Fernando Rosemberg Patrocinio
(36º. e.Book)
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O LIVRO
DOS ESPÍRITOS
:
(Níveis Filosóficos)*
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Nota do Autor
Advertência de Kardec
Nossa Breve Introdução
Maiêutica dos Níveis Filosóficos
Palavras do Evangelho
Reminiscências do Paraíso
Bibliografia
Relação Nossos e.Books
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( * ) Nota do Autor: referido opúsculo digital é parte integrante
de uma ‘Trilogia’ de e.Books que levam os seguintes títulos:
-“O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual”;
-“O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo”; e este:
-“O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos”.
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Advertência de Kardec
“O Livro dos Espíritos não é um tratado completo de Espiritismo;
apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver
sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” –
Allan Kardec - Julho de 1866).
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NOSSA BREVE INTRODUÇÃO
Com tal e.Book, o 36º. de
nossa modesta coleção, estamos a completar uma ‘Trilogia’ no tocante ao
‘Tratado Principal’ dos Sábios Amigos da Espiritualidade: “O Livro dos
Espíritos” (1857 - AK). Obra que resume o Espiritismo, ou, o que se concebe, no
Mundo terreno, como Doutrina dos Espíritos Superiores.
Sendo que o presente
volume, dos ‘Níveis Filosóficos’, o preferimos divulgar na forma maiêutica, de
perguntas e respostas em que tais, sendo mui simples e mui fáceis de entender,
vem permitir, ao prestigioso leitor, uma pronta familiarização com o mesmo, o
que não despreza, em tempo algum, que o referido leitor o pesquise e o compare
em sua base mesma, ou seja, em “O Livro dos Espíritos” (1857 - AK), pois aqui estaremos
a vê-lo de modo breve tal como uma sua rápida introdução filosófica, porém, de
ordem multifacetária.
E o fato é que: dita ‘Trilogia’,
está a indicar a complexidade do referido “Livro dos Espíritos”, sendo que o
presente e.Book estará a descreve-lo por ‘Níveis Filosóficos’ a que denomino ‘A’,
‘B’ e ‘C’, estando neste último, o de Nível ‘C’, uma sua compreensão máxima, ou
seja, do que se confirmara, sobejamente, nos Séculos 19 e 20 de nossa
trajetória evolutiva que se distingue por: cognitiva, espiritual e, sobretudo:
moral.
Assim, pois, distinguem-se,
dentre outros, três Níveis de sua compreensão doutrinária estabelecida,
positivamente, na prática, pelos próprios espiritistas e seus parâmetros
perceptivos:
-Nível Filosófico ‘A’: a
um Plano Menor;
-Nível Filosófico ‘B’, a
um Plano Mediano; e, por fim:
-Nível Filosófico ‘C’, a
um Plano Maior.
E isto pelo fato de nos
encontrarmos em evolução psíquica e doutrinária, sendo uns, pois, mais
avançados que outros, e, assim, sucessivamente, numa escala “quase infinita”,
até Deus.
Daremos maiores
informações do que postulamos introdutoriamente no decurso mesmo do referido e
modesto e.Book., ok?
O humilde autor: assim
como Você: Leitor.
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MAIÊUTICA DOS NÍVEIS
FILOSÓFICOS
Pergunta 1: O que é o
Espiritismo?
Cumpre-nos, de início, informar
que o Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos Superiores, nascera com a
produção do seu livro principal, ou seja: “O Livro dos Espíritos” (1857). Sendo
o seu organizador, no plano terreno, a pessoa de um renomado pedagogo: Allan
Kardec, que encontrara farto material relativo às mesas girantes, e, pois, à mediunidade,
às suas instruções, sendo que, a partir daí mesmo, se embrenhara pelo novo campo
de estudos que se abria para os mais diversos pesquisadores terrenos.
E, Kardec, com tanto
material que viera a ter em suas mãos, publicara diversos livros, dentre tais:
a ‘Codificação Espírita’ que se compõe de cinco (5) opúsculos fundamentais e,
portanto, relativos ao fenômeno mediúnico e das instruções daí decorrentes em
que destaca o aprimoramento moral da criatura humana, do seu Espírito
palingenésico, e, por isto, imortal.
P2: Seria, por aí, toda
uma nova Ciência, não?
Sim, toda uma nova
Ciência que abrange aspectos experimentais, filosóficos e morais, uma Ciência,
pois, genuinamente espírita que, ao plano exclusivo da obra de Kardec, se pode
denominar - mas não sem objeções - como Kardecismo. Mas peço especial atenção
para a Pergunta-26 de logo abaixo, e sua respectiva Resposta, onde o Espírito
de Kardec, numa comunicação mediúnica a ele atribuída, considera tal Ciência um
tanto obsoleta e desusada. No que concordamos. (Vide nosso e.Book: “Ciência
Espírita: Tese Informal”).
P3: Haveria, pois,
Espiritismo e Kardecismo?
Sem dúvida que sim.
Porém, alerte-se que:
-Kardecismo, como Ciência
de Kardec, trata-se de um bloco de estudos, de experiências e conclusões do seu
promotor que, sem querer depreciá-lo, trata-se de um conjunto algo obsoleto e
bastante exíguo se comparado com a grandeza do:
-Espiritismo: Terceira
Revelação da Lei de Deus, ou, como se sabe e se divulga: Doutrina dos Espíritos
Superiores.
P4: Mas por que exíguo?
Se compararmos as
conclusões de Kardec com o Espiritismo mesmo, ver-se-á, com clareza, que tais
diferenciações saltam aos olhos de quaisquer observadores mais espertos, sensatos
e coerentes. Porém, no meb (movimento espírita brasileiro), há uma confusão, sobretudo
para os mais desatentos, de que tudo é uma coisa só, quando assim não é!
Ora, estudem mais, façam
o aprofundamento da questão e verão que há distinta diferença dentre tais, ou
seja: entre o Kardecismo e o Espiritismo, conquanto pareça uma coisa só, quando
não é.
P5: O que concluíra
Kardec, ou, o Kardecismo?
Se pudermos destacar em
três itens, diríamos que Kardec chegara às seguintes conclusões:
-Comprovação da existência de Deus pelos efeitos de Sua obra: não
há efeito inteligente sem uma causa inteligente. Dizia que: “desde a
organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até à
Lei que rege os mundos que circulam no espaço, tudo atesta uma ideia diretora,
uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as
combinações humanas. A causa é, pois, Soberanamente Inteligente”; e mais:
-Comprovação, pela mediunidade, do Mundo Espiritual, do seu estado,
dos seus costumes, e etc., e, portanto, dos seus habitantes: os Espíritos
humanos e, pois, sobreviventes aos despojos de sua corporeidade; e mais ainda:
-Comprovação de suas transmigrações, ou seja, de tais Espíritos que
somos nós mesmos, via reencarnação.
Nisto, pois, se paralisara as comprovações do cientista Allan
Kardec que, como já visto, se repete ainda hoje com renomados pesquisadores e
parapsicólogos estudiosos da questão que nunca o desmentiram, mas tão só o
comprovaram e até mesmo com a descoberta do perispírito que é a base de campos
biológicos.
P6: O que já é muito não é
mesmo?
Depende do ponto de vista:
para um cientista mundano e cético, tal questão, das descobertas de Kardec, é bem
considerável; mas acrescentariam ser pouco crível; e, para um religioso
dogmático, ele diria tratar-se de uma heresia por não se admitir a reencarnação;
mas para um indivíduo portador de crenças orientais, tais como o budismo, o
taoísmo, e etc., referida descoberta de Kardec é irrelevante, pois tal indivíduo
já sabe disto há milênios e milênios, e etc., etc. e tal.
P7: Como resumiria as
descobertas de Kardec?
Pode-se tudo resumir
pelas palavras dele mesmo que, após discursar sobre a existência positiva de um
Criador, da Palingenesia e, portanto, da Alma, ou, do Espírito humano, Kardec
para por aí e trata de não procurar a origem das coisas que, para ele, estão
nos segredos daquele mesmo Criador. E reitera:
“Sem, pois, procurar a origem da Alma, e as fieiras pelas quais
pôde passar, nós a tomamos em sua entrada na Humanidade, no ponto em que, dotada
do senso moral e do livre-arbítrio, ela começa a incorrer na responsabilidade
de seus atos”. (Vide: “A Gênese” – 1868 – AK – Ide).
Logo, com as palavras sentenciais de que: “nós a tomamos (Alma ou
Espírito) em sua entrada na Humanidade”, Kardec se restringe ao fato de que
considera a Alma ou Espírito apenas ao plano dos homens, desconsiderando a Alma
ou Espírito evoluindo e transitando pelos mais diversos reinos da natureza, ou,
como reiterara o Espiritismo: “do átomo ao arcanjo”.
Assim, por escolha sua, e, como é do seu direito, Kardec preferira não
se embrenhar por tais caminhos – conquanto os discutisse - ou seja, da origem
da Alma, adotando uma postura mais científica e menos filosófica, ausentando-se,
pois, das grandes sínteses universais ministradas pelos nossos Maiores, ou seja,
pelo Espiritismo: Doutrina - e torno a repetir - dos Espíritos Superiores.
P8: De tal ponto de vista,
Kardec...
Vejo que o Kardecismo, ou
seja, os dados por ele positivados se podem compreender como uma espécie de:
-Nível Filosófico ‘A’;
nível, pois, concernente à existência de um Criador e do Espírito humano que se
ascensiona, paulatinamente, vias palingenésicas; mas Kardec, como vimos, não se
ocupa de sua origem.
Trata-se, pois, de um
Nível Filosófico básico, que se pode considerar, pelo menos em tese, como do tipo
‘A’, se achando um tanto apartado das instruções dos nossos Superiores: os
Imortais da Espiritualidade que ministravam, com zelo, e também com certa profundidade,
sua Admirável Doutrina, ou seja: o grandioso:
-Espiritismo = Doutrina
dos Espíritos Superiores.
P9: Que profundidade?
A que se pode compreender
por mais dois lances sucessivos e acima do referido Nível ‘A’, ou seja: os Níveis
Filosóficos ‘B’ e ‘C’.
P10: Sendo tais Níveis...
No Nível Filosófico ‘B’: nós
destacaríamos que os Espíritos Superiores mencionaram a origem da Alma humana,
ou, do Espírito palingenésico, desde arcanos da materialidade, ou seja, nossa
evolução se daria: ‘do átomo ao arcanjo’.
P11: E, no próximo?
Para o Nível Filosófico ‘C’:
Nível, pois, superior aos demais, os Espíritos Sábios informaram que nossa
origem é mais distante ainda, ou seja, ela se dá no Mundo Espiritual mesmo num
processo que, hoje, se confirma como ‘Complexo Fenomênico
Involutivo-Evolutivo’. Mas é lógico que os Espíritos Reveladores, na obra de
sua organização com o codificador terreno, foram um tanto lacônicos com relação
a este Nível.
Mas, ainda assim, não
deixaram de esclarecer, e, de alguma sorte, informar alguma coisa relativamente
a tal, ou seja, do nosso afastamento de Deus (por involução) e do nosso retorno
a Ele (por evolução), tal como consta das instruções dos Sábios Espíritos de
Lammenais e de Platão no Item 1009 de “O Livro dos Espíritos” (1857 - AK), bem
como em instruções anteriores como já visto e citado nos e.Books constantes da presente
‘Trilogia’.
P12: Do que se depreende
que?
De tais informes mesmos, ou
seja, da obra de Kardec e dos Espíritos Superiores, surgem os referidos Níveis Filosóficos
‘A’, ‘B’ e ‘C’, dentre outros, dos espiritistas de nossa atualidade, ou seja,
de mentalidades específicas, onde, e quando, um evolve para o outro, sendo o
‘C’, o mais amplo, mais alto e mais completo de tais Níveis ou Modelos de Compreensão
Doutrinária.
Mas tudo é relativo, nos
situamos entre a matéria e o espírito e damos preferência doutrinária ao que
nos pareça mais simpático, mais lógico e racional, quando, repito, nos situamos
na dinâmica evolutiva de tudo, estando longe, como é evidente, das coisas
eternas e imutáveis.
P13: No Nível Filosófico
‘A’, então?...
De tal Nível Filosófico
‘A’: temos os espiritistas que se prendem mais às instruções de Kardec do que do
Espiritismo propriamente falando. Eles defendem justamente o que o codificador
dissera linhas atrás no Século 19 e constante de “A Gênese, os Milagres e as
Predições” (AK), não compreendendo, pois, a origem do Espírito desde condições
mais ínfimas da matéria, ou seja: ‘do átomo ao arcanjo’.
E, por tal mesmo, temos o
seu degrau de mentalidade um tanto mais acanhado, restrito, e, portanto, de
reduzida compreensão do que fora ministrado pelos nossos Maiores, ou seja, os
Espíritos Superiores que sintetizaram sua Grandiosa Doutrina em “O Livro dos
Espíritos” (1857 - AK).
P14: E, no próximo?...
No Nível Filosófico B: vemos
tratar-se daqueles cuja mentalidade vê e acata algo mais, ou seja: ‘do átomo ao
arcanjo’, pois que Deus nada faz de inútil, e, pois, tudo tem sua serventia ao
plano em que labora. E, portanto, o átomo, sua grande família do Hidrogênio ao
Urânio, suas aglomerações constituindo a matéria sólida dos Mundos universais,
tudo isto tem sua utilidade, sua função e seu trabalho, ao mesmo tempo em que,
progredindo-se, passa-se de uma coisa à outra por maturação (ou evolução) que
se dá, pois, do nível atômico ao biológico: vegetal e animal, e, por fim,
consciencial, até o ‘arcanjo’ da Instrução Superior dos Sábios Amigos da
Espiritualidade.
E, como refere o Espírito
André Luiz:
“Do Hidrogênio, às mais
complexas unidades atômicas, é o poder do espírito eterno a alavanca diretora
de prótons, nêutrons e elétrons, na estrada infinita da vida”. (Vide:
“Libertação” – F.C.Xavier - Feb).
P15: Trata-se de um Nível
mais abrangente...
Cujo entendimento se
ascensiona ainda, ou seja, para o Nível ‘C’, do referido ‘Complexo Fenomênico
Involutivo-Evolutivo’.
P16: E tal Nível ‘B’,
pois, se prepara para o...?
Nível Filosófico C! Que,
por sinal, está tão bem descrito por “O Livro dos Espíritos” (1857 - AK),
conquanto os espiritistas dos Níveis Filosóficos ‘A’ e ‘B’ faça pouco caso, ou,
nada entenderam da questão, pois sua mente não vê além do que pode ver e entender.
E, pois, é preciso dar tempo ao tempo, porquanto: o inferior não compreende o
seu superior; mas este o compreende e o auxilia em seu desenvolvimento
espiritual, intelectual e moral.
P17: Isto não é prova da
evolução?
Sim, e, pois, dos mais
diversos níveis psíquicos da humanidade terrena, tal como fora estudado por
Piaget, por André Luiz e Pietro Ubaldi, sendo tais, de tão distintas áreas,
porém, de mesmas conclusões gerais, ou seja, doutrinais, filosóficas e
científicas.
Para Piaget temos a
mentalidade pré-Lógica, a Concreta e a Inteligência das Operações Intelectuais
Formais. E, para André Luiz, a Inteligência Instintiva, a Racional e, por fim,
a Superconsciência; sendo que tais muito se aproximam das requisitadas por
Pietro Ubaldi que as cita como: Consciência sensória, racional analítica e, por
fim: intuitiva sintética, que avança, ainda, rumo a planos inexplorados de
nossa inteligência.
P18: O que diria, ainda, do
Nível Filosófico ‘B’?
Que o mesmo se destaca,
sobretudo, na Questão 540 de “OLE”, de seguinte resumo:
...Ӄ assim que tudo
serve, que tudo se coordena na natureza, desde o átomo primitivo até o
arcanjo, pois que, ele mesmo, começou por ser átomo. Admirável Lei de
Harmonia do qual vosso acanhado Espírito não pode ainda compreender o
conjunto”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – AK – 1857).
Mas ressalto que, apesar
da referida questão, do Nível Filosófico ‘B’, ir mais a fundo que o Nível ‘A’,
ela já se reporta a algo mais profundo ainda, ou seja, ao Nível Filosófico ‘C’,
pois alude, com todas as letras, que o referido Nível ‘B’ ainda não é o mais
amplo e o mais completo de tais, pois que o nosso acanhado cogitar:
“... não pode ainda
compreender o conjunto”. (Opus Citado).
P19: Ou seja: do próximo
Nível ‘C’?...
Penso que sim: que se
trata, indubitavelmente, de tal Nível Filosófico ‘C’ constante, sobretudo, da
Introdução, das Questões 167, 621, 676 e, finalmente, da Questão 1009 com os
referidos e Sábios Espíritos de Lammenais e de Platão, e tudo, como já dito, de
“O Livro dos Espíritos” (AK) de que estamos tratando.
P20: De fato, tal “Livro”
(AK) é bem complexo...
Afirmo que “O Livro dos
Espíritos” (AK – 1857) é um grande desconhecido dos próprios espiritistas,
mesmo dos que se auto-proclamam “intelectuais”. O que é compreensível em face
de uma Doutrina ‘tão simples e tão complexa’, e estando, ainda, suscetível de
novos e mais amplos desenvolvimentos, pois, como já dito: trata-se do início da
‘Ciência do Infinito’, que, para a sua mais dilatada compreensão está a depender
dos avanços do Homem, do seu Espírito que, de modo incessante, vai consolidando
avanços e progressos doutrinais concomitantes.
P21: Falaria mais da Queda
no referido “Livro”?
Tais se acham em pelo
menos sete Itens de “O Livro dos Espíritos” (AK), que cito: na Introdução e nas
questões 122, 167, 262, 621, 676 e, finalmente, na questão 1009, com instruções
dos Espíritos Sábios de Lammenais e de Platão; tais são, de modo indubitável,
exceto para os de Níveis Filosóficos mais baixos, itens a favor da Queda
Espiritual, ou, ainda, como queiram: do ‘Complexo Fenomênico
Involutivo-Evolutivo’. (Vide demais e.Books de nossa ‘Trilogia’).
P22: ‘Complexo Fenomênico’
ou Queda Espiritual?
Com a Queda temos o seu
oposto de Salvação, ou, de Redenção, ou, de Evolução Espiritual, que, afinal,
constituem o ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’. Ora, o próprio “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864) alude a tal problema numa de suas
principais sentenças: “Fora da Caridade Não Há Salvação”. Ora, salvação dos que
caíra, ou, se quedara por involução.
Mais ainda, referida
questão, da Queda e da Salvação, encontra-se explicitado não só em termos
filosóficos, como também matemáticos, em nosso e.Book: “Espiritismo e
Matemática”, para os que apreciam uma mais ampla e mais perfeita lógica das
coisas universais.
P23: Kardec pertencia ao
Nível Filosófico ‘A’?
Tudo é relativo e trafega
de um Nível a outro de modo incessante, porém, alguns, se identificam mais com
uma coisa do que com outra. Mas citemos, de novo, a colocação de Kardec com
relação ao sofrimento dos animais, ou seja, de Espíritos Simples e Ignorantes
(ESI) reencarnados no Mundo terreno; e notemos que ele não tinha como explicar tal fato diante de um Deus-Pai que é Justo e
Bom. Repleto de dúvidas, Kardec cogitava:
“O sofrimento dos
animais é constante. Mas é racional imputar esses sofrimentos à imprevidência
de Deus ou a uma falta de bondade de sua parte pelo fato de a causa escapar
à nossa inteligência, como a utilidade dos deveres e da disciplina escapa
ao escolar?” (Vide: “Revista Espírita” – AK – Março 1864 - Edicel).
No que o Espírito Erasto
lhe advertira:
“Compreendei, se o
puderdes, ou esperai a hora de uma explicação mais inteligível, isto é, mais
ao alcance do vosso entendimento”. (Opus Cit.).
O que significa
expressar, segundo Erasto mesmo, a condição humana de Kardec: do seu
entendimento limitado e dos seus conhecimentos não aprofundados, que, por sua
vez, entram em contradição consigo mesmo, pois admite a Criação dos Espíritos
Simples e Ignorantes (ESI), mas não compreende tanto sofrimento semeado em seus
passos, o que só o ‘Fenômeno Involutivo-Evolutivo’, da Queda e da Salvação,
pode conceber e de forma racionalmente lógica explicar.
Vemos, pois, que a
inteligência de Kardec não podia compreender a Queda Espiritual, não podia, no
dizer de Erasto, fazer o entendimento da questão por suas limitações
filosóficas e, por que não, intelectivas, sendo tal problema, não só de Kardec
no Século 19 como também de grande parte de seus seguidores deste início do
Século 21, onde tal fato só se verifica, e só se deve, pois, ao problema
evolutivo, do aprofundamento da questão, onde uns, mais preparados, estão
prontos para encetar novas jornadas ascensionais, e outros, mais demorados no
Século 19, reclamam maiores recursos psíquicos oportunizados pelo
tempo-evolução.
Ora, o fato
contraditório de se supor um Deus que é todo Amor e Misericórdia, e que, em
contrapartida, cria Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) que não pediram para
serem criados e, mais ainda, lhes coloca nas dores e adversidades dos Mundos
materiais para evoluir e se aperfeiçoar por milênios e milênios sem conta, tal
fato implica num Deus Imperfeito que, ao criar, autoriza atrocidades, dores e
truculências ao filho inocente, que, ao invés de realçá-lo como um Deus
Perfeito, Justo e Sábio, o rebaixa como Soberano Injusto e Cruel.
Não, meus senhores,
Deus não criou Simples e Ignorantes (ESI), mas sim, Espíritos Puros e
Conscientes (EPC) regidos pela Lei do Amor que, afinal, integra o Sistema Transcendente
de Sua Espiritualidade; e, mais, deu-lhes ampla liberdade de escolha pelo bem
ou pelo mau, e, se tais elementos falharam fora por culpa sua e não de Deus que
não falha, não tem culpa e deseja o melhor aos seus filhos amados, mesmo
rebeldes, pois que os busca e os salva pela redenção espiritual desde sua nova
condição de Simples e Ignorantes (ESI).
P24: Neste caso Kardec e
os do Nível ‘A’...
Não se trata de
depreciá-los, seja do ‘Nível A’ ou do ‘Nível B’, seja por isto ou por aquilo. Ora,
estamos no início do Espiritismo no Mundo terreno. Logo, nem tudo é perfeito num
Mundo de imperfeições. E, Allan Kardec, fora o missionário indicado para a
organização da novel Doutrina que nascia ante o positivismo ateu, a crenças
escolásticas e às mais diversas tendências filosóficas do Século 19.
O Codificador, em tal
meio cultural, diverso e fervilhante, tentara colocar suas ideias do modo mais
lógico e mais coerente possível; e mais, adicionando-lhes teor de lógica
científica e racional, que, óbvio, estão hoje um tanto ultrapassadas; e, pois,
ele mesmo, em Espírito, ou seja, numa comunicação mediúnica atribuída a Kardec,
pelo médium Fernando de Lacerda, em 1907, aborda justamente referida questão.
Vejamos alguns tópicos da
comunicação:
“Companheiro. E'
incontroverso que depois que da Terra sai, alguma coisa aprendi mais do que o que nela sabia. Este novo pecúlio de saber seria talvez proveitoso a refundição de minha obra aí”.
“Tenho refletido muito
nisso, por vezes. Sempre que encontro na Terra um médium bom, crio desejos de
fazê-lo; - e agora; que tenho assistido ao desabrochar das tuas faculdades,
mais uma vez pensei, com interesse, na possibilidade de fazer esse trabalho de
melhoramento, de aperfeiçoamento”.
“No campo experimental,
ilustres e prestantíssimos sábios se lhe tem avantajado em muito”.
“A parte experimental é,
porem, efêmera. Boa para a conquista, não tem, todavia, qualidades de
estabilidade e de conservação. Como fenômeno experimentado, entra na ordem das
coisas concretas, e para estas coisas, o aperfeiçoamento é mais sensível,
porque a natureza delas e mais precária”.
“Uma obra experimental de
grande atualidade e verdade hoje, daqui a dez anos será velha, se a não
acompanhar, como parte integrante e auxiliar, a feição abstrata e ideal”.
“Os meus livros, no que tem
de prático, sob o ponto de vista experimental, estão antiquados e suplantados,
de há muito, por dezenas de outras obras de mais incontestado e incontestável
valor, daquela ordem de estudos”.
“O que, porém, neles existe da parte moral e de ensinamento, ainda não foi nem será
facilmente sobrepujado. E' que,
neste campo, eles estão com a verdade, e a verdade, apresentada sob que aspecto
for é sempre a verdade. E' tão nova hoje, como no tempo do Cristo, como no
tempo dos profetas, como em qualquer tempo”.
(Palavras textuais de Allan
Kardec: em Espírito)
P25: A parte moral,
portanto, é mais relevante?
Sim! Concordo plenamente
com Kardec! E, no tocante à parte experimental (incluindo CUEE), esta se
tornara um tanto irrelevante como o próprio agora reconsidera. (Vide nosso
e.Book: “Ciência Espírita: Tese Informal”). Na parte ética e comportamental, repito
o que o Espírito do apóstolo Paulo e o próprio Kardec considerara em seu tempo
em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK - 1864):
“Fora da Caridade não há
Salvação!” (Opus Cit.).
E, pois, Salvação de
todos nós: Espírito decaídos que, com a Graça Divina, estão a mudar de rumos,
se redimindo e se salvando pelas normas evangélicas do Enviado Divino. E, temos
mais:
“Espíritas: Amai-vos, eis
o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo!” (Opus Citado)
P26: Logo, não se deve
condenar?
Em tempo algum! Somos irmãos
em aprendizados, e, pois, de Níveis Filosóficos diferentes, entretanto
suscetíveis de alcançar os mesmos Planos Espirituais dos Sábios da
Imortalidade.
P27: Para encerrar o que
diria?
Evangelho! Não há no
Mundo terreno uma obra mais importante que o Evangelho de Jesus! Obra em que a
prática deverá corresponder magnificamente à teoria ministrada, e, pois,
sejamos mais coerentes com os ensinos do Mestre e façamos valer na prática tudo
quanto estamos a aprender, teoricamente, com o Mestre Nazareno!
P28: Algo mais ainda?
Sobre o tema ora tratado,
e, pois, sobre certos mistérios universais, do Espírito e da matéria, coloco e
entendo estas palavras de Kardec, quando por aqui reencarnado no Século 19,
como fundamentais:
“Quanto mais é dado ao
homem penetrar nesses mistérios, mais cresce sua admiração pelo Poder e
Sabedoria do Criador; mas, seja por orgulho, seja por fraqueza, sua própria
inteligência o faz joguete da ilusão. Ele amontoa sistemas sobre sistemas e
cada dia que passa lhe mostra quantos erros tomou por verdades e quanta verdade
rejeitou como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho”. (Vide: “O
Livro dos Espíritos” – 1857 - AK).
P29: Palavras que
servem?...
Palavras mui sensatas que
servem para todos nós, e, inclusive, para Kardec mesmo, que, de sua parte,
rejeitava a Queda Espiritual por falta de inteligência para compreendê-la como
bem referira o Espírito de Erasto. E Kardec coloca, igualmente, a questão do
orgulho, ou seja, justamente o seu orgulho para não admitir a verdade.
P30: E, para finalizar, o
que diria?
Algo semelhante ao que nos
diz Emmanuel sobre o início de todos nós, ou seja, no Mundo Espiritual mesmo, donde fomos criados, adquirimos Consciência e, pois, fomos devidamente educados pelos nossos Instrutores espirituais:
“Colocada por Deus no
caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a Alma nem
sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo
orgulho e pela vaidade, ...”. (Vide: “O Consolador” – Feb).
Eis, pois, o que somos: eu,
você, Kardec, e tudo o mais do ‘Anti-Sistema’, ou seja, do Universo
astronômico:
Espíritos decaídos!
O que nos leva,
obviamente, a muito bem considerar o ministrado pelo Espírito de Lammenais:
“Pobres ovelhas desgarradas, sabei pressentir, junto a vós, o Bom
Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de Sua Presença, vem Ele
mesmo ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco. Filhos pródigos,
abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna:
o Pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno
à família”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – AK – 1857).
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PALAVRAS DO EVANGELHO
Assim, se “O Livro dos Espíritos” (AK) parecera algo lacônico no
tocante à Queda Espiritual, deve-se compreender que se tratava do início do
Espiritismo: da Doutrina dos Espíritos Superiores na face terrena. Todavia, tal
concisão e curteza de seus discursos nesta primeira obra, viera a ser
compensada pela terceira: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), que, com
todas as letras define a real posição do Espírito humano no contexto universal:
somos Seres decaídos como este terceiro livro francamente nos revela:
“Já vos
falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é
colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora
de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio; já foi dito de que
imensas faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas, ah! Existem as
que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para
esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se
depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava
reservada”.
(Vide:
“OESE” – Allan Kardec – 1864 - Capítulo 3 – ‘Há Muitas Moradas na Casa de Meu
Pai’ – Instruções dos Espíritos: Item 16).
E,
comentando dita Instrução dos Espíritos, note-se que a mesma nos fala que nós,
Espíritos humanos, estávamos lá: no Mundo Espiritual, pois preconiza claramente
e com todas as letras:
“Já vos
falaram desses Mundos (espirituais) onde Alma nascente é colocada,
quando, ignorante ainda do bem e do mal,”. (Opus Citado).
Ou seja: os
Espíritos, ainda Simples e Ignorantes, em estado nascente, ou, noutros
termos, quando nascem das mãos de Deus, tais Espíritos, ou Alma
nascente:
“... pode
caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre
arbítrio”. (Opus Citado).
Mas dentre
tais Espíritos livres (e Conscientes, pois, são senhores de Si mesmos), dentre
tais Espíritos, ou, Almas:
”Existem
as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir
para esses Mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se
regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus
Citado).
Ou seja,
aos Espíritos ou Almas que sucumbem, ou, que se quedam ou fraquejam na
luta, tais são, a partir daí, exiladas nos Mundos materiais para mais pronta
depuração, se regenerando para o retorno ao Mundo Espiritual de origem.
Acho que os
Espíritos Superiores, nesta sua breve lição, não precisariam ser mais claros e
mais evidentes, não é mesmo?
REMINISCÊNCIAS DO PARAISO
Como encarar posturas
codificadas pelos Espíritos Superiores em “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857)
da não retrogradação do Espírito com o ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’,
complexo este que, por sua vez, dão margem ao que se denomina: ‘Queda
Consciencial’, ou, ainda, como ‘Queda da Criatura’ que, mais vulgarmente, se
designa: ‘Queda Espiritual’?
Ora, se o referido e
próprio “Livro” (AK – 1857) admite, com já visto em nossos diversos textos e
e.Books a já referida ‘Queda Espiritual’ como é que o mesmo, em flagrante
contradição, não permite a retrogradação do Ser, de sua Involução?
Todavia, o neófito, como
estudioso espiritista, deve estar sempre alerta ao fato de que o Espiritismo é
‘Ciência do Infinito’, sendo, pois, uma Ciência de caráter progressivo, o que,
pois, com evidente razão, não seriam apenas, e, tão-só, os pouco mais de 1000
questionamentos de “O Livro dos Espíritos” (AK - 1857), e respectivas respostas,
que haveriam de resolver os tantos enigmas do Universo que, aliás, não é só
composto de fluidos, de energia e de matéria, mas, além de tais, de
Consciência, ou seja, das infinitas dimensões do Espírito, do átomo ao arcanjo
iluminado, dos mais altaneiros cumes espirituais.
Tanto é que, neste início
do Século 21, a
obra espírita codificada em meados do Século 19, está hoje - com os mais
importantes missionários, e, sobretudo pela confiável equipe espiritual de
Ubaldi e Xavier - revista, corrigida e atualizada ao extremo de sorte a
acompanhar o progresso célere de todas as coisas, e, sobretudo, da Ciência
acadêmica, que, no campo da Física, de apenas Clássica do Século 19, seus
quadros, hoje, se ampliaram vastíssimo se distendendo para a Relativística, a Quântica,
prenunciando-se, ainda, muito mais de tais disciplinas científicas e culturais.
Lógico que o Espiritismo,
como ‘Ciência do Infinito’ não se paralisaria, e não se paralisou, apesar da
paralisação e engessamento de muitos de seus “eruditos” adeptos espiritistas
que acham que sabem de tudo, e olvidando, pois, o magistral ensino socrático de
que:
“Prudente serás não
imaginando saber o que não sabes”. (Vide: “OESE” – AK).
E o fato é que o tema da
‘Queda’, da possível ou não-possível ‘Involução Espiritual’, consta de muitas
obras codificadas e a “Revista Espírita” (AK – Outubro de 1858), por exemplo,
registra algo a respeito da ‘Retrogradação do Ser’, sendo, no caso em estudo,
do Espírito de um criminoso que, em face de seus horrendos delitos, poderia, de
fato, ser destinado a “um lugar onde o homem se encontra no nível dos animais”.
(Opus Cit.).
E, notemos que dita
referência, conforme escrito do próprio punho de Kardec, alega que o Ser
comunicante de tal instrução sempre se mostrara como um ‘Espírito Superior’, o
que é muito relevante; pois, como se sabe, os Espíritos elevados trazem o
caráter da seriedade de suas instruções, da verdade pura e cristalina, pois,
como é óbvio, são pertencentes à ‘Equipe Espiritual do Mestre’, à ‘Plêiade de
Jesus’.
E, dito Instrutor, ou
seja, dito Espírito Superior, com todas as letras, preconiza, além de um
possível retrocesso - durante a evolução progressiva de todos nós - ele alude,
ainda, à nossa queda primordial, ou seja, do Espírito que falira em sua gênese,
e que tal, se compararia à punição de Lúcifer, a figura emblemática de nós
mesmos: Espíritos terrenos falidos desde tempos primordiais. Mas vejamos, com
todas as letras, a possível queda daquele Espírito criminoso, bem como a
referência explícita de nossa queda primeira, em nossa gênese espiritual:
“Sua punição é justamente
retrogradar; é o próprio inferno. Eis a punição de Lúcifer, do homem espiritual
descido à matéria, isto é, o véu que daí por diante lhe oculta os dons de Deus.
Esforçai-vos, pois, na reconquista desses dons perdidos: tereis reconquistado o
paraíso que o Cristo veio abrir para vós. É a presunção, é o orgulho do homem,
que queria conquistar aquilo que só Deus podia ter”. (Opus Cit.).
Mas pergunta-se com
razão:
-O que ocorreria com tal
Espírito criminoso?
-Ele perderia o que
conquistara no Plano Hominal?
-É isto o que se dá com a
Queda Espiritual?
Ora, primeiro
questionemos: o que é o Espírito?
Divulga-se que o mesmo,
dos mais diversos planos da vida: mineral, vegetal, animal e hominal, e, dos
planos da erraticidade que nos envolve a todos, que o Espírito é o existir
dinâmico de Si mesmo, de sua centelha anímica, tal como luz que, de menos
intensa: no plano atômico e mineral, dita luz, por gradações psíquicas mais
altas, e, alcançadas por evolução, vai se tornando mais intensa e vibrátil
noutros planos existenciais, atingindo, no plano antropológico, ou seja, das
humanidades, o “cume” de seus progressos, que, sabemos, não se encerra por aí,
mas se distende, ainda, aos mais diversos planos da humanidade e da
espiritualidade sideral.
E, pois, se o Espírito é
vibração de suas potências, tal vibração, entretanto, e, sobretudo nos planos
físicos da natureza universal, se sujeita, como tal, a reduzir-se e a
distender-se vibratoriamente, ou seja: dinamicamente, e, sobretudo, nos
fenômenos palingenésicos em que o Eu reduz suas potências para reencarnar, e,
pós-parto, trata de ampliá-las, modo vagaroso, durante o crescimento biológico
e psíquico de tais potencialidades que, frisamos, foram reduzidas muitíssimo
pela reencarnação/expiação.
E isto se dá, pois, com
todas as forças psíquicas do Mundo, do mineral ao homem, pois que o mineral
nada mais é que uma concentração de energias que, destruída a forma, retorna à
sua condição anterior (radioatividade); o mesmo se dando, pois, com todas as
espécies do Orbe, e, pois, com o Espírito humano que restringe e reduz suas
potências para reencarnar e se distende à posteriori para crescer, evoluir e,
ao fim de tudo, de tão longa jornada, transcender-se a Si mesmo como Espírito
imortal se tornando Uno com Deus, Uno com o Pai-Nosso Criador.
Logo, somos potências
palingenésicas que vem e vão, que se reduzem e se distendem, que ‘encolhem’ e
se esticam’ o tempo todo, e, sobretudo, nos períodos de sono em que o Espírito
humano, todas as noites, ‘decola’ do corpo para ‘voar’ na erraticidade, e, por
isto, não podemos ter uma recordação plena do que se passa na vida espiritual,
pois o nosso cérebro não suportaria tamanha carga de trabalho, de operosidade
espiritual. E, pois, nosso cérebro precisa descansar das rotinas do dia
recuperando as forças para os novos dias que, certamente, virão.
Por outro lado, ainda, as
vibrações do Espírito, livre na erraticidade, são bem mais intensas e, pois,
não suportaríamos como homem, e, como cérebro biológico, tamanha intensidade
vibracional de nossa Consciência livre nos espaços espirituais.
Mais ainda, devemos
recordar que nosso Eu, ou, nosso Espírito, como Personalidade Integral que nos
caracteriza a súmula palingenésica, tal, ainda assim, não se acomoda, e, em
renascendo, dita Personalidade também se refaz pela nova base genética cedida
pelos pais, bem como pela nova educação recebida, pela nova estruturação social
a que fora novamente chamada a viver, em suma, por um ambiente que, se velho,
também é novo, pois a mudança evolutiva não para e, pois, o Espírito igualmente
não para, mas prossegue lutando para renovar-se, crescer e distender-se,
sempre, tanto ao plano cognitivo como também ético e comportamental.
Ou, noutros
termos, somos ainda o que fizemos por nós mesmos no passado, ou, nas mais
diversas vidas do pretérito palingenésico, porém, estamos um tanto mudados,
pois o Ser não para, e, consonante instrução 118 de “O Livro dos Espíritos” (AK
– 1857), ele:
“Pode
permanecer estacionário, mas não retrograda”. (Opus Citado).
E, pois, se
o Espírito não retrograda como explicar a ‘Queda Espiritual’, ou, a ‘Involução’
e outras sinonímias de tais fenômenos, onde, e quando, tais termos se inserem
no ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’?
É o que veremos neste
finalmente.
Em verdade,
o fenômeno do que se conhece como ‘Queda Espiritual’ está a explicitar não
exatamente: uma retrogradação do Ser, mas sim, uma sua restrição psíquica em
corpos condizentes com a centelha anímica para a sua corrigenda, sua educação.
Aquele caso da “RE” (AK – Outubro de 1858) que citamos nos fornece o exemplo de
tal condição espiritual. Ou seja, o Espírito pode até sujeitar-se à condição de
um corpo animal distinto do corpo humano, mas Ele, como Espírito, não perdeu
tais conquistas do plano das humanidades, pois que tais se registram n’Ele
mesmo, conquanto estejam restringidas e limitadas por expiação.
Noutros
termos, o Espírito não retrocede e não perde o que conquistara, mas pode, e
deve, por ‘Medida Corretiva da Lei’, sujeitar-se a ela pelo bem de Si próprio,
e, pois, de sua felicidade presente e futura.
Logo, tudo quanto
conquistamos não se perde jamais!
E, pois,
tudo o que conquistamos dantes de nossa derrocada (Queda Espiritual) nos
primórdios da criação não se perdeu, mas registra-se em nosso cérebro
espiritual; conquanto nem sempre seja positivamente salutar a lembrança de tais
fatos, pois, se temos ali algo de positivo, revela-se, igualmente, algo de
negativo, de nossa revolta, nosso orgulho, nosso egoísmo primordial.
O Espírito de Emmanuel, um dos mais confiáveis e mais lúcidos discípulos do Cristo, em seu excelente tratado “Há Dois Mil Anos” (Feb), fala algo a respeito de tais registros espirituais em nós mesmos grafados.
Na página 349, em se referindo
aos Espíritos humanos ainda há pouco desencarnados de modo sanguinário e
violento – nos primeiros tempos do cristianismo - que, naquele instante ouviam
às “harmoniosas vibrações das Melodias do Invisível”, ele, Emmanuel, refere que
“aquele cântico de glória, ao menos palidamente, deve ser lembrado por nós
outros como Suave Reminiscência do Paraíso”. (Opus Citado); ou seja: do paraíso
de outrora, dos tempos primordiais dos nossos Espíritos falidos, hoje se
recuperando nas lutas travadas com a matéria, com a dor salvífica e redentora.
Logo, o
Espírito não perde o que adquirira no passado e tampouco em suas mais distantes
origens espirituais.
O que
significa dizer que temos grafado na tessitura indelével do nosso cérebro
transfísico tudo o que nos caracteriza como Ser Divino, filho de um Deus que É
Espírito, e, como tal, nos criara como Espírito, porém, dotado de liberdade, e
que, por ela mesma se deixara trair caindo, como filho pródigo, nas expiações
dolorosas da matéria.
Finalmente,
numa frase incompleta:
“O Espírito
não retrocede...”!
Todavia:
“Pode o
Espírito restringir-se por Expiação, ou seja, como Norma Corretiva da Lei”!
Logo, se o
Espírito não retrocede, dir-se-ia, porém, que sempre existe um ‘mas’; sempre
existe algo de excepcional, em suma: de uma espécie de desvio das coisas que
não mais seria, e não mais que é: um desvio do Ser que, conscientemente,
errara, se confundira, e cuja ‘pisada-de-bola’ é algo suscetível de se dar num
complexo universal que é infinito, e que, portanto, não se isentaria de uma
‘doença’ passageira que, afinal, se representa por nós mesmos: Seres decaídos
nas coisas materiais, mas sujeitos a salvar-se pela inevitável cura de medidas
educativas e evolucionais.
Para finalizar tal estudo, que já vai longe, citemos, de relance,
das muitas exemplificações do Espírito André Luiz, (prefaciado por Emmanuel),
um caso de queda espiritual constante no excelente “Ação e Reação” (1957 -
Feb), capítulo 13, ‘Débito Estacionário’, em que um nosso irmão, de débitos
enormes para com a Lei, se restringira, no fenômeno de sua reencarnação, a um
corpo disforme, de aparência macacóide, tal como se o seu perispírito, durante
a recapitulação embrionária e fetal, não lograsse atingir as nuanças da forma
humana e paralisasse na forma antropóide: primata de transição entre o animal
irracional e o homem.
Miserável anão paralítico, de uma idiotia completa:
“Era ele – dito Espírito devedor - dolorosa máscara de anormalidade
e aberração. Mirrado, nada medindo além de noventa centímetros e apresentando
grande cabeça, aquele corpo disforme, tresandando odores fétidos, inspirava
compaixão e repugnância. A fisionomia denotava configuração macacóide,
exibindo, porém, no sorriso inconsciente e nos olhos semi-lúcidos, a expressão
de um palhaço triste”. (Opus Citado).
Assim, tal
paralisação do Espírito na forma macacóide, não impede, ou, no caso em questão,
não impedira que tal Ser devedor, em nítida queda involutiva, pudesse, de
alguma forma, ser investigado pela equipe espiritual de André Luiz, que, de
qualquer modo, lhe visualizaram os delitos gravíssimos do campo íntimo: “de
crimes ocultos, a culminarem sempre na flagelação do povo”. (Opus Cit.).
O que, por
sinal, e, como dito supra: o Espírito não retrocede, mas pode, e deve, por
Medida Corretiva da Lei: restringir-se, estreitar-se e limitar-se a corpos
inferiores do Mundo, ou, dos Mundos materiais, Mundos também de Deus, porém,
confinados num ‘Anti-Sistema’, ou seja, de “expiação”, tal como fora muito bem
definido pela síntese filosófica dos Itens 167 e 676 de “O Livro dos Espíritos”
(AK – 1857), como já citados aqui, no presente estudo.
Aos que
discordarem de tais ideias – da queda primordial e de outras quedas do Espírito
- diremos, inspirados pela confiável enciclopédia cultural e espiritual de
Francisco Cândido Xavier que:
“Para muitos de todos nós, inclusive espiritistas:
a verdade tem de ser adiada para depois!” (frp).
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
UM GRANDE
ABRAÇO A TODOS:
Fernando Rosemberg
Patrocinio:
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Coordenador de Estudos
Doutrinários; Palestrante; Articulista e Escritor de dezenas de e.Books
gratuitos em seu blog abaixo descrito:
E-mail: f.rosemberg.p@gmail.com
Bibliografia
-“Coleção Completa de
Allan Kardec” – Edit. Diversas;
-“Coleção Completa de
Pietro Ubaldi” – Fundapu;
-“Coleção Completa de
Chico Xavier” – Edit. Diversas; Internet; sendo de destaque no presente e.Book:
-“O Consolador” – F.C.
Xavier - Emmanuel – Feb;
-“E a Vida Continua” –
F.C. Xavier – A. Luiz – Feb;
-“Há Dois Mil Anos” –
F.C. Xavier – Emmanuel – Feb;
-“Ação e Reação” – F.C.
Xavier – A. Luiz – Feb; e:
-“Bíblia Sagrada” –
Versões Católica e Pentecostal.
LISTAGEM DOS E.BOOKS DE:
Fernando Rosemberg Patrocinio
01-Ciência Espírita: Tese
Informal;
02-Espiritismo e
Progressividade;
03-Espiritismo e
Matemática;
04-Mecanismo
Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física
Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico
Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do
Evangelho;
10-Espiritismo e
Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e
Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita:
Reformulação;
16-Kardecismo e
Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra
Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século
XXI;
19-Espiritismo:
Fundamentações;
20-Ciência de Tudo:
Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do
Espírito;
22-O Homem Integral
(Reflexões);
23-Espiritismo e
Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do
Espírito;
27-Construção
Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi; e:
41-Espiritismo
e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica
do Homem;
43-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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