sábado, 8 de junho de 2019

EVOLUÇÃO: JORNADAS DO ESPÍRITO (21o. e.Book)


Fernando Rosemberg Patrocínio

(21º. e.Book)

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EVOLUÇÃO:
JORNADAS DO ESPÍRITO

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Reflexão: PALAVRAS DE ALLAN KARDEC

Parte 1: REVELA-SE UM NOVO COMPLEXO

Parte 2: DO ESPIRITISMO AO MONISMO

Parte 3: LACUNAS CONTIDAS EM KARDEC

Parte 4: PREENCHENDO OUTRAS LACUNAS

Bibliografia

Relação Nossos e.Books

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Reflexão: PALAVRAS DE ALLAN KARDEC

“O Livro dos Espíritos não é um tratado completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” – AK - Julho de 1866).

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Parte 1:

REVELA-SE UM NOVO COMPLEXO

Uma vez mais estivera buscando alhures, com os amigos da espiritualidade, alguma inspiração para compor a presente tese que, em suma, resume o meu vigésimo primeiro (21º.) e.Book, desde já, portanto, disponível aos simpatizantes internautas.

E o fato é que: na medida em que estudamos o Espiritismo codificado por Allan Kardec, sobretudo em conjunção com o Monismo de Pietro Ubaldi, e, mais ainda, com o Humanismo de Francisco Cândido Xavier, vamos encontrando, aqui e ali, nas entrelinhas de tais sábios, e, de seus Inspiradores, novas e importantes revelações que, se não víamos ontem, hoje, mais desenvoltos temos como aprecia-las para o deleite de nossos eternos aprendizados.

Ora, é deveras formidável o repertório mediúnico de Xavier; bem como é deveras formidável a síntese contida na obra do intuitivo Pietro Ubaldi; creio que demandará décadas, ainda, para estudarmos melhor e conhecermos mais profundamente todas as nuanças, ensinos e máximas de tais sábios humanos em conúbio constante com os Sábios da Espiritualidade.

Ora, não há milagres no Universo, e, portanto, para fazer-se o homem subir aos céus, e os céus descerem ao homem, tais instrumentos humanos nada deixam, ou, não deixaram nada a desejar, em termos de disciplina, de moralidade, e de conhecimentos dos seus inspiradores espirituais, entrosados ao mesmo diapasão, ao mesmo tom vibratório: de alma, inteligência e coração.

Óbvio, pois, que Xavier, tanto quanto Ubaldi, traziam os seus cérebros (perispiríticos) enobrecidos pela mais alta moralidade: a cristã; bem como repletos de saberes adquiridos no tempo-evolutivo das muitas experiências transpostas que os alçavam, pois, a altíssimas correntes noúricas, da mais autêntica Espiritualidade.

E o fato é que, o Espiritismo, firmado no Século 19, é um tanto abreviado, sobretudo se tomarmos apenas e tão-só a obra codificada; que, portanto, precisa ser desmembrada.

E, o Espiritismo muito se engrandecera com os novos conceitos já firmados por aqueles missionários do Século 20, dois legítimos missionários do Cristo: um brasileiro e o outro italiano, que, por sua vez, viera completar sua missão no Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, consonante inspiração do nosso honorável Humberto de Campos, o Irmão X da lavra xavieriana.

Sim, de fato, notamos que a Codificação do Espiritismo é síntese! Que, por sua vez, detêm essência notadamente evolutiva em seus princípios filosóficos e científicos.

E quanto aos conhecedores de meus textos e e.Books, estes hão de considerar que este não passa de uma repetição dos já vistos anteriormente. Porém, estamos a acrescentar mais, pois que a dinâmica do Fenômeno Evolutivo, de fato, se completa com a do Involutivo no que se compreende por ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’.

Mas adito que o processo, em seu desenvolvimento cíclico, é mais amplo ainda como já visto, por exemplo, em meu quarto (4º.) e.Book: “Mecanismo Ontogenético” que, por sua vez, alberga uma Criação Única, porém, Incessante, no paradoxo ‘Uno-Contínuo’ da infinita criação.

Sendo mais amplo, portanto, em suas origens, como agora, na presente tese, estaremos a ver.

E, então, temos:

A: ‘Complexo Evolutivo’ da obra de Allan Kardec;

B: ‘Complexo Involutivo-Evolutivo’ de Pietro Ubaldi e Francisco C. Xavier que complementam Kardec; e ampliando mais ainda, temos:

C: ‘Mecanismo Ontogenético’ que alberga o ‘Processo Uno-Contínuo da Criação’; e, finalmente, o que estaremos a ver e a comprovar, por agora, o que se poderia denominar:

D: ‘Complexo Genético/Involutivo/Evolutivo’, por uma mais detida análise, sobretudo, dos ensinos ministrados por Emmanuel, na obra de Xavier.

É o que estaremos laborando nos próximos seguimentos que, portanto, adicionam algo mais aos movimentos de ordem cíclica anteriores.

Parte 2:

DO ESPIRITISMO AO MONISMO

Óbvio que nem sempre estamos aptos à compreensão de certos temas espiritistas (e monistas) em face de nossa restrição psíquica a densos cérebros animais, quando, então, sujeitos à Lei (Cíclica) Palingenésica, mergulhamos, rotineiramente, à matéria biológica que, por sua vez, embota-nos, sobretudo, nossa compreensão do Infinito, da Eternidade e de muitas outras coisas atinentes à complexa espiritualidade.

Ora, a reencarnação, se nos permite, paulatinamente, novos vôos ascensionais: cognitivos, espirituais e morais, na contrapartida, embota-nos, como já dito, por exemplo, a compreensão da Eternidade pelo fato de nos restringir, por uma falseada noção de Tempo, que nos prende à ideia limitada das coisas; limitação, aliás, de que tudo tem um início e um fim, um nascimento e uma morte, o que não se verifica com as coisas da  Inteligência Suprema que, em Sua eternidade, não teve um começo e tampouco terá um fim.

Mas a noção de Tempo, nos planos espirituais diversos de nossa evolução psíquica, ir-se-á alterando na medida de nossa transcendência que, por sua vez, implicará em novas noções da realidade, e, inclusive, como é óbvio, da Eternidade em Deus que, sendo Causa e Efeito de Si mesmo, presume-se que não tenha tido um começo do seu Existir: para todo o Sempre de Sua Eternidade.

Assim, pois, nossa restrição psíquica, cujo embotamento se dá pela referida condicionalidade material e biológica de densos cérebros animais, tal restrição vem implicar, necessariamente, em imperfeitas aferições das coisas, do Espírito e da Matéria, levando-nos à pretensão de tudo saber, quando, em realidade, pouco se sabe.

Mas estamos numa prisão biológica necessária aos nossos Espíritos rebeldes; estamos nos arrastando no solo terrestre por ação gravitacional de sua contingência; somos, pois, dependentes de tudo, de nossas mães ao nascer, do ar atmosférico que nos envolve, do alimento e de suas proteínas várias e, mais ainda, somos dependentes de um sistema familiar, social, trabalhista e econômico dos quais não podemos nos safar, mas tão só nos submeter e nos escravizar.

Mas já estamos nos liberando, espiritualmente, quando por conduta digna e exemplar, quando por estudos avançados dos mais excelentes sábios terrenos, e, das relevantes doutrinas implantadas como, por exemplo, do Espiritismo de Kardec, do Humanismo de Xavier e do Monismo de Pietro Ubaldi que implicam, necessariamente, uma nova conduta ética ditada pelas normas universais do Evangelho que, em verdade, preconiza:

“Ninguém vai ao Pai senão por Mim”,

O que nos libera da prisão do Mundo, da escravização na Matéria, aditando mais ainda:

“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”,

Conquanto as ilusões de tantos irmãos nossos que se escravizam ao ódio, ao delito, se aprisionando ao erro e firmando, com tais, mais sérias reações da Lei às suas mentalidades aviltantes, rasteiras e criminosas.

Ora, de Kardec a Xavier, passando por Pietro Ubaldi, temos um só roteiro de liberação espiritual: o Cristo e o seu Evangelho redentor. E, de Kardec ao Xavier, de mesmo modo passando por Ubaldi, muito se preenchera das lacunas doutrinárias contidas no primeiro e solucionadas pelos demais citados.

É o que veremos nos próximos seguimentos.

Parte 3:

LACUNAS CONTIDAS EM KARDEC

Tais lacunas são as mais diversas, tanto ao âmbito científico como ao filosófico, indubitavelmente!

Ora, já vimos no primeiro (1º.) e.Book de nossa autoria: “Ciência Espírita: Tese Informal” o grande problema da Norma, aliás, muito menos científica, e, muito mais filosófica, e individualista, que fora implantada por Kardec ao tempo de sua Codificação, e que denominara: ‘Concordância Universal’: fundamentada na Razão; ou melhor: na sua Razão particularista, que, afinal, como quase tudo do nosso Psiquismo, é algo relativo, o que lhe fragiliza um tanto por submeter-se ao progresso incessante de nossas potências, e, pois, de nossa Razão: que se movimenta ascensionalmente em busca de novas formas de formas de saber, de entendimento do Mundo, do Universo e tudo o mais de suas origens, presume-se: espirituais.

E assim vimos que, ao se cotejar instruções dos Espíritos superiores em cerca de mil centros espíritas sérios de trabalhos mediúnicos, dos mais diversos pontos da Terra, criou-se, ou, estabeleceu-se, Allan Kardec, tal medida de ‘Concordância’ no sentido de se harmonizar e se uniformizar os ensinos básicos de tais instruções, conformando-os ao progresso científico e filosófico de sua época, no Século 19.

Sua sentença, como já visto, expressa que:

“A garantia única, séria, do ensinamento dos Espíritos está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares”. (“OESE” - AK).

Dita Concordância, como já dito também, não pegou, e, portanto, sabe-se de sua inaplicabilidade de lá pra cá, ou seja, nos tempos atuais, quando, então, tivemos de lhe fazer uma sua readaptação ao Século 20, entendendo que:

-Para a imensa obra de Francisco Cândido Xavier, por exemplo, admitimos haver nela toda uma Concordância dos espiritistas que acataram ou acatam a sua obra no Mundo terreno, e toda uma Concordância dos Espíritos que a consolidaram, sendo que, no tópico ‘espiritistas’ se faz a seguinte ressalva: são apenas alguns poucos que, por motivos banais, ou, por ignorância, a desaprovaram ou a desaprovam, sendo, pois, de um caráter irrelevante em face de sua ampla e universal aprovação.

Enquanto que:

-Para a obra de Pietro Ubaldi, vemos algo similar, ou seja, vemos nela toda uma Concordância dos espiritistas que acataram ou acatam a sua obra no Mundo, e toda uma Concordância dos Espíritos que se pronunciaram, e a aprovaram, nos mais diversos países por meio de numerosos médiuns distantes uns dos outros, sendo que no tópico ‘espiritistas’ se faz a mesma ressalva do já descrito para Xavier, ou seja: no tópico ‘espiritistas’: são apenas alguns poucos que, por motivos banais, ou, por ignorância, a desaprovaram ou a desaprovam, sendo, pois, de um caráter irrelevante em face de sua ampla e universal aprovação.

Ou seja, dita readaptação da ‘Concordância’, (CUEE de Allan Kardec), fora necessária, pois, do contrário, nos fixaríamos indeterminadamente no Século 19 do codificador, quando, paradoxalmente, ele preceitua, claramente, que o Espiritismo é essencialmente progressivo, que não se paralisa no tempo, ou, no que se conhece por: tempo-evolução.

Ora, como nos paralisarmos em meados do Século 19 quando já decorreram cento e cinqüenta anos de novos progressos no Mundo, e, inclusive, de progressos doutrinários do Espiritismo, sobretudo com as notáveis obras Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier?

Por conseguinte, e, conquanto respeitemos a lógica pouco-lógica dos mais conservadores, (engessados no Século 19), nós não paralisamos, não fechamos nossas mentes para os grandes e confiáveis reveladores do Século 20, e seguimos avante com os mais notáveis ensinos deste ‘Sesquicentenário do Espiritismo no Mundo’ que o fizera avançar, como já dito, da compreensão do:

-‘Modelo Evolutivo’ de Kardec para o:

-‘Modelo Involutivo-Evolutivo’, pois que, o primeiro, apenas ‘Evolutivo’ de Kardec, passa-nos a ideia injusta de que os Espíritos são criados como Seres ingênuos, Simples e Ignorantes (ESI), e, portanto, sem pecado algum, para, a partir daí, vivenciar as dores, as adversidades e as torturas tantas dos planos inferiores da criação para se tornarem - após milênios e milênios de experiências em tais planos - Espíritos Puros, Conscientes e Sábios (EPC) da espiritualidade superior.

Ora:

-Que Deus é este que: criando perpetuamente Seres ingênuos, sem pecado algum, os remete às torturas infernais da matéria, dos planos biológicos inferiores, para fazê-los subir e crescer, (espiritualmente?), com o sangue de suas vítimas animais???

-Que Deus é este que muito mais se assemelha ao Deus Sanguinário, Vingativo e Cruel do Velho Testamento, quando, na contrapartida, já nos fora ministrado, pelo Evangelho, que Deus é Amor, Justo e Misericordioso, Pai de Infinita Bondade???

Presentemente, com Ubaldi e Xavier, sabe-se que Deus, por tais Virtudes Suas, nos criara Puros e Conscientes, que, por nossa rebeldia mesma, tais componentes da Divina Criação, se despotencializaram, decaíram, vindo a constituir o Universo físico e astronômico de nossas labutas e dores, para nos curarmos de nossa insensatez, pois que Deus, na gênese do filho, o fizera grande de Sua Grandeza, poderoso do Seu Poder, e, mais ainda, sábio e consciente por Sua Sabedoria, Sua Divina e Eterna Consciência.

Logo, as lacunas da Obra Codificada são muitas, mas fiquemos, por ora, com as citadas supra e prossigamos com soluções doutrinárias pacificadoras.

Parte 4:

PREENCHENDO OUTRAS LACUNAS

Vejamos neste seguimento final como o ensino contido em “O Livro dos Espíritos” é síntese e não expressa tudo, e, sobretudo, da referida e já citada, bem como injusta compreensão da gênese espiritual.

Ora, o mais corrente dos estudiosos espiritistas, sobretudo ortodoxos, ou seja: apenas de Kardec e nada mais, e, como o próprio Kardec – igualmente - ministram que os Espíritos foram criados Simples e Ignorantes (ESI) para, logo mais, transitarem pelas adversas provas da vida biológica e material; tais elementos recusam a Queda do Espírito, como também Kardec que, ao que se sabe, lhe detinha, igualmente, certa aversão, (vejam seu grande erro doutrinário), apesar de um memorável e belo texto de sua “Revista Espírita”, (dentre outros textos revelados), ter ministrado algo afirmativo, ou seja, de que:

“... Somos uma essência criada Pura, mas decaída; pertencemos a uma pátria onde tudo é pureza; culpados, fomos exilados por algum tempo, mas só por algum tempo”. (Vide: “RE” – AK – Junho – 1862 - Edicel).

E, a “RE” de Outubro de 1858, em página ditada por um Espírito Superior, (nas palavras do próprio Kardec), também alude sobre tal fato da queda espiritual, ou, da retrogradação psíquica, o que, mais uma vez, temos a comprovação do fato em si: ou seja: somos Espíritos decaídos de altos planos espirituais para expiar nossas faltas, e, mais ainda, somos suscetíveis doutras faltas ainda, e, pois, de novamente quedarmos por involução.

Porém, diga-se que o equívoco de Kardec, (por não considerar nossa queda), dito equívoco, para mim, fora até compreensível por sua postura muito mais científica, e, na contrapartida, muito menos filosófica, desprezando, pois, muito dos ensinos dos Espíritos superiores (Vide: décimo sexto - 16º. - e.Book de nossa autoria: “Kardecismo e Espiritismo”).

Ora, a Queda Espiritual: é Consenso Universal, pois consta de profetas do Velho Testamento, de muitos ensinos do Mestre Redentor, e, mais recentemente, como já visto e reiterado, dos ensinos ministrados por ‘Sua Voz’ (Pietro Ubaldi), por ‘Emmanuel’, André Luiz’, e muitos outros luminares da mais relevante antena mediúnica de todos os tempos da humanidade (Chico Xavier).

Logo: repiso que a Queda Espiritual constitui Consenso Universal, estando ao centro de tais ilações: nosso Mestre e Senhor Jesus: Mestre da Bendita Escola de Redenção humana, e, por isto mesmo: de nossa Salvação Espiritual.

Logo, temos razões suficientes para afirmar que Kardec não compreendera muito bem o Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores. Tais Espíritos, por toda parte de sua obra afirmaram que estamos aqui neste provacional para expiar, resgatar, pagar nossas dívidas de outrora, ou seja, por nossa rebeldia, nossa queda, nossa involução em planos altíssimos da Espiritualidade, para, agora, nos Mundos materiais, nos curarmos pela dor: Escola Bendita de Redenção Humana, Espiritual.

Ora, vejam as respostas das questões 167 e 676 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857): vejam que nossa vida de reencarnados, e mesmo nossa atividade, nosso trabalho, tratam-se, tais, de Expiação! Mas expiação do que? Ou, resgate, do que? Sem dúvida alguma: de nossa dívida pretérita! De nossa queda involutiva dos mais altos planos espirituais donde fomos concebidos por Deus-Pai: Nosso Criador!

Mas vejamos outras questões, como por exemplo, a resposta de número 115 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857) que muito bem expressa, nas entrelinhas, e desenvolvimentos subseqüentes de nossa interpretação, o fato da Criação dos Espíritos Puros e Conscientes (EPC) e sua conseqüente Queda Espiritual na matéria como Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) para a sua redenção.

Vamos dividir sua resposta completa por Itens, para uma sua melhor visualização e compreensão:

1 - “Deus criou todos os Espíritos Simples e Ignorantes, quer dizer, sem ciência. Deu a cada um determinada missão com o fim de esclarecê-los e fazê-los alcançar, progressivamente, a perfeição para o conhecimento da verdade e para aproximá-los d’Ele. A felicidade eterna e pura é para aqueles que alcançam essa perfeição”.

2 - “Os Espíritos adquirem esses conhecimentos, passando pelas provas que Deus lhes impõe. Alguns aceitam essas provas com submissão e alcançam mais prontamente o fim de sua destinação”.

3 – “Outros não as suportam senão murmurando e, por suas faltas, permanecem distanciados da perfeição e da felicidade prometida”. (Opus Cit.).

Analisemos a referida resposta, pois, à luz dos novos conhecimentos ministrados no Século 20, pois que a letra mata, mas o espírito nela contido: vivifica.

Notemos, primeiramente, no Item 1, que, em momento algum, dita resposta alude qualquer coisa que se identifique com a vida biológica e material. Ela refere, sim, que os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESI), e que Deus dá a cada um determinada missão para seus esclarecimentos, o conhecimento da verdade, que, por fim, os aproximará do seu Criador.

Logo, verifica-se que, no seu Mundo mesmo, ou seja, o Espiritual, os Espíritos trabalham da condição de Simples e Ignorantes (ESI) para alcançar, “de futuro”, a condição de Seres Perfeitos, Instruídos, Conscientes e Sábios (EPC).

Já o Item 2, confirmando o Item 1 nos passa algo mais, ou seja, que os Espíritos que se submetem as lições do Altíssimo, tais alcançam, mais prontamente, o fim de sua destinação: a felicidade plena em Deus: Nosso Pai, Nosso Criador.

No Item 3, finalmente, vemos os Seres não submissos, que murmuram, e que, “por suas faltas” (rebeldia, inconformação e outras faltas mais), “permanecem distanciados da perfeição e da felicidade prometida”.

Este fechamento do Item 3 é deveras expressivo e mui revelador, pois que, os Espíritos que estão “distanciados da perfeição e da felicidade prometida” somos justamente nós, os Espíritos humanos, que, indubitavelmente, somos decaídos, e que, se o Item 3 em estudo, não toca no tema: Queda Espiritual, óbvio que tal medida está inclusa no referido Item pelos seus dizeres de que tais elementos faltosos se distanciam da perfeição e da felicidade.

Logo, e, de fato:

-Os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESI) no seu Mundo originário, Mundo Espiritual;

-Adquirindo saberes, experiência, e, portanto, Consciência própria, os obedientes, e que, portanto, se sujeitam à Lei de Deus, permanecem no Mundo Espiritual de sua origem; e, os insubmissos, se desqualificam de sua Consciência e de suas potências psíquicas percorrendo mais rudes provas na condição de Simples e Ignorantes, (ESI), tal como foram criados, porém, agora, nos Mundos materiais do Universo físico e astronômico.

Do que se reafirmam duas conseqüências óbvias:

-As provas para aquisição da Consciência no Mundo Espiritual são mais brandas, pois se trata de educar crianças espirituais em aprendizado das lições do Amoroso Criador; sendo que, em contrapartida;

-As provas para a reaquisição da Consciência dos que se quedaram nos Mundos materiais são mais rudes, já que não se dera o devido valor ao que se conquistara Amorosamente do Criador, no seu Mundo de origem.

E, Emmanuel, o iluminado Espírito instrutor, confirma na resposta dada à pergunta 248 de “O Consolador” (1940 – Feb):

Pergunta:

“Como se verifica a Queda do Espírito?”

Resposta:

“Conquistada a Consciência e os Valores Racionais, todos os Espíritos são investidos de uma Responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos Deveres Morais, aumentando os seus Direitos divinos no patrimônio universal”.

“Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a Alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho ou pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experiências penosas, a fim de estabelecer o equilíbrio de sua existência”. (Opus cit.).

Vejam que se trata do mesmo ensino de “O Livro dos Espíritos”, porém, descrevendo, claramente, e não veladamente, a questão da Queda Espiritual do Ser por sua desobediência e insurreição.

Logo, referido texto desta ’Parte Quatro’ exige o que prometemos anteriormente (Parte Um), ou seja, o Gráfico do:

-Complexo Genético/Involutivo/Evolutivo:

Ora, se o Gráfico Involutivo/Evolutivo expressa a Involução (inv) e a conseqüente Evolução (ev) dos Espíritos Puros e Conscientes (epc) que se quedaram involutivamente como (esi), para então, inverter de rumos e evoluir progressivamente para anterior condição de (epc) redimidos:

(epc)         (epc)
       \\         //
(inv) \\     // (ev)
           \\ //
          (esi)

O Gráfico Genético/Involutivo/Evolutivo, a seguir disposto, expressará algo mais ainda, ou seja, nossa condição de Espíritos Simples e Ignorantes (esi) no nosso Mundo de origem, ou seja:

                           2                4
                        (epc)         (epc)
                         //   \\        //
                        //     \\     //
                      //         \\ //
                (esi)          (esi)
                   1                3
                 
Do ponto (1) ao (2) verifica-se, pois, a Evolução dos Espíritos (esi) em seu plano de origem espiritual até à condição de (epc); do (2) ao (3) patenteia-se a Involução dos rebeldes (epc) ao ponto dos (esi); e, finalmente, do ponto (3) ao (4) sua Evolução penosa na matéria, ou seja, nos Mundos materiais, para dar o justo valor ao que o Pai, gratuitamente, lhes dera em sua origem.

Eis, pois, o motivo da presente exposição a que demos o título de: ‘Evolução: Jornadas do Espírito’, onde se acrescentou novas visões de “O Livro dos Espíritos”, do Século 19, somado aos novos saberes do Século 20, os quais resumo:

Com a obra codificada por Kardec:

-“Complexo ou Sistema (apenas) Evolutivo”: do ESI=Espírito Simples e Ignorante que, por Evolução (ev) nas espécies dos diversos Mundos ascensionais, se torna EPC=Espírito Puro e Consciente.

Com a obra de Pietro Ubaldi, e Xavier:

-“Complexo ou Sistema Involutivo-Evolutivo”: do EPC rebelde que, por Involução, se despotencializa em suas faculdades e se converte ao ESI que, por sua vez, se corrige, cresce e amplia suas potencias espirituais nas Normas Corretivas da Evolução contida nos Mundos materiais, retornando à anterior condição de EPC regenerado pela Lei; e mais:

De tais obras de Ubaldi e Xavier, surge, se acrescente ainda, nossa teoria do:

-“Mecanismo Uno-Contínuo da Divina Criação” que se estende ao infinito de Sua Criação. (Vide nosso 4º. e.Book: “Mecanismo Ontogenético”).

Assim, pois, com mais detida análise das instruções codificadas e combinadas com as instruções da obra ubaldiana e xavieriana, e, mais especificamente do sábio Emmanuel desta última, vimos um novo item de nossas origens espirituais por meio do referido:

-Complexo Genético/Involutivo/Evolutivo, supra citado.

Sendo possível, ainda, propor o referido gráfico para explicitar mais ainda referida questão:

DIAGRAMA GENÉRICO

       (ev.Lr)                                       (ev.Lq)
jesus |                                                                                    
          |                                                /
          |                                         .     /
          |                                        / \   /
          |                               .       /   \-/
e.p.c. - \                            / \    /     
          |    \               .        /    \-/   
          |      \            / \     /      
          |        \        /     \-/
          |          \    /
e.s.i.  |            \/
         ---          ---
      (ME)        (MM)

A Linha Vertical à esquerda do Diagrama explicita a Evolução de Linha Reta (ev.Lr), ou seja, dos Espíritos não-faltosos à Lei, e, tal como se dera, por exemplo, com o Espírito de Jesus (Veja o texto: “Evolução em Linha Reta”) postado em nosso blog.

A Linha Quebrada à sua direita trata-se da Evolução (ev.Lq) Cíclica, de altos e baixos provocados pela palingenesia, ou reencarnação, dos Espíritos faltosos que se quedaram por sua rebeldia e desobediência à Amorosa e Justa Lei.
       
Sendo que a sigla (ME) expressa o Mundo Espiritual, ou seja, a evolução dos Espíritos no seu Mundo de origem; e a sigla (MM) expressa o Mundo Material, ou seja, os Orbes do Universo físico e astronômico onde os Espíritos faltosos se redimem paulatinamente.

Tenho tomado a iniciativa de, por intuição, mostrar nossas ideias com Gráficos e Diagramas de sorte a facilitar nossa exposição do grande fenômeno vivido por nós mesmos que, por ora, fazemos nossa viagem de retorno ao Sistema Espiritual, dos amigos por lá deixados por nossa incúria mesma, ou, pelas palavras de Emmanuel: “pelo orgulho ou pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo”.

Logo, nossa maior luta no Mundo não é com os rigores do clima, com as correrias do trabalho, com a educação dos nossos filhos, com a criminalidade que nos bate a porta, mas sim, com a tempestade de nós mesmos, pois que, no mais fundo de nossa Intimidade espirítica, reconhece-se muito do nosso “orgulho”, nossa “vaidade”, “ambição” e “egoísmo”, que nos esforçamos por combater.

Eis o que tínhamos por defender com a presente e tão sucinta proposição teórica, a ser confirmada por novos vôos intuitivos, bem como por novos estudos e observações, como o pretendia Kardec que, neste final de minha exposição, repiso:

“O Livro dos Espíritos não é um ‘Tratado’ completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” – AK - Julho de 1866). (*)

(*) Notemos que referido ‘Tratado’ do Espiritismo é, de fato, uma síntese doutrinária mui elegante e mui sábia, e digo mais: de uma profundidade, que, mesmo Kardec, bem como Herculano Pires, seu fiel escudeiro do Século 20, não lhe perceberam o alcance filosófico por inteiro; o que se verifica, ainda, com grande parte dos que se acham “intelectuais espíritas” da atualidade.

Logo, dito ‘Tratado’ de Espiritismo detêm, aqui e ali, as mais sábias pérolas de nossa origem espiritual como Espíritos Puros e Conscientes (EPC) que se quedaram como Espíritos Simples e Ignorantes (ESI).

Para tanto, que se consulte nossa ‘Trilogia’ de e.Books:

-“O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual”;
-“O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo”; e:
-“O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos”.

E quanto aos que discordarem de nossa ‘Tese’, solicito que se consulte “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Capítulo 3, ‘Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai’, Instruções dos Espíritos, Item 16, Mundos Regeneradores, que assim discorre ao final de sua elevadíssima instrução:

“ ... Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, (Espírito Consciente, pois), na posse do seu livre arbítrio (Ser Livre); já vos foi dito de que imensas faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas ah! existem as que sucumbem, e Deus, não querendo o seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Cit. – Editoras Diversas).

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UM GRANDE ABRAÇO A TODOS

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

Bibliografia

-“Obra Completa de Allan Kardec”: Diversas editoras;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi”: Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier”: Diversas editoras; Internet; sendo de destaque no presente e.Book:
-“O Consolador”: Emmanuel – Feb;
-“Bíblia Sagrada”: Edições Católica e Pentecostal.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br
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