LEGADOS DE KARDEC E ROUSTAING
ITEM 1:
Legado de Kardec:
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Sabe-se que o Espiritismo representa a Doutrina dos Espíritos
Superiores, tendo sido Allan Kardec o seu organizador doutrinário, ou seja: o
missionário codificador do Espiritismo como promessa de Jesus de nos enviar o
Consolador, o Espírito da Verdade que nos recordaria tudo quanto Ele mesmo
havia dito e feito, e mais: que ficaria eternamente conosco.
Logo, quando se estuda suas obras mais importantes, ou seja: a Codificação
Espírita organizada em cinco volumes principais – “O Livro dos Espíritos”, “O
Livro dos Médiuns”, “O Evangelho”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”, e mais os
doze volumes da “Revista Espírita” - é possível sim separar-se as coisas e
notar, com muita clareza, que Kardec atuara muito mais como um cientista, um
observador e analista dos fatos espiríticos, e não como um crente acordeirado
(ingênuo) que tudo acata das coisas sem uma análise mais fria e mais
racionalista do que se observa.
Assim, é possível ver que, para as coisas não observáveis e sem
provas mais contundentes, ou seja, para aspectos doutrinários de cunho tão só
filosóficos, de suas causas e de suas origens, Kardec, com lucidez razoável,
preferia não acatá-las, alegando que tais coisas estão nos segredos de Deus e
que, portanto, só se podem criar, sobre tais, teorias, sistemas mais ou menos
corretos que, de sua parte, estarão por aguardar a obra do tempo para nos dar
mais rigorosa e mais precisa solução.
Neste sentido, sobretudo, se pode destacar a posição científica do
Codificador, de não passar o carro na frente dos bois, e sim, de aguardar-se
que novos informes e novos estudos venham a confirmar-se por fatos e não por
conjeturas sejam elas de quem quer que sejam; mesmo dos seus superiores
hierárquicos, ou seja, dos Espíritos que ditaram Sua Obra, porém, organizada,
literariamente, por Allan Kardec.
Logo, Kardec fora sim: um cientista espírita algo incrédulo de
certas informações ditadas pelos seus Maiores que, por sua vez, se tal medida
lhe trouxera alguma vantagem no campo científico, também lhe minimizara os
aprofundamentos filosóficos, tornando-o distante das grandes sínteses unificadoras,
cuja lógica e matematicidade intrínsecas retratam sua verdade universal.
O Kardecismo, pois, no sentido científico da palavra, ou seja, de
Ciência Espírita criada por Kardec, se repete ainda hoje, e se repetirá por
alguns séculos adiante, pois estivera sendo copiada - conquanto algo modificada
em seus métodos - pela Metapsíquica, pela Parapsicologia e por muitos estudiosos
do nosso tempo tais como: Hamendras Nat Banerjee, Ian Stevenson, Hernani
Andrade e outros tantos que investigaram e ainda investigam a realidade do
Espírito e de suas transmigrações (reencarnações) pelos Orbes universais.
Logo, Kardec atuara como cientista na proposição de suas teses,
suas teorias respaldadas pela verdade dos fatos, e não como filósofo
especificamente, que, como tal, produziria obra mesclada por fatos comprovados
e por outros ainda não suscetíveis de comprovação, que fora, aliás, como livre
pensador, uma escolha das mais acertadas em face da incredulidade científica do
seu tempo que descambava para um materialismo insensato e opressor da ética e
moralidade humanas.
Neste nível mesmo, pois, dir-se-ia que Allan Kardec paralisara sua
pesquisa nos termos precisos da:
1-Comprovação da existência de Deus pelos efeitos de Sua obra: não
há efeito inteligente sem uma causa inteligente. Dizia que: “desde a
organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até à
Lei que rege os mundos que circulam no espaço, tudo atesta uma ideia diretora,
uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as
combinações humanas. A causa é, pois, Soberanamente Inteligente”; e mais:
2-Comprovação do Mundo Espiritual, do seu estado, dos seus costumes,
e etc., e, portanto, dos seus habitantes: os Espíritos humanos e, pois,
sobreviventes aos despojos de sua corporeidade física; e mais ainda:
3-Comprovação de suas transmigrações, ou seja, de tais Espíritos que,
afinal, somos nós mesmos, via reencarnação.
Nisto, pois, se paralisara as comprovações do cientista Allan
Kardec que se mostrara algo desinteressado das informações prestadas por esta
plêiade de Espíritos que ditaram Sua Doutrina, aliás, Doutrina Superior,
Cósmica e Universal tal como o Código de Ética Divina contido no Evangelho de
Cristo Jesus.
Allan Kardec, pois, se mostrara muito mais como cientista, e, na
contrapartida, muito menos como filósofo ao descrer da possibilidade do
Espírito humano ter suas raízes plantadas e originadas nos Seres inferiores da
criação; opinião que levara adiante até o fim de sua vida, pois que, em sua
última obra alegara:
“Sem, pois, procurar a origem da Alma, e as fieiras pelas quais pôde
passar, nós a tomamos em sua entrada na Humanidade, no ponto em que, dotada do
senso moral e do livre-arbítrio, ela começa a incorrer na responsabilidade de
seus atos”. (Vide: “A Gênese” – 1868 – AK).
Logo, conquanto discutisse a questão, patenteia-se o fato de Kardec
não procurar a origem da Alma, de admiti-la, pois, apenas e tão-só no campo das
Humanidades; o que difere, e muito, do Espiritismo, ou seja: dos Ensinamentos
dos Espíritos Superiores que preconizaram a Alma como uma Entidade, ou, um Ser
espiritual em progressos nos mais diversos reinos da natureza, ou seja, ‘do
átomo ao arcanjo’, e, pois, passando pelo homem, evidentemente.
Mas disseram muito mais: que somos todos nós, de todos os planos da
natureza, (do átomo ao arcanjo), somos todos nós, em nossa origem, um Espírito
Puro e Consciente (EPC) que, por sua própria deliberação, falhara ou sucumbira
para com os planos de Deus, e, pois, decaíra na condição de Espírito Simples e
Ignorante (ESI), para, então, nas normas evolutivas e redentoras dos Mundos
siderais, consolidar o retorno aos planos de sua origem espiritual.
Logo, por escolha sua, e, como é do seu direito, Kardec preferira
não se embrenhar por tais caminhos preferindo uma postura mais científica, porém,
mais cômoda, apesar dos prejuízos de ser menos filosófica ausentando-se das
grandes sínteses universais ministradas pelos nossos Maiores da Superior e
Divina Espiritualidade.
Assim, pois, Kardec é, em sua postura científica, didática, e, mais
ainda, como Ser humano, uma pessoa suscetível de falha como qualquer um de nós,
conquanto se respeite sua digníssima missão.
Logo, não somos dos que escondem os fatos, ou seja, da condição
humana do Sr. Kardec, de suas falhas, como, por exemplo, as constantes da
“Revista Espírita” de Abril de 1862, sobre a questão das raças humanas, que,
aliás, são posições suas, equivocadas, pois somos todos da raça humana, e, o
Espiritismo, muito mais vasto, e, muito superior às posturas erradas de Kardec,
já dizia em ‘Prolegômenos’ de “O Livro dos Espíritos” (1857):
“Ocupa-te com zelo e perseverança no trabalho que empreendeste com o
nosso concurso. Nele pusemos as bases do novo edifício que se eleva e deve um
dia reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e de caridade”. (Opus
Cit.).
Isto, pois, do Espiritismo, ou seja, dos Espíritos Superiores, já
derruba aquela posição equivocada do Sr. Kardec sobre as raças humanas,
inferiores e/ou superiores, pois que somos irmãos de uma mesma raça: a humana:
que deveremos, mais ou mais tarde, nos reunirmos ‘num mesmo sentimento de amor
e de caridade’, sem distinção de raças, culturas, etnias ou cores.
No que, infelizmente, falhara o Sr. Kardec.
Logo é preciso se tome a medida racional, distintiva, e,
urgentíssima, de que há sim:
-Kardecismo: de ideias e posturas mais ou menos corretas do Sr.
Allan Kardec;
E, obviamente, do:
-Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores.
Como já visto e já alertado em nosso 16º. e.Book de título:
‘Kardecismo e Espiritismo’ para que se coloque as coisas em seu justo e
específico lugar que lhes competem na:
-Ordem Humana, (Kardec), e na Ordem Metafísica, (dos Espíritos
Superiores).
Ou ainda, da:
-Sociedade Terrena, (Kardec), e da Sociedade Cósmica, Ética e Universal
em Cristo-Jesus, (repetimos: dos Espíritos Superiores, ou seja: do Espiritismo).
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ITEM 2:
Legado de Roustaing:
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A importante obra de “Os Quatro Evangelhos” (1866 - Feb), da mediunidade
altaneira de Mme. Collignon, e, organizada pelo cultíssimo Jean Baptiste
Roustaing, se fundamenta na ‘Trilogia Codificada’ de Kardec constante dos
tratados de:
-“O Livro dos Espíritos”;
-“O Livro dos Médiuns”; e:
-“O Evangelho Segundo o Espiritismo”...
Como já vimos em diversos textos e e.Books de nossa modesta autoria.
Mas, apenas para reafirmar conceitos, tratemos de relembrar tais pontos e tais
preceitos comprobatórios.
Ora, no que se fundamenta a obra de Roustaing?
No conceito fundamental de que Jesus, quando estivera dentre nós:
os terrícolas, ele não portara um corpo de carne e osso tal como os de nossa
constituição biológica; mas sim: um corpo de “carne relativa”, ou seja, um
veículo instrumental superior, um veículo que, em ultramoderna concepção, se
poderia denominá-lo: “corpo quântico”, pois que estruturado por energias e
forças que permitiriam ao Mestre sua desmaterialização e recomposição quando
assim ordenasse sua poderosíssima Vontade.
Ora, Espíritos Puros como Jesus: não reencarnam!
E o próprio:
-“O Livro dos Espíritos” (1857 - AK) assim o diz no Item 113,
alegando que tais Espíritos não mais se sujeitam a reencarnação em corpos
perecíveis, o que expressa, noutros termos, que o corpo de Jesus teria sido
diferente dos nossos corpos carnais.
Já, o segundo livro de Kardec:
-“O Livro dos Médiuns” (1861 - AK), Segunda Parte, Capítulo 6, ao
informar que:
“O Espírito quer ou pode aparecer revestido, algumas vezes, de uma
forma ainda mais nítida, tendo todas as aparências de um corpo sólido, a ponto
de produzir uma ilusão completa e fazer crer que se está diante de um Ser
corporal. Em alguns casos, enfim, e sob o império de certas circunstâncias, a
tangibilidade pode tornar-se real, quer dizer, se o pode tocar, apalpar, sentir
a mesma resistência, o mesmo calor como da parte de um corpo vivo, o que não
impede de se desvanecer com a rapidez do relâmpago”;... (Opus Cit.).
É óbvio, claro e patente, que tal possibilidade, implica no fato de
que Jesus, modo igual, e, pois, com muito maior potência de suas faculdades,
poderia, como o fizera, ter se utilizado de tal para a Sua manifestação dentre
os terrícolas; o que se confirma, por exemplo, com informações de Espíritos
elevadíssimos das mais renomadas obras do Século 20, obras, pois, de Francisco
Cândido Xavier, de Divaldo Pereira Franco, de Hernani T. Sant’Anna; e etc.
E, por sua vez, o terceiro livro da codificação kardequiana:
-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 - AK), Capítulo 3, modo
igual, também se refere aos corpos dos Espíritos de Mundos Superiores, corpos,
obviamente, similares ao que Jesus usara para sua manifestação quando de sua presença
física dentre nós, para o cumprimento de sua Missão redentora dos Espíritos
humanos.
Logo, a ‘Trilogia Codificada’ por Kardec confirma a obra de
Roustaing, ambas do Século 19; bem como se confirma pelas mais diversas e mais importantes obras do
Século 20.
E, até mesmo quando a obra de Roustaing: “Os Quatro Evangelhos”
(Feb) se refere aos criptógamos carnudos, cujos invólucros grosseiros se
arrastam pelos Mundos primitivos, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 -
AK), Capítulo 3, também alude a tais Seres inferiorizados que, em expiação, se deslocam
”penosamente sobre o solo” de tais Mundos.
Eis, pois, mais um grande legado do Século 19 de Allan Kardec: a
magnânima obra de Jean Baptiste Roustaing que, por desconhecê-la, e, não
estuda-la, alguns espiritistas modernos, em sua ortodoxia, a condena
por ouvir dizer, e, por completa ignorância da mesma.
Santa ingenuidade e falta de estudos mais precisos, e, pois, mais
consistentes!!!
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FINALIZANDO
COM UM GRANDE ABRAÇO
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Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados na Web-Artigos e em seu blog abaixo transcrito.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
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Blog: Filosofia do Infinito
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Vamos conversar sobre Espiritismo. Talvez dê certo.
ResponderExcluirTenho também um blog
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Saudações fraternas