segunda-feira, 17 de junho de 2019

O FENÔMENO EXISTENCIAL (31o. e.Book)


Fernando Rosemberg Patrocinio

(31º. e.Book)

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O FENÔMENO EXISTENCIAL

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Introdução

PARTE 1: HÁ EFEITO SEM CAUSA?

PARTE 2: OS SÁBIOS DO ESPÍRITO

PARTE 3: UMA PROVA PERFEITA

PARTE 4: SEU DRAMA GENÉTICO

PARTE 5: O ESPÍRITO É O EXISTIR

PARTE 6: FATOS INTERVENCIONAIS

Bibliografia

Relação Nossos e.Books

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Introdução

Representando ‘conjectura existencialista’, o presente e.Book, dos mais resumidos, pede ao distinto leitor que faça uso do seu bom senso e de sua razão para fazer-se a prova cabal da existência de Deus, do Espírito imortal, como também palingenésico, para os aprendizados do Mundo, do Universo, ou, do Multiverso, culminando-se, pois, com o saber dos mais altos cumes da espiritualidade.

Dito saber, em tão altos cumes, tratar-se-á, na verdade, de Sabedoria, pois que reunirá Conhecimento e Moralidade, aspecto sublime do Ser que avança, por agora, para a conquista de sua maior incumbência: a de ser UNO com o Pai: alegria maior do filho imortal.

-Ora, como ser feliz na Terra, ou em qualquer outro lugar, com os reclamos egoísticos do nosso orgulho?

-Como ser feliz com a rebeldia que ainda se agita em nossos imponderáveis corações?

Em suma:

-Como ser feliz em não acatando as Normas do Evangelho: Sublime Tradutor da Vontade Divina?

Sua Lei é Simples:

“Amar a Deus acima de todas as coisas e a teu semelhante como a ti mesmo”. (Jesus).

Expressando, pois: nosso conflito (desarmonia) em pretender amar a Deus sem amar ao próximo, bem como o de amar ao próximo sem amar a Deus. Mas tal princípio nos revela muito mais, ou seja, que a Dimensão Divina, em precedendo a Tudo e a Todos: É Plena de Amor e de Misericórdia pelo filho, competindo a ele, pois, liberar-se das amarras do Mundo pelo esforço do mesmo Amor: única forma de nossa mais pronta e mais exata liberação terrena e, portanto, material.

O humilde autor:
Mui semelhante a ti: Caro Leitor.

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Parte 1

HÁ EFEITO SEM CAUSA?

Assim, trataremos, na presente conjectura, tão modesta e tão simples, de algumas questões fundamentais do Ser e, obviamente, de sua perene existencialidade.

E digo existencialidade rimando com imortalidade, pois alguns autores, em equívoco, falam em eternidade do Ser, o que é não muito correto, pois que, de eterno, só há um: Deus; e, quanto ao filho, para este, o seu aspecto mais fundamental, é o de sua imortalidade que se estende para todo o sempre de sua existencialidade.

Logo, somos um fato existencial de característica imortal, fato que, por sua vez, decorre da eterna existencialidade divina. Todavia, buscando o cético que em nada crê, nem em Si mesmo e muito menos de um eterno Criador, digo a este que, de modo matematicamente lógico, e preciso, “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), tem a solução simples para tais problemas que, em síntese notável, dá as seguintes explicações.

Ou seja: provando racionalmente a existência de Deus, encontramos com os sábios do referido livro que:

“Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá”. (Opus Cit.).

Expressando, pois, que a Causa de Tudo que não procede do homem, procede da Inteligência Suprema, e, inclusive nós próprios, como Seres de tão perfeita engenharia construtiva que, por sua vez, não sendo obra de Si, ou seja, do próprio homem, há que ser obra de Outrem, exceto se não admitirmos a referida Lei de Causalidade.

E, em se referindo ao sentimento que todos carregam em Si mesmos da referida Causa de Tudo, os referidos e sábios Espíritos observam que tal é também a mais autêntica prova da existência do Criador, pois que:

“... de onde lhe viria esse sentimento se ele repousasse sobre nada? É ainda uma conseqüência do princípio de que ‘não há efeito sem causa’.”. (Opus Cit.).

Notem, por aí, a sabedoria e a simplicidade de tais ensinos! Só duvida de Si mesmo, como Espírito imortal; só duvida de Deus, o Criador, quem quer, por sua livre e espontânea vontade: descrer; pois que, se o homem não dá existência a Si próprio, Alguém o dera; e, no mais fundo de Si mesmo, e, portanto, do seu próprio sentimento, o Homem sabe, e, portanto, crê, em Si, como filho de Deus: o Criador.

Todavia, questiona-se:

Por que o filho, que é Espírito, e, portanto, da mesma natureza divina, duvidaria do Pai, o Criador?

A resposta é das mais simples!

Ele só o faz por sua altivez, seu orgulho e sua rebeldia, e, portanto, por nada querer acima de Si, julgando-se, por isto, todo poderoso e suficiente em Tudo, até em menosprezar seu Pai, Magnânimo Criador.

Mas é relativamente fácil derrocar tal assertiva da suficiência (e estupidez) humana.

Com efeito, e, como já dito: o homem sabe que não dera existência a Si próprio, e, portanto, o que, afinal, O dera? Se o homem físico, e biológico, surgira da água e de algumas proteínas fundamentais, o que o levara a tal estado físico, e biológico, bem como a tal estado de: Homem Inteligente e Consciencial, ou, se o quiserem: Moral e Espiritual?

Só por aí, resolve-se tudo do Homem que, muito além de algo físico e biológico: é Ser: e, pois, Espiritual, dotado que está de Consciência, de valores intelectuais, axiológicos, éticos e morais.

Dizer que tudo do Homem surge do nada é crer que o nada pode fazer alguma coisa, mas o nada: Nada É, e, portanto, nada pode fazer, o que derruba o sofisma ideológico dos materialistas, cépticos e descrentes do Espírito, quando, por ele mesmo é que nascem, crescem, pensam, laboram, sofrem e choram, sendo o Espírito, pois, nós mesmos, Seres intelectuais e morais, sobrevivente à carcaça física e biológica de nossas experienciações, tão necessárias ao avanço do Cognitivo imortal.

O Espírito, pois, somos Nós mesmos, o Ser indestrutível que estava presente na água e proteínas várias de nossa gênese construtiva, para elaborar, por mecanismos bioplásmáticos, (ou perispiríticos), tudo quanto somos de Nós mesmos: organismos complexos que culminam na Consciência, no Espírito imorredouro que já estava lá:

“Na ontogênese que recapitula a filogênese”. (Haeckel).

Logo, respondendo ao título desta parte inicial, é fato científico e matematicamente preciso de que:

“NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA”.

E, se o efeito do material e biológico, Consciencial e Espiritual de nós mesmos, não pode ser imputado ao Homem, ou seja: a Si próprio, óbvio que tal efeito há que ser imputado a Outrem, ou seja: a um Criador do Espírito imortal, Ser este que ainda retorna ao Mundo vias palingenésicas, como tantos sábios e estudiosos do tema tem provado sobejamente.

Logo:

“Não nos comportemos tergiversados às mais elementares Leis já conhecidas do plano antropológico, intelectual e cultural, e sim, aderidos a elas por lógica científica e matemática, espiritual e moral, coisas mesmas do filho em aprendizado constante de Tudo quanto lhe cerca, e inclusive, desse Invisível de Consciência e de Espiritualidade que nos absorve por sua completude mesma”. (frp).

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Parte 2

OS SÁBIOS DO ESPÍRITO

Sabe-se - conquanto falácias do contra - que o Espírito é fato provado e comprovado pelos maiores sábios do Mundo, tais como Crookes, (físico e químico) Lombroso (antropólogo), Crawford (físico), Flammarion (astrônomo), Barret (físico), Bozzano (filósofo), Myers (psicólogo), Geley (biólogo), Valery (engenheiro), Morselli (neurologista), Zollner (astrônomo), Wallace (naturalista), e muitos outros mais.

Destes mesmos, dentre outros, poderíamos pinçar algumas opiniões, tais como:

“O Espiritismo está tão demonstrado quanto a Lei da Gravitação”. (Wallace);

Ou, outra, ainda, como por exemplo:

“A sobrevivência está comprovada por meio da investigação científica” (Lodge),

E outra, trinta anos passados desde que publicara as atas das experiências que demonstraram a realidade do Espírito, declara que:

“Nada tenho que retratar dessas experiências e mantenho as minhas verificações já publicadas, podendo mesmo a elas acrescentar muita coisa”. (Crookes).

Contudo, fazer a comprovação científica do Espírito é uma coisa; aliás, é bastante coisa para este mundo um tanto ausente das coisas espirituais; e, quando me refiro a mundo, me refiro, sobretudo, ao círculo dos estudiosos e acadêmicos da “deusa” matéria, que, por sua vez, se distanciam do Espírito, quando este, por provas cabais, trata-se do modelo organizador daquela, ou seja: o veículo, de tudo, principal.

Diga-se, entretanto, que apesar do Espírito ser fato incontestável, tal como se destaca da pesquisa de tantos sábios, ainda não sabemos, intrinsecamente, o que ele é, do que se constitui intimamente e quais são os mais secretos fundamentos do psiquismo, do pensamento que dele se destaca continuamente, tal como foco de luz que se irradia permanentemente. (Vide: “Corrente Mental” – 6º. e.Book deste autor).

O que, aliás, é um dos objetivos desta modesta ‘conjectura existencialista’ que, assente na prova insofismável do Espírito, segue avante com proposições filosóficas, intentando, daí, alguma luz do fim do túnel, já que não temos do mesmo (Espírito) uma sua posição mais definida e mais concreta, conquanto paradoxos de sua “concretude” espiritual.

Ou, noutros termos:

1-O Espírito é fato;

2-Conquanto não saibamos, ainda, de sua natureza mais íntima, ou seja, de sua estrutura física (não seria extrafísica?), nem como do seu naturalíssimo modus-operandis de agir e de pensar continuamente sobre as coisas do Mundo, e do Universo, por meio da massa cinzenta de nossos cérebros animais.

O que significa dizer que estamos, com certeza, dando nossos primeiros passos rumo à Nova Era que se inicia para a humanidade terrena: a Era do Espírito.

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Parte 3

UMA PROVA PERFEITA

Um dos fenômenos mais comprobatórios do Ser espirítico - ou seja, do Ser principal de nossa roupagem humana, trata-se de um fenômeno reproduzível que, por sua vez, dá a Prova Cabal do Espírito, do Perispírito, e, portanto, de nossa imortalidade em outro plano existencial – vem a ser, indubitavelmente, o fenômeno da Materialização do mesmo, que, no caso, encontra-se desenfaixado da veste física (desencarnado), que, por sua vez, se materializa temporariamente em função de uma substância, ou, emanação fluídica do sujet (médium): o ectoplasma.

Em tal circunstância, ou sessão mediúnica da maior seriedade, há, comumente, uma vasilha contendo parafina aquecida e outra contendo água fria.

Tais Espíritos que, de momento, se materializaram nas referidas sessões, eles, em muitas situações, meteram as mãos nessa substância fervente para compor cópias (uma espécie de “luva”) de suas mãos que, com isto, tinham a intenção de deixar provas indiscutíveis do fenômeno citado. E quem, ou quais, dos pesquisadores participantes de tais sessões, ousariam meter as mãos naquela parafina fervente? E, mais ainda, se alguém o fizesse, como se poderia retirar o molde rígido sem quebrar a “luva”, haja vista que o punho é mais estreito que o metacarpo; e, isto, por si só, já é prova bastante do fenômeno em si, e, portanto, do Espírito livre da matéria e capaz de, inteligentemente, agir sobre ela.

Gustave Geley - um dos mais notáveis pesquisadores das materializações que, aliás, tornara-se referência obrigatória no estudo do ectoplasma - para não permitir fraudes, se utilizava do seguinte e mui simples expediente: o de colocar na parafina alguma substância química dele tão somente conhecida e de fácil identificação em laboratório; mesmo o sal de cozinha serve de prova incontestável.

Dito expediente revelaria, de pronto, se a parafina fora trocada ou não em caso de eventual fraude; ou seja: se alguma luva parafínica pré-fabricada fosse introduzida na referida sessão.

Em suma, as confirmações e provas científicas do Espírito imortal são as mais diversas, sendo a sua Materialização, por meio do ectoplasma, mais uma delas; confirmando o que, a meu ver, considero como a Prova Cabal, Perfeita, sendo ela mesma, uma espécie de Reencarnação do Espírito, porém, de curta duração, ligeira e fugaz, ou seja: apenas para mostrar que não estamos sós durante a vida terrena, mas seguidos por uma multidão de olhares invisíveis, (nuvens de testemunhas), o que significa expressar que somos um livro aberto, não sendo possível ocultar o que somos intimamente, em nossa pessoalidade e particularidade.

Logo, o Espiritismo de Kardec, de Roustaing, de Denis, Flammarion, Delane, bem como em sua versão Metapsíquica dos fenômenos mediúnicos, versão dos renomados Richet, Geley, Crookes e tantos outros mais, há que ser sim: estudado e considerado pelos cientistas do Século 21.

Isto é, se eles albergarem maturidade, mas, sobretudo, humildade para enxergar o óbvio, ou seja: o fato do Espírito palingenésico, logo: imortal; criação de um Ser Supremo, ou, do que queira, em seu entendimento refletir, externar, proclamar.

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Parte 4

SEU DRAMA GENÉTICO

O Espiritismo deixou-nos claras e patentes instruções de que os Espíritos se potencializam em inteligência e moralidade por meio da palingenesia que, afinal, se verifica em todos os reinos da natureza, estando seu início, pois, em pontos de extrema simplicidade (ESI) espiritual, ponto este que poderia assemelhar-se, em termos de física quântica, aos incertos movimentos de uma “partícula” que, eventualmente, também se comporta como “onda”, e que, como tais, de um modo ou de outro, encerra metas evolutivas por cumprir: do átomo ao mais puro Arcanjo celestial.

Referido ponto, de grandeza infinitesimal, ou, Simples e Ignorante, é o “Ser”, ou “Ente” que anima e dá vida aos Seres inferiores da criação, sendo que, no tocante aos animais, se lhe denomina: “princípio inteligente”, que, um dia, por contínua evolução, percorrida e vivenciada no interior das coisas físicas e não-físicas, biológicas e perispiríticas, haverá de tornar-se, aos meados de tal epopéia, o que se pode designar por: Espírito, Entidade cognitiva, psíquica e moral do Ser humano.

Tal entidade – ou Espírito – é, pois, no Homem:

“Centelha divina que lhe dá o senso moral e um valor intelectual que falta aos animais, e é nele o Ser principal, preexistente e sobrevivente ao corpo e que conserva a sua individualidade”. (Kardec).

Mas, quais as similaridades e as diferenças entre o princípio anímico dos animais e do Homem, propriamente falando?

Reafirmamos que:

Essencialmente (es=) são iguais; cuja equação se daria pelos seguintes termos:

[(Princípio Inteligente dos Animais)](es=)[(Espírito Humano)]

Mas, evolutivamente (ev=/=) são diferentes; cuja distinção ou desigualdade insinuaria:

[(Princípio Inteligente dos Animais)](ev=/=)[(Espírito Humano)]

Ora, não pode haver dúvidas quanto a isso, pois que os Espíritos superiores, quando questionados em seu ‘Tratado Basilar’: se a inteligência do Homem e dos animais emana de um mesmo princípio, sua resposta fora a de que:

“Sem nenhuma dúvida, mas no Homem ela recebeu uma elaboração que o eleva acima da do animal”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – 1857 – AK).

E, mais ainda: onde estivera, ou, por onde houvera de passar a Alma do homem em suas primeiras fases evolucionais? E, como resposta:

“Numa série de existências que precedem o período a que chamais humanidade”. (Opus Cit.).

E confirmam noutra delas que:

“É nesses Seres que estais longe de conhecer totalmente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida, como dissemos. É, de alguma sorte, um trabalho preparatório, como o da germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. É, então, que começa para ele o período de humanidade, e com ele a Consciência de seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade de seus atos. Como depois do período da infância vem o da adolescência, depois da juventude e, enfim, a idade madura”. (Opus Cit.).

Eis o que nos revela a mais importante obra filosófica do Espiritismo no Século 19, que, afinal, trata-se de uma obra pautada na observação criteriosa do fenômeno mediúnico; que, na contrapartida, trata-se de uma obra sucinta que, obviamente, fora muitíssimo desenvolvida no Século 20 como se pode ver na relação dos modestos e.Books abaixo relacionados.

Lembrando que tais e.Books não são exatamente meus, pois resultam do conúbio mental com superiores hierárquicos de notável espiritualidade.

Mas prossigamos ainda!

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Parte 5

O ESPÍRITO É O EXISTIR

Sabe-se, desde priscas eras que Deus: a Inteligência Suprema do Universo, proclama de Si mesmo:

“Eu Sou o que Sou”! (Bíblia Sagrada).

Na contrapartida, e, como filhos d’Ele, diríamos que: somos o que somos: um Espírito imortal proveniente, pelo aqui abordado, da imensa fieira dos reinos mineral, vegetal, animal, reinos inferiores da criação, e, enfim, dos mais profundos “mistérios” que envolvem a criação em Deus (Vide, por exemplo, nosso 21º. e.Book: “Evolução: Jornadas do Espírito”).

E o fato é que pesquisadores da Metapsíquica, como, por exemplo, o sábio Gustave Geley, redefiniram tal Ser psicológico humano como um ‘dinamopsiquismo’ essencial; e a Parapsicologia de Joseph B. Rhine o substituíra por um componente ‘extra-físico’, confirmando e reafirmando, pois, que a Mente não pertence ao domínio das coisas físicas, mas sim, das não-físicas, e, portanto: Espirituais.

De tal forma que: o Espírito humano é, nada mais nada menos, que um Psiquismo dinâmico de natureza metafísica ou espirítico-imortal que, indubitavelmente, desconhecemo-lo em sua mais pura essência, sua natureza, de fato: Espiritual. Conquanto Ele mesmo, ou seja: o Espírito, em pessoa, esteja a nos expressar: intelectualmente e moralmente no Mundo a que pertencemos: como Homem e como Ser componente de uma sociedade universal.

Na verdade trata-se de um paradoxo!

E isto pelo fato de que:

-Nós não conhecemos o Espírito, mas, num paradoxo evidente, somos o Espírito, dele fazemos parte, fazemos uso, ou, noutros temos: o empregamos como meio de vida, de saber e de aquisições outras de nossas experiências desde tempos remotíssimos de sua presença no Mundo.

-É por meio do Espírito, pois, que eu conheço; mas, definitivamente, eu não me conheço;

-É com ele, pois, que Eu sei; mas, de mim mesmo, nada sei, ou, quase nada sei.

Essencialmente, pois, nada sabemos do Espírito; do que, intimamente, e, substancialmente, ele se constitui.

-Como e porque o Espírito fora gerado?

-De onde e do que Ele procedera e para onde está sendo levado?

Contudo, é Nele mesmo, e, com Ele mesmo, que sei, que aprendo; opero; trabalho; que, diuturnamente, experienciamos e, portanto, por um longo e dilatado período: nós lhe vivenciamos ou, por Ele, somos vivenciados ou vivificados. É n’Ele mesmo conquanto, é por meio d’Ele, portanto, e, é com Ele mesmo, entretanto, que laboramos, pensamos, evoluímos, tomamos atitudes aprováveis umas e condenáveis outras, boas ou más.

Ou seja:

Fazemos tudo quanto fazemos sem atinarmos para o fato de que não sabemos o que Ele é: de que tudo, ou quase tudo, desse tal de Espírito ignoramos, se mostrando, pois, como a maior das incógnitas do nosso saber que, em suma, não sabe, mas que, um dia, e, para a nossa esperança, saberá.

Com efeito, não se pode negar que o Homem tem toda uma gama de progressos por fazer, do universo de Si mesmo e do seu exterior, de tudo quanto lhe toca, pois, interiormente, e exteriormente, e isto, portanto, nos mais diversos Mundos, Sistemas estelares do espaço cósmico, sideral, ou melhor: multidimensional, onde, certamente, temos aprendizados por fazer, por executar, por laborar.

Assim, repiso que: quase nada sabemos do Espírito, de sua natureza mais íntima, essencial. Mas sabemos com ele trabalhar, experienciar, desfrutar.

Ora, não se tem como compreender o Espírito nos seus mais diversos graus de progresso, de expansibilidade evolutiva no imenso e complexo terreno quântico, mineral, da vida vegetal e animal.

Não se tem como defini-lo em tudo que se nos patenteia na natureza, repleta de tantas incógnitas, tantas belezas, tantas cores, tons estonteantes, deixando-nos, pois, a mim e a você, boquiabertos ante o espetáculo da criação, de algo que, no estado exterior, expressa algo do seu estado interior, que se reflete na forma, ou seja, na entidade física da coisa notadamente metafísica.

E chego mesmo a frisar que:

Tal Princípio Anímico é, de fato, uma incógnita metafísica que não se tem como definir e entender, mas que, entretanto, e, paradoxalmente, se define e se expressa em nós mesmos, na natureza das coisas físicas, inorgânicas e biológicas, pois que: de tais coisas se veste, se desveste e se reveste; se compõe, se decompõe e se recompõe; se organiza, se desorganiza e se reorganiza, e, por tal constante palingenésica, já vivera outrora, revive ainda agora e se fará reviver noutro tempo, no acolá da imensa trajetória sua, do Ser, das coisas físicas e coisas espirituais.

De um ponto de vista filosófico-científico, pois, ficamos com a certeza de que somos ainda incompletos, de que muito ainda precisamos laborar para podermos conhecer a nós próprios, nossa intimidade psíquica e, pois, espiritual; bem como de outrem, da natureza, do nosso amigo, do nosso irmão.

Em resumo:

Somos Espíritos imortais, mas que, do mesmo, presentemente, e, paradoxalmente, pouco ou quase sei, pouco ou quase nada sabemos.

A não ser, é claro, por intermédio de nós mesmos, do nosso labor, nosso saber que tão pouco sabe, pois que nem mesmo se conhece, conquanto nele mesmo se reflita, se estabeleça, se ajusta e se reajusta como puder, ou, como pode e deve, segundo Normas da Lei, se ajustar.

Assim, esgotados todos os nossos recursos perquiridores, pode-se afirmar, numa sentença filosófica extremada, que:

“O Espírito é o Existir”!
(frp).

Uma conclusão que, equivocada, ou, não, pertence, exclusivamente, aos seus autores, ou seja, Eu mesmo, responsável humano pela coisa, que, nada obstante, vive em conúbio mental com seus Superiores, ou seja, com a Espiritualidade amiga que nos envolve.

O que não deixa de ter alguma lógica, pois que:

“Existir expressa o Ser, o Viver, o Durar, o Permanecer, conjugando, ainda, com o Resistir e o Persistir”.
(frp).

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PARTE 6

FATOS INTERVENCIONAIS

Conquanto a “descrença” (*) de alguns pares humanos no tocante ao Espírito que, afinal: é Vida de nossas vidas, e, pois, é Consciência de Algo Transcendente no Universo, ainda se discute quais seriam os fatores que mais atuaram e atuam em nossa ‘Personalidade Palingenésica Atual’.

Pode-se, grosso modo, dizer que são quatro os fatores determinantes de nossa ‘Personalidade Atual’, a dizer:

1 – De baixo para cima: ou seja: da genética que nos proporciona um novo instrumental biológico;

2 – De cima para baixo: ou seja: de alguma influência dos astros em nós mesmos;

3 – De trás para frente: ou seja, do passado já vivido e já experimentado por meio da palingenesia;

4 – De frente para trás: ou seja, do futuro que, a todo instante, nos impulsiona para frente.

Mas exemplifiquemos um tanto mais no tocante a cada um dos tópicos supra!

1 – De baixo para cima: ou seja: da genética que nos proporciona um novo instrumental biológico;

Ora, do que somos provenientes biologicamente falando? De porções mínimas de proteínas, de água e de matéria fornecidas pelos nossos pais por meio dos gametas, ou seja: de células germinativas primordiais. Logo, ‘de baixo para cima’ explicita o movimento de nossa condição primeira à nossa condição última, ou seja, de homens já formados, que, afinal, dita construção biológica, tem alguma influência em nós mesmos, em nossa ‘Personalidade Palingenésica’, que, de momento, traduz nossa ‘Personalidade Atual’.

2 – De cima para baixo: ou seja: de alguma influência dos astros em nós mesmos;

Para Emmanuel, um dos Espíritos mais confiáveis do nosso tempo, em se referindo às influências dos astros em nossas vidas:

“As antigas assertivas astrológicas tem a sua razão de ser. O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra; porém, a existência planetária é sinônimo de luta. Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sobre as influências que merece”. (Vide: “O Consolador” – Emmanuel – Feb).

Ainda assim, se há influência dos astros em nosso complexo celular, e, se somos Espírito e matéria, um reagindo sobre o outro, óbvio haver alguma influência dos astros em nós mesmos, em nossa ‘Personalidade Atual’, mesmo que de forma quase insensível, e, pois, pouco notável.

3 – De trás para frente: ou seja, do passado já vivido e, pois, já experimentado;

Este, portanto, traduz a súmula de nós mesmos, do quanto já operamos em todos os sentidos: intelectuais, morais, comportamentais. Do que somos, pois, intimamente, cumprindo-nos, ainda, e sempre, o estudo de nossa personalidade tal como já dito pela milenar sentença: ‘homem, conheça-te a ti mesmo’; e, a partir de tal, empreender novas conquistas evolutivas... Mas, até onde? Até Deus, pois que nosso progresso é quase infinito.

4 – De frente para trás: ou seja, do futuro que, a todo instante, nos impulsiona para frente.

O que nos faz duvidar um tanto do atual estado de coisas que, afinal, parece não existir, porquanto, o estado presente é algo fugidio de nós mesmos, pois que muda o tempo todo, a cada segundo, sendo, portanto, mutável por natureza, e que, a cada instante, vai sendo empurrado para trás, fazendo valer não o presente estado de coisas, e sim, o futuro que se materializa a todo instante em nosso presente, e que, afinal, dito presente, é, concomitantemente, impelido para o passado, e assim vai... na mudança de tudo e de todos nós... Parecendo não ter fim.

Logo:

“O futuro é um tempo que, a todo instante, se evidencia em nosso presente, que, por sua vez, se desvanece nas brumas do passado”. (frp).

Num paradoxo incrível, pois, dir-se-ia que não somos o que somos, e sim, somos o que seremos: Espíritos Puros e Conscientes (EPC) passando por múltiplas experiências na condição mutável de Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) numa viagem palingenésica de progressos, ou, se o quisermos, de retorno a Deus: Nosso Pai.

Mas expliquemos melhor ainda dita sentença supra:

“O futuro é um tempo que, a todo instante, se evidencia em nosso presente, que, por sua vez, se desvanece nas brumas do passado”. (frp).

Quando falamos de futuro, nós não estamos nos referindo a um tempo distante, no futuro. Estamos nos referindo a todo o tempo futuro; ou, noutros termos, queremos dizer que o próximo milissegundo (ou milésimo de segundo) que ocorrerá neste instante, ele já é futuro, pois se dera, ou, se dará, no próximo milésimo de segundo; e, pois, quando ele se der, ele já transformara o tempo presente de nós mesmos, empurrando-o para o passado.

Nossa existencialidade no Mundo, em suma, o nosso viver, parece algo não-presente, e sim, um futuro que se manifesta a cada milissegundo no presente, e que, por tal mesmo, já não é presente, e sim, passado.

Resumindo:

Filosoficamente, ou mesmo, matematicamente falando, dir-se-ia que nossa existencialidade presente (ex.pr) é, o tempo todo, transformada pela existencialidade futura (ex.ft), cuja fórmula se daria pela seguinte:

EXPRESSÃO DO EXISTIR

[ (ex.ps) < --- (ex.pr) < --- (ex.ft) = (Existir) ]

Ou, em termos existencialistas de nossa presente realidade, se diria que:

“O Existir é um tempo futuro (ex.ft) que se materializa, continuamente, e, pois, a todo instante, em nossa vida cotidiana (ex.pr), que, por sua vez, se transmuda para o passado, ou seja, para uma condição já vivida e experimentada (ex.ps)”.

Assim, pois, com tal expressão filosófica, e, pois, matemática, estamos a encerrar mais um modesto e despretensioso e.Book de nossa autoria.
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(*) O maior dos Instrutores Espirituais do Século 20: o confiabilíssimo: Emmanuel, refere que:

“O ateísmo ou a incredulidade absoluta não existe, a não ser no jogo de palavras dos cérebros desesperados, nas teorias do mundo, porque, no íntimo, todos os Espíritos se identificam com a ideia de Deus e da sobrevivência do Ser, que lhes é inata”. (Vide: “O Consolador” – F.C. Xavier – Feb).

Logo, o ateu, ou, o que afirma sê-lo, se contradiz por franca oposição de Si mesmo, que, no seu Sentir, bem como na sua Consciência, ele sabe que Deus existe!

Ou, como o espirituoso diria de modo bem divertido:

“Eu sou ateu: Graças a Deus!”.

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UM GRANDE ABRAÇO A TODOS

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Fernando Rosemberg Patrocinio
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Articulista; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante e Escritor com dezenas de e.Books gratuitos instalados em seu blog abaixo transcrito.

BIBLIOGRAFIA

-“Obra Completa de Allan Kardec” – Diversas Editoras;
-“Obra Completa de Pietro Ubaldi” – Fundapu;
-“Obra Completa de Chico Xavier” – Diversas Editoras; Diversos Sites da Internet; sendo de destaque:
-“O Consolador” – Emmanuel – Feb;
-“Os Quatro Evangelhos” – J.B. Roustaing – Feb;
-“Fatos Espíritas” – Willian Crookes – Feb;
-“O Ser Subconsciente” – G. Geley – Internet;
-“Do Inconsciente ao Consciente” – G. Geley – Internet;
-“Obras e Textos de Cientistas do Espírito” e, inclusive:
-“Tratado de Metapsíquica” – C. Richet – Internet; e:
-“Bíblia Sagrada” – Versões Católica e Pentecostal.

Relação dos e.Books de:
Fernando Rosemberg Patrocínio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto;
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi;
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
http://fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br
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