segunda-feira, 27 de maio de 2019

O MÉDIUM DE DEUS (12o. e.Book)


Fernando Rosemberg Patrocínio

(12º. e.Book)

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O MÉDIUM DE DEUS

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Introdução

Capítulo 1: Algo Sobre Mediunidade

Capítulo 2: Assim Falou Chico Xavier

Capítulo 3: Em Busca da Perfeição

Capítulo 4: Kardec Refuta Roustaing

Capítulo 5: Roustaing Refuta Kardec

Capítulo 6: Ubaldi, Xavier e Divaldo

Capítulo 7: Jesus: Médium do Cristo

Capítulo 8: Outras Conjeturas Ainda

Capítulo 9: Jesus: Médium de Deus

Capítulo 10: Nossas Palavras Finais
                              
Bibliografia

Relação Nossos e.Books

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Introdução

Neste e.Book, de nossa despretensiosa coleção, intitulado: “O Médium de Deus”, estaremos tratando, dentre outros temas, da possibilidade de Jesus ter sido médium do Cristo que, neste caso, (Jesus e Cristo), seriam eles: Seres distintos, e, pois, integrados numa mesma e divina missão; sendo que, para mim, são todas elas teses instigantes e mui provocativas, conquanto, ao final deste pequeno estudo, no Capítulo 10, daremos nossa sincera opinião, seja ela acatável ou não pelos mais diversos estudiosos da questão.

Porém, devemos dizer que o mais importante de tudo quanto estaremos a estudar, e a propor, sobre a figura excelsa do ‘Nosso Senhor’, haverá de ser, ontem, hoje e sempre, sua abençoada ‘Mensagem de Luz e de Redenção’ de todos nós, seus alunos degredados e, pois, sofredores irmãos espirituais terrenos.

Quando então: pergunta-se:

1-Por que tratar de questões secundárias se o que importa mesmo é a sua Mensagem de Amor e de Luz?

2-Por que tratar, pois, de tais conjecturas se não se pode provar, a não ser por atos de fé, se Jesus teria sido médium do Cristo ou médium de Deus?

Ora, é evidente que seus ‘Ensinos Morais’ superam tais discussões e questionamentos. Ainda assim, o fato é que: conjecturar faz parte da busca da verdade que, mais cedo, ou, mais tarde, a teremos por completo como solução de todos os problemas que, de momento, nos afligem e nos consternam.

O autor: um aprendiz, tal como você: Leitor.

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Capítulo 1

ALGO SOBRE MEDIUNIDADE

Um dos temas mais difíceis de nossos estudos, de nossa prática cotidiana, se refere, sem dúvida, ao problema da comunicabilidade mediúnica. E não diga que isto não lhe cabe, que isto não é um problema seu, e que tal, portanto, só diz respeito a outrem, mas não a você que está imune a isto, pois que não é um médium ou coisa que o valha.

Entretanto, e, apesar da recusa de alguns, este não é um problema tão só inerente a mim, mas a todos nós, pois que, indubitavelmente, somos Entes paranormais, ou seja, e, em linguagem espiritista, somos Espíritos reencarnados no Mundo terreno portando inúmeras potencialidades psíquicas, dentre as quais, a de comunicabilidade telepática e mediúnica que, pelos estudos encetados, indica que o telefone “toca” tanto de lá pra cá, na forma de percepção de ideias e de fatos espiríticos, como também “toca” de cá pra lá, ou seja, de nossa influência mesma para com o Mundo Invisível, denotando, pois, que as influências são recíprocas, ininterruptas: de lá pra cá e de cá pra lá.

Entretanto, diga-se que tais fatos: da mediunidade, ou da comunicabilidade recíproca que se realiza, modo psíquico, dentre os dois planos existenciais, é de todos os tempos da Humanidade; e a Bíblia Sagrada é um dos seus repositórios mais antigos. Ora, Mundo Material e Mundo Espiritual se interpenetram, se tocam, se comunicam, constituindo duas “humanidades” psíquicas: a dos Espíritos encarnados e a dos desencarnados ou desprovidos da indumentária carnal.

Todavia, como estão, ou, a que ponto chegou os estudos e os trabalhos laborados com a mediunidade nos tempos atuais? Óbvio que nunca se viu no Mundo terreno uma explosão tão expressiva de tantos médiuns, de tantas obras ditas psicografadas, mais ou menos confiáveis, mais ou menos espíritas, parecendo confirmar o profeta Joel, no capítulo 3, versículos primeiros, quando se aludira que:

“Derramarei do meu espírito sobre todos os viventes, e vossos filhos e filhas profetizarão, os velhos terão sonhos e os jovens terão visões”. (“Bíblia”).

Entretanto, se tais obras psicografadas atualmente, são mais ou menos confiáveis, mais ou menos espíritas, isto quer dizer que não se pode confiar em tudo que nos chega de tais profetas modernos, médiuns de todos os matizes, mas, sobretudo, da área psicográfica. O mais importante médium psicógrafo de todos os tempos da humanidade: Francisco Cândido Xavier, dizia:

“Todos os nossos estudos sobre mediunidade são ainda nascentes”. (Vide: Capítulo 2 a seguir, intitulado: ‘Assim Falou Chico Xavier’).

Expressando, pois, que os estudos, de quem quer seja, e, portanto, condutores de nossa prática vivencial com tal faculdade - pois que todos somos médiuns - são ainda incipientes, iniciantes e tem todo um futuro adiante para nossos estudos e práticas com a mesma, pois que não se trata apenas da comunicabilidade dos Homens com os Espíritos e vice-versa, mas sim de Espíritos para com Espíritos das mais diversas e mais elevadas gradações psíquicas, e de tais para com a Inteligência Suprema, e vice-versa, quando atingirmos nossa condição espiritual máxima: de Espíritos Puros e despojados de sua ganga de paixões, de defeitos e vícios mesclados às mais vis e mais ignóbil materialidade.

Óbvio que não se despreza tratados especiais sobre tal potencialidade anímica, sendo tais dos mais diversos autores encarnados e desencarnados, dos quais se destaca por exemplo: “O Livro dos Médiuns” (Allan Kardec – 1861); mas também não se pode a tudo reduzi-lo, mesmo porque, o seu autor mesmo rejeita tal ideia como se pode ver no referido.

Logo, o sermos: dotados de faculdades medianímicas, mais ou menos desenvolvidas, o fato é que não existe um estudo, um trabalho ou método específico que nos torne mais ou menos médiuns, mas sim, quero crer, normas de uma conduta pessoal a mais correta possível, pautada, pois, nos valores do Evangelho que nos torna melhores homens e, portanto, melhores médiuns, ou seja, humanos que beneficamente influenciam e são influenciados por seus iguais: Espíritos encarnados ou desencarnados.

Por outro lado, e como já esboçado, médiuns não são somente aqueles que atuam numa comunidade espírita ou espiritualista qualquer. Médiuns somos todos nós durante uma vida inteira, ou, de todas as vidas, pois que a Imanência de Deus a tudo penetra, bem como a presença daqueles irmãos com os quais nos afinamos, além dos anjos da guarda que velam pelos nossos destinos e pelos nossos progressos nos insuflando bons pensamentos, bons conselhos e mais elevados sentimentos, ou seja: de procederes cristãos.

Logo, a faculdade mediúnica está no Espírito mesmo: como Ser pensante e irradiante de suas potências, e, em nosso caso, radicaliza-se no complexo orgânico, pois que o corpo fora plasmado por forças perispiríticas de nossa contingência psíquica, sendo amparadas, como o somos sempre, pelos guias e instrutores de uma Humanidade cósmica, tal como relatado por André Luiz em seu importante capítulo sobre a reencarnação incluso em uma de suas mais importantes obras: “Missionários da Luz” (Psicografia Xavieriana - Feb).

Prossigamos, pois!!!

Capítulo 2

ASSIM FALOU CHICO XAVIER

Referida carta, como se sabe, fora escrita por Francisco Cândido Xavier endereçada a Clovis Tavares, e, como se pode ver, falando de Pietro Ubaldi; tal carta, para este despretensioso autor, resume tudo no tocante ao problemático tópico da mediunidade, pois tal questão, e, por mais estudemos e pratiquemos tal faculdade, (seja qual for), somos dela, ainda, modestos e incipientes medianeiros, e isto se confirma pelos ‘desajustes’ de muitas obras encontradiças em nosso meio que, mesmo as de Kardec não escaparam de uma mais detida análise e criteriosa observação:

“Pedro Leopoldo, 30 de Março de 1.950”.

“Estou encantado com a sua dedicação ao nosso abnegado apóstolo de Gubbio”.

 “Ele é sempre grande e sublime em meu pensamento”.

“Quando estiver em suas mãos, leve a ele, apesar do oceano que nos separa, sob o ponto de vista espacial, a certeza de nosso carinho e devoção permanentes”.

“Até hoje, não me veio às mãos as páginas que você me prometeu. Refiro-me às ‘Bem-aventuranças’, de ‘L’Ascessi Mística’ e ‘Paixão’ que a sua bondade verteu para a nossa fome de pão espiritual”.

“Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a tradução do pensamento do nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso Século”.

“Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes, entre as quais se destaca ‘Sua Voz’, a voz de nosso Amigo Celestial”.

“Todos os nossos estudos sobre mediunidade são ainda nascentes”.

“E a radiofonia, como a televisão, pode dar-nos ideia do que acontece com a mente do nosso admirável Ubaldi quando, convertida em receptor sublime se identifica com a emissora do Mestre, através de ondas potentes, certo, apenas perceptivas a ele, apóstolo exilado em sacrifício demorado a favor do progresso humano”.

“Muito me comove a solicitação dele no que se reporta à possibilidade de minhas mãos receberem alguma palavra que nos fale sobre a sua gloriosa missão de amor e renúncia”.

“Não acha você que isso é o mesmo que um luzeiro resplandencente pedir claridade a um pirilampo?”.

“De qualquer modo, porém, algo procurarei obter e se nossos Amigos Espirituais me atenderem ao desejo, escreverei a você, tão logo isso se verifique”.

“Tudo o que você puder me enviar de Ubaldi ser-me-á um grande conforto”.

“Todas as notícias e trabalho dele são por mim esperados com ansiedade...”.

“Chico”.

Observação:
“Página constante do Livro: ‘Sal da Terra’, de Clóvis Tavares (Internet)”.

E tratando, pois, do que mais nos interessa no momento, ou seja, das faculdades mediúnicas:

– “ainda nascentes” –

E, apesar de sua distância histórica, ou seja, de sua existência em todos os tempos da humanidade, é provável que aí mesmo resida o nosso problema, ou seja: ainda somos, espiritualmente falando, muito jovens diante da superioridade espiritual que almejamos; e daí tantos trabalhos mediúnicos reprováveis, o que não quer dizer, em tempo algum, que tais médiuns não devam trabalhar suas potências psíquicas, pois que, para acertar, precisamos, mesmo que errando, laborar e melhorar nossa sensibilidade psíquica no trabalho mesmo, nossas lutas cotidianas que implicam, ao demais, em nossos estudos freqüentes e em nossa melhoria íntima pautada nos ensinos de Jesus.

Daí, não se condenar de forma tão severa aqueles dos nossos irmãos médiuns que produziram ou produzem obras um tanto reprováveis, não exatamente espíritas, pois que tais Espíritos, e tais médiuns, estão laborando, e, de futuro, produzirão algo melhor, pois que, tanto eles, como nós mesmos, somos ainda imperfeitos, conquanto nossa busca irrefreável da perfeição.

Assim, pois, não existe médium perfeito; o que existe, penso eu, são médiuns mais experientes, e, no caso em questão, missionários, tais como o foram: Francisco Cândido Xavier e Pietro Ubaldi, dentre outros.

Lembrando ainda que tais elementos se mostraram dotados de uma invejável disciplina moral, como também dotados de uma vasta sabedoria, pois, do contrário, não teriam se saído tão bem de suas labutas missionárias, onde, e quando, seus problemas, no tocante à filtragem mediúnica foram mínimos e perdoáveis, sobretudo quando se tem em conta que são Seres humanos, ou seja: Espíritos reencarnados numa matéria densa que se opõe ao Espírito, ou seja, à injunção psíquica de dois Seres que se comunicam: estando um na opaca materialidade, e o outro, livre no espaço transfísico que nos circunda.

Capítulo 3

NA BUSCA DA PERFEIÇÃO

Assim, pois, tudo do nosso Mundo terreno, sobretudo ao campo das humanidades, é ainda imperfeito!

Ora, consultemos as páginas da História e vejamos o quanto erramos em nosso pretérito de vidas transcorridas no tempo-evolução; e, se buscarmos causas mais longínquas ainda, nos depararemos com os dados do ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’ que, como já visto noutros textos e e.Books, se compõe de toda uma Consensualidade Universal formalizada pelos Profetas Bíblicos, por Jesus, e, mais recentemente, pelos Profetas Modernos nas pessoas de Pietro Ubaldi e de Francisco Cândido Xavier com as abalizadas instruções de ‘Sua Voz’, ‘Emmanuel’, ‘André Luiz’, ‘Augusto dos Anjos’ e muitos outros mais.

Ora, espiritistas ainda imaturos, que vêem defeitos em tudo, exceto em Kardec, e que, de sua parte se guarnecem e se blindam na posição “correta” da Doutrina Codificada, tais elementos, mais ortodoxos, se acham imunes a tudo e atiram pedras para todos os lados e condenando, obviamente, tudo quanto não venha do seu ícone, seu mestre, seu deus único da verdade que, só por aí, se posicionam em terreno movediço, pois que a ‘Doutrina Codificada’ é síntese, e como seu organizador explicitara: ‘é essencialmente progressiva’, pois que vai dilatando seus princípios fundamentais.

Já tratei da “correta” e “impoluta” posição doutrinária em diversos textos e e.Books. E que não se pense esteja eu satisfeito em escancarar os possíveis desajustes da obra de Kardec. Não, não estou; mas o fiz para mostrar aos mais ortodoxos que defeitos e desajustes toda grande obra os apresenta, seja de Kardec, seja dos Espíritos, seja de Ubaldi ou de Xavier, e etc., etc.

Ora, consultemos a Internet e vejamos como a Ciência mundana mesma retificara muitos de seus equívocos, e ainda os retifica permanentemente.

E porque o Espiritismo, em tratando do Metafísico, em tratando com Inteligências invisíveis, em tratando, pois, com fatos não corpóreos propriamente falando e não sujeitos ao nosso escalpelo físico, porque o Espiritismo, onde trabalham os nossos tantos médiuns, não estaria sujeito ao erro, ao desajuste, ao equívoco, se, pois, estamos lidando com fatos mais complexos que os de nossa Ciência materialista mundana, e, portanto, tratamos com fatos não-físicos, demandando, pois, paciência e largo espaço de tempo para que coloquemos as coisas no seu justo lugar, acertando, com isso, os ponteiros de nossa pesquisa observacional, bem como os ponteiros de nossa realidade anímica, mediúnica e, portanto, espiritual.

Por tudo, pois, tratemos de nos melhorar, ou, como já ministrara o ‘Espírito de Verdade’, e, como tantas vezes o mencionei, tratemos do “Amai-vos” uns aos outros com críticas menos vorazes aos nossos companheiros de redenção, críticas estas que são os resquícios de nossas posturas doentias e pouco fraternais; críticas, pois, que deveríamos fazer a nós mesmos se fôssemos capazes de francamente verificar nossa interioridade malfazeja e desequilibrada.

É que: olhamos muito para fora e nos esquecemos de olhar para o nosso interior, coisa que o faremos mais adiante na subjetividade de nós mesmos.

Capítulo 4

KARDEC REFUTA ROUSTAING

E como estamos tratando do nosso aperfeiçoamento espiritual e moral, onde se contem o aperfeiçoamento de nossa ótica científica e filosófica das coisas, devo enfatizar que Kardec, em uma de suas páginas mais importantes assim se posicionara sobre a questão levantada pela obra de João Batista Roustaing (“Os Quatro Evangelhos” – Feb):

“Se Jesus estivesse, durante a sua vida, nas condições dos seres fluídicos, não teria sentido nem a dor, nem nenhuma das necessidades do corpo; supor que assim não haja sido, é tirar-lhe todo o mérito de uma vida de privações e de sofrimentos que escolheu como exemplo de resignação. Se tudo nele não era senão aparência, todos os atos de sua vida, o anúncio reiterado de sua morte, a cena dolorosa do jardim das oliveiras, sua prece a Deus para afastar o cálice de seus lábios, sua paixão, sua agonia, tudo, até à sua última exclamação no momento de entregar o Espírito, não teria sido senão um vão simulacro para enganar sobre a sua natureza e fazer crer num sacrifício ilusório de sua vida, numa comédia indigna de um simples homem honesto, com mais forte razão de um Ser tão superior; em uma palavra, ele teria abusado da boa-fé dos seus contemporâneos e da posteridade. Tais são as conseqüências lógicas desse sistema, conseqüências que não são admissíveis, porque o rebaixam moralmente, em lugar de elevá-lo”. (Vide: “A Gênese” – AK).

E, como o tema é um tanto explosivo, e controverso, que se consulte, para maiores detalhes doutrinários, não só os demais escritos de Kardec como de seus muitos defensores modernos, tais como Jorge Rizzini, J.H. Pires, Wilson Garcia, e etc., para se ter uma visão mais ampla e dilatada da temática em foco.

Capítulo 5

ROUSTAING REFUTA KARDEC

Da mesma forma, para maiores detalhes da obra que defende o corpo fluídico, porém, materializado, do Senhor Jesus, (de quanto esteve dentre nós), que se consulte, pois, não só sua fonte mesma: “Os Quatro Evangelhos” (J.B.Roustaing - Feb), como também obras de seus muitos defensores geniais tais como Luciano dos Anjos, Manuel Quintão, Jorge Damas Martins, e etc., que muito esclarecem sobre a polêmica questão.

Em síntese, dir-se-ia que o entendimento dos Espíritos que laboraram a obra de Roustaing (compilador) - e, se referindo, mais especificamente, aos sofrimentos vividos e experienciados por Jesus durante sua romagem terrena - está contido em tal passagem do ‘Tomo 4’ que transcrevo:

“Ó vós, que recusais valor ao sacrifício de Jesus, por não se achar Ele revestido de um corpo de carne, perecível como o vosso, abri os vossos próprios corações e perscrutai, com sinceridade, o fundo de vossas Almas. Que preferiríeis: suportar a tortura do corpo, ou suportar o desespero de testemunhar a ingratidão, a negrura d’alma, o crime, naqueles a quem mais amor tendes do que a vós mesmos?”.

“Vós todos, que não vos encontrais dominados pelo egoísmo, pais, mães, filhos, criaturas humanitárias que considerais todos os homens como vossos irmãos bem-amados, quais não são os vossos sofrimentos quando vedes aqueles a quem fizestes objeto do vosso mais terno amor vos repelir com seu desprezo e vos atirardes pedras?”.

“Jesus não pode ter sofrido como os outros homens, porque não era da natureza destes! Não, a sua natureza não era idêntica à dos outros homens e por isso ele não sofreu da maneira por que sofrem os habitantes materiais do vosso planeta inferior. Entretanto, por serem de outra ordem, seus sofrimentos não terão sido superiores aos da humanidade terrena?”.

“Seu corpo fluídico, de natureza perispirítica, tangível e visível para os homens, não era suscetível de experimentar a dor material, porque, efetivamente, as sensações que recebia nenhuma relação tinham com a impressão dolorosa que causam a amputação de um membro, a contusão numa parte qualquer do corpo humano. Era, porém, suscetível de receber impressões exteriores que repercutiam no moral com violência, para vós, inaudita. Eis por que vos dizemos que Jesus, vítima voluntária do amor que consagra aos seus protegidos – os homens da Terra, se bem não sofresse do ponto de vista carnal, sofreu violentamente”.

“Para o avaliardes, esforçai-vos por perceber as sensações que certas naturezas de escol experimentam quando as punge uma dor moral, a profundeza do golpe que recebem quando lhes chega uma notícia má, as torturas por que as fazem passar a ingratidão, a maldade, quando elas vêem os que são objeto da sua mais terna afeição alvo da perseguição ou da calúnia”.

“Não prefeririam essas Almas sensíveis uma dor material ao contínuo sofrimento moral que as despedaça? E, levado a certo ponto, esse sofrimento moral que atinge as proporções materiais do sofrimento do corpo, não as ultrapassa até? Não lhe altera os órgãos, ao ponto de causar a sua decomposição? Não vedes muitas vezes a intranqüilidade, a aflição, a consumição lhes acarretarem a morte, no sentido de que produzem nos seus organismos estragos a que elas não podem resistir? E ainda recusareis a reconhecer que certos sofrimentos morais são verdadeiramente intoleráveis?”.

“Quais não seriam os sentimentos de Jesus para convosco? Quais não terão sido a sua mágoa, a sua tristeza, vendo-vos tão ingratos, tão covardes, tão culpados? Ele sofria e ainda sofre. O sacrifício a que se votou dura ainda e durará até que haja reunido todas as suas ovelhas sob as dobras do seu manto protetor”. (Vide: “Os Quatro Evangelhos” – tomo 4 – J. B. Roustaing – Feb).

Se Kardec, como visto no Capítulo anterior, parece alguma lógica e alguma razão, não se descarta, exceto por maledicência, que a presente alegação da obra de Roustaing também é detentora de alguma lógica, de alguma razão. Ora, há dores morais, sim, que superam dores corporais; e quem é tão insensível assim que não as vivera, não as experimentara como forma de dor exclusivamente moral, que se exprime na consciência, no coração, tal qual forma de imensa dor espiritual?

Todavia, não quero forçar opiniões como o fazem os mais diversos debatedores de tal contenda, localizando os pontos fracos e fortes de um e de outro; no meu caso, não tenho intenção de fazer prosélitos, e sim o de permitir que cada qual faça sua escolha pelo que considerar melhor, pelo que entender válido pela sua inteligência, sua deliberação filosófica e moral.

Por outro lado, ainda, e comparando-se a obra de Kardec e a de Roustaing, diga-se que a do primeiro estivera “otimizada” (???) pela pesquisa observacional de vários médiuns estranhos uns aos outros se permitindo a comparação filosófica, didática e moral de suas páginas pelo método da consensualidade universal que, como se sabe e já visto pelos meus textos e e.Books, não é um método perfeito, porém, diga-se, tratara-se de um processo mais razoável (???) que o de Roustaing, que trabalhara com uma só médium, diferindo, pois, do método kardeciano de organização doutrinária. (Vide nosso e.Book: “Consenso Universal: Tríplice Aspecto”).

O que não quer dizer que o trabalho de um só médium seja, de todo, condenável e ruim.

Ora, vejamos o trabalho de Francisco Cândido Xavier, de Pietro Ubaldi, de Divaldo Franco e outros mais! São magníficos, são excelentes! E porque o trabalho de Roustaing não se enquadra, ou, não se enquadraria a tal excelência?

Por outro lado, ainda, Roustaing, de modo ético, não corrigira e não adulterara o que viera dos Espíritos e de sua médium; Já Kardec, de modo discutível, alterava as instruções dos Espíritos, lhes modificava o teor, e, isto, pois, não levanta dúvidas sobre sua obra?

Em suma, convidamos ao espiritista, máxime o neófito, ao trabalho, ao estudo constante, e convidamo-lo, igualmente, à simplicidade, à modéstia, à fraternidade, e, sobretudo, ao amor e a caridade para com todos, pois que, afinal, e repetindo Xavier, todos os nossos labores científicos, todos os nossos estudos e trabalhos com o fenômeno mediúnico: “são ainda nascentes”; e, portanto, não nos precipitemos com a polêmica descabida, com a maldade preconcebida e com a arrogância dos que pensam que sabem tudo, quando, na verdade: nada sabem.
  
Capítulo 6

UBALDI, XAVIER E DIVALDO

Opiniões de peso, pelo menos para mim, são as de Pietro Ubaldi e de Francisco C. Xavier, seguidas, ao demais, pela de Divaldo Pereira Franco, e, pois, de suas importantes obras.

O que se sabe é que Ubaldi, durante algum tempo, se mostrara favorável às teses rustenistas; todavia, em sua obra derradeira: “Cristo” (P.U. - Fundapu), se posicionara a favor da Encarnação de Jesus. No Capítulo 2 ele se formaliza em termos claros, escrevendo: “A Encarnação e a Paixão do Cristo...”; e no Capítulo 4 profere: “... que se revelou na matança feroz do Corpo do Cristo”; e logo adiante: “... que valor espiritual pode ter tal massacre físico?”; e, mais ao longo ainda: “O escopo da Encarnação do Cristo...”; e página mais adiante prossegue:

“Assim, Cristo nos aparece vivo em toda a sua lógica para dizer-nos: Fazei como Eu fiz. O que fiz também vós pode fazê-lo. Pertenci à vossa própria raça: não fui apenas um prodígio descido do céu, com poderes excepcionais. Fui Homem como vós, mas em virtude do meu incansável labor ascensional alcancei o Sistema (Plano Divino da Espiritualidade), regressando ao seio de Deus, realizando, assim, o meu destino que é também o de todos vós”; (Opus Cit.).

Já no tocante a Xavier, o que se sabe é que o mesmo, em toda a sua vida, se mostrara simpatizante das teses rustenistas, o que se confirma na obra “Testemunhos de Chico Xavier”, de Suely Caldas Schubert (Feb); e a obra de sua psicografia: “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” (Espírito Humberto de Campos – Prefácio de Emmanuel - Feb) também corrobora Roustaing.

E, outras obras suas, como por exemplo: “Mecanismos da Mediunidade” (Feb), em parceria com Waldo Vieira, em seu último Capítulo, temos informações que ratificam a obra de Roustaing, pois André Luiz, prefaciado por Emmanuel, preconiza:

“Em Jerusalém, no templo, (Jesus), desaparece de chofre, desmaterializando-se, ante a espectação geral (João, 7:30), ...”. (Opus Cit.).

Logo, a obra inteira de Xavier, com as mais diversas autoridades do astral, confirma a obra inteira de Roustaing, o que se ratifica, ainda, pela obra de Divaldo Pereira Franco, sobretudo em: “À Luz do Espiritismo”. (Espírito Vianna de Carvalho prefaciado por Joanna de Ângelis – Livraria Espírita Alvorada Editora).

Capítulo 7

JESUS: MÉDIUM DO CRISTO

Inicio referido Capítulo recordando uma grande amiga que, dias atrás, nos escrevera e nos recordara uma sentença muito conhecida de todos nós, porém, pouco colocada em prática:

“Vamos construir pontes, meus queridos, e não muros que nos isolam e nos separam”.

E o fato é que relendo uma das obras do médium Hercílio Maes: “O Evangelho à Luz do Cosmo” (Ramatis - Internet), pude recordar suas instruções de que Jesus era um determinado Espírito e o Cristo era outro Espírito; ou seja: Jesus seria, por tal interpretação: o médium reencarnado; e o Cristo: o seu Instrutor Espiritual elevadíssimo, Entidade Arcangélica, ou, em seu dizer mesmo: Logos Planetário.

Pedindo licença para pinçar algumas de suas ilações, temos que:

“De início, já é tempo de a humanidade entender que Jesus de Nazaré não é especificamente o Cristo, ou Deus, mas o sublime médium, o mais qualificado representante da Divindade na face da Terra, a fim de transmitir a mensagem libertadora do Evangelho. O espírito que conhecemos por Jesus de Nazaré, o melhor homem do mundo, vivera trinta anos sob a mais intensa atividade ‘psicofísica’, a fim de esmerar-se até alcançar a hipersensibilidade para sentir o espírito planetário em si”.

“Mas, por tratar-se de entidade de alto gabarito psíquico, Jesus despendeu mais de mil anos do calendário terreno, para conseguir reduzir a sua vibração e atingir uma freqüência compatível da organização carnal de um homem à superfície da Terra. O nascimento de ‘Avatares’, ou de entidades de alto gabarito espiritual, como Jesus, exige a mobilização de providências incomuns por parte da técnica transcendental, medidas essas que ainda são ignoradas e incompreendidas pelos terrícolas”.

“É um acontecimento previsto com muita antecedência pela Administração Sideral, pois do seu evento resulta uma radical transformação no seio espiritual da humanidade. Até a hora de espírito tão elevado vir à luz no mundo terreno, deve ser-lhe assegurado todos os recursos de defesa e assistência necessários para o êxito de sua descida vibratória”. (Opus Cit.).

E é óbvio que, só pela citação de Hercílio Maes e de Ramatis nesta minha tese, os espiritistas mais ortodoxos me taxarão de herege e de outras coisas mais; o que não é nenhuma novidade; porém, sigamos avante sem nos importarmos com os xingatórios que, de qualquer modo, não me atingem, não me ofendem ou denigrem minha imagem; e isto por que:

“Jesus nos aprova pelos nossos corações e não pelas nossas expressões antievangélicas que, por si sós, responsabilizam seus infelizes malfeitores”. (frp).

Capítulo 8

OUTRAS CONJETURAS AINDA

Assim, os que me conhecem pessoalmente, ou, pelos meus textos e e.Books, sabem que não sou dado a polêmicas descabidas e apaixonadas, preferindo um meio termo, mais coerente e mais sensato, até que as coisas se acalmem, e, com mais prudência, e sem paixões, possa me externar melhor, ou seja, com equilíbrio, com bom senso, com harmonia espiritual.

Ainda assim, sabe-se que ninguém é infalível num mundinho inferior como este nosso!

Ninguém!!!

Faço dita citação, que, aliás, é também o objetivo do presente e.Book, ou seja: mostrar aos muitos aprendizes do Espiritismo que o Movimento Espírita (como todos os movimentos em nosso plano terreno) nada tem homogêneo, mas sim, de heterogeneidade, havendo, pois, como estou mostrando no presente escrito:

-As posições contrárias de Kardec e de Roustaing; e dos adeptos apaixonados, de um e de outro;

-Que Ramatis alega que Jesus não é o Cristo, mas um médium do mesmo; havendo, pois, nesta concepção, um Jesus homem e um Cristo Cósmico; e que:

-O Espiritismo de Kardec ensina que Jesus Cristo é um só e o mesmo Espírito, alegando, ainda, que o mesmo se enquadraria como “Médium de Deus”.

Mas não é só!

Mais recentemente, um bom livro de Carlos Baccelli lança mão de teses a princípio interessantes, concordo, mas um tanto polêmicas, igualmente, quando bem sentidas e racionalizadas; seu título: “A Lei da Reencarnação”: Espírito Domingas (Editora Leep). Alguns sábios do citado livro, no Capítulo quinto, levantas duas hipótese para explicar o período de 18 anos que Jesus Cristo desaparecera da história, ou seja: dos 12 aos 30 anos.

A primeira tese do livro defende que o Espírito de Jesus, mesmo que, a longa distância do seu corpo, pelo dom da ubiqüidade, poderia controlá-lo e, com isso, aguardar o tempo certo de a ele retornar para o cumprimento de sua jornada evangelizadora. E a segunda hipótese seria a de que outro Espírito lhe substituíra, em seu corpo, por aquele referido espaço de tempo, quando Jesus, então, a ele retornara e o retomara para o cumprimento de sua missão.

Sem mais considerações de minha parte, peço ao Leitor que se decida por si mesmo, que faça sua opção por uma ou outra coisa, pois a mim não cabe decidir por outrem, mas apenas e tão só: por mim mesmo, por minhas próprias idéias e concepções.

Nesta hora, recordemos Xavier:

“Todos os nossos estudos sobre mediunidade (e prática da mesma) são ainda nascentes”.

Capítulo 9

JESUS: MÉDIUM DE DEUS

Sabe-se que os mais importantes postulados de Jesus são os mais importantes postulados do Espiritismo que, se fossem seguidos neste Mundo provacional, seríamos mais felizes e estaríamos bem mais próximos de um novo Mundo: o de Regeneração.

Todavia, se discute e, as vezes apaixonadamente, sobre a natureza do corpo que Jesus teria envergado quanto esteve entre nós. E, temos o direito de saber? De, filosoficamente, questionar? Óbvio que sim.

Assim, pois, constatamos que Jesus, para Kardec, para Pietro Ubaldi e para Ramatis, era detentor de um corpo carnal similar ao nosso mesmo; entretanto, Ramatis tem sua opinião própria, e distinta dos demais, ao postular que Jesus era médium do Cristo, Entidade Arcangélica como citado logo atrás.

Uma importante obra de Xavier em parceria com Vieira: “Mecanismos da Mediunidade” (Feb), ditada pelo Espírito André Luiz e prefaciada por Emmanuel, em seu capítulo final, descreve que:

“Em ‘A Gênese’, anota Allan Kardec, com referência aos fenômenos da mediunidade em Jesus”:

“Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-ia considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era Médium de Deus”. –Nota indicada por André Luiz, o autor espiritual da obra encimada.

E, mais adiante, no mesmo Capítulo, assegura André Luiz:

“Cedo começa para o Mestre Divino, erguido à posição de ‘Médium de Deus’, o apostolado excelso em que lhe caberia carrear as noções da vida imperecível para a existência na Terra”. (e etc., etc.).

Vide também, sobre a encarnação de Jesus (???), nosso modesto e.Book intitulado: “Construção Bio-Transmutável”.

Capítulo 10

NOSSAS PALAVRAS FINAIS

Assim, pois, num final, e, num resumo imprescindível, e, mais ainda, sem querer depreciar os distintos debatedores da questão, temos razões para crer que a obra de Roustaing, (“Os Quatro Evangelhos” – Feb), resume toda a verdade relativa a Cristo Jesus, o que, aliás, se confirma pela ‘Trilogia Codificada por Kardec’ de títulos:

-“O Livro dos Espíritos”;
-“O Livro dos Médiuns”; e:
-“O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Senão vejamos:

-“O Livro dos Espíritos” (AK - 1857):

No Item 113 de tal “Livro”, vemos que os Seres da primeira ordem, como classe única, e, pois, sendo Espíritos Puros – como, por exemplo: Jesus – tais não mais se encontram “sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis”, o que ratifica a obra de Roustaing que preconiza para Jesus, quando esteve entre nós, como um Ser dotado de um corpo fluídico materializado e cujo sofrimento: “na essência espiritual, é mais forte e mais vivo que o possam ser, para os vossos corpos”... “Jesus sofreu, oh! Sim, sofreu cruelmente, não na sua carne, mas em seu Espírito”. (Roustaing – Tomo 2 – Feb).

-“O Livro dos Médiuns” (AK - 1861):

Em sua ‘Segunda Parte’, Capítulo 6: ‘Manifestações Visuais’, se pode ver por longos ditados e ensinos dos Espíritos Superiores, tudo quanto se refere às possibilidades do perispírito - tal como no caso de Jesus – tomar a forma de um corpo tangível e dotado, pois, de uma “carne relativa” (Roustaing) em que se pode tocá-la, apalpa-la e constatar sua resistência e até mesmo o calor de um corpo vivo, um corpo biológico e material tal como os nossos de Espíritos reencarnados.

-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864):

Em tal obra, Capítulo 3, Item 9, que é parte, vejam bem, de um extrato, ou, como queiram, de um : ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’,  temos de tais ensinos que:

“Nos Mundos que atingiram um grau superior, as condições da vida moral e material são bem outras que as de sobre a Terra. A forma do corpo é sempre, como por toda parte, a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O corpo nada tem da materialidade terrestre, e não está, por conseguinte, sujeito nem às necessidades, nem às doenças, nem às deteriorações que engendram a predominância da matéria; os sentidos, mais delicados, têm percepções que a grosseria dos órgãos sufoca neste Mundo”. (Opus Cit.);

E notemos o trecho que se segue:

“A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se arrastar penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na superfície, ou, (o Ser, simplesmente:) plana na atmosfera sem outro esforço senão o da vontade, à maneira pela qual se representam os Anjos”. (Opus Cit.).

Aqui, pois, temos comparações que vão do referido ‘Criptógamo Carnudo’ ao ‘Anjo’ da magnânima obra de Roustaing: “Os Quatro Evangelhos” (Feb).

No seu Tomo 1, Roustaing, fornecendo-nos “ideia da criação humana”, refere que tal indivíduo, o ‘Criptógamo’, dos Mundos Primitivos: “rasteja, ou antes desliza, tendo os membros, por assim dizer, em estado latente”. (Opus Citado).

E mesmo num Mundo acima do Primitivo, um Mundo Provacional como o nosso, temos exemplos de Espíritos que renascem, por expiação, em corpos humanos desprovidos de membros, ou seja, sem braços e pernas, não sendo, pois, dita situação, uma característica específica dos Mundos Primitivos.

E, o referido ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), diz o mesmo que Roustaing, informando que, nos Mundos atrasados, o Ser está a “se arrastar penosamente sobre o solo”; mas que, nos Mundos Superiores, de Espíritos purificados, eles podem esvoaçar, planar, flutuar, volitar com seus corpos sutis, e similares, o que, de certa forma, comparar-se-ia ao corpo fluídico, e materializado, do Cristo, de quando esteve entre nós!

Logo, a ‘Trilogia Codificada’ não refuta a obra de Roustaing, mas lhe autoriza em todos os seus aspectos. Assim, pois, ao se pretender que a obra de Roustaing seja banida do nosso meio não passa de ilusões insanas da obscuridade humana, um retrocesso intelectual não mais condizente com o Homem moderno que, no Século 21, pensa na Relatividade de Tudo, e, inclusive, do Ser humano, cujo Cognitivo não se paralisa, conquanto a vontade estagnada de certos elementos espiritistas que serão forçados a mudar, a subir e enxergar mais, e melhor.

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UM GRANDE ABRAÇO A TODOS

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Bibliografia

-“Obra Completa de Allan Kardec”: Diversas Editoras;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi”: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Diversas Editoras; Internet; destacando-se no presente e.Book:
-“Mecanismos da Mediunidade”: Chico Xavier e Waldo Vieira: Espírito: André Luiz: Feb;
-“Os Quatro Evangelhos”: J.B.Roustaing: Feb;
-“Elucidações Evangélicas”: Antonio Luiz Sayão: Feb;
-“O Cristo de Deus”: Manuel Quintão: Feb;
-“O Corpo Fluídico”: Wilson Garcia: Correio Fraterno;
-“Pureza Doutrinária”: Ary Lex: Feesp;
-“Testemunhos de Chico Xavier”: Suely C. Schubert: Feb;
-“Carta de Xavier a Clóvis Tavares”: do livro “Sal da Terra”: Clovis Tavares: Internet;
-“O Evangelho à Luz do Cosmo”: Hercílio Maes: Espírito Ramatis: Internet;
-“A Lei da Reencarnação”: Carlos Baccelli: Espírito Domingas: Editora Leep; e:
-“Bíblia Sagrada”: Versões Católica e Protestante.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto; 
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi; e:
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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