Fernando
Rosemberg Patrocínio
(21º.
e.Book)
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EVOLUÇÃO:
JORNADAS DO ESPÍRITO
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Reflexão: PALAVRAS DE ALLAN KARDEC
Parte 1: REVELA-SE UM NOVO COMPLEXO
Parte 2: DO ESPIRITISMO AO MONISMO
Parte 3: LACUNAS CONTIDAS EM KARDEC
Parte 4: PREENCHENDO OUTRAS LACUNAS
Bibliografia
Relação Nossos e.Books
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Reflexão: PALAVRAS DE ALLAN KARDEC
“O Livro dos Espíritos não é um tratado completo de Espiritismo;
apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver
sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” –
AK - Julho de 1866).
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Parte 1:
REVELA-SE UM NOVO COMPLEXO
Uma vez mais estivera buscando alhures, com os amigos da
espiritualidade, alguma inspiração para compor a presente tese que, em suma,
resume o meu vigésimo primeiro (21º.) e.Book, desde já, portanto, disponível
aos simpatizantes internautas.
E o fato é que: na medida em que estudamos o Espiritismo codificado
por Allan Kardec, sobretudo em conjunção com o Monismo de Pietro Ubaldi, e,
mais ainda, com o Humanismo de Francisco Cândido Xavier, vamos encontrando,
aqui e ali, nas entrelinhas de tais sábios, e, de seus Inspiradores, novas e
importantes revelações que, se não víamos ontem, hoje, mais desenvoltos temos
como aprecia-las para o deleite de nossos eternos aprendizados.
Ora, é deveras formidável o repertório mediúnico de Xavier; bem
como é deveras formidável a síntese contida na obra do intuitivo Pietro Ubaldi;
creio que demandará décadas, ainda, para estudarmos melhor e conhecermos mais
profundamente todas as nuanças, ensinos e máximas de tais sábios humanos em
conúbio constante com os Sábios da Espiritualidade.
Ora, não há milagres no Universo, e, portanto, para fazer-se o
homem subir aos céus, e os céus descerem ao homem, tais instrumentos humanos
nada deixam, ou, não deixaram nada a desejar, em termos de disciplina, de moralidade,
e de conhecimentos dos seus inspiradores espirituais, entrosados ao mesmo
diapasão, ao mesmo tom vibratório: de alma, inteligência e coração.
Óbvio, pois, que Xavier, tanto quanto Ubaldi, traziam os seus
cérebros (perispiríticos) enobrecidos pela mais alta moralidade: a cristã; bem
como repletos de saberes adquiridos no tempo-evolutivo das muitas experiências
transpostas que os alçavam, pois, a altíssimas correntes noúricas, da mais autêntica
Espiritualidade.
E o fato é que, o Espiritismo, firmado no Século 19, é um tanto abreviado,
sobretudo se tomarmos apenas e tão-só a obra codificada; que, portanto, precisa
ser desmembrada.
E, o Espiritismo muito se engrandecera com os novos conceitos já
firmados por aqueles missionários do Século 20, dois legítimos missionários do
Cristo: um brasileiro e o outro italiano, que, por sua vez, viera completar sua
missão no Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, consonante inspiração do nosso
honorável Humberto de Campos, o Irmão X da lavra xavieriana.
Sim, de fato, notamos que a Codificação do Espiritismo é síntese! Que,
por sua vez, detêm essência notadamente evolutiva em seus princípios
filosóficos e científicos.
E quanto aos conhecedores de meus textos e e.Books, estes hão de
considerar que este não passa de uma repetição dos já vistos anteriormente.
Porém, estamos a acrescentar mais, pois que a dinâmica do Fenômeno Evolutivo,
de fato, se completa com a do Involutivo no que se compreende por ‘Complexo
Fenomênico Involutivo-Evolutivo’.
Mas adito que o processo, em seu desenvolvimento cíclico, é mais
amplo ainda como já visto, por exemplo, em meu quarto (4º.) e.Book: “Mecanismo Ontogenético”
que, por sua vez, alberga uma Criação Única, porém, Incessante, no paradoxo ‘Uno-Contínuo’
da infinita criação.
Sendo mais amplo, portanto, em suas origens, como agora, na
presente tese, estaremos a ver.
E, então, temos:
A: ‘Complexo Evolutivo’ da obra de Allan Kardec;
B: ‘Complexo Involutivo-Evolutivo’ de Pietro Ubaldi e Francisco C.
Xavier que complementam Kardec; e ampliando mais ainda, temos:
C: ‘Mecanismo Ontogenético’ que alberga o ‘Processo Uno-Contínuo da
Criação’; e, finalmente, o que estaremos a ver e a comprovar, por agora, o que se
poderia denominar:
D: ‘Complexo Genético/Involutivo/Evolutivo’, por uma mais detida
análise, sobretudo, dos ensinos ministrados por Emmanuel, na obra de Xavier.
É o que estaremos laborando nos próximos seguimentos que, portanto,
adicionam algo mais aos movimentos de ordem cíclica anteriores.
Parte 2:
DO ESPIRITISMO AO MONISMO
Óbvio que nem sempre estamos aptos à compreensão de certos temas
espiritistas (e monistas) em face de nossa restrição psíquica a densos cérebros
animais, quando, então, sujeitos à Lei (Cíclica) Palingenésica, mergulhamos,
rotineiramente, à matéria biológica que, por sua vez, embota-nos, sobretudo,
nossa compreensão do Infinito, da Eternidade e de muitas outras coisas atinentes
à complexa espiritualidade.
Ora, a reencarnação, se nos permite, paulatinamente, novos vôos
ascensionais: cognitivos, espirituais e morais, na contrapartida, embota-nos,
como já dito, por exemplo, a compreensão da Eternidade pelo fato de nos
restringir, por uma falseada noção de Tempo, que nos prende à ideia limitada
das coisas; limitação, aliás, de que tudo tem um início e um fim, um nascimento
e uma morte, o que não se verifica com as coisas da Inteligência Suprema que, em Sua eternidade,
não teve um começo e tampouco terá um fim.
Mas a noção de Tempo, nos planos espirituais diversos de nossa
evolução psíquica, ir-se-á alterando na medida de nossa transcendência que, por
sua vez, implicará em novas noções da realidade, e, inclusive, como é óbvio, da
Eternidade em Deus que, sendo Causa e Efeito de Si mesmo, presume-se que não tenha
tido um começo do seu Existir: para todo o Sempre de Sua Eternidade.
Assim, pois, nossa restrição psíquica, cujo embotamento se dá pela referida
condicionalidade material e biológica de densos cérebros animais, tal restrição
vem implicar, necessariamente, em imperfeitas aferições das coisas, do Espírito
e da Matéria, levando-nos à pretensão de tudo saber, quando, em realidade, pouco
se sabe.
Mas estamos numa prisão biológica necessária aos nossos Espíritos
rebeldes; estamos nos arrastando no solo terrestre por ação gravitacional de
sua contingência; somos, pois, dependentes de tudo, de nossas mães ao nascer, do
ar atmosférico que nos envolve, do alimento e de suas proteínas várias e, mais
ainda, somos dependentes de um sistema familiar, social, trabalhista e
econômico dos quais não podemos nos safar, mas tão só nos submeter e nos escravizar.
Mas já estamos nos liberando, espiritualmente, quando por conduta
digna e exemplar, quando por estudos avançados dos mais excelentes sábios
terrenos, e, das relevantes doutrinas implantadas como, por exemplo, do
Espiritismo de Kardec, do Humanismo de Xavier e do Monismo de Pietro Ubaldi que
implicam, necessariamente, uma nova conduta ética ditada pelas normas universais
do Evangelho que, em verdade, preconiza:
“Ninguém vai ao Pai senão por Mim”,
O que nos libera da prisão do Mundo, da escravização na Matéria, aditando
mais ainda:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”,
Conquanto as ilusões de tantos irmãos nossos que se escravizam ao
ódio, ao delito, se aprisionando ao erro e firmando, com tais, mais sérias reações
da Lei às suas mentalidades aviltantes, rasteiras e criminosas.
Ora, de Kardec a Xavier, passando por Pietro Ubaldi, temos um só
roteiro de liberação espiritual: o Cristo e o seu Evangelho redentor. E, de
Kardec ao Xavier, de mesmo modo passando por Ubaldi, muito se preenchera das
lacunas doutrinárias contidas no primeiro e solucionadas pelos demais citados.
É o que veremos nos próximos seguimentos.
Parte 3:
LACUNAS CONTIDAS EM KARDEC
Tais lacunas são as mais diversas, tanto ao âmbito científico como
ao filosófico, indubitavelmente!
Ora, já vimos no primeiro (1º.) e.Book de nossa autoria: “Ciência Espírita:
Tese Informal” o grande problema da Norma, aliás, muito menos científica, e,
muito mais filosófica, e individualista, que fora implantada por Kardec ao
tempo de sua Codificação, e que denominara: ‘Concordância Universal’:
fundamentada na Razão; ou melhor: na sua Razão particularista, que, afinal,
como quase tudo do nosso Psiquismo, é algo relativo, o que lhe fragiliza um
tanto por submeter-se ao progresso incessante de nossas potências, e, pois, de
nossa Razão: que se movimenta ascensionalmente em busca de novas formas de formas
de saber, de entendimento do Mundo, do Universo e tudo o mais de suas origens,
presume-se: espirituais.
E assim vimos que, ao se cotejar instruções dos Espíritos
superiores em cerca de mil centros espíritas sérios de trabalhos mediúnicos,
dos mais diversos pontos da Terra, criou-se, ou, estabeleceu-se, Allan Kardec,
tal medida de ‘Concordância’ no sentido de se harmonizar e se uniformizar os ensinos
básicos de tais instruções, conformando-os ao progresso científico e filosófico
de sua época, no Século 19.
Sua sentença, como já visto, expressa que:
“A garantia única, séria, do ensinamento dos Espíritos está na
concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por
intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em
diversos lugares”. (“OESE” - AK).
Dita Concordância, como já dito também, não pegou, e, portanto,
sabe-se de sua inaplicabilidade de lá pra cá, ou seja, nos tempos atuais, quando,
então, tivemos de lhe fazer uma sua readaptação ao Século 20, entendendo que:
-Para a imensa obra de Francisco Cândido Xavier, por exemplo, admitimos
haver nela toda uma Concordância dos espiritistas que acataram ou acatam a sua
obra no Mundo terreno, e toda uma Concordância dos Espíritos que a
consolidaram, sendo que, no tópico ‘espiritistas’ se faz a seguinte ressalva:
são apenas alguns poucos que, por motivos banais, ou, por ignorância, a
desaprovaram ou a desaprovam, sendo, pois, de um caráter irrelevante em face de
sua ampla e universal aprovação.
Enquanto que:
-Para a obra de Pietro Ubaldi, vemos algo similar, ou seja, vemos
nela toda uma Concordância dos espiritistas que acataram ou acatam a sua obra
no Mundo, e toda uma Concordância dos Espíritos que se pronunciaram, e a
aprovaram, nos mais diversos países por meio de numerosos médiuns distantes uns
dos outros, sendo que no tópico ‘espiritistas’ se faz a mesma ressalva do já descrito
para Xavier, ou seja: no tópico ‘espiritistas’: são apenas alguns poucos que,
por motivos banais, ou, por ignorância, a desaprovaram ou a desaprovam, sendo,
pois, de um caráter irrelevante em face de sua ampla e universal aprovação.
Ou seja, dita readaptação da ‘Concordância’, (CUEE de Allan
Kardec), fora necessária, pois, do contrário, nos fixaríamos indeterminadamente
no Século 19 do codificador, quando, paradoxalmente, ele preceitua, claramente,
que o Espiritismo é essencialmente progressivo, que não se paralisa no tempo,
ou, no que se conhece por: tempo-evolução.
Ora, como nos paralisarmos em meados do Século 19 quando já
decorreram cento e cinqüenta anos de novos progressos no Mundo, e, inclusive,
de progressos doutrinários do Espiritismo, sobretudo com as notáveis obras Pietro
Ubaldi e Francisco Cândido Xavier?
Por conseguinte, e, conquanto respeitemos a lógica pouco-lógica dos
mais conservadores, (engessados no Século 19), nós não paralisamos, não
fechamos nossas mentes para os grandes e confiáveis reveladores do Século 20, e
seguimos avante com os mais notáveis ensinos deste ‘Sesquicentenário do
Espiritismo no Mundo’ que o fizera avançar, como já dito, da compreensão do:
-‘Modelo Evolutivo’ de Kardec para o:
-‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, pois que, o primeiro, apenas ‘Evolutivo’
de Kardec, passa-nos a ideia injusta de que os Espíritos são criados como Seres
ingênuos, Simples e Ignorantes (ESI), e, portanto, sem pecado algum, para, a
partir daí, vivenciar as dores, as adversidades e as torturas tantas dos planos
inferiores da criação para se tornarem - após milênios e milênios de
experiências em tais planos - Espíritos Puros, Conscientes e Sábios (EPC) da
espiritualidade superior.
Ora:
-Que Deus é este que: criando perpetuamente Seres ingênuos, sem
pecado algum, os remete às torturas infernais da matéria, dos planos biológicos
inferiores, para fazê-los subir e crescer, (espiritualmente?), com o sangue de
suas vítimas animais???
-Que Deus é este que muito mais se assemelha ao Deus Sanguinário,
Vingativo e Cruel do Velho Testamento, quando, na contrapartida, já nos fora
ministrado, pelo Evangelho, que Deus é Amor, Justo e Misericordioso, Pai de
Infinita Bondade???
Presentemente, com Ubaldi e Xavier, sabe-se que Deus, por tais
Virtudes Suas, nos criara Puros e Conscientes, que, por nossa rebeldia mesma, tais
componentes da Divina Criação, se despotencializaram, decaíram, vindo a
constituir o Universo físico e astronômico de nossas labutas e dores, para nos
curarmos de nossa insensatez, pois que Deus, na gênese do filho, o fizera
grande de Sua Grandeza, poderoso do Seu Poder, e, mais ainda, sábio e
consciente por Sua Sabedoria, Sua Divina e Eterna Consciência.
Logo, as lacunas da Obra Codificada são muitas, mas fiquemos, por
ora, com as citadas supra e prossigamos com soluções doutrinárias pacificadoras.
Parte 4:
PREENCHENDO OUTRAS LACUNAS
Vejamos neste seguimento final como o ensino contido em “O
Livro dos Espíritos” é síntese e não expressa tudo, e, sobretudo, da referida e
já citada, bem como injusta compreensão da gênese espiritual.
Ora, o mais corrente dos estudiosos espiritistas, sobretudo
ortodoxos, ou seja: apenas de Kardec e nada mais, e, como o próprio Kardec –
igualmente - ministram que os Espíritos foram criados Simples e Ignorantes (ESI)
para, logo mais, transitarem pelas adversas provas da vida biológica e
material; tais elementos recusam a Queda do Espírito, como também Kardec que, ao
que se sabe, lhe detinha, igualmente, certa aversão, (vejam seu grande erro
doutrinário), apesar de um memorável e belo texto de sua “Revista Espírita”, (dentre
outros textos revelados), ter ministrado algo afirmativo, ou seja, de que:
“... Somos uma essência criada Pura, mas decaída; pertencemos
a uma pátria onde tudo é pureza; culpados, fomos exilados por algum tempo, mas
só por algum tempo”. (Vide: “RE” – AK – Junho – 1862 - Edicel).
E, a “RE” de Outubro de 1858, em página ditada por um
Espírito Superior, (nas palavras do próprio Kardec), também alude sobre tal
fato da queda espiritual, ou, da retrogradação psíquica, o que, mais uma vez,
temos a comprovação do fato em si: ou seja: somos Espíritos decaídos de altos
planos espirituais para expiar nossas faltas, e, mais ainda, somos suscetíveis
doutras faltas ainda, e, pois, de novamente quedarmos por involução.
Porém, diga-se que o equívoco de Kardec, (por não considerar
nossa queda), dito equívoco, para mim, fora até compreensível por sua postura
muito mais científica, e, na contrapartida, muito menos filosófica,
desprezando, pois, muito dos ensinos dos Espíritos superiores (Vide: décimo
sexto - 16º. - e.Book de nossa autoria: “Kardecismo e Espiritismo”).
Ora, a Queda Espiritual: é Consenso Universal, pois consta de
profetas do Velho Testamento, de muitos ensinos do Mestre Redentor, e, mais
recentemente, como já visto e reiterado, dos ensinos ministrados por ‘Sua Voz’
(Pietro Ubaldi), por ‘Emmanuel’, André Luiz’, e muitos outros luminares da mais
relevante antena mediúnica de todos os tempos da humanidade (Chico Xavier).
Logo: repiso que a Queda Espiritual constitui Consenso Universal,
estando ao centro de tais ilações: nosso Mestre e Senhor Jesus: Mestre da
Bendita Escola de Redenção humana, e, por isto mesmo: de nossa Salvação Espiritual.
Logo, temos razões suficientes para afirmar que Kardec não
compreendera muito bem o Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores. Tais
Espíritos, por toda parte de sua obra afirmaram que estamos aqui neste
provacional para expiar, resgatar, pagar nossas dívidas de outrora, ou seja,
por nossa rebeldia, nossa queda, nossa involução em planos altíssimos da
Espiritualidade, para, agora, nos Mundos materiais, nos curarmos pela dor:
Escola Bendita de Redenção Humana, Espiritual.
Ora, vejam as respostas das questões 167 e 676 de “O Livro
dos Espíritos” (AK – 1857): vejam que nossa vida de reencarnados, e mesmo nossa
atividade, nosso trabalho, tratam-se, tais, de Expiação! Mas
expiação do que? Ou, resgate, do que? Sem dúvida alguma: de nossa dívida
pretérita! De nossa queda involutiva dos mais altos planos espirituais donde
fomos concebidos por Deus-Pai: Nosso Criador!
Mas vejamos outras questões, como por exemplo, a resposta de
número 115 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857) que muito bem expressa, nas
entrelinhas, e desenvolvimentos subseqüentes de nossa interpretação, o fato da
Criação dos Espíritos Puros e Conscientes (EPC) e sua conseqüente Queda
Espiritual na matéria como Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) para a sua
redenção.
Vamos dividir sua resposta completa por Itens, para uma sua
melhor visualização e compreensão:
1 - “Deus criou todos os Espíritos Simples e Ignorantes, quer
dizer, sem ciência. Deu a cada um determinada missão com o fim de esclarecê-los
e fazê-los alcançar, progressivamente, a perfeição para o conhecimento da
verdade e para aproximá-los d’Ele. A felicidade eterna e pura é para aqueles
que alcançam essa perfeição”.
2 - “Os Espíritos adquirem esses conhecimentos, passando pelas
provas que Deus lhes impõe. Alguns aceitam essas provas com submissão e
alcançam mais prontamente o fim de sua destinação”.
3 – “Outros não as suportam senão murmurando e, por suas
faltas, permanecem distanciados da perfeição e da felicidade prometida”. (Opus
Cit.).
Analisemos a referida resposta, pois, à luz dos novos
conhecimentos ministrados no Século 20, pois que a letra mata, mas o espírito
nela contido: vivifica.
Notemos, primeiramente, no Item 1, que, em momento algum,
dita resposta alude qualquer coisa que se identifique com a vida biológica e
material. Ela refere, sim, que os Espíritos são criados Simples e Ignorantes
(ESI), e que Deus dá a cada um determinada missão para seus esclarecimentos, o
conhecimento da verdade, que, por fim, os aproximará do seu Criador.
Logo, verifica-se que, no seu Mundo mesmo, ou seja, o
Espiritual, os Espíritos trabalham da condição de Simples e Ignorantes (ESI) para
alcançar, “de futuro”, a condição de Seres Perfeitos, Instruídos, Conscientes e
Sábios (EPC).
Já o Item 2, confirmando o Item 1 nos passa algo mais, ou
seja, que os Espíritos que se submetem as lições do Altíssimo, tais alcançam,
mais prontamente, o fim de sua destinação: a felicidade plena em Deus: Nosso
Pai, Nosso Criador.
No Item 3, finalmente, vemos os Seres não submissos, que
murmuram, e que, “por suas faltas” (rebeldia, inconformação e outras faltas
mais), “permanecem distanciados da perfeição e da felicidade prometida”.
Este fechamento do Item 3 é deveras expressivo e mui
revelador, pois que, os Espíritos que estão “distanciados da perfeição e da
felicidade prometida” somos justamente nós, os Espíritos humanos, que,
indubitavelmente, somos decaídos, e que, se o Item 3 em estudo, não toca no
tema: Queda Espiritual, óbvio que tal medida está inclusa no referido Item
pelos seus dizeres de que tais elementos faltosos se distanciam da perfeição e
da felicidade.
Logo, e, de fato:
-Os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESI) no seu
Mundo originário, Mundo Espiritual;
-Adquirindo saberes, experiência, e, portanto, Consciência própria,
os obedientes, e que, portanto, se sujeitam à Lei de Deus, permanecem no Mundo
Espiritual de sua origem; e, os insubmissos, se desqualificam de sua
Consciência e de suas potências psíquicas percorrendo mais rudes provas na
condição de Simples e Ignorantes, (ESI), tal como foram criados, porém, agora,
nos Mundos materiais do Universo físico e astronômico.
Do que se reafirmam duas conseqüências óbvias:
-As provas para aquisição da Consciência no Mundo Espiritual
são mais brandas, pois se trata de educar crianças espirituais em aprendizado
das lições do Amoroso Criador; sendo que, em contrapartida;
-As provas para a reaquisição da Consciência dos que se
quedaram nos Mundos materiais são mais rudes, já que não se dera o devido valor
ao que se conquistara Amorosamente do Criador, no seu Mundo de origem.
E, Emmanuel, o iluminado Espírito instrutor, confirma na
resposta dada à pergunta 248 de “O Consolador” (1940 – Feb):
Pergunta:
“Como se verifica a Queda do Espírito?”
Resposta:
“Conquistada a Consciência e os Valores Racionais, todos os
Espíritos são investidos de uma Responsabilidade, dentro das suas possibilidades
de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos Deveres Morais,
aumentando os seus Direitos divinos no patrimônio universal”.
“Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que
termina os estudos básicos, a Alma nem sempre sabe agir em correlação com os
bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho ou pela vaidade, pela ambição
ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em
experiências penosas, a fim de estabelecer o equilíbrio de sua existência”.
(Opus cit.).
Vejam que se trata do mesmo ensino de “O Livro dos
Espíritos”, porém, descrevendo, claramente, e não veladamente, a questão da
Queda Espiritual do Ser por sua desobediência e insurreição.
Logo, referido texto desta ’Parte Quatro’ exige o que
prometemos anteriormente (Parte Um), ou seja, o Gráfico do:
-Complexo Genético/Involutivo/Evolutivo:
Ora, se o Gráfico Involutivo/Evolutivo expressa a Involução
(inv) e a conseqüente Evolução (ev) dos Espíritos Puros e Conscientes (epc) que
se quedaram involutivamente como (esi), para então, inverter de rumos e evoluir
progressivamente para anterior condição de (epc) redimidos:
(epc) (epc)
\\ //
(inv) \\ // (ev)
\\ //
(esi)
O Gráfico Genético/Involutivo/Evolutivo, a seguir disposto,
expressará algo mais ainda, ou seja, nossa condição de Espíritos Simples e
Ignorantes (esi) no nosso Mundo de origem, ou seja:
2 4
(epc) (epc)
// \\
//
// \\ //
// \\ //
(esi) (esi)
1 3
Do ponto (1) ao (2) verifica-se, pois, a Evolução dos Espíritos
(esi) em seu plano de origem espiritual até à condição de (epc); do (2) ao (3)
patenteia-se a Involução dos rebeldes (epc) ao ponto dos (esi); e, finalmente,
do ponto (3) ao (4) sua Evolução penosa na matéria, ou seja, nos Mundos materiais,
para dar o justo valor ao que o Pai, gratuitamente, lhes dera em sua origem.
Eis, pois, o motivo da presente exposição a que demos o
título de: ‘Evolução: Jornadas do Espírito’, onde se acrescentou novas visões
de “O Livro dos Espíritos”, do Século 19, somado aos novos saberes do Século 20,
os quais resumo:
Com a obra codificada por Kardec:
-“Complexo ou Sistema (apenas) Evolutivo”: do ESI=Espírito Simples
e Ignorante que, por Evolução (ev) nas espécies dos diversos Mundos
ascensionais, se torna EPC=Espírito Puro e Consciente.
Com a obra de Pietro Ubaldi, e Xavier:
-“Complexo ou Sistema Involutivo-Evolutivo”: do EPC rebelde que,
por Involução, se despotencializa em suas faculdades e se converte ao ESI que,
por sua vez, se corrige, cresce e amplia suas potencias espirituais nas Normas Corretivas
da Evolução contida nos Mundos materiais, retornando à anterior condição de EPC
regenerado pela Lei; e mais:
De tais obras de Ubaldi e Xavier, surge, se acrescente ainda, nossa
teoria do:
-“Mecanismo Uno-Contínuo da Divina Criação” que se estende ao
infinito de Sua Criação. (Vide nosso 4º. e.Book: “Mecanismo Ontogenético”).
Assim, pois, com mais detida análise das instruções codificadas e
combinadas com as instruções da obra ubaldiana e xavieriana, e, mais
especificamente do sábio Emmanuel desta última, vimos um novo item de nossas
origens espirituais por meio do referido:
-Complexo Genético/Involutivo/Evolutivo, supra citado.
Sendo possível, ainda, propor o referido gráfico para explicitar
mais ainda referida questão:
DIAGRAMA GENÉRICO
(ev.Lr)
(ev.Lq)
jesus
|
|
/
|
. /
|
/ \ /
|
.
/ \-/
e.p.c. -
\
/ \ /
|
\
. /
\-/
|
\ /
\ /
|
\ / \-/
| \ /
e.s.i.
| \/
--- ---
(ME) (MM)
A Linha Vertical à esquerda do Diagrama explicita a Evolução de Linha Reta (ev.Lr), ou seja, dos Espíritos
não-faltosos à Lei, e, tal como se dera, por exemplo, com o Espírito de Jesus
(Veja o texto: “Evolução em Linha Reta ”) postado em
nosso blog.
A Linha Quebrada à sua direita trata-se da Evolução (ev.Lq)
Cíclica, de altos e baixos provocados pela palingenesia, ou reencarnação, dos
Espíritos faltosos que se quedaram por sua rebeldia e desobediência à Amorosa e
Justa Lei.
Sendo que a sigla (ME) expressa o Mundo Espiritual, ou seja, a
evolução dos Espíritos no seu
Mundo de origem; e a sigla (MM)
expressa o Mundo Material, ou seja, os Orbes do Universo físico e astronômico
onde os Espíritos faltosos se redimem paulatinamente.
Tenho tomado a iniciativa de, por intuição, mostrar nossas ideias
com Gráficos e Diagramas de sorte a facilitar nossa exposição do grande
fenômeno vivido por nós mesmos que, por ora, fazemos nossa viagem de retorno ao
Sistema Espiritual, dos amigos por lá deixados por nossa incúria mesma, ou,
pelas palavras de Emmanuel: “pelo orgulho ou pela vaidade, pela ambição ou pelo
egoísmo”.
Logo, nossa maior luta no Mundo não é com os rigores do clima, com
as correrias do trabalho, com a educação dos nossos filhos, com a criminalidade
que nos bate a porta, mas sim, com a tempestade de nós mesmos, pois que, no
mais fundo de nossa Intimidade espirítica, reconhece-se muito do nosso
“orgulho”, nossa “vaidade”, “ambição” e “egoísmo”, que nos esforçamos por
combater.
Eis o que tínhamos por defender com a presente e tão sucinta
proposição teórica, a ser confirmada por novos vôos intuitivos, bem como por
novos estudos e observações, como o pretendia Kardec que, neste final de minha
exposição, repiso:
“O Livro dos Espíritos não é um ‘Tratado’ completo de
Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem
desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista
Espírita” – AK - Julho de 1866). (*)
(*) Notemos que referido ‘Tratado’ do Espiritismo é, de fato, uma
síntese doutrinária mui elegante e mui sábia, e digo mais: de uma profundidade,
que, mesmo Kardec, bem como Herculano Pires, seu fiel escudeiro do Século 20,
não lhe perceberam o alcance filosófico por inteiro; o que se verifica, ainda,
com grande parte dos que se acham “intelectuais espíritas” da atualidade.
Logo, dito ‘Tratado’ de Espiritismo detêm, aqui e ali, as mais
sábias pérolas de nossa origem espiritual como Espíritos Puros e Conscientes
(EPC) que se quedaram como Espíritos Simples e Ignorantes (ESI).
Para tanto, que se consulte nossa ‘Trilogia’ de e.Books:
-“O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual”;
-“O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo”; e:
-“O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos”.
E quanto aos que discordarem de nossa ‘Tese’, solicito que se
consulte “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Capítulo 3, ‘Há Muitas Moradas na
Casa de Meu Pai’, Instruções dos Espíritos, Item 16, Mundos Regeneradores, que
assim discorre ao final de sua elevadíssima instrução:
“ ... Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma
nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar
para Deus, senhora de Si mesma, (Espírito Consciente, pois), na posse do
seu livre arbítrio (Ser Livre); já vos foi dito de que imensas faculdades a
Alma está dotada para fazer o bem; mas ah! existem as que sucumbem, e
Deus, não querendo o seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos
(materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se
regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus
Cit. – Editoras Diversas).
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UM GRANDE ABRAÇO A TODOS
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Fernando Rosemberg
Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de
Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos
instalados em seu blog abaixo transcrito.
Bibliografia
-“Obra Completa de Allan Kardec”: Diversas editoras;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi”: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Diversas editoras; Internet;
sendo de destaque no presente e.Book:
-“O Consolador”: Emmanuel – Feb;
-“Bíblia Sagrada”: Edições Católica e Pentecostal.
Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio
01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese
do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia
Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br
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