Fernando Rosemberg
Patrocínio
(12º. e.Book)
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O MÉDIUM DE DEUS
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Introdução
Capítulo 1: Algo Sobre Mediunidade
Capítulo 2: Assim Falou Chico Xavier
Capítulo 3: Em Busca da Perfeição
Capítulo 4: Kardec Refuta Roustaing
Capítulo 5: Roustaing Refuta Kardec
Capítulo 6: Ubaldi, Xavier e Divaldo
Capítulo 7: Jesus: Médium do Cristo
Capítulo 8: Outras Conjeturas Ainda
Capítulo 9: Jesus: Médium de Deus
Capítulo 10: Nossas Palavras Finais
Bibliografia
Relação Nossos e.Books
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Introdução
Neste e.Book, de nossa despretensiosa coleção, intitulado: “O Médium
de Deus”, estaremos tratando, dentre outros temas, da possibilidade de Jesus
ter sido médium do Cristo que, neste caso, (Jesus e Cristo), seriam eles: Seres
distintos, e, pois, integrados numa mesma e divina missão; sendo que, para mim,
são todas elas teses instigantes e mui provocativas, conquanto, ao final deste
pequeno estudo, no Capítulo 10, daremos nossa sincera opinião, seja ela
acatável ou não pelos mais diversos estudiosos da questão.
Porém, devemos dizer que o mais importante de tudo quanto estaremos
a estudar, e a propor, sobre a figura excelsa do ‘Nosso Senhor’, haverá de ser,
ontem, hoje e sempre, sua abençoada ‘Mensagem de Luz e de Redenção’ de todos
nós, seus alunos degredados e, pois, sofredores irmãos espirituais terrenos.
Quando então: pergunta-se:
1-Por que tratar de questões secundárias se o que importa mesmo é a
sua Mensagem de Amor e de Luz?
2-Por que tratar, pois, de tais conjecturas se não se pode provar,
a não ser por atos de fé, se Jesus teria sido médium do Cristo ou médium de
Deus?
Ora, é evidente que seus ‘Ensinos Morais’ superam tais discussões e
questionamentos. Ainda assim, o fato é que: conjecturar faz parte da busca da
verdade que, mais cedo, ou, mais tarde, a teremos por completo como solução de
todos os problemas que, de momento, nos afligem e nos consternam.
O autor: um aprendiz, tal como você: Leitor.
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Capítulo 1
ALGO SOBRE MEDIUNIDADE
Um dos temas mais difíceis de nossos estudos, de nossa prática
cotidiana, se refere, sem dúvida, ao problema da comunicabilidade mediúnica. E
não diga que isto não lhe cabe, que isto não é um problema seu, e que tal,
portanto, só diz respeito a outrem, mas não a você que está imune a isto, pois
que não é um médium ou coisa que o valha.
Entretanto, e, apesar da recusa de alguns, este não é um problema
tão só inerente a mim, mas a todos nós, pois que, indubitavelmente, somos Entes
paranormais, ou seja, e, em linguagem espiritista, somos Espíritos reencarnados
no Mundo terreno portando inúmeras potencialidades psíquicas, dentre as quais,
a de comunicabilidade telepática e mediúnica que, pelos estudos encetados, indica
que o telefone “toca” tanto de lá pra cá, na forma de percepção de ideias e de
fatos espiríticos, como também “toca” de cá pra lá, ou seja, de nossa
influência mesma para com o Mundo Invisível, denotando, pois, que as
influências são recíprocas, ininterruptas: de lá pra cá e de cá pra lá.
Entretanto, diga-se que tais fatos: da mediunidade, ou da
comunicabilidade recíproca que se realiza, modo psíquico, dentre os dois planos
existenciais, é de todos os tempos da Humanidade; e a Bíblia Sagrada é um dos
seus repositórios mais antigos. Ora, Mundo Material e Mundo Espiritual se
interpenetram, se tocam, se comunicam, constituindo duas “humanidades”
psíquicas: a dos Espíritos encarnados e a dos desencarnados ou desprovidos da
indumentária carnal.
Todavia, como estão, ou, a que ponto chegou os estudos e os
trabalhos laborados com a mediunidade nos tempos atuais? Óbvio que nunca se viu
no Mundo terreno uma explosão tão expressiva de tantos médiuns, de tantas obras
ditas psicografadas, mais ou menos confiáveis, mais ou menos espíritas, parecendo
confirmar o profeta Joel, no capítulo 3, versículos primeiros, quando se aludira
que:
“Derramarei do meu espírito sobre todos os viventes, e vossos filhos
e filhas profetizarão, os velhos terão sonhos e os jovens terão visões”. (“Bíblia”).
Entretanto, se tais obras psicografadas atualmente, são mais ou
menos confiáveis, mais ou menos espíritas, isto quer dizer que não se pode
confiar em tudo que nos chega de tais profetas modernos, médiuns de todos os
matizes, mas, sobretudo, da área psicográfica. O mais importante médium psicógrafo
de todos os tempos da humanidade: Francisco Cândido Xavier, dizia:
“Todos os nossos estudos sobre mediunidade são ainda nascentes”.
(Vide: Capítulo 2 a
seguir, intitulado: ‘Assim Falou Chico Xavier’).
Expressando, pois, que os estudos, de quem quer seja, e, portanto, condutores
de nossa prática vivencial com tal faculdade - pois que todos somos médiuns -
são ainda incipientes, iniciantes e tem todo um futuro adiante para nossos
estudos e práticas com a mesma, pois que não se trata apenas da
comunicabilidade dos Homens com os Espíritos e vice-versa, mas sim de Espíritos
para com Espíritos das mais diversas e mais elevadas gradações psíquicas, e de
tais para com a Inteligência Suprema, e vice-versa, quando atingirmos nossa
condição espiritual máxima: de Espíritos Puros e despojados de sua ganga de paixões,
de defeitos e vícios mesclados às mais vis e mais ignóbil materialidade.
Óbvio que não se despreza tratados especiais sobre tal
potencialidade anímica, sendo tais dos mais diversos autores encarnados e
desencarnados, dos quais se destaca por exemplo: “O Livro dos Médiuns” (Allan
Kardec – 1861); mas também não se pode a tudo reduzi-lo, mesmo porque, o seu
autor mesmo rejeita tal ideia como se pode ver no referido.
Logo, o sermos: dotados de faculdades medianímicas, mais ou menos
desenvolvidas, o fato é que não existe um estudo, um trabalho ou método
específico que nos torne mais ou menos médiuns, mas sim, quero crer, normas de
uma conduta pessoal a mais correta possível, pautada, pois, nos valores do
Evangelho que nos torna melhores homens e, portanto, melhores médiuns, ou seja,
humanos que beneficamente influenciam e são influenciados por seus iguais:
Espíritos encarnados ou desencarnados.
Por outro lado, e como já esboçado, médiuns não são somente aqueles
que atuam numa comunidade espírita ou espiritualista qualquer. Médiuns somos
todos nós durante uma vida inteira, ou, de todas as vidas, pois que a Imanência
de Deus a tudo penetra, bem como a presença daqueles irmãos com os quais nos
afinamos, além dos anjos da guarda que velam pelos nossos destinos e pelos
nossos progressos nos insuflando bons pensamentos, bons conselhos e mais elevados
sentimentos, ou seja: de procederes cristãos.
Logo, a faculdade mediúnica está no Espírito mesmo: como Ser
pensante e irradiante de suas potências, e, em nosso caso, radicaliza-se no complexo
orgânico, pois que o corpo fora plasmado por forças perispiríticas de nossa
contingência psíquica, sendo amparadas, como o somos sempre, pelos guias e
instrutores de uma Humanidade cósmica, tal como relatado por André Luiz em seu
importante capítulo sobre a reencarnação incluso em uma de suas mais
importantes obras: “Missionários da Luz” (Psicografia Xavieriana - Feb).
Prossigamos, pois!!!
Capítulo 2
ASSIM FALOU CHICO XAVIER
Referida carta, como se sabe, fora escrita por Francisco Cândido
Xavier endereçada a Clovis Tavares, e, como se pode ver, falando de Pietro
Ubaldi; tal carta, para este despretensioso autor, resume tudo no tocante ao
problemático tópico da mediunidade, pois tal questão, e, por mais estudemos e
pratiquemos tal faculdade, (seja qual for), somos dela, ainda, modestos e
incipientes medianeiros, e isto se confirma pelos ‘desajustes’ de muitas obras
encontradiças em nosso meio que, mesmo as de Kardec não escaparam de uma mais
detida análise e criteriosa observação:
“Pedro Leopoldo, 30 de Março de 1.950” .
“Estou encantado com a sua dedicação ao nosso abnegado apóstolo de
Gubbio”.
“Ele é sempre grande e
sublime em meu pensamento”.
“Quando estiver em suas mãos, leve a ele, apesar do oceano que nos
separa, sob o ponto de vista espacial, a certeza de nosso carinho e devoção
permanentes”.
“Até hoje, não me veio às mãos as páginas que você me prometeu.
Refiro-me às ‘Bem-aventuranças’, de ‘L’Ascessi Mística’ e ‘Paixão’ que a sua
bondade verteu para a nossa fome de pão espiritual”.
“Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a
tradução do pensamento do nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso Século”.
“Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes,
entre as quais se destaca ‘Sua Voz’, a voz de nosso Amigo Celestial”.
“Todos os nossos estudos sobre mediunidade são ainda nascentes”.
“E a radiofonia, como a televisão, pode dar-nos ideia do que
acontece com a mente do nosso admirável Ubaldi quando, convertida em receptor
sublime se identifica com a emissora do Mestre, através de ondas potentes,
certo, apenas perceptivas a ele, apóstolo exilado em sacrifício demorado a
favor do progresso humano”.
“Muito me comove a solicitação dele no que se reporta à
possibilidade de minhas mãos receberem alguma palavra que nos fale sobre a sua
gloriosa missão de amor e renúncia”.
“Não acha você que isso é o mesmo que um luzeiro resplandencente
pedir claridade a um pirilampo?”.
“De qualquer modo, porém, algo procurarei obter e se nossos Amigos
Espirituais me atenderem ao desejo, escreverei a você, tão logo isso se
verifique”.
“Tudo o que você puder me enviar de Ubaldi ser-me-á um grande
conforto”.
“Todas as notícias e trabalho dele são por mim esperados com
ansiedade...”.
“Chico”.
Observação:
“Página constante do Livro: ‘Sal da Terra’, de Clóvis Tavares
(Internet)”.
E tratando, pois, do que mais nos interessa no momento, ou seja,
das faculdades mediúnicas:
– “ainda nascentes” –
E, apesar de sua distância histórica, ou seja, de sua existência em
todos os tempos da humanidade, é provável que aí mesmo resida o nosso problema,
ou seja: ainda somos, espiritualmente falando, muito jovens diante da
superioridade espiritual que almejamos; e daí tantos trabalhos mediúnicos
reprováveis, o que não quer dizer, em tempo algum, que tais médiuns não devam
trabalhar suas potências psíquicas, pois que, para acertar, precisamos, mesmo
que errando, laborar e melhorar nossa sensibilidade psíquica no trabalho mesmo,
nossas lutas cotidianas que implicam, ao demais, em nossos estudos freqüentes e
em nossa melhoria íntima pautada nos ensinos de Jesus.
Daí, não se condenar de forma tão severa aqueles dos nossos irmãos
médiuns que produziram ou produzem obras um tanto reprováveis, não exatamente
espíritas, pois que tais Espíritos, e tais médiuns, estão laborando, e, de
futuro, produzirão algo melhor, pois que, tanto eles, como nós mesmos, somos
ainda imperfeitos, conquanto nossa busca irrefreável da perfeição.
Assim, pois, não existe médium perfeito; o que existe, penso eu,
são médiuns mais experientes, e, no caso em questão, missionários, tais como o
foram: Francisco Cândido Xavier e Pietro Ubaldi, dentre outros.
Lembrando ainda que tais elementos se mostraram dotados de uma
invejável disciplina moral, como também dotados de uma vasta sabedoria, pois,
do contrário, não teriam se saído tão bem de suas labutas missionárias, onde, e
quando, seus problemas, no tocante à filtragem mediúnica foram mínimos e
perdoáveis, sobretudo quando se tem em conta que são Seres humanos, ou seja: Espíritos
reencarnados numa matéria densa que se opõe ao Espírito, ou seja, à injunção psíquica
de dois Seres que se comunicam: estando um na opaca materialidade, e o outro,
livre no espaço transfísico que nos circunda.
Capítulo 3
NA BUSCA DA PERFEIÇÃO
Assim, pois, tudo do nosso Mundo terreno, sobretudo ao campo das
humanidades, é ainda imperfeito!
Ora, consultemos as páginas da História e vejamos o quanto erramos
em nosso pretérito de vidas transcorridas no tempo-evolução; e, se buscarmos
causas mais longínquas ainda, nos depararemos com os dados do ‘Complexo
Fenomênico Involutivo-Evolutivo’ que, como já visto noutros textos e e.Books,
se compõe de toda uma Consensualidade Universal formalizada pelos Profetas
Bíblicos, por Jesus, e, mais recentemente, pelos Profetas Modernos nas pessoas
de Pietro Ubaldi e de Francisco Cândido Xavier com as abalizadas instruções de
‘Sua Voz’, ‘Emmanuel’, ‘André Luiz’, ‘Augusto dos Anjos’ e muitos outros mais.
Ora, espiritistas ainda imaturos, que vêem defeitos em tudo, exceto
em Kardec, e que, de sua parte se guarnecem e se blindam na posição “correta” da
Doutrina Codificada, tais elementos, mais ortodoxos, se acham imunes a tudo e
atiram pedras para todos os lados e condenando, obviamente, tudo quanto não venha
do seu ícone, seu mestre, seu deus único da verdade que, só por aí, se
posicionam em terreno movediço, pois que a ‘Doutrina Codificada’ é síntese, e
como seu organizador explicitara: ‘é essencialmente progressiva’, pois que vai dilatando
seus princípios fundamentais.
Já tratei da “correta” e “impoluta” posição doutrinária em diversos
textos e e.Books. E que não se pense esteja eu satisfeito em escancarar os
possíveis desajustes da obra de Kardec. Não, não estou; mas o fiz para mostrar
aos mais ortodoxos que defeitos e desajustes toda grande obra os apresenta,
seja de Kardec, seja dos Espíritos, seja de Ubaldi ou de Xavier, e etc., etc.
Ora, consultemos a Internet e vejamos como a Ciência mundana mesma
retificara muitos de seus equívocos, e ainda os retifica permanentemente.
E porque o Espiritismo, em tratando do Metafísico, em tratando com
Inteligências invisíveis, em tratando, pois, com fatos não corpóreos propriamente
falando e não sujeitos ao nosso escalpelo físico, porque o Espiritismo, onde
trabalham os nossos tantos médiuns, não estaria sujeito ao erro, ao desajuste,
ao equívoco, se, pois, estamos lidando com fatos mais complexos que os de nossa
Ciência materialista mundana, e, portanto, tratamos com fatos não-físicos, demandando,
pois, paciência e largo espaço de tempo para que coloquemos as coisas no seu
justo lugar, acertando, com isso, os ponteiros de nossa pesquisa observacional,
bem como os ponteiros de nossa realidade anímica, mediúnica e, portanto,
espiritual.
Por tudo, pois, tratemos de nos melhorar, ou, como já ministrara o ‘Espírito
de Verdade’, e, como tantas vezes o mencionei, tratemos do “Amai-vos” uns aos
outros com críticas menos vorazes aos nossos companheiros de redenção, críticas
estas que são os resquícios de nossas posturas doentias e pouco fraternais;
críticas, pois, que deveríamos fazer a nós mesmos se fôssemos capazes de
francamente verificar nossa interioridade malfazeja e desequilibrada.
É que: olhamos muito para fora e nos esquecemos de olhar para o
nosso interior, coisa que o faremos mais adiante na subjetividade de nós
mesmos.
Capítulo 4
KARDEC REFUTA ROUSTAING
E como estamos tratando do nosso aperfeiçoamento espiritual e
moral, onde se contem o aperfeiçoamento de nossa ótica científica e filosófica
das coisas, devo enfatizar que Kardec, em uma de suas páginas mais importantes assim
se posicionara sobre a questão levantada pela obra de João Batista Roustaing
(“Os Quatro Evangelhos” – Feb):
“Se Jesus estivesse, durante a sua vida, nas condições dos seres
fluídicos, não teria sentido nem a dor, nem nenhuma das necessidades do corpo;
supor que assim não haja sido, é tirar-lhe todo o mérito de uma vida de
privações e de sofrimentos que escolheu como exemplo de resignação. Se tudo
nele não era senão aparência, todos os atos de sua vida, o anúncio reiterado de
sua morte, a cena dolorosa do jardim das oliveiras, sua prece a Deus para
afastar o cálice de seus lábios, sua paixão, sua agonia, tudo, até à sua última
exclamação no momento de entregar o Espírito, não teria sido senão um vão
simulacro para enganar sobre a sua natureza e fazer crer num sacrifício ilusório
de sua vida, numa comédia indigna de um simples homem honesto, com mais forte
razão de um Ser tão superior; em uma palavra, ele teria abusado da boa-fé dos
seus contemporâneos e da posteridade. Tais são as conseqüências lógicas desse
sistema, conseqüências que não são admissíveis, porque o rebaixam moralmente,
em lugar de elevá-lo”. (Vide: “A Gênese” – AK).
E, como o tema é um tanto explosivo, e controverso, que se
consulte, para maiores detalhes doutrinários, não só os demais escritos de
Kardec como de seus muitos defensores modernos, tais como Jorge Rizzini, J.H.
Pires, Wilson Garcia, e etc., para se ter uma visão mais ampla e dilatada da
temática em foco.
Capítulo 5
ROUSTAING REFUTA KARDEC
Da mesma forma, para maiores detalhes da obra que defende o corpo
fluídico, porém, materializado, do Senhor Jesus, (de quanto esteve dentre nós),
que se consulte, pois, não só sua fonte mesma: “Os Quatro Evangelhos” (J.B.Roustaing
- Feb), como também obras de seus muitos defensores geniais tais como Luciano dos
Anjos, Manuel Quintão, Jorge Damas Martins, e etc., que muito esclarecem sobre
a polêmica questão.
Em síntese, dir-se-ia que o entendimento dos Espíritos que
laboraram a obra de Roustaing (compilador) - e, se referindo, mais
especificamente, aos sofrimentos vividos e experienciados por Jesus durante sua
romagem terrena - está contido em tal passagem do ‘Tomo 4’ que transcrevo:
“Ó vós, que recusais valor ao sacrifício de Jesus, por não se achar
Ele revestido de um corpo de carne, perecível como o vosso, abri os vossos
próprios corações e perscrutai, com sinceridade, o fundo de vossas Almas. Que
preferiríeis: suportar a tortura do corpo, ou suportar o desespero de
testemunhar a ingratidão, a negrura d’alma, o crime, naqueles a quem mais amor
tendes do que a vós mesmos?”.
“Vós todos, que não vos encontrais dominados pelo egoísmo, pais,
mães, filhos, criaturas humanitárias que considerais todos os homens como
vossos irmãos bem-amados, quais não são os vossos sofrimentos quando vedes
aqueles a quem fizestes objeto do vosso mais terno amor vos repelir com seu
desprezo e vos atirardes pedras?”.
“Jesus não pode ter sofrido como os outros homens, porque não era
da natureza destes! Não, a sua natureza não era idêntica à dos outros homens e
por isso ele não sofreu da maneira por que sofrem os habitantes materiais do
vosso planeta inferior. Entretanto, por serem de outra ordem, seus sofrimentos
não terão sido superiores aos da humanidade terrena?”.
“Seu corpo fluídico, de natureza perispirítica, tangível e visível
para os homens, não era suscetível de experimentar a dor material, porque,
efetivamente, as sensações que recebia nenhuma relação tinham com a impressão
dolorosa que causam a amputação de um membro, a contusão numa parte qualquer do
corpo humano. Era, porém, suscetível de receber impressões exteriores que
repercutiam no moral com violência, para vós, inaudita. Eis por que vos dizemos
que Jesus, vítima voluntária do amor que consagra aos seus protegidos – os
homens da Terra, se bem não sofresse do ponto de vista carnal, sofreu
violentamente”.
“Para o avaliardes, esforçai-vos por perceber as sensações que
certas naturezas de escol experimentam quando as punge uma dor moral, a
profundeza do golpe que recebem quando lhes chega uma notícia má, as torturas
por que as fazem passar a ingratidão, a maldade, quando elas vêem os que são
objeto da sua mais terna afeição alvo da perseguição ou da calúnia”.
“Não prefeririam essas Almas sensíveis uma dor material ao contínuo
sofrimento moral que as despedaça? E, levado a certo ponto, esse sofrimento
moral que atinge as proporções materiais do sofrimento do corpo, não as
ultrapassa até? Não lhe altera os órgãos, ao ponto de causar a sua
decomposição? Não vedes muitas vezes a intranqüilidade, a aflição, a consumição
lhes acarretarem a morte, no sentido de que produzem nos seus organismos
estragos a que elas não podem resistir? E ainda recusareis a reconhecer que
certos sofrimentos morais são verdadeiramente intoleráveis?”.
“Quais não seriam os sentimentos de Jesus para convosco? Quais não
terão sido a sua mágoa, a sua tristeza, vendo-vos tão ingratos, tão covardes,
tão culpados? Ele sofria e ainda sofre. O sacrifício a que se votou dura ainda
e durará até que haja reunido todas as suas ovelhas sob as dobras do seu manto
protetor”. (Vide: “Os Quatro Evangelhos” – tomo 4 – J. B. Roustaing – Feb).
Se Kardec, como visto no Capítulo anterior, parece alguma lógica e alguma
razão, não se descarta, exceto por maledicência, que a presente alegação da
obra de Roustaing também é detentora de alguma lógica, de alguma razão. Ora, há
dores morais, sim, que superam dores corporais; e quem é tão insensível assim
que não as vivera, não as experimentara como forma de dor exclusivamente moral,
que se exprime na consciência, no coração, tal qual forma de imensa dor
espiritual?
Todavia, não quero forçar opiniões como o fazem os mais diversos
debatedores de tal contenda, localizando os pontos fracos e fortes de um e de
outro; no meu caso, não tenho intenção de fazer prosélitos, e sim o de permitir
que cada qual faça sua escolha pelo que considerar melhor, pelo que entender válido
pela sua inteligência, sua deliberação filosófica e moral.
Por outro lado, ainda, e
comparando-se a obra de Kardec e a de Roustaing, diga-se que a do primeiro estivera
“otimizada” (???) pela pesquisa observacional de vários médiuns estranhos uns
aos outros se permitindo a comparação filosófica, didática e moral de suas
páginas pelo método da consensualidade universal que, como se sabe e já visto
pelos meus textos e e.Books, não é um método perfeito, porém, diga-se, tratara-se
de um processo mais razoável (???) que o de Roustaing, que trabalhara com uma
só médium, diferindo, pois, do método kardeciano de organização doutrinária.
(Vide nosso e.Book: “Consenso Universal: Tríplice Aspecto”).
O que não quer dizer que o trabalho de um só médium seja, de todo,
condenável e ruim.
Ora, vejamos o trabalho de Francisco Cândido Xavier, de Pietro
Ubaldi, de Divaldo Franco e outros mais! São magníficos, são excelentes! E
porque o trabalho de Roustaing não se enquadra, ou, não se enquadraria a tal
excelência?
Por outro lado, ainda, Roustaing, de modo ético, não corrigira e
não adulterara o que viera dos Espíritos e de sua médium; Já Kardec, de modo
discutível, alterava as instruções dos Espíritos, lhes modificava o teor, e,
isto, pois, não levanta dúvidas sobre sua obra?
Em suma, convidamos ao espiritista, máxime o neófito, ao trabalho,
ao estudo constante, e convidamo-lo, igualmente, à simplicidade, à modéstia, à
fraternidade, e, sobretudo, ao amor e a caridade para com todos, pois que,
afinal, e repetindo Xavier, todos os nossos labores científicos, todos os
nossos estudos e trabalhos com o fenômeno mediúnico: “são ainda nascentes”; e,
portanto, não nos precipitemos com a polêmica descabida, com a maldade
preconcebida e com a arrogância dos que pensam que sabem tudo, quando, na
verdade: nada sabem.
Capítulo 6
UBALDI, XAVIER E DIVALDO
Opiniões de peso, pelo menos para mim, são as de Pietro Ubaldi e de
Francisco C. Xavier, seguidas, ao demais, pela de Divaldo Pereira Franco, e,
pois, de suas importantes obras.
O que se sabe é que Ubaldi, durante algum tempo, se mostrara
favorável às teses rustenistas; todavia, em sua obra derradeira: “Cristo” (P.U.
- Fundapu), se posicionara a favor da Encarnação de Jesus. No Capítulo 2 ele se
formaliza em termos claros, escrevendo: “A Encarnação e a Paixão do Cristo...”;
e no Capítulo 4 profere: “... que se revelou na matança feroz do Corpo do
Cristo”; e logo adiante: “... que valor espiritual pode ter tal massacre
físico?”; e, mais ao longo ainda: “O escopo da Encarnação do Cristo...”; e página
mais adiante prossegue:
“Assim, Cristo nos aparece vivo em toda a sua lógica para dizer-nos:
Fazei como Eu fiz. O que fiz também vós pode fazê-lo. Pertenci à vossa própria
raça: não fui apenas um prodígio descido do céu, com poderes excepcionais. Fui
Homem como vós, mas em virtude do meu incansável labor ascensional alcancei o Sistema
(Plano Divino da Espiritualidade), regressando ao seio de Deus, realizando,
assim, o meu destino que é também o de todos vós”; (Opus Cit.).
Já no tocante a Xavier, o que se sabe é que o mesmo, em toda a sua
vida, se mostrara simpatizante das teses rustenistas, o que se confirma na obra
“Testemunhos de Chico Xavier”, de Suely Caldas Schubert (Feb); e a obra de sua
psicografia: “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” (Espírito Humberto
de Campos – Prefácio de Emmanuel - Feb) também corrobora Roustaing.
E, outras obras suas, como por exemplo: “Mecanismos da Mediunidade”
(Feb), em parceria com Waldo Vieira, em seu último Capítulo, temos informações
que ratificam a obra de Roustaing, pois André Luiz, prefaciado por Emmanuel,
preconiza:
“Em Jerusalém, no templo, (Jesus), desaparece de chofre,
desmaterializando-se, ante a espectação geral (João, 7:30), ...”. (Opus Cit.).
Logo, a obra inteira de Xavier, com as mais diversas autoridades do
astral, confirma a obra inteira de Roustaing, o que se ratifica, ainda, pela
obra de Divaldo Pereira Franco, sobretudo em: “À Luz do Espiritismo”. (Espírito
Vianna de Carvalho prefaciado por Joanna de Ângelis – Livraria Espírita
Alvorada Editora).
Capítulo 7
JESUS: MÉDIUM DO CRISTO
Inicio referido Capítulo recordando uma grande amiga que, dias
atrás, nos escrevera e nos recordara uma sentença muito conhecida de todos nós,
porém, pouco colocada em prática:
“Vamos construir pontes, meus queridos, e não muros que nos isolam e
nos separam”.
E o fato é que relendo uma das obras do médium Hercílio Maes: “O
Evangelho à Luz do Cosmo” (Ramatis - Internet), pude recordar suas instruções
de que Jesus era um determinado Espírito e o Cristo era outro Espírito; ou
seja: Jesus seria, por tal interpretação: o médium reencarnado; e o Cristo: o
seu Instrutor Espiritual elevadíssimo, Entidade Arcangélica, ou, em seu dizer
mesmo: Logos Planetário.
Pedindo licença para pinçar algumas de suas ilações, temos que:
“De início, já é tempo de a humanidade entender que Jesus de Nazaré
não é especificamente o Cristo, ou Deus, mas o sublime médium, o mais
qualificado representante da Divindade na face da Terra, a fim de transmitir a
mensagem libertadora do Evangelho. O espírito que conhecemos por Jesus de
Nazaré, o melhor homem do mundo, vivera trinta anos sob a mais intensa
atividade ‘psicofísica’, a fim de esmerar-se até alcançar a hipersensibilidade
para sentir o espírito planetário em si”.
“Mas, por tratar-se de entidade de alto gabarito psíquico, Jesus
despendeu mais de mil anos do calendário terreno, para conseguir reduzir a sua
vibração e atingir uma freqüência compatível da organização carnal de um homem
à superfície da Terra. O nascimento de ‘Avatares’, ou de entidades de alto
gabarito espiritual, como Jesus, exige a mobilização de providências incomuns
por parte da técnica transcendental, medidas essas que ainda são ignoradas e
incompreendidas pelos terrícolas”.
“É um acontecimento previsto com muita antecedência pela
Administração Sideral, pois do seu evento resulta uma radical transformação no
seio espiritual da humanidade. Até a hora de espírito tão elevado vir à luz no
mundo terreno, deve ser-lhe assegurado todos os recursos de defesa e
assistência necessários para o êxito de sua descida vibratória”. (Opus Cit.).
E é óbvio que, só pela citação de Hercílio Maes e de Ramatis nesta
minha tese, os espiritistas mais ortodoxos me taxarão de herege e de outras
coisas mais; o que não é nenhuma novidade; porém, sigamos avante sem nos
importarmos com os xingatórios que, de qualquer modo, não me atingem, não me
ofendem ou denigrem minha imagem; e isto por que:
“Jesus nos aprova pelos nossos corações e não pelas nossas
expressões antievangélicas que, por si sós, responsabilizam seus infelizes
malfeitores”. (frp).
Capítulo 8
OUTRAS CONJETURAS AINDA
Assim, os que me conhecem pessoalmente, ou, pelos meus textos e e.Books,
sabem que não sou dado a polêmicas descabidas e apaixonadas, preferindo um meio
termo, mais coerente e mais sensato, até que as coisas se acalmem, e, com mais
prudência, e sem paixões, possa me externar melhor, ou seja, com equilíbrio, com
bom senso, com harmonia espiritual.
Ainda assim, sabe-se que ninguém é infalível num mundinho inferior
como este nosso!
Ninguém!!!
Faço dita citação, que, aliás, é também o objetivo do presente
e.Book, ou seja: mostrar aos muitos aprendizes do Espiritismo que o Movimento Espírita
(como todos os movimentos em nosso plano terreno) nada tem homogêneo, mas sim,
de heterogeneidade, havendo, pois, como estou mostrando no presente escrito:
-As posições contrárias de Kardec e de Roustaing; e dos adeptos
apaixonados, de um e de outro;
-Que Ramatis alega que Jesus não é o Cristo, mas um médium do
mesmo; havendo, pois, nesta concepção, um Jesus homem e um Cristo Cósmico; e
que:
-O Espiritismo de Kardec ensina que Jesus Cristo é um só e o mesmo
Espírito, alegando, ainda, que o mesmo se enquadraria como “Médium de Deus”.
Mas não é só!
Mais recentemente, um bom livro de Carlos Baccelli lança mão de
teses a princípio interessantes, concordo, mas um tanto polêmicas, igualmente,
quando bem sentidas e racionalizadas; seu título: “A Lei da Reencarnação”: Espírito
Domingas (Editora Leep). Alguns sábios do citado livro, no Capítulo quinto,
levantas duas hipótese para explicar o período de 18 anos que Jesus Cristo
desaparecera da história, ou seja: dos 12 aos 30 anos.
A primeira tese do livro defende que o Espírito de Jesus, mesmo
que, a longa distância do seu corpo, pelo dom da ubiqüidade, poderia
controlá-lo e, com isso, aguardar o tempo certo de a ele retornar para o
cumprimento de sua jornada evangelizadora. E a segunda hipótese seria a de que
outro Espírito lhe substituíra, em seu corpo, por aquele referido espaço de
tempo, quando Jesus, então, a ele retornara e o retomara para o cumprimento de
sua missão.
Sem mais considerações de minha parte, peço ao Leitor que se decida
por si mesmo, que faça sua opção por uma ou outra coisa, pois a mim não cabe
decidir por outrem, mas apenas e tão só: por mim mesmo, por minhas próprias
idéias e concepções.
Nesta hora, recordemos Xavier:
“Todos os nossos estudos sobre mediunidade (e prática da mesma) são
ainda nascentes”.
Capítulo 9
JESUS: MÉDIUM DE DEUS
Sabe-se que os mais
importantes postulados de Jesus são os mais importantes postulados do
Espiritismo que, se fossem seguidos neste Mundo provacional, seríamos mais
felizes e estaríamos bem mais próximos de um novo Mundo: o de Regeneração.
Todavia, se discute
e, as vezes apaixonadamente, sobre a natureza do corpo que Jesus teria
envergado quanto esteve entre nós. E, temos o direito de saber? De, filosoficamente,
questionar? Óbvio que sim.
Assim, pois,
constatamos que Jesus, para Kardec, para Pietro Ubaldi e para Ramatis, era
detentor de um corpo carnal similar ao nosso mesmo; entretanto, Ramatis tem sua
opinião própria, e distinta dos demais, ao postular que Jesus era médium do Cristo,
Entidade Arcangélica como citado logo atrás.
Uma importante obra
de Xavier em parceria com Vieira: “Mecanismos da Mediunidade” (Feb), ditada
pelo Espírito André Luiz e prefaciada por Emmanuel, em seu capítulo final, descreve
que:
“Em ‘A Gênese’, anota
Allan Kardec, com referência aos fenômenos da mediunidade em Jesus”:
“Agiria como médium
nas curas que operava? Poder-se-ia considerá-lo poderoso médium curador? Não,
porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os
Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era
ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder
pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas
forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos
e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de
Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era Médium de
Deus”. –Nota indicada por André Luiz, o autor espiritual da obra encimada.
E, mais adiante, no
mesmo Capítulo, assegura André Luiz:
“Cedo começa para o
Mestre Divino, erguido à posição de ‘Médium de Deus’, o apostolado excelso em
que lhe caberia carrear as noções da vida imperecível para a existência na Terra”.
(e etc., etc.).
Vide também, sobre a
encarnação de Jesus (???), nosso modesto e.Book intitulado: “Construção Bio-Transmutável”.
Capítulo 10
NOSSAS PALAVRAS FINAIS
Assim, pois, num
final, e, num resumo imprescindível, e, mais ainda, sem querer depreciar os
distintos debatedores da questão, temos razões para crer que a obra de
Roustaing, (“Os Quatro Evangelhos” – Feb), resume toda a verdade relativa a
Cristo Jesus, o que, aliás, se confirma pela ‘Trilogia Codificada por Kardec’
de títulos:
-“O Livro dos
Espíritos”;
-“O Livro dos
Médiuns”; e:
-“O Evangelho Segundo
o Espiritismo”.
Senão vejamos:
-“O Livro dos Espíritos” (AK - 1857):
No Item 113 de tal “Livro”, vemos que os Seres da primeira ordem,
como classe única, e, pois, sendo Espíritos Puros – como, por exemplo: Jesus –
tais não mais se encontram “sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis”, o
que ratifica a obra de Roustaing que preconiza para Jesus, quando esteve entre
nós, como um Ser dotado de um corpo fluídico materializado e cujo sofrimento:
“na essência espiritual, é mais forte e mais vivo que o possam ser, para os
vossos corpos”... “Jesus sofreu, oh! Sim, sofreu cruelmente, não na sua carne,
mas em seu Espírito ”. (Roustaing – Tomo 2 –
Feb).
-“O Livro dos Médiuns” (AK - 1861):
Em sua ‘Segunda Parte’, Capítulo 6: ‘Manifestações Visuais’, se
pode ver por longos ditados e ensinos dos Espíritos Superiores, tudo quanto se
refere às possibilidades do perispírito - tal como no caso de Jesus – tomar a
forma de um corpo tangível e dotado, pois, de uma “carne relativa” (Roustaing)
em que se pode tocá-la, apalpa-la e constatar sua resistência e até mesmo o
calor de um corpo vivo, um corpo biológico e material tal como os nossos de
Espíritos reencarnados.
-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864):
Em tal
obra, Capítulo 3, Item 9, que é parte, vejam bem, de um extrato, ou, como
queiram, de um : ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’, temos de tais ensinos que:
“Nos Mundos
que atingiram um grau superior, as condições da vida moral e material são bem
outras que as de sobre a Terra. A forma do corpo é sempre, como por toda parte,
a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O
corpo nada tem da materialidade terrestre, e não está, por conseguinte,
sujeito nem às necessidades, nem às doenças, nem às deteriorações que engendram
a predominância da matéria; os sentidos, mais delicados, têm percepções que a
grosseria dos órgãos sufoca neste Mundo”. (Opus Cit.);
E notemos o
trecho que se segue:
“A leveza
específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se
arrastar penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na
superfície, ou, (o Ser, simplesmente:) plana na atmosfera sem outro esforço
senão o da vontade, à maneira pela qual se representam os Anjos”. (Opus
Cit.).
Aqui, pois,
temos comparações que vão do referido ‘Criptógamo Carnudo’ ao ‘Anjo’ da
magnânima obra de Roustaing: “Os Quatro Evangelhos” (Feb).
No seu Tomo
1, Roustaing, fornecendo-nos “ideia da criação humana”, refere que tal
indivíduo, o ‘Criptógamo’, dos Mundos Primitivos: “rasteja, ou antes desliza,
tendo os membros, por assim dizer, em estado latente”. (Opus Citado).
E mesmo num
Mundo acima do Primitivo, um Mundo Provacional como o nosso, temos exemplos de
Espíritos que renascem, por expiação, em corpos humanos desprovidos de membros,
ou seja, sem braços e pernas, não sendo, pois, dita situação, uma
característica específica dos Mundos Primitivos.
E, o
referido ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’, de “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), diz o mesmo que Roustaing, informando
que, nos Mundos atrasados, o Ser está a “se arrastar penosamente sobre o solo”;
mas que, nos Mundos Superiores, de Espíritos purificados, eles podem esvoaçar,
planar, flutuar, volitar com seus corpos sutis, e similares, o que, de certa
forma, comparar-se-ia ao corpo fluídico, e materializado, do Cristo, de quando
esteve entre nós!
Logo, a ‘Trilogia Codificada’ não refuta a obra de Roustaing, mas
lhe autoriza em todos os seus aspectos. Assim, pois, ao se pretender que a obra
de Roustaing seja banida do nosso meio não passa de ilusões insanas da
obscuridade humana, um retrocesso intelectual não mais condizente com o Homem
moderno que, no Século 21, pensa na Relatividade de Tudo, e, inclusive, do Ser
humano, cujo Cognitivo não se paralisa, conquanto a vontade estagnada de certos
elementos espiritistas que serão forçados a mudar, a subir e enxergar mais, e
melhor.
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UM GRANDE ABRAÇO A TODOS
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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Bibliografia
-“Obra Completa de Allan Kardec”: Diversas Editoras;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi”: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Diversas Editoras; Internet;
destacando-se no presente e.Book:
-“Mecanismos da Mediunidade”: Chico Xavier e Waldo Vieira:
Espírito: André Luiz: Feb;
-“Os Quatro Evangelhos”: J.B.Roustaing: Feb;
-“Elucidações Evangélicas”: Antonio Luiz Sayão: Feb;
-“O Cristo de Deus”: Manuel Quintão: Feb;
-“O Corpo Fluídico”: Wilson Garcia: Correio Fraterno;
-“Pureza Doutrinária”: Ary Lex: Feesp;
-“Testemunhos de Chico Xavier”: Suely C. Schubert: Feb;
-“Carta de Xavier a Clóvis Tavares”: do livro “Sal da Terra”:
Clovis Tavares: Internet;
-“O Evangelho à Luz do Cosmo”: Hercílio Maes: Espírito Ramatis: Internet;
-“A Lei da Reencarnação”: Carlos Baccelli: Espírito Domingas:
Editora Leep; e:
-“Bíblia Sagrada”: Versões Católica e Protestante.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese
Informal;
02-Espiritismo e
Progressividade;
03-Espiritismo e
Matemática;
04-Mecanismo
Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física
Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico
Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do
Evangelho;
10-Espiritismo e
Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e
Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita:
Reformulação;
16-Kardecismo e
Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra
Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século
XXI;
19-Espiritismo:
Fundamentações;
20-Ciência de Tudo:
Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do
Espírito;
22-O Homem Integral
(Reflexões);
23-Espiritismo e
Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do
Espírito;
27-Construção
Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi; e:
41-Espiritismo
e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica
do Homem;
43-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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