Fernando Rosemberg
Patrocínio
(27º. e.Book)
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CONSTRUÇÃO
BIOTRANSMUTÁVEL
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Introdução
Parte 1: DEUS: A INTELIGÊNCIA
SUPREMA
Parte 2: OS RACIOCÍNIOS
PALINGENÉSICOS
Parte 3: JESUS
MINISTRA REENCARNAÇÃO
Parte 4:
CONSTRUÇÃO BIOTRANSMUTÁVEL
Parte 5:
ESPIRITISMO APROVA ROUSTAING
Bibliografia
Relação Nossos
e.Books
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Introdução
Referido e.Book,
que afinal constitui tese relativa ao veículo somático de Jesus, sugere que o Senhor,
quando de sua estada dentre os terrícolas - há 2000 mil anos atrás - tenha se
apresentado de Corpo e Alma, porém, algo distinto do nosso, ou seja, ao invés
de carne e ossos, tenha se nos mostrado com um veículo corporal ‘Bio-Transmutável’
em face de seus ilimitados poderes psíquicos, parapsíquicos ou espirituais.
Verdade seja dita:
Jesus É um Ser que
transcende tudo quanto sabemos a respeito de nós mesmos, de nossa situação
física, biológica e espiritual, bem como de nossos saberes ditos universais,
físicos e astronômicos do Espiritismo e de nossa galopante Ciência terrena.
E, por tal
transcendência do Mestre, lançamos mão da referida tese de que Jesus teria
envergado, quando de sua estada terrena, um veículo somático ‘Bio-Transmutável’,
ou seja, que pudesse, em face às poderosas injunções de sua Mente Divina, estar
na Terra e no Céu, e, portanto, numa corporalidade distinta da nossa como nos
mostrara André Luiz em uma de suas mais importantes obras, anotando que:
“Em Jerusalém, no
templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se,
ante a expectação geral (João, 7:30), e, na mesma cidade, perante a multidão,
produz-se a voz direta, em que bênçãos divinas lhe assinalam a rota (João,
12:28-30). Em cada acontecimento, sentimo-lo: a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à
vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe
assessoram o ministério de luz”. (Vide: “Mecanismos da Mediunidade” – André
Luiz - Feb).
Isto, pois, é um pouco
do que veremos nestas tão singelas páginas cibernéticas.
O Autor-aprendiz
de sempre: como Você: Caro Leitor.
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Parte 1
DEUS: A INTELIGÊNCIA
SUPREMA
Ora, como supor o
grandessíssimo espetáculo da criação, de sua ordem, suas leis perpétuas e
imutáveis, ausentes do seu Arquiteto-Mor, o Supremo Criador de tudo e de todas
as coisas?
Seria, pois, o cúmulo da cegueira
- conquanto os haja aos montes - pretender que a lógica matemática do Universo,
de Suas leis, operantes e inabaláveis, esteja a constituir simples resultado do
acaso e não de uma Inteligência Suprema, a tudo e a todos: Superior. Dias
atrás, este autor mesmo, e uma multidão de pessoas que oportunizaram assistir
certo programa televisivo, estiveram a ouvir “pérolas” defendidas por um
“grande” cientista de que o Universo é Tão Perfeito e, por si só: Tão
Inteligente que ele não precisa de um Deus, de um Criador!
Não, isto, absolutamente,
não!
Conquanto nosso respeito a
tudo e a todos: vejam o absurdo a que pode chegar certos elementos, “consagrados”
cientistas de nossa modernidade: percebem a manifestação da Inteligência
Universal e não a admite por preconceito, ceticismo, negativa de sua razão que
vê, mas não quer ver; percebe, mas não quer perceber, e, portanto, concluir com
o óbvio, o coerente e racional da ideia de um Ser Superior, que cria, ordena e
coordena todos os fenômenos visíveis e invisíveis de Sua criação, absolutamente
inteligentes, seja aqui, seja ali, ou acolá, do Universo sideral.
Que razão, pois, é a razão
de um indivíduo cético: que vê, mas não vê; que percebe, mas não quer perceber;
que constata, mas não quer constatar, abraçar, acatar?
Ao oposto de tal, num
sentido mais coerente e, pois, mais equilibrado, onde inteligência, razão e fé
se apóiam mutuamente, o Sr. Kardec, buscando a causa e o fundamento de todas as
coisas, principia “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), questionando a alta
espiritualidade:
-“Que é Deus?”
E, em resposta, os Espíritos
elevados respondem que:
-“Deus é a Inteligência
Suprema, causa primária de todas as coisas”.
E, em seguida a outros
questionamentos, insiste Kardec:
-“Onde podemos encontrar a
prova da existência de Deus?”.
E, como óbvia resposta,
temos:
-“Num axioma que aplicais às
vossas próprias ciências: ‘não há efeito sem causa’. Procurai a prova de tudo o
que não é obra do homem e vossa razão responderá”.
Pois bem: se ‘todo efeito
deriva de uma causa’ que o tenha determinado, o Espiritismo – como Doutrina dos
Espíritos Superiores -, num apelo à razão e ao bom senso humanos, evoca-nos a
que apliquemos dito princípio naqueles efeitos que não resultam da atividade do
homem, de sua obra, sua ação.
Em se observando a natureza
ao derredor, ou sondando-se os mistérios dos céus, detém-se o homem com imensidade
de efeitos cuja causa, reitere-se, não provém dele mesmo, que, por sua vez, não
só é impotente para produzi-los todos, como também para explicá-los em suas
causas primeiras, fundamentais.
De fato, já referimos noutro
texto de minha autoria, que o Universo é um espetáculo contínuo, empolgante e
vivo, onde estrelas nascem, vibram, explodem; onde planetas transladam em
órbitas fabulosas, complexas, desconhecidas, planetas que também comportam sua
gênese, juventude e velhice, para um dia extinguir-se em observância às Leis
insondáveis da eterna Criação; sendo esta, pois, Criação de Deus, da
Inteligência Suprema, e não do nada, pois que o nada não existe, e pois, nada
pode, ou poderá, um dia, algo produzir, criar, se manifestar.
O Universo, pois, é um
espetáculo vivo, onde, e quando, Galáxias palpitantes de luz, calor e energia,
estão aglomerados de outros Mundos, outras sociedades, outros “eus”, onde tudo
e todos se deslocam pelo espaço celeste a impressionantes velocidades, em
órbitas estonteantes, num espetáculo magnífico de movimento, harmonia, beleza,
onde tudo, e todos, viajam pelo espaço sideral amparados pelos Mundos, ou
melhor: pela Potência Criadora, a Inteligência Suprema que Tudo Rege, Tudo
Cria, Tudo Governa, Tudo Pode.
Do nosso Mundo terreno,
sabe-se que somente há poucos séculos tomamos conhecimento das Leis que regem o
nosso Sistema Solar. Leis estas que foram desvendadas pelo célebre astrônomo
Johannes Kepler, (1571 – 1630), e confirmada, mais tarde, por meio de
complicados cálculos matemáticos, pelo não menos célebre Isaac Newton, (1643 –
1727). As três Leis, que ficaram conhecidas como Leis de Kepler, expressam que:
-Os planetas do nosso
Sistema Solar não percorrem rotas circulares, mas sim elípticas (quase que
ovais), sendo que o Sol ocupa, espacialmente, um dos focos dessa trajetória
elíptica;
-A linha que interliga um
planeta ao Sol, varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais, e estando o Sol
estrategicamente centrado em um dos focos da elipse, significa dizer que quando
os planetas estão mais próximos do Astro Rei, eles deslocam-se com maior
velocidade, e, conseqüentemente, reduzem quando dele se afastam; e que:
-O quadrado do tempo levado
para completar uma órbita é proporcional ao cubo da distância média do planeta
ao Sol.
E interrogam-se, com razão:
-Quem seria o autor de Leis
tão arrojadas e de tão difícil compreensão, especialmente aos menos inclinados
à Matemática, ao superior cálculo diferencial e integral?
-Quem seria o autor de Leis
que são, por conseguinte, Matemática pura, de Leis que se regiam e se regem
desde o início dos tempos, ou melhor, desde a gênese planetária, ou melhor,
ainda, da construção do nosso Sistema Solar?
-Quem seria o autor de Leis
que, para seu estabelecimento, não consultou a razão humana para existir, se
impor e se fazer valer no plano sideral de sua magnífica atuação?
Leis, portanto, que existem
muito dantes que Eu, que Tu, que Ele, nós, vós, eles – pessoas ditas humanas,
existissem -, e, portanto, muito dantes que nossa frágil inteligência se
pronunciasse, arrogantemente, neste mundinho inferior e que, inclusive, ela
mesma, haverá de ter sido uma criação Sua, deste Incognoscível Autor de Tudo,
de Inteligência Infinita, pois que é Deus, que, para mim, e, para todos,
denomina-se:
“Inteligência Suprema, o Pai
conforme Jesus, que é a Causa Primária de todas as coisas”. (frp).
O Universo, pois, - do verme
ao homem, do átomo aos conglomerados de estrelas, de mundos e astros que formam
as galáxias estonteantes de movimento, calor, luz e matematicidade - é
inteligente porque resulta da Inteligência Suprema; é matemático porque resulta
da Matemática-Maior, sendo, pois, por Tudo, e muito mais, a prova cabal de Sua
Existência, de Sua Eternidade.
Ora:
-O que permite aos Orbes,
com suas massas gigantescas, flutuarem e girarem graciosamente pelo espaço
sideral? O que os dirige, em suas órbitas elípticas, inteligentíssimas, seria
apenas e tão somente o mecanismo do nada, de um puro acaso existencial?
-Um acaso, pois, demasiado
inteligente, pois que: tais órbitas, em sua elegância e em seus prodígios,
foram matematicamente pensadas, engendradas, calculadas, e quem as pensara,
engendrara, e, mais ainda: milimetricamente calculara?
Tudo quanto se possa fazer
no tocante a tal é o termos o coração puro; é o sermos tão só humildes
estudantes de tais Leis, (re) descobrindo-as, pois tais mesmas, desde tempos
imemoriais, já se nos mostravam e se nos patenteavam aos olhos físicos e
carnais. Então, se não fora eu, tu ou ele que as engendrara, é inegável que tenha
sido alguma outra Coisa de Capacidade Mui Superior, ou simplesmente: Deus – a
Inteligência Suprema do Universo - que, portanto, se nos revela por suas obras,
apesar do cepticismo de alguns pares que, não condenamos, e sim, compreendemos,
pois que a Evolução é Lei, e a tais igualmente atingirão.
E, pois, é falsa a premissa
de que: não há lugar para Deus no Universo. Pelo contrário: só há lugar para
Deus no Universo, pois que Tudo vem de Deus, e até mesmo esta nossa descrente
maneira de agir e de pensar, pela liberdade que Ele mesmo Nos dera, e
inclusive, portanto, de se querer excluí-Lo de nossas vidas, quando O mesmo
Tudo Vive, Tudo Manifesta, em mim, em você, em todos nós, sendo obra do orgulho
a pretensão de afastar o Criador de Sua Criação, pois que nela se insere indubitavelmente;
nela Vive e se manifesta, se revelando, naturalmente, bastando ao criado ter
olhos para vê-Lo, distingui-Lo, adorá-Lo.
E, logicamente, portanto:
“Não há efeito sem causa. Não
há criatura, qualquer que seja, sem Criador”. (frp).
O que significa expressar
que:
Não há grão de areia, e
tampouco átomos e moléculas que o constituem...
Não há vida, mesmo a mais
rudimentar do plano viral e tampouco do plano unicelular...
Não há pensamento, o mais
finito e tampouco o maior dos pensamentos...
Em suma: num plano
macroscópico:
Não há Mundos, Astros e Estrelas,
e, não há nada, criado, dispensado de uma Mente que o pensara, de um Criador
que a tudo projetara com esmero, carinho, cuidados os mais solícitos, ditando-lhes,
como essencial, leis quânticas, físicas e orgânicas, relativísticas e
astronômicas, matematicamente exatas, precisas e regentes da ameba ao homem, do
átomo ao arcanjo, a que chames como quiser:
-Deus;
-Energia;
-Potência Criadora;
-Javé ou então Jeová;
Não importa...
Pois o que ressalta evidente
de todas as coisas é a Sua Imanência a tudo e a todos, Presença Divina que está
aqui, ali e acolá, sendo Ele, pois, o Deus do átomo e das galáxias; o Deus, que,
por Sua Solicitude, Providência e Ordem, É a Inteligência Suprema, o Cógito
Universal, a que o homem deve aspirar e se inspirar, pois que um filho
insofismável d’Ele mesmo é, ainda que sua doentia razão ouse recusa-Lo, deprecia-Lo
ou desacreditá-Lo.
Resumindo, poderíamos ainda repetir
por aqui a sentença de Ângela di Foligno, uma Alma pura e santificada que
ouvira do próprio Cristo:
“Eu sou mais íntimo de tua Alma
do que ela é de ti mesma”. (Vide: “Deus e Universo” – PU – Fundapu).
Ora, já proclamava o nosso
Mestre Maior:
“Eu e o Pai somos Um”.
(Jesus),
O que significa, pois,
expressar que:
“Deus é mais íntimo de mim do
que eu sou de mim mesmo”. (frp).
Tamanha Sua Grandeza, Sua
Presença no íntimo das coisas, no íntimo de mim, de ti, e de todos nós.
Bastando, pois, deixá-Lo manifestar-se e viver em nosso íntimo, se não o
embaraçarmos pelo nosso orgulho, nossa soberba, nossa altivez.
“Bem aventurados os pobres de
espírito, ou seja: os humildes, pois que deles é o Reino dos Céus”.
(Jesus).
O mesmo Reino, portanto,
que vige dentro de nós, bastando, pura e simplesmente, que o busquemos no
Cristo, representante de Deus: Nosso Pai, e não nas exterioridades da forma, da
matéria perecível, porquanto:
“O interior importa
mais que o exterior”. (frp).
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Parte 2
OS RACIOCÍNIOS
PALINGENÉSICOS
Na verdade, as crenças de uma única existência corporal, e da
salvação ou perdição irremissível das Almas num juízo definitivo, vão se
tornando coisas desarrazoadas e de difícil aceitação nos tempos modernos; e,
sobretudo quando se tem em mira os postulados fundamentais da palingenesia e da
evolução biológica que, em suma, traduz algo mais pertinente ainda: a evolução
espiritual.
A tais crenças, pois, não restam alternativas outras senão
desaparecer dos sistemas religiosos que as abrigam, na medida em que se assumem
novas perspectivas e novos padrões de entendimento bíblico e cristão,
impulsionados pelo irresistível progresso dos povos, das culturas, das ideias,
enfim, de sua espiritualidade que, iniludivelmente, avança.
Com efeito, uma soma incalculável de problemas aparece quando se
tem em mente crenças tão infantis e realmente desconectadas dos mais
importantes estudos filosóficos e científicos da atualidade, tais como os
trabalhos mais ou menos recentes dos cientistas e pesquisadores:
-Ian Stevenson: “Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”;
-Hernani G. Andrade: “Reencarnação no Brasil”;
-Hamendras N. Banerjee: “Vida Pretérita e Futura”; e
-Hermínio Miranda: “A Memória e o Tempo”; e etc.
Mas, em face da teimosia dos pensadores céticos e, me dirigindo,
mais especificamente, aos fideístas bíblicos, seria o caso de se perguntar:
-Porque as Almas das crianças são salvas se não tiveram tempo de
praticar o bem e tampouco o mal?
Ora, elas não teriam o mérito e tampouco o demérito.
-E porque seriam salvas as Almas que, embora seguissem certos
princípios de religiosidade, levavam uma vida de contemplação e de ociosidade,
se esquecendo de seus semelhantes, ao invés de se juntar a eles pela prática do
bem, do amor e da caridade?
Ora, a contemplação sem obras, na ociosidade e no isolamento, é
extremamente perigosa por não permitir o contato com o semelhante, de
confortá-lo em seu coração, pois que ali, junto ao próximo, é que se oferecem
as oportunidades da verdadeira amizade, da solidariedade e fraternidade
universais.
-E porque estariam condenados às penas eternas, os ateus e os
materialistas que trabalharam e sofreram todas as agruras da vida para
constituir uma família exemplar, que se sacrificaram para educar seus filhos e
encaminhá-los ao que é justo e bom?
Na Parábola do Samaritano, considerado herético, mas que agira com
benevolência para com o seu semelhante, Jesus não o coloca acima do sacerdote
que faltara com a caridade? (Vide: Lucas, Cap. 10, vv. 25 a 37). E, na expressão:
“Nem todos os que dizem: Senhor, Senhor, entrarão no reino dos céus, mas
somente aqueles que fazem a Vontade do meu Pai que está nos céus” (Vide:
Mateus, Cap. 7, v. 21), Jesus não se referia exatamente aos religiosos que não
cumprem com suas obrigações morais?
Por outro lado, pergunta-se, ainda:
-Porque permitiria Deus viessem ao mundo indivíduos cheios de
sabedoria, que apresentam precocemente geniais aptidões para as Artes, a
Ciência, a Música, enquanto outros se apresentam um tanto parvos, com
baixíssimo grau de inteligência, para não dizer: débeis mentais; e outros
ainda, mesmo que psicologicamente normais, necessitam de anos e anos de estudo,
de trabalho e de aplicação, para ao fim de toda uma longa existência, não passarem
de semi-analfabetos se comparados a um Newton, um Kepler, um Bethovem?
Por que não admitir, com bom senso, boa lógica, e coerência, que
tais gênios são Espíritos que fizeram grandes progressos em seu pretérito, e
que, portanto, são mais crescidos pela Lei Palingenésica da Evolução?
Ora, se não admitir-se citada Lei:
-Como explicar uma Alma bondosa, muitíssimo elevada em sentimentos,
em ética cristã, como a de um Francisco de Assis, um Chico Xavier, uma madre
Teresa de Calcutá, um Ghandi que, pela excelência de seus princípios, ganhou o
codinome de ‘apóstolo da não-violência’?
-Pela unicidade (uma única vida) existencial, como pensar que Deus
possa criar aquelas Almas dotadas de tanta brandura, misericórdia e amor, e, ao
mesmo tempo, criar almas inferiores, cruéis e animalizadas como as de um
Calígula, um Hitler que autorizou o extermínio de milhões e milhões de seres
humanos, seus irmãos em humanidade?
Dirão alguns que o homem é livre para semear o bem ou o mal, mas
nada há de explicar os sentimentos tão elevados dos primeiros e os tão baixos
dos segundos senão pelo renascimento, pela reencarnação, pois que Deus, sendo
Justo, e se a Sua Lei é Reta, Eqüitativa e Inquebrantável, Ele não poderia
legislar com parcialidade dotando uns de tão altas virtudes e outros de tão vil
perversão moral.
“Daí a razão das vidas sucessivas, expressando nestes e naqueles, nos
maus e nos bons, suas reais condições evolutivas, intelectuais e morais perante
a Soberana Lei”. (frp).
E, se Deus não quer que nenhum de seus filhos se perca na
iniqüidade, isto quer dizer que todos, e mesmo os que não lhe seguem a Lei, os
viciosos, os réprobos, os criminosos, todos, enfim, terão novos ensejos para o
recomeço, com novas experiências que os façam retomar o caminho, se arrependendo
e se redimindo, pois que estão sujeitos, como tudo e todos, à determinística
Lei da Progressão Espiritual.
Eis aí a força maior do Espiritismo, em cujo tripé doutrinário se
coloca uma filosofia brilhante, lógica e mui esclarecedora, que se dirige diretamente
à razão do homem moderno, ao bom senso das criaturas que o procuram e nele
encontram a solução para os mais graves problemas!
Do porquê da vida, de onde viemos, para onde vamos e a certeza
inabalável de que o mal vigente no Mundo é passageiro e transitório. E que,
nesta hora mesma, um Recenseamento Maior se faz separando as “ovelhas” dos
“bodes”, em que estes, por não se emendarem, serão constrangidos a amadurecer
seus Espíritos noutras moradas do Concerto Universal, moradas também de Deus,
mas inferiores a esta, e, portanto, de mais duras provas redencionais.
E, de retorno – ainda -, ao tema tratado, pergunta-se:
Sem a Lei de Causa e Efeito, traduzida pela reencarnação:
-Como encontrar explicação racional para as tantas disparidades do
Mundo?
-Como explicar a flagrante diferença entre o agora e o antes, entre
o presente estado de coisas de nossa sociedade progressista e o estado
barbárico dos tempos primeiros da espécie humana?
Se as Almas são criadas simultaneamente com o corpo, as Almas que
nascem hoje deveriam ser tão primitivas quanto as que viveram, por exemplo, há
milhares de anos passados, tempos dos primeiros humanos terrenos. E se isto não
se verifica, Deus seria injusto e parcial por criar, presentemente, Almas
melhores, de instintos mais brandos, de mais ampla inteligência e compreensão,
do que aquelas que deram origem à raça humana em tempos imemoriais.
Porém, se admitirmos que as Almas do presente já viveram outrora,
habitaram outros corpos de outrora, e que, portanto, também elas já foram
primitivas, mas progrediram, carregando e trazendo, para cada novo ciclo de
renascimento e morte, a experiência adquirida, e se terá uma explicação
plausível da evolução da espécie e dos paulatinos surtos de progressão social.
Idéia grandiosa, muito mais justa e bela por nos ligar a todos
pelos vínculos perenes da solidariedade humana, da solidariedade espiritual, que
vige no espaço todo da infinita criação.
E assim, o passado torna-se solidário com o presente e o futuro,
explicando, se acrescente mais, as origens mais remotas e a cósmica destinação
do Espírito humano que, vindo do passado, vive no presente, mas sem
desvincular-se do futuro, desta Espiritualidade que nos rege pelo ‘Mecanismo
Fenomênico Involutivo-Evolutivo’, mecanismo, pois, da essencialidade espiritual
que há em mim, em você, em todos nós.
Noutras palavras:
Por tal ‘Mecanismo’, por tal moldura filosófica de tão distante
causa, cujos efeitos se patenteiam em nosso presente, e, mais ainda, por tão
distante solução, tem-se a nítida impressão de que somos, verdadeiramente,
irmãos desde longas eras, irmãos viajores do tempo, do espaço, por referido
‘Mecanismo’ da infinitude divina, que não comporta início, e tampouco abarca um
fim.
Nisto se verá, ao demais, a Justeza e a Imparcialidade das Leis de
Deus, e não o oposto como ensinam e mantêm na ignorância aqueles que adotam o
falso princípio de que Alma é criada junto com o corpo, e que basta, para mim,
para você e para todos nós, uma única e tão-só existência biológica, material.
Sabemos que Deus é sinônimo de Sabedoria, de Bondade e Amor, por Ser,
como verdadeiramente o É, Sabedoria, Bondade e Amor. Ele nos deu a vida e está
sempre perdoando nossas faltas, mas usa de mecanismos de Sua Soberana Lei para
nos corrigir, nos educar, como um pai corrige seu filho, para que não
continuemos no caos, na desarmonia de nós mesmos, violando Suas Leis.
Ora, pelo dogma insustentável de uma única existência humana e
corporal:
-Como explicar os cegos, os paralíticos, os cretinos e deficientes
mentais congênitos, que já nasceram com tais distonias, sejam elas físicas ou
psicológicas, ou de ambas as partes, que traduzem extrema desarmonia congênita,
em que o nascituro denota, pois, um mapa existencial tão complexo e tão
doloroso?
A equação espiritista, assim, pois, vem socorrer nossas dúvidas com
uma explicação justa e plausível para os casos em questão, e não justificativas
obscuras e pouco aceitáveis pelo exigente critério de apreciação das coisas do
nosso tempo. Para Emmanuel, um dos maiores instrutores do Século 20 findado:
“Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram,
renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as
doenças do sangue e as dificuldades endocrínicas, tanto quanto outros males de
etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da
ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas
correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no
caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam
consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias
diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou
deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da
mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se
atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia
muscular progressiva ou da osteíte difusa”.
“Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias
orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas,
inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a
representarem terapêutica providencial na cura da Alma”. (Vide: “Religião dos
Espíritos” – Emmanuel - Chico Xavier – Feb).
Assim, pois, observa-se que tais problemas, estados patológicos os
mais diversos da humanidade terrena, refletem uma desordem interior, surgem de
dentro para fora, pois que estão sediados na genética espiritual que é causa da
genética biológica e material. Esta, então, não passa de um efeito, de um
reflexo instalado na profundidade consciencial, não abarcável, pois, pela
análise de superfície, que vê apenas o efeito, o exterior e não considera a
base espiritual em que se assenta o indivíduo que renasce, que é detentor de
uma pré-existência, de experiências vividas e transpostas, boas ou más,
equilibradas ou não.
O homem, pois, como Espírito que é, não só é um Herdeiro de Deus, mais
também o é: herdeiro de Si mesmo, de seus bons ou maus atos, de seu justo ou
mau proceder.
Mas, para contestar a infundada teoria de uma única existência no
Mundo, outras perquirições de ordem moral poderiam ser levantadas:
-Por que uns nascem em berço de ouro, na opulência, e outros na
mais deplorável miséria? Por que uma tão covarde e injusta distinção, tendo
uns: tudo, possuindo outros: nada? Que Lei é esta que distingue os homens, que
faz uns melhores que outros, que os contempla ou os pune severamente?
-Que Deus seria este ao permitir tantas injustiças, a distribuir,
desigualmente, alegrias e tristezas, saúde e doenças, beleza e deformidades que
estreitos dogmas teológicos querem impor, explicar não explicando, defendendo
sem, com lógica, defender?
Ora, o homem já está apto a saber que tem diante de Si uma Lei
Infalível e Inabalável, que, se lhe observando e lhe cumprindo os mandamentos,
ele se livra, sem tropeços, de uma série de inconveniências, de situações mui dolorosas,
forçadas pelo recomeço da tarefa por meio do que se conhece como palingenesia
ou reencarnação.
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Parte 3
JESUS MINISTRA REENCARNAÇÃO
E Jesus, o nosso Mestre Maior, veio também pregar a ideia
transmigratória da Alma. Não se o vê, em tempo algum, condená-la ou combatê-la.
O que vemos, pelo contrário, é a sua plena e absoluta confirmação, fato que
denuncia o erro das religiões ditas cristãs que, afinal, interpretam com
equívoco tais passagens, de resto, muito explícitas dos relatos bíblicos do
Velho e do Novo Testamento.
O profeta Malaquias, Cap. 3, vv. 22 e finais, afirma taxativamente,
sem alegorias ou figuras, que o Senhor Javé vai mandar de volta o profeta
Elias. E, se recorrermos, agora, a Mateus, Cap. 12, vv. 7 a 14, veremos que Jesus
comenta com seus patrícios sobre o ministério de João Batista, e esclarece que
João é um profeta, ou, melhor dizendo, mais que um profeta.
Nas passagens seguintes, Jesus vai garantir categoricamente que:
“É de João que a escritura (de Malaquias, é evidente) faz
referência”. (Opus Cit.).
E, para que não paire dúvidas a respeito, o Mestre ratifica que
João é a reencarnação de Elias, ao afirmar:
“Se quereis compreender o que vos disse, João é o Elias que deve
vir”. (Opus Cit.).
E se recorrermos, ainda, ao Evangelho de João, Cap. 3, vv. 1 a 12, encontraremos outra
passagem ainda mais inconfundível do referido fenômeno palingenésico, onde o
senador Nicodemos, falando ao nosso Senhor de sua missão de vir nos instruir,
veremos que Jesus vai replicar:
“Em verdade, em verdade, vos digo: ninguém pode ver o Reino de Deus
se não nascer de novo”. (Opus Cit.).
Obviamente que não se trata de nascer de novo pelo batismo, como
interpretam seculares e arcaicas crenças escolásticas. Ora, em nenhum momento
vemos o sábio Messias confundir as duas coisas. E, logo mais adiante, naquela
passagem mesma, Jesus acrescenta ao senador que, em também ele ignorando a Lei
dos Renascimentos sucessivos:
“Não vos espanteis de que eu vos disse que é preciso que nasçais de
novo”. (Opus Cit.).
E como a reencarnação é ainda tão rejeitada pela mentalidade das
religiões ditas cristãs, vemos, assim, que só muito vagarosamente o Evangelho
vai sendo compreendido e assimilado pelos humanos, e cada qual só irá
apreendê-lo e praticá-lo consoante o nível de despertamento evolutivo a que
chegou.
Um dia seus princípios éticos, e, sobretudo filosóficos, haverão de
ser compreendidos e praticados por todos, indistintamente, pois que eles, na
correta previsão de Jesus, e constante de Mateus, Cap. 24, v. 14, “serão pregados
em toda a Terra habitada, em testemunho a todas as nações”. (Opus Cit.).
Assim, pois, encerrando a esta parte, entendemos que o Espiritismo
é, de fato, o Consolador prometido por Jesus; o Consolador que, em seus
aspectos filosóficos e morais dão a mais ampla explicação de Tudo:
-De onde viemos;
-O que fazemos no Mundo terreno, e:
-Para onde estamos caminhando, aliás, retornando, lentamente, após
a Queda Involutiva de um passado culposo que, durante tal redenção salvífica
(Evolução), se pode outra vez quedar-se na insurreição de nós mesmos, cujos
espinhos dolorosos - como visto (na parte 2) com o sábio Emmanuel - colhemos
por nossa própria incúria e ausência de cristandade em nossos corações.
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Parte 4
CONSTRUÇÃO BIOTRANSMUTÁVEL
Assim, pois, questiona-se
ainda:
Qual é a essência mesma da
moral espírita? Ou melhor: que preceitos morais seguem os espiritistas, adeptos
do Espiritismo?
Para o primeiro questionamento: a moral
espírita é a mesma moral cristã; e, portanto, para a segunda questão: os
espiritistas seguem, ou, procuram seguir os preceitos que dimanam do
Cristianismo; ou melhor: do mais puro Cristianismo. E o codificador colocava a
questão nos precisos termos:
“Toda a moral de Jesus se resume na
caridade e na humildade, quer dizer, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e
ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, Ele mostra essas virtudes como sendo
o caminho da felicidade eterna. Bem aventurados, disse ele, os pobres de
espírito, quer dizer, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem
aventurados os que têm puro o coração; bem aventurados os que são brandos e
pacíficos; bem aventurados os que são misericordiosos;”...
E, prosseguindo, acentuava ainda mais:
“Amais ao vosso próximo como a vós
mesmos; fazei aos outros o que quereríeis que vos fizessem; amai aos vosso
inimigos; perdoai as ofensas se quiserdes ser perdoados; fazei o bem sem
ostentação; julgai a vós mesmos antes de julgar os outros;”...
E finaliza tal parágrafo nos termos de:
“Humildade e caridade, eis o que não
cessa de recomendar, e ele mesmo dá o exemplo; orgulho e egoísmo, eis o que não
cessa de combater; mas faz mais do que recomendar a caridade, coloca-a
claramente, e em termos explícitos, como a condição absoluta da felicidade
futura”. (Vide: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – AK).
Vê-se, pois, que os mais importantes
postulados de Jesus são os mais importantes postulados do Espiritismo e que, se
fossem seguidos neste Mundo, seríamos todos felizes e estaríamos bem mais
próximos da perfeição inaugurando um Novo Mundo: o de Regeneração.
Todavia, ainda se discute sobre a
natureza do Corpo que Jesus teria envergado quanto esteve entre nós, os
terrícolas.
E, temos o direito de saber?
De, humildemente, questionar?
Óbvio que sim.
É que Roustaing (“Os Quatro Evangelhos”
– Feb), como se sabe, pretendera que Jesus fosse dotado de um Corpo
exclusivamente fluídico, porém, condensado ou materializado pelo que se
compreende como uma: “carne relativa” (Opus Cit.); e Kardec (“A Gênese”), por
sua vez, defendera a possibilidade de que o Mestre houvesse envergado, como
todos nós, um Corpo naturalmente humano, de carne e osso, como um outro
qualquer.
Mas, ao âmbito do nosso saber, somos
livres pensadores, de fé consorciada à razão, e, por isso, quando escrevo
alguma coisa procuro analisar, sobretudo, se não estou extrapolando muito e se
há algum traço de racionalidade e de lógica contida em meus escritos.
E, confesso que não vi, assim, tanta heresia
na tese, ou, na ideia aqui expressa que, talvez, esteja a agradar os mais
inclinados às novidades e coisas que tais do vibrante Meb: movimento espírita
brasileiro. Se bem que isto não importa muito, mas sim, se a ideia tem o aval
da verdade, ou não, coisa que só o tempo poderá dizer, porquanto a discussão
dentre rustenistas e kardecistas prossegue num embate sem fim.
Por outro lado, um dos mais corretos
instrutores espirituais do Século 20, em relatando fatos da vida de Jesus,
declara a um dado momento de seus memoráveis ensinos que:
“Em Jerusalém, no
templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se, ante a expectação geral
(João, 7:30), e, na mesma cidade, perante a multidão, produz-se a voz direta,
em que bênçãos divinas lhe assinalam a rota (João, 12:28-30). Em cada
acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e
reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe
assessoram o ministério de luz”. (Vide: “Mecanismos da Mediunidade” – André Luiz
- Feb).
E, por tal mesmo,
questiono:
-O que conhecemos,
mais exatamente, da mediunidade e das coisas espirituais à nossa volta, que, para
o retíssimo Emmanuel, em resposta às perquirições de Xavier, respondera-lhe:
“não se tem como ensinar matemática para um burro!” (?). Ora, se o Chico, como
Senhor Médium que o era, não tinha como melhor compreender tal fenômeno, o que
sobra para nós, iniciante da referida comunicabilidade?
E, prossigo:
-O que sabemos de
coisas atinentes a um Domínio de Ordem Cósmica, ou, minimizando um tanto mais,
de um Plano Superior ao nosso de ordem terrena, e, portanto, de algo que, de
sua parte, escapa-nos em sua transcendentalidade, expressando, pois, mais alta
sabedoria e mais destacada moralidade?
-O que se sabe,
ou, o que sabemos do intrigante jogo de forças quânticas, gravitacionais, radioativas,
ou, mais ainda: de forças espirituais que, por sua vez, regem toda a nossa
bioquímica planetária?
-O que se conhece
da transcendente bioquímica d’outros Orbes, e, no caso, superiores ao nosso,
situação em que, os corpos físicos de seus habitantes se vão aperfeiçoando, se
sutilizando, tornando-se mais eterizados e capazes, até mesmo, de volitar pelos
espaços circundantes, quando tais Seres, (encarnados e desencarnados), por sua
elevação, detêm amplo domínio das técnicas de materialização e rematerialização
de seus próprios veículos de manifestação, bem como das coisas circunscritas ao
seu ambiente natural?
-Que conhecimento
se tem, hoje, das possibilidades e ‘razões cósmicas’ de um Espírito tão
elevado, tão puro, como o de Jesus e de seu polêmico veículo de manifestação terrena:
‘físico/carnal’ ou simplesmente ‘materializado por forças e energias diversas’
do nosso plano, envolvendo fluidos da natureza, produtos ectoplásmicos e outros
tantos elementos do ambiente que nos cerca?
Estando claro,
que, quando me refiro às ‘razões cósmicas’, não me refiro, apenas e tão somente
às suas razões de vir a este Mundo nos instruir e nos mostrar o Caminho da
Redenção, mas também à sua Inteligência Crística, Razão das razões humanas, que
se pode ou se poderia concebê-la como uma forma de Razão inimaginável pelos
nossos tão restritos padrões de entendimento.
Ora, se ela, a
razão, em nosso plano experiencial, é uma faculdade evolutiva, então existirão
razões acima da mais alta das razões humanas, ou seja, acima do entendimento,
da razão, digamos assim, de Inteligência Formal que, por sua vez, lhe
transcende por algo do tipo: Superconsciência, algo por ora incompreensível à
nossa mentalidade terrena, em paulatina progressão.
Portanto, André
Luiz pode, e deve sim, ser levado em conta; mesmo porque, referido autor não
vem sozinho, pois que ele é parte de imensa falange da mais alta Espiritualidade.
(Vide: e.Book de nossa autoria: “André Luiz e Sua-Voz”).
O que não se pode,
conquanto se o faça, é condenar o que se desconhece, sobretudo nos tempos dos
mais importantes estudos da eletricidade, do magnetismo, da energia, dos campos
da vida, bioplásmáticos, bem como da relatividade, e, sobretudo, das certezas e
incertezas da física quântica e das mais interessantes e sábias instruções da
Espiritualidade, em que destaco, sobremaneira, no Século 20, as de Pietro
Ubaldi e Francisco Cândido Xavier, com os iluminados Espíritos de Sua-Voz, de
Emmanuel, André Luiz, dentre outros mais.
O Universo que nos cerca, pois, já não é mais o das coisas físicas,
e sim, o das não-físicas, das ondas, dos elétrons, das oscilações de um vasto
mundo de corpúsculos dinâmicos que nos envolve, e de que, afinal, somos
constituídos, feitos e refeitos a todo instante na incessante renovação da matéria
que nos serve de composição temporária neste Mundo provacional, mas tão
complexos que tão-só por agora principiamos conhecer, faltando-nos muito ainda
pela frente para pesquisar, sondar, esquadrinhar.
E, se o nosso corpo físico, biológico e material, se renova
permanentemente, conquanto a um longo prazo, porque o Corpo do Ente Maior, que
fora representando por Jesus durante sua estada dentre nós, não poderia também
renovar-se, porém, de forma instantânea e quando assim o quisesse, no instante
mesmo de Sua Soberana Vontade.
Cogita-se, assim, nossa tese, com a possibilidade do Cristo ter
sido portador de um ‘Corpo Bio-Transmutável’, ou seja, biologicamente humano,
mas capaz de tomar aspectos igualmente tangíveis da forma
fluídico-materializada, e, também, com a possibilidade de tornar-se invisível
aos olhos carnais humanos encerrando forma transcendente, ou, exclusivamente
espiritual, quando assim o quisesse e fosse o desejo de Sua Soberana Vontade.
Jesus, pois, quando esteve entre nós, poderia ter-se apresentando
com um Corpo de carne e osso que, graças à sua evolução, seus poderes e
vontades de um Ser Crístico, poderia transmudar-se para as mais diversas formas
situadas dentre tal condição, (puramente humana) até às mais altas e mais puras
situações da energia espiritual, quando assim o Quisesse e o Pretendesse,
consoante dados a seguir dispostos:
============================================
-----> ----->
[(Estado
Biológico) (Estado Fluídico-Material) (Estado Espiritual)]
<-----
<-----
============================================
Com isso, Jesus poderia estar na Terra e no Céu, dentre os homens e
Deus, experienciando, ainda uma vez, a Soberana Vontade do Pai, que se acha
ausente de nada, estando presente em Tudo.
No âmago da maior das contradições doutrinárias (Roustaing e
Kardec, visto supra) encontrar-se-ia, pela referida e presente tese, a semente
de uma possível consensualidade com a mais sublime luz da Verdade em Cristo,
Nosso Senhor.
Jesus, portanto, sofrera como todo homem teria sofrido para levar
sua cruz ao calvário que lhe sacrificara o Corpo de uma carne relativa, algo de
essência desconhecida, transfísica, espiritual; o que, pois, nos forçaria a
compreender que Jesus não estivera a cometer, e, pois, não cometeria tão
indigno simulacro de sofrer quando não sofria, de chorar quando não chorava, de
derramar-se em sangue quando não sangrava, paródia indigna de um Espírito com
tão altas patentes de Sabedoria, de Honestidade e Amor.
A presente ‘Tese do Corpo Bio-Transmutável’ de Jesus não pretende, e,
não pretendera, em tão sintética exposição, resolver todas as questões relativas
à debatida problemática, mas quem sabe, não possa representar o início de uma
solução para tão “insolúvel” questão doutrinária.
Logo,
-Se Kardec pretendia, para o
Cristo, um corpo de carne e osso; e,
-Se Roustaing pretendia,
para o mesmo Cristo, um corpo fluídico materializado;
Nota-se que:
Com a presente: ‘Tese do
Corpo Bio-Transmutável’, poder-se-ia atinar com a possibilidade de Jesus
transmudar-se de uma forma à outra quando assim o Determinasse Sua Vontade
Soberana, Unida ao Pai, sendo detentor, pois, de tantas e de tão infindáveis
potências se nos mostrando, pois, como Senhor dos Mundos, das Galáxias, do
Multiverso dos finitos Universos, como pudemos demonstrar em: “Mecanismo Ontogenético”. (4º.
e.Book de nossa inspiração e autoria).
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Parte 5
ESPIRITISMO APROVA ROUSTAING
Assim, pois, em que
pese nossa tese ou ‘Teoria do Corpo Bio-Transmutável’ do Senhor Jesus, temos
razões para crer que a obra de Roustaing, (“Os Quatro Evangelhos” – Feb),
resume toda a verdade no tocante à referida questão, o que, aliás, como já
mencionamos noutros e.Books, se confirma pela ‘Trilogia Codificada por Kardec’
de títulos:
-“O Livro dos
Espíritos”;
-“O Livro dos
Médiuns”; e:
-“O Evangelho Segundo
o Espiritismo”.
Senão vejamos:
-“O Livro dos Espíritos” (AK - 1857):
No Item 113 de tal “Livro”, vemos que os Seres da primeira ordem,
como classe única, e, pois, sendo Espíritos Puros – como, por exemplo: Jesus –
tais não mais se encontram “sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis”, o
que ratifica a obra de Roustaing que preconiza para Jesus, quando esteve entre
nós, como um Ser dotado de um corpo fluídico materializado e cujo sofrimento:
“na essência espiritual, é mais forte e mais vivo que o possam ser, para os
vossos corpos”... “Jesus sofreu, oh! Sim, sofreu cruelmente, não na sua carne,
mas no seu Espírito”. (Roustaing – Tomo 2 – Feb).
-“O Livro dos Médiuns” (AK - 1861):
Em sua ‘Segunda Parte’, Capítulo 6: ‘Manifestações Visuais’, se
pode ver por longos ditados e ensinos dos Espíritos Superiores, tudo quanto se
refere às possibilidades do perispírito - tal como no caso de Jesus – tomar a
forma de um corpo tangível e dotado, pois, de uma “carne relativa” (Roustaing)
em que se pode tocá-la, apalpa-la e constatar sua resistência e até mesmo o
calor de um corpo vivo, um corpo “algo” biológico e “algo” material como os
nossos mesmos de Espíritos reencarnados.
-“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864):
Em tal
obra, Capítulo 3, Item 9, que é parte, vejam bem, de um extrato, ou, como
queiram, de um : ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’, temos de tais ensinos que:
“Nos Mundos
que atingiram um grau superior, as condições da vida moral e material são bem
outras que as de sobre a Terra. A forma do corpo é sempre, como por toda parte,
a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O
corpo nada tem da materialidade terrestre, e não está, por conseguinte,
sujeito nem às necessidades, nem às doenças, nem às deteriorações que engendram
a predominância da matéria; os sentidos, mais delicados, têm percepções que a
grosseria dos órgãos sufoca neste Mundo”. (Opus Cit.);
E notemos o
trecho que se segue:
“A leveza
específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil; em lugar de se arrastar
penosamente sobre o solo, ele desliza, por assim dizer, na superfície, ou,
(o Ser, simplesmente:) plana na atmosfera sem outro esforço senão o da
vontade, à maneira pela qual se representam os Anjos”. (Opus Cit.).
Aqui, pois,
temos comparações que vão do referido ‘Criptógamo Carnudo’ ao ‘Anjo’ da
magnânima obra de Roustaing: “Os Quatro Evangelhos” (Feb).
No seu Tomo
1, Roustaing, fornecendo-nos “ideia da criação humana”, refere que tal
indivíduo, o ‘Criptógamo’, dos Mundos Primitivos: “rasteja, ou antes desliza,
tendo os membros, por assim dizer, em estado latente”. (Opus Citado).
E mesmo num
Mundo acima do Primitivo, um Mundo Provacional como o nosso, temos exemplos de
Espíritos que renascem, por expiação, em corpos humanos desprovidos de membros,
ou seja, sem braços e pernas, não sendo, pois, dita situação, uma
característica específica dos Mundos Primitivos.
E, o
referido ‘Resumo do Ensinamento de Todos os Espíritos Superiores’, de “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), diz o mesmo que Roustaing, informando
que, nos Mundos atrasados, o Ser está a “se arrastar penosamente sobre o solo”;
mas que, nos Mundos Superiores, de Espíritos purificados, eles podem esvoaçar,
planar, flutuar, volitar com seus corpos sutis, e similares, o que, de certa forma,
comparar-se-ia ao corpo fluídico, e materializado, do Cristo, de quando esteve
entre nós!
Logo, a ‘Trilogia Codificada’ não refuta a obra de Roustaing, mas
lhe autoriza em todos os seus aspectos. Assim, pois, ao se pretender que a obra
de Roustaing seja banida do nosso meio não passa de ilusões insanas da
obscuridade humana, um retrocesso intelectual não mais condizente com o Homem
moderno que, no Século 21, pensa na Relatividade de Tudo, e, inclusive, do Ser
humano, cujo Cognitivo não se paralisa, conquanto a vontade estagnada de certos
elementos espiritistas que serão forçados a mudar, a subir e enxergar mais, e
melhor.
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UM GRANDE ABRAÇO A
TODOS
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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Bibliografia
-“Obra Completa de Allan
Kardec”: Diversas Editoras;
-“Obra Completa de Pietro
Ubaldi”: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico
Xavier”: Diversas Editoras; Internet; sendo de destaque no presente e.Book:
-“Religião dos Espíritos”:
Emmanuel – Feb;
-“Mecanismos da
Mediunidade”: André Luiz – Feb;
-“Os Quatro Evangelhos”:
J.B. Roustaing – Feb; e:
-“Bíblia Sagrada”:
Versões Católica e Pentecostal.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese
Informal;
02-Espiritismo e
Progressividade;
03-Espiritismo e
Matemática;
04-Mecanismo
Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física
Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico
Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do
Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e
Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita:
Reformulação;
16-Kardecismo e
Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra
Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século
XXI;
19-Espiritismo:
Fundamentações;
20-Ciência de Tudo:
Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do
Espírito;
22-O Homem Integral
(Reflexões);
23-Espiritismo e
Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos:
Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção
Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec,
Roustaing e Pietro Ubaldi; e:
41-Espiritismo
e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica
do Homem;
43-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste
Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do
Infinito
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