ESPAÇO, TEMPO, VELOCIDADES...
Como se sabe, no início do Século 20
passado, despontou-se, para o mundo científico, um dos maiores gênios do Mundo
terreno: Albert Einstein (1879-1955): autor da ‘Teoria da Relatividade’:
dividida em Especial e Geral.
De fato, muitos contribuíram, desde
longos tempos, com o culminar da mesma pelo notável físico e matemático alemão;
e, ele próprio, reconhecia estar no ombro de gigantes; um de tais, sem dúvida,
é o de Henri Poincaré, considerado como o mais importante pesquisador da
Relatividade antes de Einstein.
Para nós, entrementes, Einstein se
agigantara como sendo o mais imponente teorizador relativístico e autor das
idéias mais brilhantes, coisas de sua genialidade, conquanto se discuta sobre a
autoria de sua famosa fórmula da conversibilidade da matéria em energia, e
vice-versa, da energia em matéria: (E=mc2). Mas, a bem da verdade, diga-se que,
no campo do Monismo, Pietro Ubaldi, em louvando a genialidade de Einstein, lhe
dedica preciosos escritos em seu famoso tratado de “A Grande Síntese” (PU –
1937 - Fundapu).
Isto pode ser constatado em seus
capítulos 34: ‘Quarta Dimensão e Relatividade’, bem como no 35: ‘A Evolução das
Dimensões e a Lei dos Limites Dimensionais’ desenvolvendo e ampliando
vastamente suas idéias; e, que eu me recorde, Ubaldi volta a tocar no assunto
em alguns capítulos de um outro seu destacado livro: “Problemas do Futuro” (PU
- Fundapu).
Mas, em nosso caso, estaremos
priorizando por aqui ideias bastante simples da teoria da relatividade, tal como
um ensaio despretensioso, ou, quem sabe, os primeiros passos para se
compreender, mais adiante, sua complexa matemática; conquanto, hoje, com a
Internet, com o simples clicar de um botão, se pode obter todo um vasto
material da famosa teoria e das comprovações científicas da mesma, da matéria,
da energia, e etc. e tal.
Assim, pois, e, sem muita
complicação, vamos às complexas ideias da relatividade, porém, como dito, com
ideias bem mais singelas e bem mais descomplicadas.
Ora, todos já ouviram falar do mais
genial e mais popular dos cientistas que a humanidade conhecera: Albert
Einstein, autor (e co-autor) da mais avançada concepção científica do Século
20. Mas de onde proviriam as ideias e descobertas, algumas delas tão
complicadas, do grande físico alemão? Que ferramentas de trabalho teriam sido
utilizadas pelo notável pensador? Seriam apenas as do pensamento lógico,
analítico e racional?
E responderia que não!
Pois que Einstein era dotado de uma sabedoria intuitiva muito profunda, uma sensibilidade ou uma
espécie de faculdade paranormal bastante desenvolvida, à qual se acoplara sua
inteligência de características formais, quiçá, mais além de tais.
Ora, quando nos abeiramos de mais
amplas realidades não nos bastam os costumeiros métodos de análise e
questionamento. E daí o emprego, de exploração do desconhecido, não só via
racional, em que sua mente genial se estruturava, mas também o emprego do
método subjetivo: mediúnico-espiritual. Nesse refinado processo, muito novo para a
Ciência, mas já conhecido do Espiritismo, dir-se-ia que Einstein era mais que
um gênio, pois que se alistava, também, como um médium intuitivo portador de avançados recursos psíquicos.
Portanto, não só com os atributos da
inteligência, mas especialmente com os poderes psíquicos de sua mente privilegiada houve o grande gênio de conduzir com
sucesso sua espantosa ‘Teoria’, cujos dados e informes, de modo simples e bem
compreensível a todos, veremos doravante.
Com efeito, na estrutura colossal da
Física Clássica (Issac Newton: 1643-1727)), vamos nos deparar, por exemplo, com
o Espaço tridimensional da geometria euclidiana: espaço imóvel e absoluto,
palco de todos os fenômenos físicos e naturais. E, em uma dimensão isolada,
flui uniformemente a dimensão Tempo, também absoluta, independente, sem
qualquer vínculo com o nosso Mundo.
O Espaço e o Tempo, pois, nesse
antigo modelo, são independentes, isolados da natureza e não incluem um
observador, ou observadores, em que, cada qual, terá uma determinada percepção
dos fenômenos ao seu redor; e, cada qual, evidentemente, irá fazer uma
específica descrição dos fenômenos observados consoante sua posição no espaço
donde se inclui um seu momento especial, ou temporal, na natureza ou lugar em
que se insere.
Com a Física Relativística, portanto,
Einstein demonstra que o Espaço, como o foi postulado por Newton, não é imóvel,
absoluto e tampouco tridimensional; e demonstra, igualmente, que não existe
qualquer fluxo universal de Tempo. Contestando princípios científicos
elementares, Einstein vai postular que todas as medidas de Espaço e de Tempo
são relativas, o que implica no fato de que cada observador, de modo subjetivo
descreverá, à sua maneira, coisas e fenômenos do seu meio de ação.
Assim, se a mecânica clássica é
ainda utilizada para certa ordem de fenômenos da experiência comum, ela vai
ceder espaços, entrementes, à Teoria Quântica bem como à Relatividade que, por
um sem número de razões vão fornecer, como já entrevisto, uma descrição mais
satisfatória da natureza ampliando as teorizações do antigo modelo e melhorando
nossa percepção da realidade.
Antes de Einstein, como já dito, os
cientistas conheciam algumas dessas relações, mas, ao que se saiba ninguém fora
capaz de investigá-las a fundo, de descobrir como tais relações e tais leis funcionam,
e, se acrescente, ninguém fora capaz de descrevê-las por equações matemáticas.
Com a teoria einsteiniana vamos descortinar um novo e completo sistema de leis:
de como o Tempo e o Espaço se vinculam, como podem ser medidos e corretamente
interpretados.
Experiências que revelam a
variabilidade do Espaço e a flexibilidade do Tempo aturdem a visão mecanicista
das coisas e avançam para concepções de ordem metafísica, transcendental.
E se os conceitos newtonianos ainda
são válidos para nossa realidade imediata, eles o deixam de ser para uma
multidão de outros fenômenos em que se questionam a validade daqueles
conceitos, sejam do nosso cotidiano mesmo ou dos fenômenos quânticos, ou,
ainda, da física dos corpos siderais, das estrelas e das galáxias.
Destarte, poder-se-ia dizer que
Relatividade é o modo como dois observadores diferentes hão de descrever de
forma pessoal, e particular, e, pois, de modo inteiramente diferente um mesmo
fenômeno enfocado.
E, isto, genericamente falando, é
relatividade.
Atribui-se a Einstein a jocosa
sentença:
”Quando você está namorando uma bela
garota, uma hora parece um segundo; e quando você se senta numa brasa, um
segundo parece uma hora: isto é relatividade”.
Assim, pois, simplificando ao
máximo, digamos que um observador ‘x’, imobilizado em um ambiente qualquer, e,
de olhos vendados, tenha a uns dez metros de si, fixado à sua frente, um enorme
objeto cubiforme. Contudo, o referido objeto apresenta apenas uma de suas faces
voltadas diretamente para os olhos do observador.
Retirando-se a venda de seus olhos,
e, por desconhecer que o grande objeto diante de si seja um cubo, dito
observador, ao examiná-lo como pode, descreverá em questão de segundos que o
referido objeto é bidimensional e por ter quatro lados iguais, define com
grande precisão: é um objeto de uma só face, ou seja, é um quadro de superfície
plana.
Um segundo observador ‘y’,
entrementes, situado numa posição privilegiada em relação àquele outro, mas
também vendado e imobilizado em seu ambiente, após lhe ser destapado os olhos
irá, também, examinar atentamente dito objeto à sua frente e vai descrever que
o mesmo possui três faces bem visíveis, é tridimensional e conclui
enfaticamente: trata-se de um cubo.
Assim, as especificações espaciais
do objeto em questão irão depender da posição do observador, sendo, pois,
relativas a ele. Mas também as especificações temporais são relativas e
dependem do observador.
Isto nos parece inverossímil quando
constatamos que eventos verificáveis ao nosso derredor vão chegar a cada qual,
individualmente, em uma mesma seqüência temporal passando-nos a impressão de
que observamos tais eventos instantaneamente, isto é, ao mesmo tempo em que
estes ocorrem. Ora, a velocidade da luz é de aproximadamente 300.000 km/s. É
tão elevada sua propagação pelo meio ambiente que vai proporcionar a idéia de
instantaneidade.
Mas a luz demanda algum tempo para
deslocar-se do evento ao observador, possibilitando a percepção visual do
fenômeno.
Por aí se deduz que observadores
diferentes, sejam situados a longas distâncias, sejam deslocando-se a grandes
velocidades, ordenarão, cada qual deles, diferentes seqüências temporais de um
dado evento, especialmente quando tais velocidades se aproximam da velocidade
da luz, originando-se, daí, resultados significativos da relatividade do tempo.
Esclareçamos com novos exemplos!
Como se sabe, a luz do Sol vai
demorar oito minutos para se deslocar do seu foco de origem à Terra; assim
todas as vezes que olharmos para o Sol, nós o estaremos vendo como ele era há
oito minutos atrás. Isto quer dizer que observadores locados em Mundos
distantes do nosso Sistema Solar haverão de perceber o nosso Sol, ou, nossa
estrela, como ela era há muitos anos atrás.
Da mesma forma que, com poderosos
telescópios, podemos hoje observar outras estrelas, porém, como elas eram a
milhares ou a milhões de anos passados em função das distâncias astronômicas
que nos separam, pois sua luz, viajando a 300.000 km/s pelos espaços cósmicos,
só agora vai nos atingir e impressionar nossos sentidos.
Por conta disso, o que ocorre em um
dado instante para um observador, poderá ocorrer antes ou depois para outros
observadores, eliminando-se a possibilidade de falarmos de um “determinado”
fenômeno em um “dado instante”, de forma absoluta, tendo em vista a
relatividade das coisas e de tudo o mais.
Ou seja:
Tudo está relacionado a um
observador específico, seus modos de ver, sua situação no espaço, a distância
que o separa do evento em questão, de tal forma que: diferentes distâncias
espaciais haverão de proporcionar diferentes extensões de tempo provando que
uma distância espacial, para certo observador, pode transformar-se em intervalo
de tempo para outro, possuindo, pois, espaço e tempo, a mesma natureza
geométrica.
O que implica dizer que no modelo da
Física Relativística, o nosso universo não comporta apenas as três dimensões
conhecidas do espaço tridimensional, e sim quatro, pois teremos a coordenada
‘tempo’ integrando um continuum quadridimensional: o espaço-tempo.
Mas vejamos ainda outras
conseqüências relativísticas.
A velocidade, por exemplo, provoca
alterações nas medidas do espaço e do tempo, como também nas do comprimento e
da massa de qualquer objeto.
Ao passo em que se lhe imprime
velocidades, sua massa sofre um aumento e o seu comprimento se contrai na
direção do seu movimento, tornando-o cada vez menor. Isto é, todas as medidas
de espaço, de tempo, e também de comprimento e de massa de qualquer coisa, são
afetadas pela velocidade. Tais medidas, pois, se apresentam como grandezas
elásticas, flexíveis e não fixas e invariáveis, o que é um desafio tremendo
para a lógica habitual do nosso raciocínio por mostrar que o espaço, por
exemplo, é variável, e, o tempo, flexível.
Ou seja: o ‘espaço’ poderá ser maior
ou menor e o ‘tempo’ poderá sofrer uma distensão ou um encurtamento desde que
certas circunstâncias o permitam.
Note a visão de Cosmos radicalmente
nova imposta pela Relatividade.
Ela modifica conceitos arraigados de
matéria, de espaço, tempo, luz, leis de causa e efeito, e etc., vindo a abalar
as mais firmes convicções do nosso cotidiano e “colocando em falso” o imponente
modelo da Física Newtoniana. Mais ainda: já vimos que a Relatividade vai
acrescentar outra coordenada aos padrões usuais de comprimento, largura e altura
compositores que são da nossa realidade comum representada pelas coisas e
objetos de natureza tridimensional.
E, assim, substituindo a Teoria da
Gravitação de Newton pela Teoria de um Campo Gravitacional no continuum
espaço-tempo, Einstein, com sua Física Intuitiva, vem dar nova luz ao complexo
problema sideral, demonstrando, até onde fosse possível, uma nova e
revolucionária concepção do Universo em que vivemos.
Ao ser questionado sobre como
chegara ao ápice da renomada Teoria, cujos dados foram sendo provados, e
proclamados, paulatinamente, de tempos em tempos, Einstein contou que a obteve
em uma determinada noite através de uma visão quando, perante problemas tão obscuros e tão insondáveis da
natureza, desenhou-se, à sua frente, com impressionante precisão, a imagem
perfeita do cosmos num plano grandioso, com sua complexa estrutura e os
numerosos corpos celestes orbitando pelo espaço sideral.
Contemplando aquela fantástica visão, ele readquiriu a paz, a certeza de que andava no caminho
certo de suas teorizações, de estudos e ideias que passaram a ocupar sua mente
muito tempo antes e que foram se consolidando com uma série de publicações
científicas em 1905, que compuseram a Relatividade Especial; bem como por
outras sucessivas e destacadas publicações, para culminar, em 1915, com os
estudos da Relatividade Geral.
Mas esta última, por abordar
complicados mecanismos da gravidade e do espaço-tempo com curvas, falta ainda
maior confirmação. Mas de qualquer forma, os princípios estabelecidos por
Einstein permanecem como os novos pilares do conhecimento moderno enfeixando
estudos nucleares, astrofísicos e cosmológicos.
Como cientista: Einstein
revolucionou os limites da pesquisa científica, extrapolando o império dos
cinco sentidos, pois penetrou os domínios do transcendental e ressaltando, quiçá
sem o saber, a comunicabilidade mediúnica, coisas de ordem espiritual.
Chegara a afirmar que:
“O único caminho para a descoberta
das Leis elementares do Universo é o da intuição”.
E, como homem: Einstein foi um indivíduo
inigualável, que jamais deixou de lutar pelas causas humanitárias e pacifistas.
Até podia ser um cético no tocante à existência da Alma, de suas transmigrações
e de sua precedência ao corpo físico; mas concebia algo do Supremo, pois
deixara escrito que:
“Deus é a Lei e o Legislador do
Universo”.
Einstein, pois, deixou transparecer
inigualável riqueza interior em conúbio mediúnico, como visto, com a
transcendente sabedoria, divulgando e desenvolvendo uma das mais elegantes e
fantásticas teorias do nosso tempo, ampliando nossas noções físicas e
extra-físicas da grande realidade universal.
Logo, a Ciência moderna, com
Einstein, e com muitos outros estudiosos, destruíra o materialismo com o
conceito de que: matéria é energia condensada, conversíveis entre si: (E=mc2);
sendo o Homem, pois, um complexo biológico dirigido por uma forma de energia
ainda mais complexa e, pois, desconhecida; ou seja: a Consciência; ALGO, como
dito, ainda mais refinado, (pois: ‘pensante’), que a energia de tais conceitos
físicos, propriamente falando.
================================
Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo Em Evolução;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Espiritismo: Queda e Salvação;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese
do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio.
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
...............................................
Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br
.........................................................................