sábado, 22 de junho de 2019

O LIVRO DOS ESPÍRITOS: QUEDA ESPIRITUAL (25o. e.Book)



Fernando Rosemberg Patrocinio

(25º. e.Book)

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O LIVRO DOS ESPÍRITOS
:
QUEDA ESPIRITUAL*

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Introdução

Palavras de Lammenais

Parte 1: A QUEDA INVOLUTIVA DO HOMEM

Parte 2: O MUNDO ESPIRITUAL PRÉ-EXISTE

Parte 3: NAS ENTRELINHAS CODIFICADAS

Parte 4: EVIDÊNCIA DA QUEDA ESPIRITUAL

Parte 5: OS OBJETIVOS DA REENCARNAÇÃO

Parte 6: LEI DO TRABALHO COMO EXPIAÇÃO

Parte 7: CONSCIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

Parte 8: ENSINO SUPERIOR DE LAMMENAIS

Parte 9: EVANGELHO DE KARDEC CONFIRMA

Parte 10: AS REMINISCÊNCIAS DO PARAISO

Bibliografia

Relação Nossos e.Books

(*) Nota do Autor: referido opúsculo digital é parte integrante de uma trilogia de e.Books que levam os seguintes títulos:

-“O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual”;
-“O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo”; e:
-“O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos”.

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Introdução

Os leitores internautas que seguem os escritos deste modesto autor devem de ter notado que, muitas das vezes, lanço mão de teses, de possibilidades, de conjecturas e outras sinonímias mais, de sorte a evitar confrontos desnecessários com respeitáveis espiritistas mais conservadores, ortodoxos que, por sua vez, não comungam com minhas ideias.

Mas é óbvio que, em minha esfera psíquica, tais ideias se nos mostram como algo já estabelecido e pronto, isto é, bem concretizado pela minha Consciência que não se limita às restrições do Meb, (movimento espiritista brasileiro), mas, pelo contrário, busca e quer uma visão superior a tal, sem, contudo, condenar; é que estamos, todos nós, em progresso mútuo, incessante e contínuo, rumo à Espiritualidade Maior.

Noutros termos, o fato é que existe, sim, e, de modo indubitável, as mais diversas e interessantes interpretações das coisas, sendo que, no caso em questão, buscaremos ver o Espírito humano não tão só pela interpretação codificada em “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857) que, em suas entrelinhas, expressa muito mais; ou seja, expressa o Espírito como filho de um Deus que é, sobretudo, Pai Justo e Misericordioso, não se furtando, pois, de sua Infinita Bondade como se poderia interpretar de certos textos e certas linhas codificadas pelo Espiritismo nascente.

Assim, pois, estaremos a ver a possibilidade de se revelar Deus na Sua Visão Mesma: de Inteligência Suprema do Universo, mas com Sua Justiça feita de Misericórdia e de Amor que são infinitos, e, não de um Deus amesquinhado de suas mais excelentes potências como se pode inferir de certas posturas divulgadas.

Devo dizer, ainda, que referida ‘tese interpretativa’ nada tem de inédita, pois que tais ideias são já do conhecimento dos nossos seguidores pela Internet. Mas, por outro lado, não deixa de ser inédita por sua virtude de juntar tudo num só volume cibernético facilitando o estudo e a pesquisa daqueles que pretendam nos seguir nesta concepção de que o Espírito humano é um Ser em renovação psíquica constante, renovação que, em sua gênese, implicara num ato transgressor à Lei, que, por ser Justa e Sábia, reagira, mas não pela morte do ímpio, e sim para que se arrependa e se salve.

O autor:
Um aprendiz de Jesus: tal como você: Leitor.
(Ano de 2015)
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PALAVRAS DE LAMMENAIS

“Pobres ovelhas desgarradas, sabei pressentir, junto a vós, o Bom Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de Sua Presença, vem Ele mesmo ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco. Filhos pródigos, abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna: o Pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno à família”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – Item 1009 - AK - 1857).

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Parte 1

A QUEDA INVOLUTIVA DO HOMEM

Se viajarmos ao Século 19, na busca de Kardec, ver-se-á que o mesmo, pessoalmente, se simpatizava com a expressão: “Espíritos Rebeldes”, desprezando a de “Espíritos Decaídos” em alegando que: “a ideia da Queda dos Espíritos presume degradação”. (Vide: o primeiro “Livro dos Espíritos”, item 61 - Internet).

Entretanto, em mais moderna concepção, uma coisa é conseqüência da outra, ou seja: a Queda é conseqüência da Rebeldia; o que Kardec não pudera atinar. Por outro lado, o Espírito, em sua Queda, não se degrada, mas apenas e tão só se despotencializa, ou seja, restringe suas potências e faculdades; dito fenômeno verifica-se continuamente ao nosso derredor mesmo com todos os Seres, com todos os Indivíduos que constituem as mais diversas espécies do Mundo terreno, e, por conseguinte, com os Espíritos humanos, sujeitos a reencarnação que, como veremos, é, ela mesma, uma forma de expiação, pois restringe, obscurece e reprime o Ser às limitações carnais.

Portanto, se Kardec entendia a Queda Espiritual como degradação, ou seja, como: abjeção, baixeza, opróbrio, vileza e outras indignidades mais, o presente autor, entretanto, não vê da mesma forma que o Codificador, pois que tal só se dá como culpa da Criatura (Espírito Puro e Consciente = EPC) que errara no início dos tempos, como até hoje, por sinal, somos capazes de errar e de, por conseqüência, cair ou quedar-se. Portanto, se tal fato assim se dá, tal só se verifica por culpa da criatura e não por culpa de Deus-Pai que não degrada, mas sim educa seus filhos, suas criaturas.

O que significa entender e expressar que Deus não exclui e não rebaixa com vileza a nenhum de seus filhos, mas os corrige, pois que Deus neles acredita, bem como está Ciente de seus métodos para a correção e salvação daquele que errara. Deus, portanto, estabeleceu Leis que, se fossem, e, se forem seguidas, são condutoras do bem e da felicidade ao ponto de nos tornarmos “Uno” com Ele mesmo.

Ora, o próprio “O Livro dos Espíritos”, o definitivo de 1860, se refere a tal problemática; veja-se a resposta ao item 262, onde o Homem que se extraviara, tomando o mau caminho, tivera a conseqüência explicitada nos precisos termos:

“... é o que podemos chamar a Queda do Homem”. (Opus Citado).

Ora, Queda do Homem é Queda do Espírito, seu comandante, afinal. E, ao quedar-se, é o próprio Espírito que se humilha em sua correção, pois que sua Consciência, sendo responsável pelos seus atos, assim o exige e assim o quer.

Por outro lado, muito antes de Kardec, o nosso Mestre Jesus se referira à Queda Espiritual em muitas passagens do Novo Testamento. Referindo-se à Queda Primordial (desmoronamento de altos planos espirituais), no início dos tempos, que - para o nosso entendimento, torna-se mais fácil compreender como uma Queda de Espíritos Puros e Conscientes (EPC) que se tornaram Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) nos Mundos materiais - sintetiza o Mestre Nazareno:

“Eu vi satanás cair do Céu como um relâmpago”. (Vide: “Bíblia Sagrada” - Lucas – Capítulo 10, versículo 18).

Mas, entenda-se, que: “satanás” expressa, para nós, não mais que uma representação simbólica daquele Espírito Puro e Consciente (EPC) que perdera sintonia para com a Ordem da Lei, que se rebelara, e que, por conseqüência, restringira suas potências reaparecendo como Espírito Simples e Ignorante (ESI) para então ascender, ou seja, evoluir pelas adversidades e dores encontradiças nos longos processos de sua cura, de sua redenção espiritual, quando, então, retorna à sua anterior condição de EPC redimido de seus atos de antanho, quando errara para com os Planos de Deus.

Mas, durante tal redenção verifica-se que o Espírito, novamente, poderá enfraquecer-se e novamente quedar-se (Queda do Homem) como já explicitado logo atrás; e Jesus também se refere a tal Queda quando separa as ovelhas dos bodes, conduzindo estes para a sua esquerda e aqueles para a sua direita. Ou seja: os injustos irão para o “inferno eterno” e os justos para o “céu eterno”; sendo que o termo: “eterno” está a expressar um tempo indefinido. (Vide: “Bíblia Sagrada” – Mateus – Capítulo 25 – versículos 31 a 46).

Jesus, pois, ministra ensinos concernentes às diversas Quedas do Espírito, ou seja:

1-Queda Espiritual Primordial ou Geral: do início dos tempos, retratando o ‘Fenômeno Involutivo-Evolutivo’, ou, no que se pode expressar como Queda e Salvação da Criatura (EPC) que errara se condicionando como (ESI); e seu retorno como (EPC) após longos períodos de redenção evolutiva; e,

2-Queda Espiritual Parcial: durante o processo evolutivo mesmo, ou seja, de uma “nova” Salvação da criatura durante sua Redenção paulatina; é o que se dá justamente agora, neste momento transitório do Mundo terreno, onde os Espíritos maus serão degredados, por sua Queda, em Mundos inferiores, e os bons prosseguirão sua jornada evolutiva num Mundo melhor: o de Regeneração.

De tudo, pois, resume-se que:

Allan Kardec, como defensor do ‘Fenômeno tão-só Evolutivo’, adotara a Criação dos Espíritos na condição de Indivíduos Simples e Ignorantes (ESI); mas reconhecia que o sofrimento deles, na condição animal, “é constante”, e não tinha como explicar tal fato diante de um Deus-Pai que é Justo e Bom; no que Erasto – como já visto - lhe advertira:

“Compreendei, se o puderdes, ou esperai a hora de uma explicação mais inteligível, isto é, mais ao alcance do vosso entendimento”. (Vide: “Revista Espírita” – Allan Kardec - Março de 1864 – Edicel).

O que significa expressar, segundo Erasto mesmo, a condição humana de Kardec: do seu “entendimento” limitado e dos seus conhecimentos não aprofundados, que, por sua vez, entra em contradição consigo mesmo, pois admite a Criação dos Espíritos Simples e Ignorantes (ESI), mas não compreende tanto sofrimento semeado em seus passos, o que só o ‘Fenômeno Involutivo-Evolutivo’, da Queda e da Salvação, pode conceber e de forma racionalmente lógica explicar.

A inteligência de Kardec, portanto, não podia compreender a Queda Espiritual, não podia, no dizer de Erasto, fazer o “entendimento” da questão por suas limitações filosóficas e, por que não, intelectivas, sendo tal problema, não só de Kardec no Século 19 como de grande parte de seus seguidores deste início de Século 21, onde tal fato só se verifica, e só se deve, pois, ao problema evolutivo, do aprofundamento da questão, onde uns, mais preparados, estão prontos para encetar novas jornadas ascensionais, e outros, mais demorados no Século 19, reclamam maiores recursos psíquicos oportunizados pelo tempo-evolução.

Ora, o fato contraditório de se supor um Deus que é todo Amor e Misericórdia, e que, em contrapartida, cria Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) que não pediram para serem criados e, mais ainda, lhes coloca nas dores e adversidades dos Mundos materiais para evoluir e se aperfeiçoar por milênios e milênios sem conta, tal fato implica num Deus Imperfeito que, ao criar, autoriza atrocidades, dores e truculências ao filho inocente, que, ao invés de realçá-lo como um Deus Perfeito, Justo e Sábio, o rebaixa como Soberano Injusto e Cruel.

Não, meus senhores, Deus não criou Simples e Ignorantes (ESI), mas sim, Espíritos Puros e Conscientes (EPC) regidos pela Lei do Amor que, afinal, integra o Sistema Transcendente de Sua Espiritualidade; e, mais, deu-lhes ampla liberdade de escolha pelo bem ou pelo mau, e, se tais elementos falharam fora por culpa sua e não de Deus que não falha, não tem culpa e deseja o melhor aos seus filhos amados, mesmo rebeldes, pois que os busca e os salva pela redenção espiritual.

De retorno a Kardec, chego a pensar que o Codificador não tivera tempo de refletir melhor, de pensar e repensar aprofundando o tema da Criação Espiritual, pois cuidava de outros temas também relevantes; e mais: por suas idiossincrasias mesmas, peculiaridades próprias, temperamento, e por que não dizer, por sua teimosia mesma, cometera o seu maior descuido filosófico considerando que a Queda Espiritual havia sido rejeitada pelo Consenso Universal (Vide: “A Gênese” – AK – 1868 – Ide).

O que não retrata a mais fiel verdade, pois tal Consenso - de sua elaboração mesma – é por vezes inviável, de resultados pouco consistentes, que, por sua vez, deve ser revisto como sugerido em meu e.Book: “Ciência Espírita: Tese Informal”; tese, que, afinal, os espíritas endeusadores de Kardec dão as costas, pois que seu “Deus” Kardec fora abalado em suas instruções mesmas, e, afinal, o Codificador não pode ser contrariado ou contestado.

Ora, Kardec, como qualquer um de nós, não é, e não pode ser, infalível; Kardec - ele mesmo - evoluíra e crescera durante os trabalhos de sua Codificação e como, pois, considerá-lo um Deus infalível e não sujeito a qualquer equívoco ou desacerto de suas instruções?

Ora, analisemos melhor referida questão ao âmbito mesmo da Doutrina que organizava. Se consultarmos o primeiro “O Livro dos Espíritos” veremos a seguinte postura do organizador doutrinário:

-1857: Evolução do Espírito humano apenas ao plano das humanidades;

E, no segundo “O Livro dos Espíritos”:

-1860: Evolução do Espírito humano do átomo ao arcanjo, passando, assim, pela série contida nos reinos inferiores da natureza que, por fim, adentra o plano das humanidades siderais.

Ou seja, no tocante às origens do Espírito humano, a questão 127 da referida primeira edição (1857), argumenta:

P-“A Alma do homem, não teria sido ela antes o princípio da vida dos últimos Seres vivos da criação para chegar, por meio de uma lei progressiva, até ao Homem, em percorrendo os diversos degraus da escala orgânica?”

R-“Não! Não! Homens nós somos desde natos.”

“Cada coisa progride em sua espécie e em sua essência; o Homem jamais foi outra coisa que não um Homem”.

No que Kardec, nesta sua primeira edição, comenta:

“Qualquer que seja a diversidade das existências pelas quais passa o nosso Espírito ou nossa Alma, elas pertencem todas à humanidade; seria um erro acreditar que, por uma lei progressiva, o Homem passou pelos diferentes degraus da escala orgânica para chegar ao seu estado atual. Assim, sua Alma não pode ter sido antes o principio da vida dos últimos Seres animados da criação para chegar sucessivamente ao degrau superior: ao Homem”.

Neste caso, pois, o referido Consenso Universal falhara já no seu início com o primeiro “O Livro dos Espíritos” em relação ao segundo que proclama:

-1860: Evolução do Espírito humano do átomo ao arcanjo, passando, assim, pela série contida nos reinos inferiores da natureza que, por fim, adentra o plano das humanidades siderais.

E dito Consenso também falhara mais adiante quando se compara tal “Livro”, já definitivo, com “O Livro dos Médiuns”, ou seja, das edições revistas e atualizadas, informando uma coisa no primeiro e lhe contradizendo no segundo, como já visto e já citado noutros textos e informes de minha autoria.

Apenas para recordar, de tais edições já revistas e atualizadas, “OLE”, Livro II, Capítulo 9, Questão 540, confirma a evolução do átomo ao arcanjo passando pelos animais, evidentemente; evolução e progresso que se confirma nos Itens 601 e 602. Já, “OLM”, Segunda Parte, Das Manifestações Espíritas, Capítulo 22, Da Mediunidade Entre os Animais, informa no Item 236 que os animais “não estão sujeitos à Lei do Progresso; tais como foram criados, tais ficaram e ficarão até à extinção de suas raças”; o que discorda de “OLE” e da Ciência moderna que preconiza, com o neodarwinismo, a evolução de tudo e de todos do Universo físico e astronômico de nossa morada sideral.

Ora:

-Que Concordância Universal é esta que, escancaradamente, expressa, em muitos pontos, discordância, nas obras de Kardec?

-Como os cientistas, do presente e do futuro, sejam eles espiritistas ou não, poderão ver alguma forma de confiabilidade em tal preceito de Concordância que se discorda?

O que expressa, indubitavelmente, que o Kardec do Século 19 não é infalível, e tampouco é um Deus, ou semi-Deus, como querem alguns espiritistas entender, e, aos quatro ventos, proclamar. A doutrina que Kardec codificara, pois, é apenas o ‘abc’ do Espiritismo que precisa não só ser revisto, estudado, como também complementado, como o fora, vastamente, no Século 20, sobretudo por Pietro Ubaldi e por Francisco Cândido Xavier, nas vozes universais de ‘Sua Voz’, ‘André Luiz’, ‘Emmanuel’ e muitos outros mais.

Espiritistas mais ortodoxos a Kardec, insistem em perseguir e difamar a Doutrina Monista de Pietro Ubaldi, bem como sua Teologia matemática e científica, insistindo em mostrar suas possíveis falhas doutrinais e medianímicas; e alguns outros perseguem, também, a confiável e astronômica obra de Xavier.

Mas tais contestadores são incapazes de conceber as grandes sínteses universais, justas e sábias, como as defendidas por ‘Sua Voz’ e apoiadas por ‘Emmanuel’, ‘André Luiz’ e outros Espíritos da lavra xavieriana que, escancaradamente, em pelo menos 10 (dez) opúsculos, citaram e ministraram o fenômeno da Queda Espiritual.

Kardec, e repiso com veemência, é apenas e tão-só o início, o ‘abc’ do Espiritismo; Kardec, o missionário codificador, tinha e tem, como todos nós, suas limitações, o que caracteriza suas qualidades e seus defeitos que, num Mundo provacional e atrasado como o nosso, não se deve condenar (sobretudo seus defeitos); mas também não se pode ‘passar-lhe a mão na cabeça’ e tudo acatar-lhe incondicionalmente; e isto eu não faço porque trabalho, estudo, analiso friamente as mais diversas questões e delas extraio minhas conclusões sejam elas as mais acertadas ou não.

Portanto, repiso que: se sou um estudioso apreciador de Kardec, também lhe sou, em Consciência, um seu observador e crítico sincero, apesar de ser, eu mesmo, amaldiçoado por aqueles que detestam minha pena intuitiva com os imortais da Espiritualidade.

Kardec, pois, dos grandes missionários do Mundo terreno, é o único ponto dissonante da referida questão, ou seja: da Queda Espiritual, pois tal fato se mostrara com lógica consistente e insofismável por uma verdadeira Consensualidade Universal ao Plano das Grandes Revelações conforme já citado: ou seja: pelos Profetas Bíblicos, pelo Cristo, e, pós Kardec, por Ubaldi e Xavier.

Ou seja, antes de Kardec, temos os muitos Profetas Bíblicos e até mesmo o Mestre Nazareno relatando os fatos da Queda Espiritual; e depois de Kardec, vemos os mesmos relatos com Pietro Ubaldi (‘Sua Voz’) e com Espíritos operando com médiuns estranhos uns aos outros e dando suas comunicações no Mundo inteiro para ratificar as verdades ubaldianas; além dos Espíritos ‘Emmanuel’, ‘André Luiz’, ‘Augusto dos Anjos’ pela mediunidade altaneira de Xavier, sendo mui coerente, pois, que não se despreze referida Consensualidade, pois que, como já dito:

O Espiritismo é Ciência do Infinito, que se completa no continuum formado pelo tempo-evolução e até mesmo além dele, na Transcendente e Divina Espiritualidade do Criador.

No mais: lembremos que somos livres pensadores, e, enquanto novos surtos evolutivos não se verifiquem para os que se encontram paralisados no Século 19, tratemos de nos respeitar mais, ou, como já o disse: tratemos de construir pontes e não muros que nos lacram no espírito de sistema, tão condenado pelos livros básicos.

Parte 2

O MUNDO ESPIRITUAL PRÉ-EXISTE

De forma iniludível, para mim, tenho a convicção de que Pietro Ubaldi desenvolve ao âmbito do plano Teológico e, conseqüentemente, Ontológico, o trabalho organizado por Allan Kardec, ou seja: o Espiritismo. Referida tese estive a defender em muitos de meus escritos postados no espaço cibernético, nos seus mais diversos sites informativos.

O Espiritismo, pois, não se limita a si próprio, à Codificação, de modo sistemático, engessável e cristalizante, mas avança e muito avançara neste sesquicentenário de sua presença no Mundo.

E está suscetível, ainda, como é evidente, de novos e mais dilatados planos cognitivos, pois se evidencia haver uma imensidade de valores e virtudes por trabalhar, adquirir-se e fazer-se na ordem do saber e do amor universais. Assim, o ‘Modelo Evolutivo’, em que se associam as propostas de Kardec e do Neodarwinismo - pois o Espiritismo e a Ciência se completam mutuamente - seria, pelo menos em tese, completado pelo ‘Modelo Involutivo-Evolutivo’ de Pietro Ubaldi. E são de um bom montante as instruções retiradas dos próprios textos codificados pelos Espíritos Superiores, que sinalizam, de forma positiva para tal conclusão, em que, agora, prazerosamente, exporemos mais algumas delas.

E isto porque o Espiritismo é detentor de características ímpares, uma delas: Evolutiva, não paralisante, e que, em seu dinamismo intrínseco, se desenvolve e vai acompanhando os progressos da humanidade, permanecendo sempre atual. Sem dúvida, pois, o Espiritismo avança, vai além dos passos científicos laborados, tal qual processo de avanço e de constante vitalização mental, que não cessa, não para jamais.

Mas é triste ver insultos, impropérios e termos chulos em nosso movimento, sobretudo de neófitos despreparados, e mesmo de espiritistas ortodoxos, de uma ortodoxia, pois, que Kardec não criou; ora, tudo quanto exsurge do mesmo, num resumo fundamental, fora o princípio de que: “reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações”. (“O Evangelho Segundo o Espiritismo” – AK – 1864 – Feb).

Entretanto, tal conduta aética seria de se esperar de um baixo plano evolutivo como o nosso, de mentalidade pré-Lógica e Concreta dominantes. Plano este que se encontra, presentemente, lidando com mais nova, mais complexa e mais ampla forma de aquisição de conhecimentos, vindos, agora, não só dos homens, mas também dos Espíritos Elevados, Superiores, sob o comando do Mestre Nazareno. Complicou-se, e muito, como já o disse, o problema gnosiológico e epistemológico do Mundo com o advento do Consolador, do Espiritismo na face terrena.

Nesta Parte, pois, trarei à tona outra evidência que acena para a conclusão da Queda Espiritual no início dos tempos, bastando que se queira pensar e analisar friamente, sem maldade e sem idéias preconcebidas de que não possa ser assim. Ou seja: sejamos positivistas, alinhados ao progresso e aos avanços doutrinários; e não tergiversados a tais pela paralisação a que o próprio Espiritismo condena.

Ora, o Espiritismo não fora revelado por completo; e o próprio Kardec assim pensava; e, portanto, paralisá-lo é sinônimo de estagná-lo, e, por extensão, de nossas próprias Consciências, quando a única coisa constante no mundo é a inconstância de tudo.

Vamos, pois, a mais esta evidência que, certamente não imponho, mas reflito e transmito como possibilidade a ser provada mais adiante, em nossa constante renovação mental. Com efeito, na obra basilar e definitiva de nossa Doutrina: “O Livro dos Espíritos” (AK), no Item 85, e, também em sua Introdução, o leitor se depara com o questionamento e seguinte posicionamento do Codificador:

-Pergunta: “Qual dos dois, o Mundo Espírita ou o Mundo Corpóreo, é o principal na ordem das coisas?”.

-Resposta: “O Mundo Espírita, que pré-existe e sobrevive a tudo”.

E Kardec tratará de resumir os principais pontos do Espiritismo na Introdução daquela obra observando, em dado instante, que:

“O Mundo Espírita é o Mundo normal, primitivo, eterno, pré-existente e sobrevivente a tudo. O Mundo Corporal é secundário; poderia deixar de existir ou não ter jamais existido, sem que por isso se alterasse a essência do Mundo Espírita”. (Opus Cit.).

Ora, sabemos bem que o Mundo Espírita é o que também se denomina Mundo Espiritual. E o Mundo Corporal, daquela expressão, vai comportar o Universo Físico como um todo, o Universo de Matéria espalhado pelos espaços siderais.

E, temos, pelas instruções referidas, que o Mundo Espiritual é o pré-existente, que já existia em tempo anterior, ou seja, antes mesmo que surgissem os grandes astros de Matéria do Universo sideral. E, se o Mundo Espiritual existia antes que o nosso Universo Físico, então deveriam existir, forçosamente, Seres inteligentes da criação para habitá-lo: os Espíritos, pois do contrário não se justificaria um Mundo Espiritual, um Mundo sem os seus habitantes primordiais, quais sejam: os Espíritos.

E pondero que não se trata de meras especulações, pois que os próprios Espíritos avançados, ditando sua Doutrina, revelaram que o Mundo Espiritual pré-existe a tudo. Ora, se tal Mundo Espiritual existia desde antes, se tal Mundo pré-existe a tudo, é possível deduzir, por lógica consistente, que tal Mundo só irá justificar-se a si mesmo pela presença de algo que nele resida, que seja existente e real. Ou seja: os Espíritos, habitantes do Mundo Espiritual, que existiam antes, ao que se vê, da constituição atômica, antes do nosso Universo de Matéria que é um organismo secundário, pois que, na ordem das coisas, veio depois da criação do organismo principal: o Mundo Espírita ou Mundo Espiritual.

Mas questionemos ainda: se o Mundo Espiritual fora o primeiro na ordem da criação, seus integrantes eram Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) ou eram Espíritos Puros e Conscientes (EPC), detentores de algum saber por sua plena vida consciencial e moral?

E creio que a resposta está no próximo Item do livro codificado e também com o próprio parecer de Kardec ao ministrar que o Universo composto pelo Mundo Corporal:

“... poderia deixar de existir ou não ter jamais existido, ...”

Ora, se o Mundo Corporal poderia não ter jamais existido, algo então ocorrera para que o mesmo passasse a existir, secundariamente, na ordem das coisas universais. E daí, pergunta-se: o que teria ocorrido no Mundo Espiritual para que tal fato pudesse concretizar-se?

Teria sido uma possível “Queda” ou Involução psíquica da criatura EPC que, não sendo tão perfeita quão Perfeito é o Criador, seria suscetível de erro, de dissonâncias para com a Ordem da Lei, e, portanto, de desqualificar-se na desordem e na insurreição?

E, se assim o fora, nunca e jamais poderia ter sido a “Queda” de criaturas ESI, não suscetíveis, por sua Simplicidade e Ignorância, de obrar com conhecimento de causa e de, portanto, errar e sucumbir involutivamente com a sua derrocada consciencial. O que nos leva à dedução de que a suposta “Queda”, em havendo se dado, ela verificou-se com Seres EPC, e, portanto, com Seres conscientes e responsáveis pelos seus atos, fossem eles quais fossem: bons ou maus.

Por outro lado, se Deus houvera de criar, primeiramente, o Mundo Espiritual, ainda sem cogitações de se criar o Mundo Corporal, que, afinal, poderia não ter jamais existido, cogito, por aí, que, o que seria mais lógico e natural é que Ele, Deus:

Teria obrado em sua primeira criação os Espíritos Puros e Conscientes (EPC) e não os Simples e Ignorantes (ESI): se contrapondo à Misericórdia, à Bondade e Sabedoria Divinas. É uma questão deveras evidente, que nós próprios, espiritistas ou não, podemos pensar e com alguma dose de racionalidade cogitar.

Assim temos, em primeiro lugar:

-Criação de infinitos Seres ou Espíritos Puros e Conscientes (EPC) habitantes do Mundo Espiritual.

Que, com a perda de sintonia para com a Ordem da Lei, uma parte dos habitantes de tal Mundo se desqualificara de sua condição espiritual reluzente, e, com isso, tais elementos EPC reaparecem como ESI de condições espirituais rebaixadas, involuidas, para tudo recomeçarem do átomo ao arcanjo, se corrigindo, agora, pelas normas evolucionais.

Por aí, temos, sem dúvida, o equacionamento matemático explicitando que no Mundo Espiritual Transcendente verificara-se um processo de:
  
[(Rebeldia) = (Involução)]

E tal como um câncer que corrompe e quer crescer, a Lei, para debelá-lo, reage e, como conseqüência surge o Universo Físico e Astronômico, se equacionando por:

[(Dor) = (Evolução)]

Curando a Criatura do erro e da revolta, para a sua reabilitação e o conseqüente retorno à pátria espiritual, a que não dera, nos tempos primordiais, o seu justo e real valor. Sua Fórmula completa, pois, se traduz por uma conexão conversiva (=cc=), onde o Fenômeno Involutivo se converte no Evolutivo:

   [(Rebeldia) = (Involução)] (=cc=) [(Dor) = (Evolução)]

Mais uma vez, portanto, não imponho, mas ofereço como mais uma Revelação do Altíssimo a nós todos; e mais ainda: como razoável possibilidade de que Ubaldi esteja a desenvolver Kardec nas entrelinhas, naquilo que não ficara bem detalhado e que o labor consistente da obra ubaldiana, bem como xavieriana, vem claramente explicitar, abrir os olhos dos que tem olhos para ver, para raciocinar.

Parte 3

NAS ENTRELINHAS CODIFICADAS

“O Livro dos Espíritos não é um tratado completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” – Allan Kardec - Julho de 1866).

Vejamos neste seguimento como o ensino contido em “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857) é síntese e não expressa tudo para mais justa e correta compreensão da gênese do Ser, da Criação Espiritual.

Ora, o mais corrente dos estudiosos espiritistas, sobretudo ortodoxos, ou seja, apenas de Kardec e nada mais, e, como o próprio Kardec, igualmente, ministram que:

Os Espíritos foram criados Simples e Ignorantes (ESI) para, logo mais, transitarem pelas mais adversas e mais contundentes provas da vida biológica e material.

E, tais estudiosos espiritistas, recusam a Queda do Espírito, como também Kardec que, ao que se sabe, lhe detinha, igualmente, certa aversão (vejam seu grande equívoco doutrinário), apesar de um memorável e belo texto de sua Revista, dentre outros mais, ter ministrado algo afirmativo, ou seja, de que:

“... Somos uma essência criada Pura, mas decaída; pertencemos a uma pátria onde tudo é pureza; culpados, fomos exilados por algum tempo, mas só por algum tempo”. (Vide: “RE” – AK – Junho – 1862 - Edicel).

Porém, aquele equívoco de Kardec, (sua aversão à Queda Espiritual) para mim, fora até compreensível por sua postura muito mais científica, e, na contrapartida, muito menos filosófica, desprezando, pois, muitos dos ensinos dos Espíritos Superiores, e inclusive este da Revista Espírita. (Veja nosso e.Book: “Kardecismo e Espiritismo”).

Ora, a Queda Espiritual, como já citado, é Consenso Universal, pois consta de muitos profetas do Velho Testamento, de muitos ensinos do Mestre Redentor, e, mais recentemente, como já visto e reiterado, dos ensinos ministrados por ‘Sua Voz’ (Pietro Ubaldi), por ‘Emmanuel’, André Luiz’, e muitos outros luminares da mais relevante antena mediúnica de todos os tempos da humanidade (Chico Xavier).

Logo: repiso que a Queda Espiritual constitui Consenso Universal, estando ao centro de tais ilações: nosso Mestre e Senhor Jesus: Mestre da Bendita Escola de Redenção humana, e, por isto mesmo: de nossa Salvação Espiritual.

Mas vejamos outras questões, como por exemplo, a resposta de número 115 de “O Livro dos Espíritos” (AK -Ide) definitivo que muito bem expressa, nas entrelinhas, e desenvolvimentos subseqüentes de nossa interpretação, o fato da Criação dos Espíritos Puros e Conscientes (EPC) e sua conseqüente Queda Espiritual na matéria como Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) para a sua redenção.

Vamos dividir sua resposta completa por Itens, para uma sua melhor visão e compreensão:

1 - “Deus criou todos os Espíritos Simples e Ignorantes, quer dizer, sem ciência. Deu a cada um determinada missão com o fim de esclarecê-los e fazê-los alcançar, progressivamente, a perfeição para o conhecimento da verdade e para aproximá-los d’Ele. A felicidade eterna e pura é para aqueles que alcançam essa perfeição”.

2 - “Os Espíritos adquirem esses conhecimentos, passando pelas provas que Deus lhes impõe. Alguns aceitam essas provas com submissão e alcançam mais prontamente o fim de sua destinação”.

3 – “Outros não as suportam senão murmurando e, por suas faltas, permanecem distanciados da perfeição e da felicidade prometida”. (Opus Cit.).

Analisemos a referida resposta, pois, à luz dos novos conhecimentos ministrados no Século 20, pois que a letra mata, mas o espírito nela contido: vivifica.

Notemos, primeiramente, no Item 1, que, em momento algum, dita resposta alude qualquer coisa que se identifique com a vida biológica e material. Ela refere, sim, que os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESI), e que Deus dá a cada um determinada missão para seus esclarecimentos, o conhecimento da verdade, que, por fim, os aproximará do seu Criador.

Logo, verifica-se que, em seu Mundo mesmo, ou seja, o Espiritual, os Espíritos trabalham da condição de Simples e Ignorantes (ESI) para alcançar, “de futuro”, a condição de Seres Perfeitos, Instruídos, Conscientes e Sábios (EPC).

Já o Item 2, confirmando o Item 1 nos passa algo mais, ou seja, que os Espíritos que se submetem as lições do Altíssimo, tais alcançam, mais prontamente, o fim de sua destinação: a felicidade plena em Deus Pai e Criador.

No Item 3, finalmente, vemos os Seres não submissos, ou seja, que murmuram, e que, “por suas faltas” (rebeldia, inconformação e outras faltas mais, suponho), “permanecem distanciados da perfeição e da felicidade prometida”.

Este fechamento do Item 3 é deveras expressivo e mui revelador, pois que, os Espíritos que estão “distanciados da perfeição e da felicidade prometida”, vejo que tais Espíritos somos justamente nós, os Espíritos humanos, que, indubitavelmente, somos decaídos, e que, se o Item 3 em estudo, não toca no tema: Queda Espiritual, óbvio que tal medida está inclusa no referido Item pelos seus dizeres de que tais Espíritos faltosos se distanciam da perfeição e da felicidade.

Logo, e, de fato, vejo que:

-Os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESI) no seu Mundo primeiro, originário: Mundo Espiritual;

-Adquirindo saberes, experiência, e, portanto, Consciência própria, os obedientes, e que, portanto, se sujeitam a Deus, permanecem no Mundo Espiritual de sua origem; e, os insubmissos se desqualificam de sua Consciência e de suas potências psíquicas percorrendo mais rudes provas na condição de Simples e Ignorantes (ESI), tal como foram criados, porém, agora, nos Mundos materiais do Universo físico e astronômico.

Do que se reafirmam duas conseqüências óbvias:

-As provas para aquisição da Consciência no Mundo Espiritual são mais brandas, pois se trata de educar crianças espirituais em aprendizado das lições do Amoroso Criador; sendo que, em contrapartida;

-As provas para a reaquisição da Consciência dos que se quedaram nos Mundos materiais são mais rudes, já que não se dera o devido valor ao que se conquistara Amorosamente do Criador em seu Mundo de origem.

E, Emmanuel, o iluminado Espírito instrutor da confiável lavra xavieriana, confirma na resposta dada à pergunta 248 de “O Consolador” (1940 – Feb):

Pergunta:

“Como se verifica a Queda do Espírito?”

Resposta:

“Conquistada a Consciência e os Valores Racionais, todos os Espíritos são investidos de uma Responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos Deveres Morais, aumentando os seus Direitos divinos no patrimônio universal”.

“Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a Alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho ou pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experiências penosas, a fim de estabelecer o equilíbrio de sua existência”. (Opus cit.).

Vejam que se trata do mesmo ensino contido em “O Livro dos Espíritos”, porém, descrevendo, claramente, e não veladamente, a questão da Queda Espiritual do Ser por sua desobediência e insurreição.

O que nos leva a repetir, de Kardec mesmo, que:

“O Livro dos Espíritos não é um tratado completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. (Vide: “Revista Espírita” – Allan Kardec - Julho de 1866).

O que se observa, sobejamente, pelo estudo das mais modernas obras do Século 20, com Pietro Ubaldi e Francisco Cândido Xavier, nas instruções de toda uma plêiade de Espíritos Esclarecidos e Sábios sob o Comando Magnânimo de Cristo-Jesus, o Redentor.

Parte 4

EVIDÊNCIA DA QUEDA ESPIRITUAL

Já a questão e resposta do Item 122 de “O Livro dos Espíritos” (AK – Ide) são, ainda, mais explícitas no tocante ao tema ora tratado: da Queda Espiritual. Apenas não vêem aqueles que não querem ver, ou, não entende de gramática, ou, ainda, querem combater por interesses escusos, apesar de fatos tão claros, tão evidentes e tão notórios.

Assim, pois, vejam, mais uma vez, que a questão e resposta a seguir, estão tratando dos Espíritos em sua origem, e, pois, em seu estado nascente no Mundo Espiritual; e o que lhes ocorrera.

-Pergunta 122: “Como podem os Espíritos, em sua origem, quando não tem Consciência de Si mesmos, desfrutar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Existe neles um princípio, uma tendência qualquer que os incline mais para um caminho que para outro?”.

-Resposta 122: “O livre arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a Consciência de Si mesmo. Ele não teria mais liberdade se a escolha fosse determinada por uma causa independente de sua vontade. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude de sua vontade livre. É a grande figura da queda do homem e do pecado original; alguns cederam a tentação, outros resistiram.”. (Opus Cit.).

Noutros termos, o Espírito nascente antes de descer à matéria, (por sucumbir ou quedar-se), desenvolve sua Consciência em seu Mundo de origem, ou, no Mundo Espiritual mesmo. (Vide, logo abaixo, Parte Especial denominada: “Palavras do Evangelho Confirmam Nossa Tese”).

E assim, como Espírito já Consciente de Si, e, por vontade livre, poderá, pelos seus atos: ceder à tentação, caindo, ou resistir à mesma, prosseguindo sua evolução em Linha Reta em seu Mundo de origem.

E notem, que dita situação é comparada com “a grande figura da queda do homem e do pecado original”. Noutros termos, para um bom entendedor, inclusive de gramática, (repito), o texto compara tal ‘figura’ (representação alegórica, não real da queda do homem e do pecado original, no caso bíblico de Adão e Eva), com o que realmente ocorrera com o Espírito em seu Mundo de origem; e atesta com todas as letras: “alguns cederam à tentação, outros resistiram”.

O que significa, noutros termos, que, de fato, os Espíritos que cederam à tentação: se quedaram para a vivência expiatória nos Mundos materiais; e, os que lhe resistiram: permaneceram incólumes à mesma.

Assim, pois, a representação alegórica (figura) da queda do homem e do pecado original de Adão e Eva, não são mais que reminiscências ou lembranças do que, de fato, ocorrera nos primórdios da ontogênese, ou seja, de nossa criação espiritual e de nossa decadência nos planos da matéria universal.

Ora, quem, ou que são os autores das páginas bíblicas? Eles não são senão médiuns que captaram de seus superiores do espaço não-físico, suas instruções e seus mais diversos saberes espirituais. E quando tais médiuns fizeram a captação de tais saberes, eles, em sua condição psicológica mais ou menos maturada, transferiram para seus papiros, (precursor do papel), a realidade do pecado original, e da respectiva queda dos Espíritos, na forma das pessoas imaginárias de Adão e Eva; o que constitui, tais pessoas, pois, uma figuração ou representação da realidade, pois tais elementos não existiram, mas sim: o Espírito livre e sua tentação, verificando-se que alguns cederam, outros resistiram.

O que se confirma, como já dito, na ‘Parte 9’, de logo abaixo, denominada: “Evangelho de Kardec Confirma”; pois que "O Evangelho Segundo o Espiritismo" (AK) aprofunda tais temas de "OLE"; e mais: ele fora, como se sabe, assistido bem de perto, e, pois, de modo especial, pelo Espírito de Verdade, tal como consta de "Obras Póstumas" (AK). 

Parte 5

OS OBJETIVOS DA REENCARNAÇÃO

Assim, pois, quais seriam os objetivos fundamentais da reencarnação? O referido “O Livro dos Espíritos” (1857 – AK) é taxativo no concernente a tal com a seguinte pergunta e respectiva resposta:

Pergunta 167:

-Qual é o objetivo da reencarnação?

E, sua resposta é curta, e, mais ainda, resume tudo de nossa situação humana de Seres culpados e, pois, decaídos de inconcebíveis planos espirituais, uma vez constatar-se a taxativa resposta dos Espíritos Sábios no tocante ao objetivo das vidas sucessivas nos Mundos materiais: trata-se, pois, a reencarnação, de:

-Expiação, aprimoramento progressivo da Humanidade, sem o que, onde estaria a justiça?

E, vemos, pois, assim, que a resposta se refere a uma expiação de todos, ou seja: da Humanidade inteira, e, se aprofundarmos um tanto mais ainda, veremos que se trata da expiação de tudo, do átomo ao arcanjo, pois que ele mesmo começou por ser átomo.

Devendo-se entender, como já visto anteriormente, que o referido arcanjo vem a ser um Espírito Puro e Consciente (EPC), que, dotado de livre arbítrio, incorrera no erro, e, pois, se rebaixara às condições diversas das coisas materiais conforme o grau de responsabilidade que detinha no ‘Sistema’, no Mundo Originário, para, então, aprimorar-se por expiação de suas faltas de antanho e progredir para o retorno à pátria espiritual que fora desprezara por orgulho, por egoísmo, bases da insurreição, que, afinal, o Mestre Nazareno insistira em apregoar como falta máxima de nossa condição terrena e cosmológica.

Apenas para corroborar, notemos que “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864 – AK) repete o mesmo no Capítulo 5, Instruções dos Espíritos, Item 27:

“Resumamos assim: estais todos na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis empregar todos os vossos esforços para abrandar a expiação de vossos irmãos, segundo a Lei de Amor e de Caridade”. (Opus Citado).

Logo, estamos aqui, no ‘Anti-Sistema’ dos Mundos materiais, para expiar, remir ou resgatar nossos pecados pela dor, pelas decepções, amarguras e outros meios educacionais da Lei, ou seja, de Deus: Pai Amoroso e Sábio que não quer a morte do filho transgressor, mas sim que ele quite seu débito, se arrependa e se salve.

Parte 6

LEI DO TRABALHO COMO EXPIAÇÃO (*)

Assim, certas expressões contidas em “O Livro dos Espíritos” (AK - 1857 – “edição definitiva de 1860” – Ide), em sua síntese, parecerão estranhas ao leitor mais atento, e, portanto, só serão compreensíveis mais adiante, quando de sua mais completa e mais ampla visão doutrinária.

Por exemplo, a resposta à questão 676, sobre a Lei do Trabalho, às quais transcrevemos:

Pergunta:

-“Por que o trabalho é imposto ao homem?”.

Resposta:

-“É uma conseqüência de sua natureza corporal...”.

E explicitam, (tal como visto na Parte anterior: Item 167), de forma taxativa:

-“É uma expiação e, ao mesmo tempo, um meio de aperfeiçoar sua inteligência!”.

O que significa expressar que: se o trabalho é imposto a todos, então, a expiação não exclui a nenhum dos homens - Espíritos reencarnados - o que expressa, pois, que se trata de uma expiação de todos os Espíritos, não excluindo a nenhum de seus integrantes humanos.

Dita resposta, inegavelmente, (tal como já visto no Item 167, da parte anterior), explicita nossa condição de Espíritos decaídos de Planos Mentais da Mais Relevante Espiritualidade, onde, e quando, fomos, de fato, criados na condição de Espíritos Puros e Conscientes (EPC), e que, por perda de sintonia para com a Ordem da Lei, nos fragilizamos em nosso psiquismo mesmo, que, com tal estado de coisas, sobretudo de rebeldia e insurreição, a Lei reagira e colocara as coisas no seu justo lugar, onde, e quando, os obedientes permaneceram no ‘Sistema’; e, os desobedientes, por expiação, decaíram na condição de Espíritos Simples e Ignorantes (ESI) dos Mundos materiais, ou seja, do que se conhece como ‘Anti-Sistema’.

E mais: referida resposta alega ainda que além de expiação, o trabalho é: “um meio de aperfeiçoar sua inteligência”, ou seja, a inteligência do Espírito decaído que, por ela mesma, se fragilizara na insurreição.

Logo, a síntese de “O Livro dos Espíritos”, publicado no Século 19, teria e tem mesmo de ser desmembrada, o que já se fizera, como dito, no Século 20, para o desgosto dos mais ortodoxos, com Francisco Cândido Xavier e Pietro Ubaldi nas vozes altaneiras de ‘Sua-Voz’, ‘Emmanuel’, ‘André Luiz’ e muitos outros luminares da Espiritualidade.

(#)
Deve-se esclarecer que a Lei do Trabalho é universal, ou seja, fora estabelecida para a dinâmica de todos os Espíritos; e, mesmo Deus, como se sabe: trabalha. A diferença é que no ‘Sistema’ constata-se o trabalho dos Espíritos na felicidade e no prazer dos que observam a Divina Lei; e, no ‘Anti-Sistema’, dos Mundos materiais, o trabalho verifica-se como expiação, ou seja, como algo forçado e imposto por inobservância da mesma Lei.

Parte 7

CONSCIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

Assim, a questão de nossas origens metafísicas é constante de muitos ditados de “O Livro dos Espíritos” (AK) no Século 19; porém, nalguns casos, ela vem de forma um tanto velada, cuja compreensão do fato em si ir-se-á nos revelando aos poucos como mais recentemente se fizera no Século 20 por dois dos maiores discípulos do Cristo, já citados.

Mas, se rebuscarmos, ainda, a questão 621 do citado “Livro” veremos que, de fato, nossa gênese se dera em planos altíssimos da Espiritualidade, ou seja, no referido ‘Sistema’, que é plano mui distinto da materialidade física e biológica dos Mundos astronômicos, a que denominamos: ‘Anti-Sistema’:

Pergunta 621:

“Onde está escrita a Lei de Deus?”.

Resposta:

“Na Consciência”.

Pergunta 621-a:

“Posto que o homem carrega na sua Consciência a Lei de Deus, que necessidade haveria de a revelar?”.

Resposta:

“Ele a esquecera e menosprezara: Deus quis que ela lhe fosse lembrada”.

Com isto, pois, vemos que os homens, dos mais distintos níveis evolutivos, encerram em Si mesmos, ou seja, em suas Consciências, e, portanto, em seus Espíritos imortais, a ideia de Deus e de suas Leis Soberanas, posto que tal (Consciência) fora obtida nos processos de sua criação, onde, e, quando, os Espíritos recém criados foram devidamente instruídos, pelos seus mestres, acerca de Si mesmos, de seus deveres, labores e missões, e, portanto, de sua origem como filhos de um Deus que é Pai, Justo e Amoroso Criador.

Entretanto, nem todos os Espíritos criados foram, ou, são, obedientes, e muitos, pois, se insurgiram, e, em seu orgulho, e prepotência, se rebelaram contra as coisas divinas arruinando sua espiritualidade e decaindo nos Mundos do ‘Anti-Sistema’, quando, então, encarnando, e reencarnando, o Ser se educa e se reeduca, se transforma e muda de forma, refazendo sua Consciência da Lei Soberana que:

“Ele a esquecera e menosprezara” (OLE supra);

Mas o Pai não se esquece do filho, e, portanto:

“Deus quis que ela lhe fosse lembrada” (OLE supra)...

Ou seja: lembrada, e recordada, pois, em sua nova morada dos Mundos materiais; e, onde tal recordação, da Eterna e Soberana Lei, tratará de ressurgir no homem por meio, sobretudo, da Religião que, como se sabe, consolida a Re-Ligação do Ser rebelde que pretendera isolar-se do Pai que, todavia, não quer a perdição do ímpio, mas quer que ele viva e se salve nos termos mesmos de tão Imenso Amor.

Parte 8

ENSINO SUPERIOR DE LAMMENAIS

“Pobres ovelhas desgarradas, sabei pressentir, junto a vós, o Bom Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de Sua Presença, vem Ele mesmo ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco. Filhos pródigos, abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna: o Pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno à família”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – Item 1009 - AK – 1857)

Assim, pois, é lamentável ver que grande parte dos escritores que, por sinal, se autodenominam intelectuais espíritas, recusam o fato provado e comprovado da Queda Espiritual na Obra do Espiritismo, ou seja, como Doutrina dos Espíritos Superiores, implantada no Século 19 da Era Cristã.

Nesta parte, pois, trataremos de comentar, com brevidade, as ‘Palavras atribuídas ao Espírito do notável filósofo Lammenais’ (questão 1009 de ‘OLE’) acima expostas e que, sem dúvida, tratam daquele nosso afastamento do ‘Sistema’, ou seja, da ‘Morada Divina’ de que gozávamos no início dos tempos, ou seja, de nossa gênese espiritual ao Seio do Justo e Amoroso Pai:
 
“Pobres ovelhas desgarradas, sabei pressentir, junto a vós, o Bom Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de Sua Presença, vem Ele mesmo ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco”. (Opus Cit.).

Nesta primeira parte de seu excelente ensino, vemos que o sábio se refere à nossa situação de ‘ovelhas desgarradas’, e que o Nosso Senhor, em Sua Bondade, não nos quer banir de Sua Presença, pois vem ao nosso encontro para nos reconduzir ao aprisco, ao Lar Espiritual que outrora desprezamos.

E confirma o sábio Lammenais, na segunda parte do texto, em se referindo ao nosso abandono voluntário do Lar Espiritual da eterna Divindade:

“Filhos pródigos, abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna: o Pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno à família”. (Opus Cit.).

E notemos mais: que o grande filósofo se baseia nos próprios textos do Mestre Nazareno para ministrar seus confiáveis ensinos, provando, pois, ser um mensageiro do próprio Cristo que, ao seu tempo, nos falara de quase tudo, e, inclusive, da Queda Espiritual nos tempos primordiais da criação, que, presentemente, estamos aptos a uma mais dilatada compreensão de todas as coisas, bem como de nós mesmos e do nosso retorno ao Aprisco do Justo e Amoroso Pai.

Já finalizando esta parte, ao referir-se Lammenais ao nosso ‘retorno à família’, isto nos faz recordar, no Século 20, o nosso querido e sábio Espírito André Luiz que assim se reportara a tal:

“A evolução é a nossa lenta caminhada de retorno para Deus”. (Vide: “E a Vida Continua” – Feb)*.

(*) Para complementação da temática em foco que se leia nosso 24º. e.Book: “André Luiz e Sua-Voz”).

Parte 9

EVANGELHO DE KARDEC CONFIRMA

Se “O Livro dos Espíritos” (AK) parecer algo lacônico no tocante à Queda Espiritual, deve-se compreender que se tratava do início do Espiritismo: da Doutrina dos Espíritos Superiores na face terrena. Todavia, tal concisão e curteza de seus discursos nesta primeira obra, vieram a ser compensadas pela terceira: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK), que, com todas as letras define a real posição do Espírito humano no contexto universal: somos Seres decaídos como este terceiro livro francamente nos revela:

“Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde a Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio; já foi dito de que imensas faculdades a Alma está dotada para fazer o bem; mas, ah! Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”.

(Vide: “OESE” – Allan Kardec – 1864 - Capítulo 3 – ‘Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai’ – Instruções dos Espíritos: Item 16).

E, comentando dita Instrução dos Espíritos, note-se que a mesma alberga a narração de que nós, Espíritos humanos, estávamos lá: no Mundo Espiritual, pois preconiza claramente e com todas as letras:

 “Já vos falaram desses Mundos (espirituais) onde Alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal,”. (Opus Citado).

Ou seja: os Espíritos, ainda Simples e Ignorantes, em estado nascente, ou, noutros termos, quando nascem das mãos de Deus, tais Espíritos, ou Alma nascente:

“... pode caminhar para Deus, senhora de Si mesma, na posse do seu livre arbítrio”. (Opus Citado).

Mas dentre tais Espíritos livres (e Conscientes, pois, são senhores de Si mesmos), dentre tais Espíritos, ou, Almas:

Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses Mundos (materiais) onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da glória que lhes estava reservada”. (Opus Citado).

Ou seja, os Espíritos ou Almas que sucumbem, ou, que se quedam ou fraquejam na luta, tais são, a partir daí, exiladas nos Mundos materiais para mais pronta depuração, se regenerando para o retorno ao Mundo Espiritual de origem; do que se deduz:

a) Que os Espíritos Superiores, nesta sua breve lição, não precisariam ser mais claros e mais evidentes; e, mais:

b) Tais Espíritos, em antevendo o futuro, estiveram a corroborar a instrução 248 de Emmanuel em “O Consolador” (1940 – Feb), como já visto na Parte 3 do presente e.Book, em que este Espírito instrutor da lavra xavieriana confirma:

“Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a Alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho ou pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experiências penosas, a fim de estabelecer o equilíbrio de sua existência”. (Opus cit.).

E, mais ainda:

c) Não devemos esquecer que Emmanuel, no Século 19 de Kardec, estivera a colaborar com a plêiade de Espíritos iluminados que trataram da organização de sua magnificente obra: o Espiritismo: Doutrina dos Espíritos Superiores.

Parte 10

AS REMINICÊNCIAS DO PARAISO

Como encarar posturas codificadas pelos Espíritos Superiores em “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857) da não retrogradação do Espírito com o ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’, complexo este que, por sua vez, dão margem ao que se denomina: ‘Queda Consciencial’, ou, ainda, como ‘Queda da Criatura’ que, mais vulgarmente, se designa: ‘Queda Espiritual’?

Ora, se o referido e próprio “Livro” (AK – 1857) admite, com já visto em nossos diversos textos e e.Books a já referida ‘Queda Espiritual’ como é que o mesmo, em flagrante contradição, não permite a retrogradação do Ser, de sua Involução?

Todavia, o neófito, como estudioso espiritista, deve estar sempre alerta ao fato de que o Espiritismo é ‘Ciência do Infinito’, sendo, pois, uma Ciência de caráter progressivo, o que, pois, com evidente razão, não seriam apenas, e, tão-só, os pouco mais de 1000 questionamentos de “O Livro dos Espíritos” (AK - 1857), e respectivas respostas, que haveriam de resolver os tantos enigmas do Universo que, aliás, não é só composto de fluidos, de energia e de matéria, mas, além de tais, de Consciência, ou seja, das infinitas dimensões do Espírito, do átomo ao arcanjo iluminado, dos mais altaneiros cumes espirituais.

Tanto é que, neste início do Século 21, a obra espírita codificada em meados do Século 19, está hoje - com os mais importantes missionários, e, sobretudo pela confiável equipe espiritual de Ubaldi e Xavier - revista, corrigida e atualizada ao extremo de sorte a acompanhar o progresso célere de todas as coisas, e, sobretudo, da Ciência acadêmica, que, no campo da Física, de apenas Clássica do Século 19, seus quadros, hoje, se ampliaram vastíssimo se distendendo para a Relativística, a Quântica, prenunciando-se, ainda, muito mais de tais disciplinas científicas e culturais.

Lógico que o Espiritismo, como ‘Ciência do Infinito’ não se paralisaria, e não se paralisou, apesar da paralisação e engessamento de muitos de seus “eruditos” adeptos espiritistas que acham que sabem de tudo, e olvidando, pois, o magistral ensino socrático de que:

“Prudente serás não imaginando saber o que não sabes”. (Vide: “OESE” – AK).

E o fato é que o tema da ‘Queda’, da possível ou não-possível ‘Involução Espiritual’, consta de muitas obras codificadas e a “Revista Espírita” (AK – Outubro de 1858), por exemplo, registra algo a respeito da ‘Retrogradação do Ser’, sendo, no caso em estudo, do Espírito de um criminoso que, em face de seus horrendos delitos, poderia, de fato, ser destinado a “um lugar onde o homem se encontra no nível dos animais”. (Opus Cit.).

E, notemos que dita referência, conforme escrito do próprio punho de Kardec, alega que o Ser comunicante de tal instrução sempre se mostrara como um ‘Espírito Superior’, o que é muito relevante; pois, como se sabe, os Espíritos elevados trazem o caráter da seriedade de suas instruções, da verdade pura e cristalina, pois, como é óbvio, são pertencentes à ‘Equipe Espiritual do Mestre’, à ‘Plêiade de Jesus’.

E, dito Instrutor, ou seja, dito Espírito Superior, com todas as letras, preconiza, além de um possível retrocesso - durante a evolução progressiva de todos nós - ele alude, ainda, à nossa queda primordial, ou seja, do Espírito que falira em sua gênese, e que tal, se compararia à punição de Lúcifer, a figura emblemática de nós mesmos: Espíritos terrenos falidos desde tempos primordiais. Mas vejamos, com todas as letras, a possível queda daquele Espírito criminoso, bem como a referência explícita de nossa queda primeira, em nossa gênese espiritual:

“Sua punição é justamente retrogradar; é o próprio inferno. Eis a punição de Lúcifer, do homem espiritual descido à matéria, isto é, o véu que daí por diante lhe oculta os dons de Deus. Esforçai-vos, pois, na reconquista desses dons perdidos: tereis reconquistado o paraíso que o Cristo veio abrir para vós. É a presunção, é o orgulho do homem, que queria conquistar aquilo que só Deus podia ter”. (Opus Cit.).

Mas pergunta-se com razão:

-O que ocorreria com tal Espírito criminoso?
-Ele perderia o que conquistara no Plano Hominal?
-É isto o que se dá com a Queda Espiritual?

Ora, primeiro questionemos: o que é o Espírito?

Divulga-se que o mesmo, dos mais diversos planos da vida: mineral, vegetal, animal e hominal, e, dos planos da erraticidade que nos envolve a todos, que o Espírito é o existir dinâmico de Si mesmo, de sua centelha anímica, tal como luz que, de menos intensa: no plano atômico e mineral, dita luz, por gradações psíquicas mais altas, e, alcançadas por evolução, vai se tornando mais intensa e vibrátil noutros planos existenciais, atingindo, no plano antropológico, ou seja, das humanidades, o “cume” de seus progressos, que, sabemos, não se encerra por aí, mas se distende, ainda, aos mais diversos planos da humanidade e da espiritualidade sideral.

E, pois, se o Espírito é vibração de suas potências, tal vibração, entretanto, e, sobretudo nos planos físicos da natureza universal, se sujeita, como tal, a reduzir-se e a distender-se vibratoriamente, ou seja: dinamicamente, e, sobretudo, nos fenômenos palingenésicos em que o Eu reduz suas potências para reencarnar, e, pós-parto, trata de ampliá-las, modo vagaroso, durante o crescimento biológico e psíquico de tais potencialidades que, frisamos, foram reduzidas muitíssimo pela reencarnação/expiação.

E isto se dá, pois, com todas as forças psíquicas do Mundo, do mineral ao homem, pois que o mineral nada mais é que uma concentração de energias que, destruída a forma, retorna à sua condição anterior (radioatividade); o mesmo se dando, pois, com todas as espécies do Orbe, e, pois, com o Espírito humano que restringe e reduz suas potências para reencarnar e se distende à posteriori para crescer, evoluir e, ao fim de tudo, de tão longa jornada, transcender-se a Si mesmo como Espírito imortal se tornando Uno com Deus, Uno com o Pai-Nosso Criador.

Logo, somos potências palingenésicas que vem e vão, que se reduzem e se distendem, que ‘encolhem’ e se esticam’ o tempo todo, e, sobretudo, nos períodos de sono em que o Espírito humano, todas as noites, ‘decola’ do corpo para ‘voar’ na erraticidade, e, por isto, não podemos ter uma recordação plena do que se passa na vida espiritual, pois o nosso cérebro não suportaria tamanha carga de trabalho, de operosidade espiritual. E, pois, nosso cérebro precisa descansar das rotinas do dia recuperando as forças para os novos dias que, certamente, virão.

Por outro lado, ainda, as vibrações do Espírito, livre na erraticidade, são bem mais intensas e, pois, não suportaríamos como homem, e, como cérebro biológico, tamanha intensidade vibracional de nossa Consciência livre nos espaços espirituais.

Mais ainda, devemos recordar que nosso Eu, ou, nosso Espírito, como Personalidade Integral que nos caracteriza a súmula palingenésica, tal, ainda assim, não se acomoda, e, em renascendo, dita Personalidade também se refaz pela nova base genética cedida pelos pais, bem como pela nova educação recebida, pela nova estruturação social a que fora novamente chamada a viver, em suma, por um ambiente que, se velho, também é novo, pois a mudança evolutiva não para e, pois, o Espírito igualmente não para, mas prossegue lutando para renovar-se, crescer e distender-se, sempre, tanto ao plano cognitivo como também ético e comportamental.

Ou, noutros termos, somos ainda o que fizemos por nós mesmos no passado, ou, nas mais diversas vidas do pretérito palingenésico, porém, estamos um tanto mudados, pois o Ser não para, e, consonante instrução 118 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), ele:

“Pode permanecer estacionário, mas não retrograda”. (Opus Citado).

E, pois, se o Espírito não retrograda como explicar a ‘Queda Espiritual’, ou, a ‘Involução’ e outras sinonímias de tais fenômenos, onde, e quando, tais termos se inserem no ‘Complexo Fenomênico Involutivo-Evolutivo’?

É o que veremos neste finalmente.

Em verdade, o fenômeno do que se conhece como ‘Queda Espiritual’ está a explicitar não exatamente: uma retrogradação do Ser, mas sim, uma sua restrição psíquica em corpos condizentes com a centelha anímica para a sua corrigenda, sua educação. Aquele caso da “RE” (AK – Outubro de 1858) que citamos nos fornece o exemplo de tal condição espiritual. Ou seja, o Espírito pode até sujeitar-se à condição de um corpo animal distinto do corpo humano, mas Ele, como Espírito, não perdeu tais conquistas do plano das humanidades, pois que tais se registram n’Ele mesmo, conquanto estejam restringidas e limitadas por expiação.

Noutros termos, o Espírito não retrocede e não perde o que conquistara, mas pode, e deve, por ‘Medida Corretiva da Lei’, sujeitar-se a ela pelo bem de Si próprio, e, pois, de sua felicidade presente e futura.

Logo, tudo quanto conquistamos não se perde jamais!

E, pois, tudo o que conquistamos dantes de nossa derrocada (Queda Espiritual) nos primórdios da criação não se perdeu, mas registra-se em nosso cérebro espiritual; conquanto nem sempre seja positivamente salutar a lembrança de tais fatos, pois, se temos ali algo de positivo, revela-se, igualmente, algo de negativo, de nossa revolta, nosso orgulho, nosso egoísmo primordial.

O Espírito de Emmanuel, um dos mais confiáveis e mais lúcidos discípulos do Cristo, em seu excelente tratado “Há Dois Mil Anos” (Feb), fala algo a respeito de tais registros espirituais em nós mesmos grafados.

Na página 349, em se referindo aos Espíritos humanos ainda há pouco desencarnados de modo sanguinário e violento – nos primeiros tempos do cristianismo - que, naquele instante ouviam às “harmoniosas vibrações das Melodias do Invisível”, ele, Emmanuel, refere que “aquele cântico de glória, ao menos palidamente, deve ser lembrado por nós outros como Suave Reminiscência do Paraíso”. (Opus Citado); ou seja: do paraíso de outrora, dos tempos primordiais dos nossos Espíritos falidos, hoje se recuperando nas lutas travadas com a matéria, com a dor salvífica e redentora.

Logo, o Espírito não perde o que adquirira no passado e tampouco em suas mais distantes origens espirituais.

O que significa dizer que temos grafado na tessitura indelével do nosso cérebro transfísico tudo o que nos caracteriza como Ser Divino, filho de um Deus que É Espírito, e, como tal, nos criara como Espírito, porém, dotado de liberdade, e que, por ela mesma se deixara trair caindo, como filho pródigo, nas expiações dolorosas da matéria.

Finalmente, numa frase incompleta:

“O Espírito não retrocede...”!

Todavia:

“Pode o Espírito restringir-se por Expiação, ou seja, como Norma Corretiva da Lei”!

Logo, se o Espírito não retrocede, dir-se-ia, porém, que sempre existe um ‘mas’; sempre existe algo de excepcional, em suma: de uma espécie de desvio das coisas que não mais seria, e não mais que é: um desvio do Ser que, conscientemente, errara, se confundira, e cuja ‘pisada-de-bola’ é algo suscetível de se dar num complexo universal que é infinito, e que, portanto, não se isentaria de uma ‘doença’ passageira que, afinal, se representa por nós mesmos: Seres decaídos nas coisas materiais, mas sujeitos a salvar-se pela inevitável cura de medidas educativas e evolucionais.

Para finalizar tal estudo, que já vai longe, citemos, de relance, das muitas exemplificações do Espírito André Luiz, (prefaciado por Emmanuel), um caso de queda espiritual constante no excelente “Ação e Reação” (1957 - Feb), capítulo 13, ‘Débito Estacionário’, em que um nosso irmão, de débitos enormes para com a Lei, se restringira, no fenômeno de sua reencarnação, a um corpo disforme, de aparência macacóide, tal como se o seu perispírito, durante a recapitulação embrionária e fetal, não lograsse atingir as nuanças da forma humana e paralisasse na forma antropóide: primata de transição entre o animal irracional e o homem.

Miserável anão paralítico, de uma idiotia completa:

“Era ele – dito Espírito devedor - dolorosa máscara de anormalidade e aberração. Mirrado, nada medindo além de noventa centímetros e apresentando grande cabeça, aquele corpo disforme, tresandando odores fétidos, inspirava compaixão e repugnância. A fisionomia denotava configuração macacóide, exibindo, porém, no sorriso inconsciente e nos olhos semi-lúcidos, a expressão de um palhaço triste”. (Opus Citado).

Assim, tal paralisação do Espírito na forma macacóide, não impede, ou, no caso em questão, não impedira que tal Ser devedor, em nítida queda involutiva, pudesse, de alguma forma, ser investigado pela equipe espiritual de André Luiz, que, de qualquer modo, lhe visualizaram os delitos gravíssimos do campo íntimo: “de crimes ocultos, a culminarem sempre na flagelação do povo”. (Opus Cit.).

O que, por sinal, e, como dito supra: o Espírito não retrocede, mas pode, e deve, por Medida Corretiva da Lei: restringir-se, estreitar-se e limitar-se a corpos inferiores do Mundo, ou, dos Mundos materiais, Mundos também de Deus, porém, confinados num ‘Anti-Sistema’, ou seja, de “expiação”, tal como fora muito bem definido pela síntese filosófica dos Itens 167 e 676 de “O Livro dos Espíritos” (AK – 1857), como já citados aqui, no presente estudo.

Aos que discordarem de tais ideias – da queda primordial e de outras quedas do Espírito - diremos, inspirados pela confiável enciclopédia cultural e espiritual de Francisco Cândido Xavier que:

“Para muitos de todos nós, inclusive espiritistas: a verdade tem de ser adiada para depois!” (frp).

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UM GRANDE ABRAÇO A TODOS

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Fernando Rosemberg Patrocinio:
Fundador de Núcleo Espírita Cristão; Coordenador de Estudos Doutrinários; Palestrante; Articulista e Escritor de dezenas de e.Books gratuitos em seu blog abaixo descrito:

BIBLIOGRAFIA

-“Coleção Completa de Allan Kardec” – Edit. Diversas;
-“Coleção Completa de Pietro Ubaldi” – Fundapu;
-“Coleção Completa de Chico Xavier” – Edit. Diversas; Internet; sendo de destaque no presente e.Book:
-“O Consolador” – F.C. Xavier - Emmanuel – Feb;
-“E a Vida Continua” – F.C. Xavier – A. Luiz – Feb;
-“Há Dois Mil Anos” – F.C. Xavier – Emmanuel – Feb;
-“Ação e Reação” – F.C. Xavier – A. Luiz – Feb; e:
-“Bíblia Sagrada” – Versões Católica e Pentecostal.

LISTAGEM DOS e.BOOKS DE:
Fernando Rosemberg Patrocinio

01-Ciência Espírita: Tese Informal;
02-Espiritismo e Progressividade;
03-Espiritismo e Matemática;
04-Mecanismo Ontogenético;
05-Espaço-Tempo: Física Transcendental;
06-Corrente Mental;
07-Pietro Ubaldi e Chico Xavier;
08-Filosofia da Verdade;
09-Axiologia do Evangelho;
10-Espiritismo e Evolucionismo;
11-Fatos e Objeções;
12-O Médium de Deus;
13-A Grande Síntese e Mecanismo;
14-Evangelho da Ciência;
15-Codificação Espírita: Reformulação;
16-Kardecismo e Espiritismo;
17-Geometria e Álgebra Palingenésicas (web artigos);
18-Maiêutica do Século XXI;
19-Espiritismo: Fundamentações;
20-Ciência de Tudo: Big-Bang;
21-Evolução: Jornadas do Espírito;
22-O Homem Integral (Reflexões);
23-Espiritismo e Filosofia;
24-André Luiz e Sua-Voz;
25-O Livro dos Espíritos: Queda Espiritual;
26-Evidências do Espírito;
27-Construção Bio-Transmutável;
28-Mediunidade Genial (web-artigos);
29-Conhecimento e Espiritismo;
30-O Paradigma Absoluto; 
31-O Fenômeno Existencial;
32-Chico-Kardec: Franca Teorização;
33-O Maior dos Brasileiros;
34-Espiritismo: Síntese Filosófica;
35-O Livro dos Espíritos: Simples e Complexo;
36-O Livro dos Espíritos: Níveis Filosóficos;
37-Temas da Verdade Espírita;
38-Geometria Cósmica do Espiritismo;
39-Matemática da Reencarnação;
40-Kardec, Roustaing e Pietro Ubaldi; e:
41-Espiritismo e Livre Pensamento;
42-Síntese Embriológica do Homem;
43-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Primeira;
44-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Segunda;
45-Jean-Baptiste Roustaing: Réplica Terceira;
46-Consenso Universal: Tríplice Aspecto;
47-Método Pedagógico dos Evangelhos;
48-Cristo: de Roustaing a Pietro Ubaldi;
49-Estratégias da Revelação Espírita;
50-Trilogia Codificada e Rustenismo;
51-Cosmogênese do Terceiro Milênio;
52-Tertúlias Multidimensionais;
53-Cristianismo: Teologia Cíclica;
54-Análise de Temas Codificados;
55-Deus: Espírito e Matéria;
56-Razões e Funções da Dor;
57-Emmanuel: Insigne Revelador;
58-A Queda dos Anjos;
59-Homem: Vença-te a Ti Mesmo;
60-Evangelho: Evolução Salvífica;
61-O Espírito da Verdade;
62-Balizas do Terceiro Milênio;
63-Sentimento: Molde Vibrátil de Ideias;
64-Ciência do Século XX;
65-A Revolução Ética.
(Tais e.Books foram produzidos de 2010 a 2018).
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Blog: Filosofia do Infinito
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