da verdade em Deus. Com Leon Denis o esclarecimento se amplia informando que a dor e o sofrimento são fatores evolucionais importantes na economia da vida, e temos isto de modo claro e evidente como, por exemplo, em tal passagem:

“O sofrimento, nos animais, é um trabalho de evolução para o princípio de vida neles existente, que adquirem por esse modo os primeiros rudimentos de Consciência”. (Vide: “Depois da Morte” – Leon Denis – Feb).

E outros esclarecimentos se fazem e se harmonizam, como, por exemplo, com o Espírito Manoel P. Miranda, dentre outros, e inclusive com Emmanuel que destaca:

“... a dor é sofrimento educativo de primeira ordem, sem o qual o mais rudimentar aperfeiçoamento das criaturas e das coisas seria claramente impossível”. (Vide: “Janela Para a Vida” – F. Worm – Gráfica Metrópole).

E assim vai, de modo concordante e universal nas informações positivadas por notáveis e confiáveis espiritistas pós-Kardec, encarnados e desencarnados, desenvolvendo-o e ampliando-o vastamente.

E onde se constata que o conceito do ‘continuum tempo-evolução’ (já visto em texto anterior) também se engrandece doutrinariamente, pois que a adversidade, cujo fulcro central é a dor, entra como um componente de magna importância na formulação de tal princípio, cuja técnica consiste em impelir o psiquismo de todos os Seres às culminâncias celestiais do Espírito Puro e Consciente (EPC) da Eterna Serenidade, da Infinita Perfeição em Deus-Pai, nosso Criador.

Assim, tal técnica, atuando como mola impulsionadora do Ser, reside na adversidade das coisas, nas forças ambientais contrárias, nos problemas e tribulações encontradiços em nosso meio que, em seu conjunto, ou síntese, significa e expressa dor, sendo que tal, isoladamente, ou conjuntamente, são excitantes de todas as formas de reação e de luta, de defesa e de atividade, tendo como resultado algum progresso psíquico, objetivo primacial da evolução.

Vê-se, pois, que o conceito do ‘continuum tempo-evolução’ é um tanto mais complexo do que se imagina, bem como o será, de procedimento variavelmente elástico nos diversos planos da natureza, onde as passadas evolutivas são extremamente diferentes; ou seja: mui lenta, ou, “quase nula” na forma mineral, e assaz dinâmica na forma hominal, no plano, pois, das humanidades, dos progressos sociais, científicos e culturais. Assim, se “tempo é dinheiro” para os gananciosos do Mundo, dir-se-ia em mais digna, e mais alta acepção, que:

“Tempo é Evolução”!

Sua forma resumida, sintética, conquanto se saiba de sua mais profunda e mais dilatada função, a atuar não só nas formas minerais, biológicas, ou, biopsíquicas do Mundo, mas, também, do Universo em sua totalidade física e astronômica a desembocar na eterna Quietude e Suprema Serenidade que é o Plano de Deus Transcendente que, por sua vez, se espraia na Imanência por Amor ao filho, alçando-o em sua interioridade psíquica imortal.

Ora, se Deus é Amor, o Espírito não pode ser criado Simples e Ignorante (ESI) para vivenciar a dor como forma de evolução no tempo, o que seria injusto por parte de um Deus que É Justo, Misericordioso Criador.

A evolução pela dor, portanto, não passa de uma escolha sua, quando, na condição de Espírito Puro e Consciente (EPC), deliberara insurgir-se na Ordem da Lei, verificando-se, em óbvia e natural conseqüência, sua desconstrução psíquica ou queda involutiva na forma condicionada de Simples e Ignorante (ESI) a evoluir pela dor, curando-o de suas mazelas, de suas imperfeições.

O que se confirma pelo maior médium intuitivo de todos os tempos: Pietro Ubaldi (Vide: “Coleção Completa” – PU – Fundapu), e, pelo maior médium psicógrafo do Mundo: Francisco C. Xavier (Vide: “O Consolador”, “Caminho, Verdade e Vida”, de Emmanuel-Feb, e nosso e.Book: “André Luiz e Sua-Voz”); o que se confirma, ainda, pelos profetas bíblicos, por Jesus, bem como por diversas passagens do Espiritismo codificado, e que Kardec, por sua vez, não pudera compreender, aprofundar e divulgar por suas limitações psíquicas, do que se infere que Kardec, de fato, não era e não é infalível, e que, tampouco, se ajustava com precisão aos seus superiores hierárquicos, pois não lhes compreendia no todo, mas tão só em parte de sua Magnânima Doutrina do Espiritismo, ou seja: dos Espíritos Superiores.

Ora, todos sabem que Kardec, em alguns momentos infelizes, se mostrara algo preconceituoso com relação aos nossos irmãos de raça negra; o que, com tal, muito difere do Espiritismo que, na introdução de sua mais importante obra: “OLE”, declararam em ‘prolegômenos’:

“Nele pusemos as bases do novo edifício que se eleva e deve um dia reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e de caridade”. (Opus Cit.).

Mas como reunir todos os homens com declarações infelizes de Kardec, que, com tais, muito se distanciara de seus superiores nas prédicas de ‘reunir todos os homens’ pelo Evangelho de Jesus?

Ainda assim, não condenemos, mas compreendamos que algumas opiniões de Kardec são tão só suas opiniões; o que muito difere do Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores como visto e citado supra; e inclusive, como pode ser visto em nosso e.Book também já mencionado: “Kardecismo e Espiritismo”.

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