domingo, 16 de junho de 2019

O PARADIGMA ABSOLUTO (30 e.Book)


Fernando Rosemberg Patrocínio

(30º. e.Book)

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O
PARADIGMA ABSOLUTO

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Breve Introdução

Parte 1: APONTAMENTOS INICIAIS

Parte 2: AVANÇO DOS PARADIGMAS

Parte 3: MODELOS PERFECTÍVEIS

Parte 4: O PARADIGMA ABSOLUTO

Bibliografia

Relação Nossos e.Books

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Breve Introdução

Adentrando o Século 21, e, fazendo uma retrospectiva dos principais Paradigmas ou Modelos Conceptuais da Humanidade, verificamos ocorrer pelo menos cinco destaques principais hoje vigentes no Mundo terreno:

1-Fixista/Criacionista: Religiões;
2-Evolutivo: Ciência Darwinista Vigente;
3-Espiritismo do Século 19, que já anunciava:
4-Espiritismo do Século 20; e, por fim, o Modelo do:
5-Mecanismo Ontogenético, que amplia este último;

Os quais veremos, sucintamente, no decurso do presente estudo, cada um deles em particular.

Mas o fato é que, individualmente, portamos um Cognitivo de aprendizado constante das Leis Universais, nelas estando, todos nós, inseridos, e, com certeza, subordinados. É que tais Leis, físicas ou não-físicas, astronômicas ou axiológicas, e, portanto sensíveis e vivenciadas por todos nós, não se tem como delas ausentar-se, pois que, debalde, o Homem terá sempre, diante de Si mesmo, a verdade iniludível de que somos filhos imortais de um Deus Justo e Bom, e que, se sofremos, aqui ou acolá, é por nossa própria incúria, rebeldia e ausência de Amor em nossos corações.

De tal forma que: estamos aprendendo, aqui ou acolá, as Leis Justas e Sábias da Inteligência Suprema do Universo e, no presente, e abreviado e.Book, veremos algo mais ainda de tais Leis que, sendo eternas e imutáveis, só aos poucos e, por progressos contínuos, vamos assimilando e compreendendo.

Logo, na outra ponta de nossa subordinação às Leis do Mundo - à gravidade, aos gases atmosféricos, às proteínas vegetais e animais - está a Liberdade que, por progressos contínuos de nós mesmos vamos conquistando, porém, com responsabilidade, que, outrora, na condição de Espíritos Puros, Livres e Conscientes, deixamos de observar, e, por tal mesmo: decaímos na matéria mundana, fragilizando as tantas potências em nós depositadas.

Porém, como já dito pelas escrituras:

”Não se quer - ou, nunca se quisera - a morte do ímpio, mas sim que ele se arrependa e se salve!”

O humilde autor e aprendiz!
Rosemberg

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Parte 1

APONTAMENTOS INICIAIS

E o fato é que, sintetizando a ‘Grande Lei de Harmonia’ que preside a criação, e traduzindo, mais ainda, o longo processo evolutivo de Seres e coisas, estivera preconizando, no Século 19, a questão 540 de “O Livro dos Espíritos” (1857 - AK):

“É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo ao arcanjo, pois que ele mesmo começou por ser átomo. Admirável Lei de Harmonia que o vosso acanhado espírito não pode apreender em todo o seu conjunto”. (Opus Cit.)

Mas tal revelação se dera, como dito, no Século 19, mostrando-nos o encadeamento progressivo do átomo ao arcanjo e adiantando, como visto, que tão admirável Lei não poderia ser apreendida em todo o seu conjunto por sua fenomenologia bem mais complexa que tão só evolutiva, pois que há mais: muito mais!

Assim, pois, as revelações fenomênicas prosseguem e avançam, e, neste Sesquicentenário do Espiritismo no Mundo terreno (150 anos), poderíamos, no Século 20, garantir e completar que:

“É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na natureza, desde o arcanjo ao átomo primitivo que, num processo cíclico, vislumbra seu retorno às regiões estratosféricas de sua origem consciencial. Admirável Lei de Harmonia que o vosso espírito já pode apreender em todo o seu conjunto”. (frp).

Eis, por conseguinte, um resumo dos maiores intérpretes mediúnicos do Século 20: Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier, nas potências altaneiras de ‘Sua Voz’, ‘André Luiz’ e ‘Emmanuel’, dentre outros que tão sabiamente nos instruíram, dando seguimento contínuo e ampliador das ideias defendidas pelo “O Livro dos Espíritos” no Século 19.

Mas vejamos ainda que, na questão 78 do referido opúsculo magistral, eles também registraram:

“... como e quando ele (Deus) criou cada um de nós, digo-te, ainda, ninguém o sabe”. (Opus Cit.).

E referidos “como” e “quando” Deus nos criara, ficaram restritos, no Século 19, (e até hoje, para alguns espíritas mais ortodoxos), às ideias de que os Espíritos são criados na condição de Simples e Ignorantes (ESI) para logo, então, serem encarcerados na matéria dos Mundos a fim de percorrerem, do átomo ao arcanjo, sua incrível subida evolutiva, repleta, pois, de idas e vindas, de tropeços e dores, de flagelos e adversidades impostas aos filhos ingênuos e pequeninos, para atingir, na outra ponta de sua lastimável jornada, a condição de Espíritos Puros, Conscientes e Sábios (EPC).

Logo, temos:

-“Como” Deus nos criara?
-“Como Espíritos Simples e ignorantes!”

E, “quando”?

-Certamente ao ponto de: “Simples e Ignorantes”, sermos encarcerados à matéria dos Mundos, desde suas porções mais ínfimas, (atômicas e subatômicas), experienciando, sucessivamente, novas etapas de progresso nos demais reinos da natureza: vegetal, animal e hominal, até o arcanjo de altíssimas potências espirituais.  

Um Deus, portanto, Injusto e Cruel, que cria Seres inocentes, Simples e Ignorantes (ESI), e os remete, injustamente, e cruelmente, aos campos sanguinários da matéria e da animalidade para forçá-los ao aperfeiçoamento, e pasme, por normas imperfeitas e pouco condizentes com um Deus, que, para muitos, e, apesar de tudo: É Pai Justo e Misericordioso.

Hoje, transcorrido todo o Século 20, “como” e “quando” Deus nos criara, sabe-se, pelas vozes altaneiras de Ubaldi e Xavier, que os Seres (nós mesmos) foram criados na altíssima condição de Espíritos Puros e Conscientes (EPC) que, por seus descuidos cognitivos, axiológicos e comportamentais, decaíram num oposto de sua condição originária, ou seja, de Espíritos Simples e Ignorantes (ESI), patenteando, por tal mesmo, o Universo físico e astronômico das mais diversas criaturas que, por agora, ou seja, por Evolução, retorna, após recuperar-se de sua patologia, à Pátria perdida por atos de sua displicência moral.

O que é muito mais Justo, mais Lógico e mais Sábio por parte de um Deus que É Pai, Criador Misericordioso para com seus filhos tão amados, mesmo rebeldes e insurrectos para com Sua Divina Lei.

Assim, falando aos interessados por temas bem atuais do Século 20, inobstante sua estreita conexão com os dados da Obra Codificada no Século 19, propomos, com Ubaldi e Xavier, uma ‘Nova Conceituação do Universo’ por meio do ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’ que, aliás, ainda hoje se repete nos fenômenos incontestáveis da palingenesia, da volta do Espírito à matéria, que, para tal, perde a Consciência de Si mesmo para reencarnar, involuindo e decrescendo para, então, tudo recomeçar evoluindo e crescendo, paulatinamente, e tudo repetir até o infinito de sua máxima ascensão como Espírito Puro e Consciente (EPC): não mais sujeito aos trâmites evolutivos da vida biológica e material.

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Parte 2

AVANÇO DOS PARADIGMAS

Considero o ‘Modelo Evolutivo’ - dos cientistas, pensadores e filósofos do nosso tempo - como um paradigma perfectível do Universo físico e astronômico de nossa realidade. E, perfectível, pelo fato de que o mesmo se vai aprimorando ao longo do tempo, até ser compreendido em uma sua mais vasta expressão fenomênica, no que se pode denominar: ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’.

Ora, tudo muda o tempo todo.

O campo cultural, acadêmico e antropológico, que inclui o religioso, o científico e o filosófico, dentre outros, mostra-nos dita condição de mobilidade, e, portanto, mutável da humanidade terrestre, até mesmo em sua veste física que, das primeiras formas hominídeas, alcançara a idade adulta e viril do homo-sapiens de nossa atualidade.

Ainda assim, dir-se-ia que o ‘Modelo Evolutivo’ é bastante revolucionário para a imensa maioria dos nossos pares humanos!

Positivista, e científico por excelência, viera a implantar-se (e ainda se implanta) no Mundo em meio a um Modelo de cultura irracional, fideísta por dois milênios, ou seja, que durante quase dois mil anos se fizera valer por sua postura Criacionista, ou Fixista, emanada de pensares que se distanciam da pesquisa de campo, e laboratorial, de renomados biólogos e cientistas outros que estão provando e comprovando a mutabilidade de tudo, ou seja: de todos os Seres e de todas as coisas.

Com efeito, e, paradoxalmente, se debatem no Mundo terreno estes dois Modelos, em que o pensamento de um, do Criacionismo/Fixismo – apregoando que tudo fora criado de forma perfeita, pronta e acabada – está em debate com o outro, do Darwinismo/Evolucionismo. De nossa parte, sabemos que a mudança cultural se faz do menor para o maior, do mais obscuro para o mais reluzente, e, portanto, o primeiro tende para o segundo, mais amplo e melhor que o outro: incongruente e paralisador em meio a um ambiente naturalmente dinâmico e mobilizador.

De tal forma que:

O pensamento do ‘Modelo Fixista’ tende a desdobrar-se para o pensamento do ‘Modelo Evolutivo’.

Ou seja, quer se queira, quer não, a ideia contida no ‘Modelo Fixista’ se desdobrará (--->) para a ideia mais ampla do ‘Modelo Evolucionista’ que muito lhe engrandece, pois que a Evolução se desponta como sendo o maior dos fenômenos universais, e, patente, pois, aos olhos da mais esclarecida razão, firmada esta, na positividade formal de numerosos sábios e estudiosos da questão.

De tal forma que o primeiro Modelo tende (--->), ou, se desdobra no segundo, enfatizando:

[(Modelo Fixista) (--->) (Modelo Evolucionista)]

Assim, as coisas se sucedem ou vão se sucedendo por lenta e gradativa conscientização das massas, inobstante sua teimosia, obstinação em não querer mudar, se transformar, mesmo que para melhor. Mas este é o Ser humano: em seu primarismo, ele é pretensioso e insistentemente arredio ao progresso, que, inobstante, se faz. E, pois, se consolida e se faz mesmo à sua revelia, forçando o indivíduo a novos paradigmas, novos modelos conceituais, não se tendo como fugir dos mesmos, pois tais se nos apresentam como fatos e não como conjecturas mais ou menos prováveis.

E o mais visível, por sua marcante presença no Cognitivo humano, é que, na medida em que uma ideia se vai firmando na mentalidade das massas, outra já está em andamento, sendo preparada e consolidada para que o processo de vitalização mental não se paralise e siga avante, e, mais além, que, na conexidade de suas partes, se nos vai revelando aos poucos, de sábio modo, mostrando outras e mais instigantes realidades universais.

E o que não mais serve, estando obsoleto, vai sendo descartado por evolução.

Mas por que a coisa funciona assim?

Sucintamente e, sem maiores detalhes por enquanto, argumentar-se-ia nos termos de que: Tal é a Lei dos Mundos: dinâmica e progressiva em Sua essência mesma, e que, afinal, mexe com nossos interiores nos renovando, do átomo ao arcanjo, do verme ao homem, e deste até o Arcanjo, até Deus.

Todavia, questiona-se: que novas idéias são aquelas de nossa menção anterior, que estão sendo preparadas e consolidadas no Mundo, inobstante sua preguiça mental?

São as de um Modelo muito mais agigantado ainda!

E falo, pois, do Paradigma que se pronuncia como:

“Modelo Evolutivo do Espírito”

E, com ele, temos no Mundo cultural terreno:

1-Modelo Fixista/Criacionista (M.fx);
2-Modelo Evolutivo das Espécies (M.ev); e:
3-Modelo Evolutivo do Espírito (M.ev.E).

[(M.fx) (--->) (M.ev) (--->) (M.ev.E)]

Onde as ideias de um tende (--->) para o outro, se desdobra no outro, e assim, sucessivamente, na variável dos tempos universais; e ideias, às quais, não se têm como fugir, pois expressam uma realidade de nós mesmos, sendo tal, essencialmente evolutiva, como veremos seguidamente.

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Parte 3

MODELOS PERFECTÍVEIS

Assim, pois, o Modelo Evolutivo é detentor de duas correntes fundamentais: a Científica, ditada por biólogos, cientistas e filósofos oficiais; e a Espiritista, não menos científica que a outra.

É que o Espiritismo surgira em 1857 com o pedagogo e positivista francês Allan Kardec; e o Evolucionismo aparecera em 1859 com o sábio naturalista Charles Darwin. Cumprindo-nos notar, agora, pois, além do denominado:

1-Modelo Fixista,

Os seguintes paradigmas:

2-Ciência Oficial (Modelo Evolutivo-Matéria);

Que se desdobra em:

3-Espiritismo Século 19 (como um Modelo Evolutivo do Espírito como essência fundamental das espécies biológicas na Matéria);

Sendo desnecessário, pois, retornar ao Item 1, do Modelo Fixista.

Assim, pois, temos com Darwin e seus seguidores neodarwinistas, o seguinte resumo:

2-Ciência Oficial (Modelo Evolutivo-Matéria)

a - Gênese: Big-Bang.

b – Objeto de Estudo: Análises da Matéria e da Evolução das Formas, ou seja, das mais diversas Espécies produzidas pelo Orbe terreno.

c - Finalismo: Incógnito.

d - Resultado do Problema: Sem Solução.

E, para aquele outro, ou seja, para o Espiritismo, temos:

3-Espiritismo Século 19 (da Matéria ao Espírito)

a - Gênese: Criação dos Espíritos Simples e Ignorantes (ESIs).

b - Objeto de Estudo: Análises dos (ESIs) reencarnados nos mais distintos corpos das Espécies planetárias, promovendo sua Evolução; além de estudos dos Espíritos desenfaixados das vestes físicas.

c - Finalismo: Conversão gradativa dos (ESIs) em Espíritos Puros e Conscientes ou (EPCs).

d - Resultado do Problema: Solução Parcial e Injusta em seus primórdios genéticos e evolucionais.

Vê-se, pois, que o Espiritismo codificado e a Ciência realmente se completam e se auxiliam mutuamente no entrosamento de suas teses, conquanto incompletas e parciais. Mas por que, para o Espiritismo (Século 19), esta Solução Parcial e Injusta em seus primórdios genéticos e evolucionais, como citado? Pelo simples fato de que o Mundo é feito de adversidade, de luta e das mais pungentes dores, mesmo nos planos subumanos.

E, como pode?

Se os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESIs), isto é, sem culpa alguma, como admitir-se que tais elementos, de tamanha simplicidade e desprovidos de qualquer forma de conhecimento, de Consciência vígil e atuante, venham a ser martirizados pela dor, pelas adversidades sem conta, doenças e dificuldades outras que lhes são impostas durante o longo processo palingenésico, ou seja, das múltiplas reencarnações nos diferentes planos da animalidade, e dantes ainda que tais?

Diz-se que é para evoluir, pois que:

[(Dor) = (Evolução)]

Mas, para tal, levantam-se os argumentos incisivos de que:

-O ESI não pecou, não cometera nenhum ato infrator para com a Lei, então por que tão injusto método de se progredir pelos numerosos séculos e séculos, milênios e milênios dos Orbes universais até alcançar sua forma mais avançada, sublime e pura como EPC?

-Que Deus é este que, como Amoroso Pai, entretanto, se comporta, paradoxalmente, como Soberano Injusto e Cruel, criando (ESIs) que não pediram para serem criados e, mais ainda, os constrange a evoluir pela dor, pelas adversidades dos Mundos materiais?

É o que, filosoficamente, e, de moldura lógica, matemática e precisa, estará justificando o Modelo subseqüente, ou seja, ‘Involutivo-Evolutivo’, cujas linhas mestras, sábias e justas, foram implantadas, ou re-implantadas, nos tempos modernos, por mestres da mais alta capacidade, os já citados: Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier, potentes instrumentos do Altíssimo nas pessoas espirituais de Sua Voz, de Emmanuel, de André Luiz, dentre outros mais.

De tal Modelo, noutros textos e livros (e.Book) de nossa autoria, pudemos algo explanar.

Mas por sua novidade no Mundo terreno, e, portanto, pela incompreensão das inteligências, inclusive de espiritistas “renomados”, no tocante a tal, a ele estou de retorno para o plantio de novas sementes que, um dia, produzirão robustos troncos, galhos, folhas, flores e frutos portadores de novas sementes a serem plantadas e cultivadas no seio cognitivo das humanidades que crescem, progridem e se aperfeiçoam, consolidando, em sua cinética mesma, novos padrões de cultura, de entendimento universal.

É o que veremos a seguir, ou seja, no Item:

4-Espiritismo Século 20: como um ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’ que, de modo cíclico, percorre fases do Espírito rebelde à Matéria e desta, mudando de rumos, promove, por Evolução, o retorno daquele mesmo Espírito ao seu Plano de Origem, porém, não mais transgressor, e sim curado de suas mazelas cognitivas, espirituais e morais.

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Parte 4

O PARADIGMA ABSOLUTO
            
Assim, pois, o Espiritismo codificado no Século 19 destacara sinteticamente que:

  [(Dor) = (Evolução)]

Mas por que Deus determinara, para seus amados filhos, um método tão injusto e tão cruel de se progredir?

Afinal, tais filhos, segundo o codificado, são criados como Simplicidade Psi, ou seja: como Espíritos Simples e Ignorantes (ESI), e, portanto, como tabula rasa, sem qualquer saber, sem culpas e sem um histórico de erros pretéritos que pudessem justificar as tantas adversidades espalhadas pelo seu caminho, sua imensurável subida evolucional.

E o fato é que, um tanto controverso, este mesmo Espiritismo codificado, também continha, ou contêm, aqui e ali, como se sabe, ensinos que desautorizam tal condição, isto é: os Espíritos não seriam e não são criados Simples e Ignorantes (ESI); tais Seres seriam e são provenientes de uma gênese anterior a tal condição, ou seja, de Espíritos Puros e Conscientes (EPC).

O que significa expressar que os tais Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) são detentores de alguma culpa sim e, portanto, tais elementos estão inseridos na lógica de um processo educacional, ou, de cura dos seus males pela redenção adversa nos Mundos materiais.

Se consultar-se “O Livro dos Espíritos” (1857 - AK), mais uma vez, ver-se-á outras questões que, nas entrelinhas, e mesmo de forma positiva, traduzem referida Queda Espiritual que, como se sabe, não se trata de queda espacial e sim consciencial. (Vide nossos e.Books: “O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual”; “O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo”; e: “O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos”).

E a questão nro. 262 do citado “OLE”, confirmo mais uma vez, alude a um suposto transvio do Espírito, no que os instrutores de tal “Livro” referem:

“...; é o que podemos chamar a queda do Homem”. (Opus Citado).

Ora, o Homem é, nada mais nada menos, que o Espírito encarcerado à matéria, ou seja, somos nós mesmos; e, portanto, a queda do Homem é a queda do Espírito que, estendendo um tanto mais dito raciocínio, se chegará a Queda Espiritual no início dos tempos, tal como se refere a instrução mui clara e precisa, que se destaca, igualmente, da “Revista Espírita” (AK), que preconiza:

“Voltai sempre os olhos para este pensamento filosófico, isto é, cheio de sabedoria: somos uma essência criada pura (EPC), mas decaída (como ESI); pertencemos a uma pátria onde tudo é pureza; culpados, fomos exilados por algum tempo (nos Mundos materiais), mas só por algum tempo”. (Vide: “RE” – Allan Kardec – Junho de 1862). (os termos entre parênteses são de nossas anotações para explicitar claramente a essência mesma da instrução).

O mesmo se verá, ainda, noutras páginas da “Revista Espírita” (AK) e de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK). (Vide, por exemplo, nosso e.Book: “Ciência de Tudo: Big-Bang” – Capítulo 2: Confirmações em Kardec).

Portanto, os (ESIs), nesta segunda e mais ampla visão das coisas universais, são detentores de culpa, de erros perpetrados em alguma outra e específica situação anterior; ou seja: noutro tempo, noutro espaço, noutro lugar.

Ou seja: noutro espaço e noutro lugar, pois, de sua existencialidade anterior, e, portanto, em que tais Elementos (EPCs) eram detentores de Consciência e de responsabilidades, havendo, por isso, de responder por suas ações, fossem elas quais fossem.

E, eis, então, que parte dos constituintes de tal comunidade, perdendo sintonia para com a Ordem da Lei, se desregrara na desordem e na rebeldia; fato que decorre no surgimento do Universo físico e astronômico que, por sinal, surge não de uma singularidade de dimensão zero como quer a Ciência, mas sim, de um estado espiritual anterior: de Consciência das coisas dum Plano Transcendente, de Ordem e de Harmonia, mas também de insurreição dos insatisfeitos para com a Justa Lei, que é Deus.

Do que se deduz, matematicamente, e, completando aquela citada equação evolutiva, que houve, ou, houvera, o que se pode denominar por:

ESTADO ESPIRITUAL INTANGÍVEL:

   [(Rebeldia) = (Involução)]

Cujo desmoronamento de altos planos, por Involução Psíquica de seus componentes, decorrera no surgir, ou, na materialização do Universo físico e astronômico de nossa atualidade, a que se pode denominar:

ESTADO ESPIRITUAL TANGÍVEL:

   [(Dor) = (Evolução)]

Neste outro ‘Modelo: Involutivo-Evolutivo’ agiganta-se, pois, uma linha de raciocínio mais ampla e justa, larga e precisa, definitiva e completa. A criação original não é a de (ESIs) como preconiza o ‘Modelo Apenas Evolutivo’, de menor alcance conceitual e injusto em suas proposições genéticas e evolucionais.

A primeira criação, original, portanto, é uma criação que já ocorrera no infinito de Deus, num Plano de Consciência a que se pode denominar Sistema Consciencial Metafísico, e  que se compunha não de (ESIs), mas, indubitavelmente, de (EPCs), isto é, de Espíritos dotados de compreensão e de notável inteligência para a execução das atividades que lhes competiam na ordem do Sistema.

E, com a rebeldia de uma parte dos (EPCs), veio a Queda Espiritual transformando-os em (ESIs) de uma outra fase sua: de matéria nos seus mais diversos aspectos físicos e biológicos do Universo astronômico que há de ser resultado, pois, do desmoronamento de altos planos conscienciais da criatura em falso, ou seja: transgressora, que estivera a experienciar sua própria desconstrução psíquica (Involução) para se reconstruir na adversidade e na dor de sua redenção salvífica, de sua Evolução.

A rebeldia anterior, portanto, explica a dor de agora para a nossa alegria futura, que, certamente, consta de nossos destinos imortais.

Então temos que a Dor, em sendo um resultado, este, por sua vez, reclama, necessariamente, um fundamento justificável dado pela sentença matematicamente perfeita e correta:

-Rebeldia/Oposição: [(motivo=causa)]

E, por sua vez:

-Dor/Adversidade: [(resultado=efeito)].

E a Evolução, ou subida redentora, decorre de um processo de Involução, ou, mais facilmente compreensível como Queda Espiritual do Ser que, em sua Consciência, falhou, perdeu sintonia com a Lei Justa e Amorosa do Criador, o que implica, da mesma forma, que a Evolução, em sendo um resultado, esta vem reclamar sua causa primordial, inferindo:

-Involução [(motivo=causa)]

E, por sua vez:

-Evolução [(resultado=efeito)].

O que justifica nossas assertivas do ‘Espiritismo Completo’, ou, Integral, que preconiza:

4-Espiritismo Século 20: trata-se do ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’ que, de modo cíclico, percorre fases do Espírito rebelde à Matéria, e desta, mudando de rumos, promove, por Evolução, o retorno daquele mesmo Espírito ao seu Plano de Origem, porém, não mais rebelde, e sim curado de suas mazelas cognitivas, espirituais e morais.

Sendo de seguintes aspectos fundamentais:

a - Gênese: Criação de infinitos Espíritos Puros e Conscientes (EPCs), em que uma parte do Sistema criado, ao invés de um funcionamento orgânico com mesmo, se corrompera, constituindo um Anti-Sistema de Espíritos rebeldes para com a Lei, onde, e quando, a correção dos mesmos se verifica com a Involução e respectiva Evolução como forma educativa do Ser rebelde nos Mundos do Universo sideral;

b - Objeto de Estudo: Cíclico, assim visualizado:

c - Ciclo Primeiro: Análise da Involução dos (EPCs) rebeldes até às densas condensações cósmicas da Matéria como (ESIs);

d - Ciclo Segundo: Análise dos (ESIs) promovendo a Evolução da matéria e das mais diversas espécies das quais são os elementos primordiais; além de análises e estudos dos Espíritos desenfaixados das vestes físicas;

e - Finalismo: Conversão dos (ESIs) em (EPCs) obedientes à Lei;

f - Resultado do Problema: Solução Completa e Justa.

É o que, de moldura matematicamente lógica e precisa, vem hoje justificar o ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, cujas linhas mestras, sábias e justas, foram iniciadas pelos Profetas bíblicos, confirmadas por Jesus, por seus Apóstolos, e, finalmente ampliadas no decurso do Século 20 por um sábio da mais alta intuitividade: Pietro Ubaldi; e devidamente aprovada por outro sábio de correspondente valor: Francisco C. Xavier; ou seja: por ‘Sua-Voz’, ‘Emmanuel’, ‘André Luiz’, dentre outros Espíritos de conceituada sabedoria e moralidade.

Assim, mais uma vez, vemos que o Século 20, de Ubaldi e Xavier, amplia nossa visão das coisas, da admirável Lei de Harmonia que nossos Espíritos já podem apreender em seu grandessíssimo conjunto.

Conjunto este que, neste início do Século 21, o “Mecanismo Ontogenético”, nosso 4º. e.Book, distende referida visão ao Multiverso que, por sua vez, retrata o conjunto dos Universos siderais que, como tudo de todas as coisas físicas, surge da metafísica divina, e, portanto, de sua infindável criatividade.

Logo, tudo resumindo, dir-se-ia, repetindo o já dito na breve Introdução deste e.Book, que cinco Modelos Conceptuais estão a vigorar no instante terreno:

1-Fixista/Criacionista: Religiões;
2-Evolutivo: Ciência Darwinista Vigente;
3-Espiritismo do Século 19, que já anunciava:
4-Espiritismo do Século 20; e, por fim, o Modelo do:
5-Mecanismo Ontogenético, que amplia este último;

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UM GRANDE ABRAÇO A TODOS:

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Bibliografia

-“Obra Completa de Allan Kardec”: Editoras diversas;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi”: Editora Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Editoras diversas; Sites diversos da Internet;
-“Diversos e.Books de Nossa Autoria”: FRP; e:
-“Bíblia Sagrada”: Versões Católica e Pentecostal.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br
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